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TECNOLOGIA RFID: UM ESTUDO DE CASO APLICADO A

UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS DE MARINGÁ - PR

Rebeca Such Tobias Franco *


Yandre Maldonado e Gomes da Costa **
Flávio Rogério Uber ***
Paulo César Gonçalves ****

RESUMO

Este artigo apresenta um estudo de caso de aplicação da tecnologia RFID para uma
indústria de bebidas. A intenção da indústria é automatizar o controle de entrada e
saída de estoque, proporcionando mais agilidade à tarefa e minimizando a ocorrência
de erros em relação ao controle manual. Por se tratar de uma tecnologia ainda não
utilizada em larga escala, o objetivo deste artigo é demonstrar a viabilidade do seu uso,
relacionando os valores investidos e o retorno que pode ser obtido com a sua utilização.

Palavras-chave: Sistemas automáticos de identificação. Tecnologia RFID. Indústria


de bebidas.

Introdução

Os Sistemas Automáticos de Identificação (SAI) são essenciais para agilizar os


processos e proporcionar maior eficiência e confiabilidade na identificação e controle
de objetos, animais e pessoas. Nesses sistemas, a informação geralmente é codificada
em um elemento e reconhecida por um leitor, em seguida endereçada a um computador
para ser decodificada, verificada, comparada e aceita, para, a seguir, gerar uma decisão
lógica (ERDEI, 1994).
Em se tratando de SAI, o código de barras é a tecnologia mais utilizada para
aplicações comerciais em todo o mundo, porém apresenta problemas como: exigência de
mão-de-obra, necessidade de uma linha de mira direta, dificuldade de leitura devido a
sujeiras ou manchas e possibilidade de ocorrência de falhas como registros incorretos.
A tecnologia que vem chamando a atenção atualmente é a Identificação por
Radiofrequência (RFID), que surgiu da necessidade de capturar informações de
itens em movimento. Sua primeira aplicação ocorreu durante a Segunda Guerra

* Acadêmico - Departamento de Informática (DIN) - Universidade Estadual de Maringá (UEM);


** Professor Assistente - Departamento de Informática (DIN) - Universidade Estadual de Maringá (UEM);
*** Professor Assistente - Departamento de Informática – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Mandaguari (FAFIMAN) e Professor Assistente - Departamento de Informática (DIN) - Universidade
Estadual de Maringá (UEM);
**** Professor Assistente - Departamento de Informática (DIN) - Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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Mundial, sendo utilizada pelos britânicos para reconhecimento dos aviões aliados
(WANT, 2006). Porém, somente décadas mais tarde, com a evolução da eletrônica,
tornou-se possível uma ampla utilização desse método, através do uso de compo-
nentes de microeletrônica e softwares especializados, compondo um sistema de
identificação digital.
Em muitas aplicações, a tecnologia RFID pode vir a substituir completamente o
código de barras e ampliar sua capacidade, oferecendo controle preciso, maior agilida-
de e consequente redução de custos, além de agregar novas possibilidades de uso e
permitir a utilização em ambientes onde não é possível o uso de outras tecnologias.
Este artigo tem como objetivo apresentar um estudo de caso, onde a partir das
características da empresa, foi possível avaliar o investimento necessário e o retorno
obtido com o uso da tecnologia RFID. A seção 2 apresenta dados da tecnologia, seus
componentes, alguns exemplos de utilização e ainda vantagens e desvantagens da
mesma. Feita a caracterização, na seção 3 será apresentado o estudo de caso, e final-
mente na seção 4 será feita uma análise final a respeito da experiência realizada.

Sistema Automático de Identificação por Radiofrequência (RFID)

Os Sistemas Automáticos de Identificação têm sido aperfeiçoados constante-


mente, visando atender às necessidades atuais, quando é cada vez mais importante a
rapidez e eficiência no reconhecimento de produtos e seres vivos. A tecnologia RFID tem
se destacado por proporcionar essa eficiência desejada e ainda trazer novas possibilida-
des, fazendo com que muitas empresas passem a investir nesse método de identificação.
Os principais exemplos disso são: o Department Of Defense (DOD – Departa-
mento de Defesa dos EUA), a empresa Wal-Mart, a Boeing e a Airbus, que exigiram de
seus fornecedores a identificação dos produtos utilizando essa tecnologia (WEINS-
TEIN, 2005; NIEDERMAN et al., 2007), a Microsoft, que já está desenvolvendo softwa-
res e serviços para suportar o uso de RFID nos setores industrial e varejista (BERNARDO,
2004); a HP, quando mesmo antes de entrar na linha de montagem a impressora recebe
uma etiqueta inteligente na carcaça, que ao longo de seu trajeto pela fábrica é carregada
com informações sobre o produto, que são úteis também para a realização de eventuais
serviços pela assistência técnica autorizada; a Johnson e Johnson, Henkel e a Protecter
e Gamble, que adotam etiquetas RFID em seus paletes, configuradas para identificar a
necessidade de reposição de algum produto no estoque, verificar se a temperatura do
local está ideal para o tipo de produto ou ainda se o produto está ou não tendo um bom
giro de vendas. Outro exemplo, cada vez mais popular no Brasil, é o uso de etiquetas
RFID no pára-brisa do veículo para registrar a passagem do mesmo em praças de pedá-
gio e portões de entrada de estacionamentos pagos, sem que haja a necessidade de o
motorista parar o veículo. A cobrança é paga posteriormente através de uma fatura.
As etiquetas RFID estão sendo empregadas também em outros tipos de aplica-
ções, como no controle de bagagens de aeronaves, reduzindo as perdas, facilitando a
identificação do paradeiro das malas perdidas e dispensando a conferência manual de
bagagens (NATH et al., 2006).

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No futuro poderão ainda ser utilizadas em sistemas inteligentes capazes de
informar, por exemplo, quais roupas no armário combinam entre si, quais remédios
podem provocar interações medicamentosas perigosas e é até concebível que possam
substituir os caixas de supermercados, de forma que as compras do carrinho sejam
escaneadas por um leitor, que ainda somaria o preço total, e em seguida o comprador
aprovaria o pagamento através de sua digital. Isso também seria útil para evitar rou-
bos, já que os leitores seriam capazes de reconhecer itens não pagos saindo da área de
compras (BHATT; GLOVER, 2007).
Em 2007, o Brasil desenvolveu o primeiro chip RFID para controle de estoques.
A pedido de uma empresa incubada no parque tecnológico da PUC-RS, o Centro de
Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC), de Porto Alegre (RS), desen-
volveu o produto. Esse chip permite a gravação de uma série de informações de cada
produto, como localização, origem, procedência, preço, data e hora de fabricação,
facilitando o controle de estoques e a logística (FUOCO, 2007). Segundo o diretor-
presidente do CEITEC, Sérgio Dias, a primeira fábrica de semicondutores do Brasil
estará operacional a partir do segundo semestre de 2009 e nos próximos 12 meses
passará pelo período de instalação e ajustes de equipamentos, para então começar a
fabricar dois milhões de chips RFID para rastreamento bovino. A expectativa é que a
produção local reduza em dois terços o preço desse tipo chip, que hoje custa cerca de
3 dólares e é importado (MONTE, 2008).

Caracterização da tecnologia RFID

A tecnologia RFID utiliza etiquetas eletrônicas, com um microchip instala-


do, que são fixadas em objetos ou seres vivos. O microchip possui uma antena
interna que se comunica, via radiofrequência, com um determinado leitor ao atingir
seu raio de alcance. Por meio de um software, as informações coletadas pelos
leitores são transmitidas, em tempo real, a um banco de dados, que por sua vez
pode retransmitir as informações quanto a sua localização e identificação para
determinado departamento de uma organização. Assim, são formados os sistemas
RFID, conforme ilustra a figura 1.

Figura 1: Composição de um sistema RFID.


Fonte: http://www.egomexico.com

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Vantagens da tecnologia RFID

As principais vantagens da tecnologia RFID, em relação a outras análogas,


são: a leitura não requer uma “linha de visão” direta; múltiplos itens podem ser
lidos ao mesmo tempo; existem diversas formas de identificadores, permitindo a
utilização em uma variedade de ambientes; capacidade de identificar univocamen-
te bilhões de itens; alguns tipos de identificadores podem ser gravados e regrava-
dos muitas vezes; rastreabilidade de produtos e de seres vivos; eliminação dos
problemas decorrentes de oxidação, sujeira e desgaste de superfície; prevenção
de roubos e falsificação de mercadorias; contagem instantânea de estoque, facili-
tando os inventários.
Em decorrência dessas vantagens, outros benefícios são obtidos, como: maior
confiabilidade; aumento da segurança em operações repetitivas; eliminação de erros
humanos; redução de custos operacionais; aumento na velocidade dos processos;
redução de perdas; melhor controle de qualidade.

Desvantagens da tecnologia RFID

Por se tratar de uma tecnologia relativamente nova, e consequentemente a


sua utilização em baixa escala por enquanto, existem algumas desvantagens asso-
ciadas à tecnologia RFID. A principal delas se refere ao custo elevado, pois a
implantação de um sistema RFID em empresas envolve diversos investimentos,
como aquisição de etiquetas, leitores, antenas, ferramentas para filtragem de da-
dos, sistemas de comunicação, mão-de-obra para configuração e manutenção, en-
tre outros.
Existem ainda outros problemas, como: falta de padronização; problemas no
uso em materiais metálicos e condutivos, uma vez que a identificação por radiofrequ-
ência ocorre através de campos magnéticos e esses materiais podem interferir negati-
vamente no desempenho, afetando o alcance de transmissão das antenas (através de
encapsulamento esse problema pode ser amenizado); dificuldades para identificação
de materiais líquidos, pois absorvem a energia do sinal muito mais rapidamente, dificul-
tando a comunicação com o leitor.

Faixas de freqüência

As faixas de frequências disponíveis para RFID estão limitadas às reservadas


especificamente para aplicações industriais, científicas ou médicas, conhecidas como
ISM (Industrial Scientific Medical).
Os sistemas RFID podem ser classificados de acordo com sua frequência. Tra-
balhos como os de Giacomin, Vasconcelos (2006) e Santana (2005) falam sobre estas
classificações:
• Sistemas de Baixa Frequência (30 a 300 kHz) – utilizados para curtas distâncias
de leitura. Possuem baixos custos e são os que funcionam melhor perto da água e dos

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seres humanos. Possuem uma taxa de transferência mais lenta em relação às demais
frequências.
• Sistemas de Alta Frequência (3 a 30 MHz) – utilizados para leitura a médias e
longas distâncias e leituras a alta velocidade. As principais aplicações são: coleta
automática de dados e leitura de tags em veículos.
• Sistemas de Frequência Ultra Elevada (300 MHz a 3 GHz) – têm controles mais
reguladores, sendo a frequência exata controlada pelo Órgão Regulador de Rádio de
cada país.

Etiquetas RFID

De acordo com Weinstein (2005), as etiquetas RFID podem ser classificadas em


ativas e passivas. As ativas são alimentadas por uma bateria interna, permitem modifi-
cação e re-escrita de informações, possuem uma vida útil limitada de no máximo 10
anos e podem ser lidas a uma distância de até 100 metros. Já as passivas são alimenta-
das pelo próprio leitor (que precisa ser mais potente) através das ondas eletromagné-
ticas, geralmente permitem apenas leitura e são utilizadas para distâncias de até 3
metros. Em virtude da ausência de bateria são menores, possuem vida útil ilimitada e
sua produção em massa permite custos de produção mais baixos. Gomes (2007) define
ainda um terceiro tipo de etiqueta, as semi-passivas, cujo funcionamento é intermedi-
ário entre os dois tipos anteriores: embora possuam alimentação interna, esta só serve
para alimentar os circuitos internos e não para criar um sinal RF para o leitor. Seu
alcance de leitura é de até 30 metros.
Outra grande vantagem das etiquetas RFID é estarem disponíveis em vários
tamanhos. A escolha do tipo de tag a ser utilizada depende da aplicação, ambiente de
uso e desempenho desejado. A figura 2 (fontes: www.kimaldi.com, www.csa.com,
www.obchod.hw.cz) ilustra alguns dos formatos existentes no mercado.

Figura 2: Formatos de etiqueta RFID.

Um dos empecilhos para que essas etiquetas ganhem mais espaço no mercado
é o custo, mas isso em breve poderá deixar de ser um problema, pois vem sendo
reduzido significativamente com o passar do tempo. Para exemplificar, o custo médio
de uma etiqueta passiva, em 2001, era de 3 dólares, em 2006 esse valor caiu para 15
centavos de dólares e em 2007 já era possível comprá-la (dependendo do tipo e da
quantidade) por 5 centavos de dólares.

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Leitores RFID

Os leitores RFID, como ilustra a figura 3, são compostos fisicamente por: ante-
na (usada para comunicação com os identificadores), micro-controlador (necessário
para implementar os protocolos de comunicação e controlar o transmissor) e interface
de rede (possibilita a comunicação com outros dispositivos ou servidor).

Figura 3: Composição física de um leitor RFID.


Fonte: Bhatt e Glover (2007, p. 98).

Assim como os identificadores, os leitores também apresentam diversas for-


mas e tamanhos, sendo cada um mais adequado para determinadas aplicações. Cada
leitor é compatível com um padrão e protocolo. Alguns só conseguem ler identificado-
res do seu próprio fabricante, outros já possuem capacidade de ler diversos tipos de
identificadores. As faixas de frequência em que operam e os níveis de energia também
variam, por isso é fundamental investigar as características técnicas de um leitor antes
de adquiri-lo.

Um estudo de caso aplicado a uma indústria de bebidas de Maringá

Foi realizado um estudo de caso em uma indústria de bebidas de Maringá e foi


verificada a viabilidade da implantação do Sistema RFID para controle de estoques de
produtos acabados. A empresa forneceu os dados para a análise de custos e estrutu-
ração do projeto.
O controle de entrada e saída de materiais foi avaliado em paletes, método de
controle já utilizado pela empresa, porém com sistema de inspeção física e registro
manual no módulo de controle de estoque.

Estrutura

A indústria tem um estoque coberto com capacidade de armazenagem de até


6.756 paletes e uma área de estocagem ao ar livre com capacidade para 2.000 paletes.
Existem três linhas de produção, sendo uma para produção da linha vidro e duas
para produção da linha Pet. Cada linha de Pet tem a capacidade produtiva de 60
paletes/hora e a linha de vidro tem a capacidade produtiva de 48 paletes/hora. As
três linhas funcionam 24h/dia, produzindo um total de 4.032 paletes/dia. Além disso,

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alguns produtos são adquiridos via fornecedores, extrafranquias e transferências de
outras unidades.

Necessidade da empresa

A indústria efetua contagem diária de todos os produtos acabados, sendo as


análises das diferenças realizadas pelo estoquista, que efetua também a conferência
de toda documentação de saída e entrada. Os registros de quebras e vazamentos na
área de carregamento são realizados pelo controle de estoque.
Os inventários diários possuem muitas variáveis, como: erros de contagem;
erros de processamento; movimentações no sistema antes do congelamento do esto-
que contábil; movimentações físicas no estoque durante a contagem, gerando duplici-
dade ou falta de contagem e erros de lançamentos.
Anualmente é realizado um inventário com acompanhamento de auditoria exter-
na para a verificação e apuração das diferenças e também para garantir confiabilidade
no valor financeiro dos produtos.
O uso de etiquetas RFID poderia trazer grandes benefícios em relação ao con-
trole desses produtos no estoque, minimizando diferenças de inventário e garantindo
a execução da rastreabilidade de todos os produtos, processo que não ocorre em sua
totalidade atualmente.
Com o uso desses tags, os produtos que saíssem do estoque seriam automati-
camente registrados no sistema, evitando erros de lançamentos e identificando erros
de carregamento.

Avaliação e viabilidade financeira /operacional

Foi realizado um orçamento das etiquetas retornáveis e descartáveis e também


solicitada uma avaliação do melhor método de controle de estoque para este estudo. A
empresa que forneceu os valores e o resultado da avaliação foi a Acura Security, que
analisou as seguintes informações:
• Capacidade da Linha de Produção - A capacidade produtiva da empresa é de
4.032 paletes/dia.
• Distância requerida para Leitura das Etiquetas - A área de carregamento pos-
sui 10 baias, tornando a distância requerida para a leitura das etiquetas bastante ampla.
Foi sugerido à empresa Acura uma distância mínima de 10 metros.
• Tipo de Etiqueta (Descartável ou Retornável) - Serão necessários dois tipos
de etiquetas: descartável, para uso em produtos Pet e Tetra Pack e retornável (regravá-
vel), para uso em produtos da Linha Vidro, onde o vasilhame retorna à unidade.
• Fixação das Etiquetas - As etiquetas contêm uma parte adesiva, sendo que as
descartáveis podem ser coladas no plástico (filme) que envolve os produtos e as
retornáveis coladas na parte frontal do palete.
• Funções para a Etiqueta RFID - As funções necessárias para a etiqueta ser
viável operacionalmente são: Registro de Entradas e Saídas, Rastreabilidade dos Pro-

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dutos e Controle de Rotatividade First Expired First Out (FEFO), ou seja, o primeiro
produto a ter prazo de validade vencida é o primeiro a sair do estoque.
• Valor unitário da Etiqueta - O Valor oferecido pela empresa foi de R$
0,10/unidade para as etiquetas descartáveis e R$ 0,27/unidade para as etique-
tas retornáveis.

Cálculo financeiro realizado para análise de viabilidade

Através das informações oferecidas pela indústria e pelos preços informados


pela Acura Security foi possível realizar os cálculos para verificar a viabilidade da
implantação das etiquetas RFID na indústria, conforme a figura 4.

Figura 4 - Verificação da viabilidade da implantação das etiquetas RFID.

Com a implantação do sistema RFID seria possível automatizar o processo


de controle de estoque e conferência de cargas, gerando uma economia de R$
10.600,00 por mês, pois não seriam mais necessários os custos com estoquistas e
inspetores.
A empresa possui atualmente quatro inspetores de cargas que fazem a fiscaliza-
ção dos produtos carregados, verificando se não houve erro de carregamento. Com o
Sistema RFID apenas um inspetor seria necessário para retirar as etiquetas dos paletes
de produtos da linha vidro (etiquetas retornáveis), garantindo, desta forma, o reapro-
veitamento dessas etiquetas.

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Este método permitiria à Empresa um maior controle de estoque, controle de
rotatividade (FEFO) e também a rastreabilidade dos produtos, que é um requerimento
da ISO 22.000 (Segurança de Alimentos).
Com a aplicação do método RFID em todas as unidades industriais pertencen-
tes ao grupo, seria possível integrar o sistema gerando informações de rotatividade de
produtos em conjunto (por exemplo: se um determinado produto estiver perto do
vencimento na Fábrica de Curitiba, ele é automaticamente bloqueado para transferên-
cias a outras unidades) e diminuindo o custo unitário das etiquetas devido à quantida-
de comprada mensalmente.

Conclusão

Ainda que a tecnologia RFID não seja uma novidade, apenas nos últimos
anos ela tem sido popularizada, com o desenvolvimento da eletrônica e a redução
dos seus custos. Isto faz com que muitas organizações passem a investir nesse
método automático de identificação. As possibilidades de uso se expandem a cada
dia, proporcionando benefícios que antes não eram possíveis. A variedade de tama-
nho das etiquetas, e as formas diferentes de leitura, possibilitam o seu uso nos mais
diversos ambientes.
O estudo de caso apresentado neste trabalho comprova que a tecnologia RFID,
entre diversas outras vantagens, pode contribuir para reduzir os custos e agregar
maior eficiência, qualidade e confiabilidade.
No momento ainda existem alguns empecilhos para a utilização desse sistema
em larga escala, como a falta de padronização de frequência, o custo inviável para
algumas aplicações e problemas para identificar produtos líquidos e metálicos. Porém,
a tendência é que essa tecnologia se torne cada vez mais presente no nosso cotidiano
e que no futuro substitua muitos dos SAIs existentes, inclusive o código de barras, um
sistema utilizado em larga escala atualmente, mas limitado no que diz respeito aos
benefícios que a tecnologia pode oferecer.

ABSTRACT

RFID TECHNOLOGY: A STUDY CASE APPLIED TO A SOFT DRINK COMPANY


OF MARINGÁ - PR

This paper presents a study case about RFID technology applied to a soft drink
company. The company purpose is to turn the input and output of stock materials
automatic, allowing more agility to the task and minimizing occurrence of errors related
to manual control. Once the technology is not yet applied in large scale, the aim of this
paper is to prove the viability of its use related to the values invested and the return
that can be achieved with its use.

Keywords: Automatic Identification Systems. RFID Technology. Soft Drink Company.

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