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D I S Q U A L
Manual de Boas
Práticas
Instituições do consórcio
D I S Q U A L - M A N U A L D E B O A S P R Á T I C A S - T O M A T E
CARACTERIZAÇÃO
Aspectos Gerais
O tomate pertence à família Solanaceae e o seu nome científico é
Lycopersicon esculentum Mill.
Características Morfológicas
As características morfológicas do tomateiro mais importantes, são as
seguintes:
- Possui um sistema radicular amplo, constituído por uma raiz principal,
que pode alcançar os 50-60 cm de profundidade, e por uma grande quan-
tidade de ramificações secundárias, reforçadas pela presença de um
grande número de raízes “adventícias” que surgem na base dos caules.
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Cultivares
O grande interesse no desenvolvimento de variedades de tomate, leva a
que haja um aparecimento constante de novas variedades. A escolha de
uma cultivar deverá ser ponderada mediante um conjunto importante de
factores. Na Tabela 1 estão indicadas as características que a cultivar deve
possuir. Embora no nosso país a produção em estufa para consumo em
fresco seja, em termos comerciais, a mais significativa, também se produz
ao ar livre, embora quase unicamente para consumo doméstico ou para
indústria. São exemplo de algumas variedades actualmente em produção:
- Ar livre: Sunpeel, Ronita, Carioca, Robino, Luxor, Rio Grande e Caracas;
- Estufa: Long Life (Daniela, Alexandros, Atlético, Indiana, Zapata), Tipo
Beef (Alpado, Bermuda, Rambo, Ramon e Indalo), Óptima e Gama.
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Tabela 1:
PLANTA FRUTO Características
óptimas da cultivar
√ Fácil germinação √ Homogéneo na forma,
√ Resistência ao frio tamanho e cor
√ Uniformidade √ Resistente ao rachamento
√ Ausência de defeitos √ Consistência
√ Poucos rebentos axilares √ Calibre uniforme
√ Folhagem equilibrada √ Pouca semente
√ Intensidade regular √ Bom paladar
de crescimento √ Capacidade para transporte
√ Resistência a doenças e pragas e conservação
Zonas de Produção
As zonas de produção de tomate mais importantes, localizam-se essen-
cialmente na região de Entre —Douro e Minho (Póvoa de Varzim,
Esposende e Braga), Ribatejo/Oeste (Mafra, Peniche, Lourinhã, Torres
Vedras, Bombarral e Óbidos) e Algarve (Faro, Olhão, Tavira e Castro
Marim).
Caracterização da Cadeia
A cadeia de distribuição do tomate é apresentada esquematicamente na
Figura 1. Podem no entanto existir cadeias mais curtas, onde algumas
fases não existem. É o caso das entregas directas onde são suprimidas as
passagens pelo entreposto e reduzidas as fases de transporte.
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Figura 1:
Cadeia de distribuição PRODUÇÃO
típica do tomate
CAMPO COLHEITA
TRANSPORTE
PRÉ-ARREFECIMENTO
PREPARAÇÃO
INSTALAÇÕES DE CALIBRAÇÃO
EMBALAGEM E CONSERVAÇÃO
EMBALAGEM
CONSERVAÇÃO
TRANSPORTE
ENTREPOSTO TRANSPORTE
DISTRIBUIÇÃO E VENDA
TRANSPORTE
LOJA
PRODUÇÃO
Fases da Cultura
As principais fases de desenvolvimento do tomate são: a germinação, o
desenvolvimento vegetativo, a floração, o vingamento e o crescimento do
fruto. Todas estas fases influenciam a precocidade, o rendimento e a qua-
lidade dos frutos.
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Factores Limitantes
Os principais factores que limitam a produtividade da cultura do tomate
são: a temperatura (Tabela 2), a humidade relativa (HR), a quantidade
de água fornecida, a radiação PAR (radiação fotossinteticamente activa)
e a nutrição (Tabela 3).
Tabela 2:
FASE T DIURNA (ºC) T NOCTURNA (ºC)
Temperaturas óptimas
para as diversas fases
Germinação 18 – 20 (solo) da cultura do tomate
(Maroto, 1989)
Desenvolvimento 18 - 20 15
Floração 22 - 25 13 - 17
Frutificação 25 18
Solo
O tomate não é muito exigente relativamente aos solos, embora cresça
melhor quando são soltos, profundos, bem drenados e providos de matéria
orgânica. Os rendimentos máximos são obtidos com valores de pH entre
6,5 e 6,9.
Operações Culturais
O sucesso da cultura depende da forma como são efectuadas as operações
culturais ao longo do desenvolvimento do tomate. As operações culturais
descritas a seguir referem-se essencialmente à cultura em estufa. No
entanto, a maior parte delas são comuns à produção em ar livre.
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Tabela 3:
Efeito dos principais Efeito Acção preventiva
factores que afectam
a produtividade • Temperatura baixa: √ Aquecer as estufas (ex. manga de
da cultura do tomate - Frutos disformes água quente)
e respectivas acções - Frutos com grandes cicatrizes pisti- √ Utilizar cobertura dupla
Acção da temperatura
deficiente
• Intensidade luminosa elevada: Au- √ Usar redes de sombreamento
mento de fendas
são baixos
• Aumento da percentagem de frutos √ Gerir correctamente as adubações
balofos quando os teores de azoto são
elevados
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Sementeira
Para além de ter que se garantir a qualidade da semente, devem ser
usadas placas de germinação desinfectadas e substratos isentos de pra-
gas e doenças. A germinação deverá efectuar-se em estufas ventiladas,
devidamente climatizadas com controlo de temperatura e humidade, visto
as plantas jovens serem sensíveis a estes factores. A rega deve ser feita
por nebulização e deve ser garantido sempre o nível de água necessário,
assim como a sanidade das plantas.
Preparação do Terreno
Antes da instalação da cultura e após a fertilização de fundo, correcção
orgânica e pH (feitas de acordo com o resultado da análise de terras), o
solo deverá ser mobilizado através de lavoura com reviramento da leiva
e em seguida nivelado através da rotofresa. O terreno deve ficar sem tor-
rões, esmiuçado e fofo de forma a receber a planta em boas condições.
Desinfecção do Solo
Esta operação é particularmente importante em viveiro, sendo uma téc-
nica cada vez mais utilizada devido a infestações, já que a intensa activi-
dade e a fraca rotação das culturas, são cada vez mais frequentes.
Fertilização
A fertilização é uma das operações mais importantes na condução da cul-
tura pois quando executada correctamente contribui para um aumento
da produção, quer em quantidade quer em qualidade.
Em estufa é necessário evitar, por um lado, a salinização e por outro, as
perdas por lexiviação. Deve-se igualmente ter em atenção a variedade, o
teor de nutrientes do solo e as extracções de nutrientes pela planta. Para
tal, é importante a análise do solo para que sejam feitas as correcções
necessárias e um plano de adubações correcto.
A estrumação é igualmente vantajosa, pois melhora a estrutura do solo
permitindo um melhor arejamento, drenagem e enriquecimento a nível
nutritivo o que implica reduções nas dosagens de azoto, fósforo e potás-
sio. Na Tabela 4 estão indicadas as extracções da cultura do tomate para
consumo em fresco.
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Tabela 4: Rendimento
Extracções da cultura N P2O5 K2O CaO MgO
ton/ha
do tomate para
consumo em fresco
- estufa (kg/ha) 150 * 400 136 928 380 118
125 a 200 ** 450 a 675 75 a 165 900 a 1400 550 a 900 120 a 190
Fertirrigação
Normalmente utiliza-se a rega gota-a-gota, fazendo em simultâneo as
adubações de cobertura, o que é designado vulgarmente por fertirri-
gação. As vantagens e inconvenientes da fertirrigação são listados na
Tabela 5.
Transplantação
Uma vez germinadas as sementes, as plântulas são transferidas para a
estufa ou para o ar livre. Durante a transplantação é necessário ter em
atenção o estado de desenvolvimento das plantas e o seu estado vegeta-
tivo de forma a minimizar o “stress” resultante desta operação. No caso
de não se proceder de imediato à transplantação, e quando é necessário
o transporte para longas distâncias, são necessários cuidados ao nível da
temperatura, humidade e ventilação.
Nas condições do Entre Douro e Minho a plantação deve ser feita na
primeira quinzena de Março, quando a plântula tiver desenvolvido a 3-4ª
folha verdadeira.
A densidade de plantação varia entre 2,5 a 3 plantas/m2, sendo possíveis
vários esquemas de plantação. Os efeitos da crise de transplantação são
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Tabela 5:
Vantagens Inconvenientes Vantagens e
inconvenientes
Dosagem racional dos fertilizantes Custo inicial das infra-estruturas da fertirrigação
Tutoragem
A cultura deve ser tutorada, enrolando a planta a um fio preso entre o
seu pé e um arame que corre ao longo da linha de cultura, a cerca de
1,80 m de altura.
Poda
Como as variedades normalmente utilizadas são híbridos, o sistema de
poda reduz-se à eliminação dos rebentos das axilas (ladrões). Convém
que esta operação seja feita quando o rebento está num estado bastante
jovem para que o corte não deixe feridas grandes que poderão ser porta
de entrada de doenças.
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Desfolha
É prática comum fazer a eliminação de algumas folhas a fim de melhorar
o arejamento, a iluminação e a polinização. A desfolha não deve, contu-
do, ser muito severa já que a planta também se “alimenta” pelas folhas.
Desponta
Quando as cultivares são de crescimento indeterminado e atingem a
altura desejada, faz-se um corte no caule eliminando o rebento terminal
da planta. Com esta operação pretende-se reduzir o ciclo da cultura, de
forma a obter frutos mais precoces e de maior calibre.
Monda de Frutos
Para obter bons calibres é necessário que o vigor da planta e o número
de frutos estejam em equilíbrio. Assim, por vezes é necessário realizar a
monda dos frutos, eliminando os deformados ainda quando pequenos, já
que para além de sobrecarregarem a planta não vão ter valor comercial.
Infestantes
Para o controlo das plantas infestantes poder-se-á utilizar a cobertura do
solo com plástico, fazer sachas ou aplicar herbicidas. A colocação de plás-
tico é a prática mais económica, já que através da redução da evaporação
é possível economizar na rega. A utilização de plástico de dupla face
preto/branco com a face branca para cima permite controlar as infes-
tantes e reduzir a evaporação com consequente diminuição da rega. Por
outro lado, a reflexão da luz pela face branca do plástico irá aumentar a
intensidade luminosa no interior da estufa, o que é favorável no início da
cultura, pois normalmente os dias são chuvosos/encobertos na altura da
polinização. Durante os meses de Julho e Agosto conduz a uma
diminuição da temperatura no solo.
Pragas e Doenças
O rendimento final da cultura é também condicionado pelo desenvolvi-
mento de doenças e pragas. A eficácia do tratamento deve resultar do
compromisso entre o rendimento económico da cultura e os custos de
produção.
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Tabela 6:
Meios de luta /
Condições favoráveis Doenças Condições favoráveis
Acções preventivas
ao aparecimento
de doenças
Sementes infectadas • Murchidão das plantas Utilização de semente tratada
e acções preventivas
Substratos e solos infectados jovens no viveiro e na estufa Desinfecção dos substratos
Damping-off (várias Tratamento com fungicidas
espécies de fungos)
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* Embora a colocação de redes nas aberturas das estufas seja benéfica sobre a acção das pragas
voadoras, diminui o arejamento, podendo desencadear doenças devidas ao aumento da humidade
relativa.
COLHEITA
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Técnicas de Colheita
O tomate é colhido à mão. Deve-se colher de forma escalonada e geral-
mente no estado verde ou rosa, em função do mercado a que se destina.
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Figura 2:
Defeitos 1 2 3
depreciativos
da qualidade:
1) podridões
2) sujidade
3) falta de firmeza
4) fendas não cicatrizadas
5) pisaduras
6) dorso verde
7) fendas cicatrizadas
8) defeitos de epiderme 4 5 6
9) cavidade
10) cicatriz encortiçada no
ponto pistilar
11) cicatriz (tipo costura).
7 8 9
10 11
Transporte
Durante o tempo de espera para expedição, o tomate deve estar reservado
em lugar protegido da exposição solar directa, assim como os veículos que
vão ser usados no transporte. Estes deverão estar igualmente limpos e
isentos de produtos que possam contaminar o tomate.
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PREPARAÇÃO
Pré-arrefecimento
O arrefecimento rápido logo após a colheita é essencial para a
manutenção da qualidade do tomate. Após o pré - arrefecimento o pro-
duto deve estar à temperatura de 12,5°C. O arrefecimento por ar força-
do é o método mais eficaz embora o mais comum seja a utilização de
câmaras sem circulação forçada de ar.
Descarga
A colocação do tomate na linha de calibragem deve ser efectuada com
extremo cuidado, de forma a minimizar os danos mecânicos no produto.
Triagem
Devem ser rejeitados frutos que não satisfazem as características míni-
mas da qualidade e de calibre: frutos com pisaduras graves, fendas cica-
trizadas superiores a 3 cm, sem consistência e com defeitos de forma e
desenvolvimento.
Cor
A relação que existe entre a evolução dos pigmentos e o estado de ma-
turação dos frutos permite uma diferenciação do produto com base na cor.
Os sistemas usados actualmente para a separação do tomate pela cor são
baseados em cartas ou escalas de cor e em equipamentos que medem a
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cor reflectida pelo tomate. A comparação da cor dos frutos com essas
escalas é o método mais usado na classificação de tomate. Diversos orga-
nismos desenvolveram escalas, das quais salientamos:
- C.B.T. Central Bureau of Horticultural Auctions, Netherlands
- Agricultural, Horticultural and Forestry Industry; West Sussex, U.K.
- Sainsbury’s Tomato Colour Chart, (IFR, Norwich)
Entre nós a escala mais utilizada é a holandesa. Esta escala define dife-
rentes estados de maturação entre 1 e 12 numa progressão desde tomate
verde a tomate vermelho especificando tanto a cor no seu aspecto gráfi-
co como a descrição de cada uma das classes.
Figura 3:
Escala de cor
para classificação 1 2 3
de tomate
4 5 6
7 8 9
10 11 12
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Figura 4:
Separação do Tomate
por côr
Calibre
A separação por calibres é baseada no diâmetro equatorial dos frutos
(não aplicável ao tomate “cereja”). Na Tabela 8 são apresentados os dife-
rentes calibres para o tomate.
Tabela 8:
Calibre (mm) Calibres estipulados
pela Norma Oficial
30 - 35 40 - 47 57 - 67 82 - 102
35 - 40 47 - 57 67 - 82 102 e superior
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Com o produto:
- A manipulação do tomate na linha de calibragem deve ser feita com
muita precaução, de forma a minimizar danos internos e externos.
EMBALAGEM
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CONSERVAÇÃO
Período de Conservação
Sendo um produto muito sensível ao manuseamento, o tomate permite
diferentes períodos de conservação consoante o seu estado de maturação
e variedade. Na Tabela 9 estão indicados os períodos de conservação
médios para os três estados de maturação do tomate.
Estado de maturação Verde Ponta rosa Vermelho Tabela 9:
Vida útil do tomate
Dias 21-28 7-14 2-4 para os três estados
de maturação
Temperatura Óptima
Uma boa gestão de temperatura durante a preparação e conservação do
tomate, é essencial para a manutenção da qualidade. Na Tabela 10 são
indicadas as temperaturas óptimas de conservação que variam com a
maturidade do fruto. Temperaturas inferiores às mencionadas conduzem
a lesões pelo frio, que se caracterizam por um desenvolvimento de cor e
sabor no amadurecimento não adequados, amolecimento prematuro,
aparecimento de manchas à superfície, acastanhamento das sementes e
aceleração do apodrecimento devido à Alternaria spp.
Tabela 10:
Estado de maturação Verde Ponta rosa Vermelho Temperaturas óptimas
de conservação para
Temperatura (°C) 12,5 – 15 10 – 12,5 7 – 10 os três estados de
maturação
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Resposta ao Etileno
A exposição do tomate verde ao etileno acelera o seu amadurecimento.
O tomate maduro produz etileno a taxas moderadas e a sua conservação
e transporte com produtos sensíveis ao etileno deve ser evitada.
DISTRIBUIÇÃO
Expedição
A distância entre o local de produção e o de consumo é por vezes muito
grande sendo necessário transporte refrigerado. O transporte com tem-
peratura controlada tem custos muito superiores aos do transporte à tem-
peratura ambiente, por isso a optimização dos veículos é ainda mais
importante. O carregamento para o transporte deve ser feito em
condições de temperatura e humidade relativa óptimas, referidas anteri-
ormente, sendo necessário o mesmo cuidado e precauções referidos para
as etapas anteriores. Apesar de normalmente serem usados veículos
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VENDA
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BIBLIOGRAFIA
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ANEXO I
Normas oficiais de qualidade para o tomate
(Regulamento CE nº 717/2001, de 10 de Abril)
1. Definição do produto
A presente norma diz respeito aos tomates das variedades (cultivares) de
Lycopersicum lycopersicum (L.) Karsten ex Faw/ Lycopersicum escu-
lentum Mill. que se destinem a ser apresentados ao consumidor no seu
estado fresco, com exclusão dos tomates destinados à transformação
industrial.
– inteiros,
– sãos; são excluídos os produtos que apresentem podridões ou alterações
que os tornem impróprios para o consumo,
– limpos, praticamente isentos de matérias estranhas visíveis,
– com aspecto fresco,
– praticamente isentos de parasitas
– praticamente isentos de ataques de parasitas
– isentos de humidade exterior anormal,
– isentos de odor e/ou sabor estranhos.
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2.2. Classificação
Os tomates são classificados nas três categorias a seguir definidas:
a) Categoria “Extra”
Os tomates classificados nesta categoria devem ser de qualidade superior
e de polpa firme e devem apresentar a forma, o aspecto e o desenvolvi-
mento característicos do da variedade em questão.
A sua coloração, relacionada com o estado de maturação, deve permitir-
lhes satisfazer os requisitos do último parágrafo do ponto 2.1.
b) Categoria I
Os tomates classificados nesta categoria deve ser de boa qualidade e sufi-
cientemente firmes e devem apresentar as características da variedade
em questão.
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c) Categoria II
Esta categoria abrange os tomates que não podem ser classificados nas
categorias superiores, mas respeitam as características mínimas acima
definidas.
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a) Calibre mínimo
O calibre mínimo do tomate classificado nas categorias “Extra”, I e II é
fixado em:
– 35 mm para os tomates “redondos” e “com nervuras”,
– 30 mm para os tomates “oblongos”.
b) Escala de calibragem
Os tomates são calibrados com base na seguinte escala de calibragem:
– 30 mm (inclusive) a 35 mm (exclusive),
– 35 mm (inclusive) a 40 mm (exclusive),
– 40 mm (inclusive) a 47 mm (exclusive),
– 47 mm (inclusive) a 57 mm (exclusive),
– 57 mm (inclusive) a 67 mm (exclusive),
– 67 mm (inclusive) a 82 mm (exclusive),
– 82 mm (inclusive) a 102 mm (exclusive),
– 102 mm ou mais.
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b) Categoria I
– 10% em número ou em peso, de tomates que não correspondam às ca-
racterísticas da categoria, mas respeitem as da categoria II ou, excep-
cionalmente, sejam abrangidos pelas tolerâncias desta última.
c) Categoria II
– 10% em número ou em peso, de tomates que não correspondam às ca-
racterísticas da categoria, nem respeitem as características mínimas,
com exclusão dos produtos com podridões, pisaduras significativas ou
qualquer outra alteração que os torne impróprios para consumo.
– No caso de tomates e cacho, 10%, em número ou em peso, de tomates
separados do pedúnculo.
5.2. Acondicionamento
Os tomates devem ser acondicionados de modo a ficarem conveniente-
mente protegidos.
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5.3. Apresentação
Os tomates podem ser apresentados :
6.1. Identificação
Embalador e/ou expedidor – nome e endereço ou identificação simbóli-
ca emitida ou reconhecida por um serviço oficial. Contudo, quando for uti-
lizado um código (identificação simbólica), a indicação “embalador e/ou
expedidor” (ou uma abreviatura equivalente) deve figurar na proximi-
dade desse código (identificação simbólica).
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