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PPGMNE, CESEC
1 APRESENTAÇÃO 4
1.1 Para quê serve esse manual? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 O CESEC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 O Programa de Pós-graduação em Métodos Numéricos em Engenharia . . . . . . . . 4
1.4 O Colegiado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
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5 PARA AMBOS OS ALUNOS 36
5.1 Abertura e Fechamento de Matrículas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.2 Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.3 Auxílio do PPGMNE aos alunos quanto a Publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
APRESENTAÇÃO
1.2 O CESEC
O CESEC é o lugar onde tudo acontece! Aulas, defesas de teses e dissertações, estudos, festinhas,
pesquisas e, também, é no CESEC que tomamos o delicioso cafezito da Maristela (A Maristela é
nosso anjo da guarda. Muito mais do que uma secretária é nossa ”maezona”).
O CESEC, ou Centro de Estudos de Engenharia Civil Professor Inaldo Ayres Vieira, iniciou
em 1982 como um órgão auxiliar do Setor de Tecnologia, com o intuito de reunir professores da
Construção Civil e alunos interessados em aprofundar seus estudos para a criação de um centro de
excelência na área.
Atualmente, o CESEC é um pólo gerador de estímulos científicos e técnicos, que coordena e real-
iza intensa atividade de educação, pesquisa e desenvolvimento dentro do campo de suas finalidades,
dentre as quais podem ser mencionadas: Estruturas, Geotecnia, Edificações, Métodos Computa-
cionais para Engenharia e Análise de Sistemas, dentre outros.
O CESEC está localizado no edifício LAME CESEC do Centro Politécnico da UFPR na cidade
de Curitiba. Suas instalações têm uma área aproximada de 400 m2, contendo secretaria, biblioteca
de apoio, salas de professores/pesquisadores, área de estudos e trabalho para alunos, laboratórios de
pesquisa e desenvolvimento, salas de aula e auditório com equipamentos para projeção e computa-
dores interligados em rede Gigabit e WiFi e sala de reuniões com equipamento de videoconferência.
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origens, Engenharias, Ciências Exatas e até mesmo das Ciências da Saúde. O elo comum entre eles
é o método computacional para a solução dos problemas de Engenharia.
O curso está apoiado em duas grandes áreas de concentração Mecânica Computacional e Progra-
mação Matemática. A Mecânica Computacional visa o aprofundamento de métodos tais como Ele-
mentos Finitos, Elementos de Contorno e outros, aplicados à modelagem de problemas da Mecânica
dos Sólidos, das Estruturas, Dinâmica, Análise Não-Linear, Fluidos e Calor, Eletromagnetismo, etc.
As linhas de pesquisa para a área de Mecânica Computacional são:
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Graduado em Licenciatura em
Matemática pela Universidade
Federal do Paraná (1986), Espe-
cialização em matemática Aplicada
pela UFPR (1991), mestrado em
Métodos Numéricos em Engen-
haria pela Universidade Federal
do Paraná (1998) e doutorado em
Engenharia de Produção pela Uni-
versidade Federal de Santa Catarina
Arinei Carlos Lindbeck da Silva
(2004). Atualmente é professor
Adjunto da Universidade Federal do
Paraná. Tem experiência na área
de Engenharia de Produção, com
ênfase em Logistica, Problema de
Roteamento de Veículos, atuando
principalmente nos seguintes temas:
roteirização, Transporte e Logística,
heurísticas, programação linear e
distribuição de energia elétrica.
Possui graduação em Engenharia
Elétrica - Universidad de Concep-
cion (1985), mestrado em Engen-
haria Elétrica pela Universidade Fe-
deral de Santa Catarina (1991) e
doutorado em Engenharia Elétrica
pela Universidade Federal de Santa
Catarina (1996). Atualmente é asso-
ciado I da Universidade Federal do
Aurora Trinidad Ramirez Pozo
Paraná (desde 1997). Tem exper-
iência na área de Ciência da Com-
putação, com ênfase em Inteligên-
cia Computacional, atuando princi-
palmente nos seguintes temas: Vida
Artificial (Computação Evolutiva,
Nuvem de Particula, etc..) e apli-
cações em Engenharia de Software e
Mineração de Dados.
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O programa, sendo estrito senso, visa a qualificação de pessoal para o exercício de atividades
profissionais de ensino superior e de pesquisa em instituições estatais, privadas e também para o
exercício de consultorias especializadas.
Métodos de otimização como os estudados no programa são de fundamental importância para
a indústria, pois sua aplicação permite alcançar um aumento de produtividade e conseqüentemente
de competitividade junto ao mercado mundial.
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1.4 O Colegiado
O colegiado é o órgão encarregado da supervisão didática e administrativa do curso e sua constituição
deverá contemplar a diversidade de atuação do corpo docente e discente pertencentes aos programas.
O COMENE (Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Métodos Numéricos em Engenharia)
é composto por: coordenador, que é seu presidente; vice-coordenador; pelo menos um representante
de cada área de concentração ou de linha de pesquisa, portador de título de doutor ou grau equiva-
lente e escolhido por seus pares de área dentre os professores credenciados do curso; representantes
discentes, em número equivalente a 15 (um quinto) do total dos membros do colegiado, desprezada a
fração, eleitos pelos alunos matriculados no programa.
A eleição das representações será convocada pelo coordenador e realizada até 30 (trinta) dias
antes do término do mandato dos membros em exercício.
Os representantes discentes atualmente são:
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2.1 Biblioteca
Todo início de ano, com a entrada de novos alunos, a secretaria do Programa manda para a Biblioteca
uma lista com os nomes dos alunos que estão ingressando no Mestrado ou Doutorado. Para que
esses alunos possam fazer a retirada de livros, é necessário que leve a biblioteca uma foto 3𝑋4 e um
documento de identificação com foto (RG, carteira de motorista, etc...), com os quais a Biblioteca
fará uma ”carteirinha” para o acesso dos alunos na retirada de livros, pedido de artigos, revistas,
jornais, monografias, etc.
Além disso, os alunos podem ter acesso as Teses e Dissertações que ficam guardadas no próprio
CESEC. Basta fazer um cadastro na secretaria.
2.2 ”Caixinha”
A ”caixinha” é usada para comprar café, chá, biscoitos, água, guardanapos e outros produtos de
consumo para a copa e banheiros. A cada mês, todos os frequentadores do CESEC contribuem com
uma quantia em dinheiro para poder desfrutar desse conforto.
2.3 Segurança
Cabe aos alunos zelar pela segurança do espaço de estudos, não autorizando que estranhos entrem
no local, não emprestando seu cartão pessoal de acesso, ou qualquer outro instrumento utilizado ao
acesso, etc. Apenas os alunos matriculados podem circular pelas salas de estudos. Qualquer outra
pessoa (mesmo pais e amigos) deve se identificar na secretaria.
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1. dedicação integral ao curso (o aluno deve comparecer todos os dias, de segunda-feira a sexta-
feira no CESEC para aulas, estudos ou qualquer tipo de trabalho relacionado ao Programa,
as suas pesquisas ou projetos);
3. se possuir vínculo empregatício, estar liberado das atividades profissionais, sem vencimentos;
4. não acumular a bolsa com bolsa/auxílio de outra instituição de fomento. O Programa conta
com bolsas do CAPES, CAPES/Reuni e CNPq.
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2.7 Resoluções
Para maiores informações, consultar as seguintes resoluções no site do Programa (www.ppgmne.ufpr.br)
RESOLUÇÃO 𝑁 𝑜 65/09-CEPE (sujeita a alterações internas do PPGMNE).
RESOLUÇÃO 𝑁 𝑜 62/03-CEPE
RESOLUÇÃO 𝑁 𝑜 01/03-PPGMNE
RESOLUÇÃO 𝑁 𝑜 01/05-PPGMNE
ATAS 𝑁 𝑜 59 e 60-COMENE
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3.1 Ingresso
Para ingressar no Mestrado do Programa, é necessário que o interessado faça a prova de seleção
oferecida todos os anos (geralmente em Fevereiro) pelo curso. Além da nota obtida na prova,
serão analisados os documentos entregues pelo aluno na secretaria e, se necessário, também será
realizada uma entrevista. Depois desse processo, o resultado será informado no site do Programa
(www.ppgmne.ufpr.br).
3. cópia do diploma do curso de graduação reconhecido pelo MEC, ou declaração de estar cur-
sando o último período do curso de graduação reconhecido;
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3.5 Obrigações
O COMENE decidiu (ATA 𝑁 𝑜 59) que os alunos bolsistas deverão assistir a apresentação de no
mínimo sete defesas no período de dois anos, podendo ser de qualquer área de concentração, justifi-
cando a não presença nas demais, quanto aos alunos não bolsistas, estes deverão assistir cinquenta
por cento das defesas no nosso programa no período de dois anos.
3.6 Publicações
O aluno de mestrado deverá comprovar a publicação de no mínimo um trabalho completo ou em
Congresso Nacional ou Internacional reconhecido ou a submissão de artigo à revistas especializadas
e indexadas e classificadas com conceito "A"ou "B"na lista de periódicos QUALIS da CAPES, com
aprovação do seu orientador, relativo às suas atividades no curso ou da dissertação, até a entrega da
versão definitiva da dissertação.
Em todas as publicações citadas acima, deve constar o nome do orientador.
Quanto mais artigos publicados pelo mestrando, melhor será a sua avaliação quanto ao ingresso
em um doutorado (seja no nosso programa ou em outros), em concursos, etc.
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4.1 Ingresso
O processo é contínuo, a documentação é analisada pelo Colegiado do PPGMNE que exara parecer
conclusivo sobre o pedido de inscrição ao doutorado, inclusive sobre o aproveitamento de créditos, o
qual deve ser entregue por meio de uma carta de solicitação de equivalência de créditos, escrita pelo
aluno requerente e entregue juntamente com a documentação exigida pelo PPGMNE.
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4.4 Obrigações
O COMENE decidiu (ATA 𝑁 𝑜 59) que os alunos bolsistas deverão assistir a apresentação de no
mínimo quatorze defesas no período de quatro anos, podendo ser de qualquer área de concentração,
justificando a não presença nas demais, quanto aos alunos não bolsistas, estes deverão assistir cin-
quenta por cento das defesas no nosso programa no período de quatro anos.
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requerimento de defesa do projeto de tese, pelo menos três cópias do projeto redigido de acordo com
as normas ABNT e Biblioteca Central da UFPR. Em caso de reprovação o aluno poderá realizar a
defesa mais uma vez em até seis meses. Nova reprovação implicará em desligamento do aluno do
curso.
4.6 Publicações
O aluno de doutorado deverá comprovar a publicação de no mínimo:
2. a submissão e aceitação de: um artigo completo em revista indexada de QUALIS ”A” ou dois
artigos completos em revista indexada de QUALIS ”B” da CAPES, com aprovação do seu
orientador, relativo às suas atividades no curso ou da dissertação, até a entrega da versão
definitiva da tese, conforme decidido na reunião de 𝑁 𝑜 60 do COMENE.
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5.2 Conceitos
Uma das maiores dúvidas dos alunos é com relação as notas. Fica definido então: conceito ”A” (para
notas de 9 acima), conceito ”B” (para notas entre 8 e 8.9), conceito ”C” (para notas entre 7 e 7.9).
Notas abaixo de 7 obterão conceito ”D”, o que significa que você está reprovado naquela matéria.
Para cada ”C” que o aluno obtiver, ele necessitará de um ”A”, pois a média do programa é "B".
É permitido que refaça uma única vez cada disciplina e será válido o último conceito. Assim, se você
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tirou ”C” em Tópicos Avançados de Matemática para Engenharia (disciplina que é obrigatória tanto
para os alunos de Programação Matemática, como para os alunos de Mecânica Computacional),
poderá refazer esta disciplina no ano seguinte visando obter nota superior, ou fazer qualquer outra
disciplina do programa e obter conceito ”A”, para compensar o ”C”.
Por exemplo, no caso do mestrado, o aluno que não alcançar conceito ”B” até o final de 24 meses
com, no mínimo, 18 créditos completados, será desligado do programa.
Se o aluno obtiver conceito ”D”, o que ele precisa fazer? Precisa refazer a matéria na qual tirou o
”D”, seja ela uma matéria obrigatória ou optativa. O aluno poderá repetir, no máximo uma vez, duas
disciplinas nas quais tenha obtido conceito ”D”, antes de ser cancelada sua matrícula no Programa.
2. Com pagamento de até três diárias no valor total de R$330,00. Para isso o aluno precisa
fazer o pedido à secretaria com pelo menos 20 dias de antecedência e após a viagem necessita
apresentar os seguintes documentos:
É importante que o pedido para participação nos congressos seja realizado com antecedência.
Pelo menos 15 dias antes, mas de preferência informar a secretaria com mais de 20 dias.
O aluno de mestrado deverá participar de pelo menos um congresso e o de doutorado de pelo
menos 2 congressos. O PPGMNE se compromete a auxiliar das formas 1) ou 2) o aluno de mestrado
em mais do que um congresso, e o aluno de doutorado a mais do que dois congressos, dependendo
da disponibilidade financeira do programa.
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Anexo A
A partir da página seguinte, segue um exemplo de modelo de projeto. O aluno tem total liberdade
para escrever o seu projeto da forma que achar mais adequada, com a supervisão do seu orientador.
Deve lembrar apenas, que os requisitos abaixo como: introdução, objetivos, metodologia, etc...
devem estar presentes.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PROJETO DE PESQUISA
Modelagem matemática para o tráfego de pedestres.
Curitiba-PR
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A.1 INTRODUÇÃO
A introdução deve conter: o problema, os objetivos, a justificativa.
As teorias de tráfego de pedestres buscam descrever de uma maneira matemática as iterações
entre os pedestres e a infra-estrutura. A infra-estrutura consiste no sistema de ruas e outras vias
públicas por onde estes pedestres circulam e em todos os seus elementos operacionais, incluindo
dispositivos de controle, semáforos e sinais de trânsito. Estas teorias são indispensáveis em todos os
modelos de tráfego de pedestres e ferramentas para a análise de operações nas vias em geral. Na
década de trinta, surge na Inglaterra as primeiras tentativas de sinalização para pedestres e a partir
daí os estudos tem avançado. Desde os anos sessenta muitos estudos têm sido dedicados para a
determinação de uma lei que vincule a velocidade das caminhadas com a densidade das multidões.
A maioria destes estudos pertence ao campo de pesquisa de transporte e visa controlar o layout e
as dimensões da caminhada dos pedestres mais facilmente [1], [10]. Nos anos recentes, pesquisas
foram dirigidas para o estudo de padrões de fluxo de multidões sob situações de emergência [11],
e uma crescente atenção foi dedicada aos efeitos do comportamento das multidões na dinâmica de
estruturas no campo do engenheiro civil [12]. Por causa do grande número de fatores que podem
afetar o comportamento dos pedestres (idade, cultura, gênero, propósito da viagem, tipo de infra-
estrutura, direção da caminhada), podem ser achados diagramas fundamentais bastante diferentes
na literatura. Para caracterizar este comportamento, surgiu um estudo de características do tráfego
de pedestres envolvendo modelos descritos por equações diferenciais e íntegro-diferenciais, ou seja,
modelos aplicáveis na área da teoria cinética e macroscópica.
Muitos autores vêm pesquisando e publicando trabalhos referentes ao tráfego de pedestres. A
literatura existente é relatada em vários artigos revistos entre outros: Fruin [1], Weidmann [2],
Virkler [3], Older [4], Sarkar [5] , Tanariboon [6], Daamen [7], Hughes [8], onde o foco para estes
trabalhos dá-se em diferentes aspectos tais como: modelagem matemática e física, desenvolvimento
de esquemas computacionais, problemas analíticos, etc.
O livro de Kerner [9] fornece uma interpretação física detalhada dos fenômenos de tráfego que
focalizam os vários eventos observados que devem ser corretamente descritos por modelos matemáti-
cos. A estrutura geral do ponto de vista físico é fundamental para se obter a modelagem matemática
adequada. O número de partículas ativas no sistema é constante no tempo, entretanto não são homo-
geneamente distribuídas no espaço. Os pedestres devem ser considerados como partículas ativas que
diferem uns dos outros. Ou seja, o comportamento correto do ser humano no tráfego de pedestres
depende de aprendizado e de condições físicas plenas, isto é, sem deficiências sensoriais, mentais
ou motoras. Desta forma, as propriedades dos pedestres diferem de caso para caso, conseqüen-
temente suas características específicas não podem ser consideradas constantes no sistema. Com
isso, o raciocínio anterior sugere incluir uma descrição apropriada para modelar as características
específicas do sistema pedestre-meio. Os fenômenos para o fluxo de pedestres, como quase todos os
sistemas do mundo real, podem ser representados em escalas diferentes.
Ainda há poucos trabalhos específicos sobre pedestres. A modelagem dos fenômenos do tráfego
por métodos da teoria cinética de partículas ativas, ainda não apresenta respostas satisfatórias
quanto a:
1. A seleção da escala apropriada para a descrição do sistema: microscópica, macroscópica ou
estatística;
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• Descrição cinética, quando o estado do sistema é identificado ainda pela posição e pela veloci-
dade dos pedestres, entretanto sua identificação não se refere a cada indivíduo, mas a uma
distribuição apropriada da probabilidade sobre o estado microscópico considerado como uma
variável aleatória. O modelo matemático descreve a evolução da função de distribuição acima
por equações íntegro-diferenciais não-lineares.
Um dos objetivos principais desta pesquisa é a descrição macroscópica do fluxo de pedestres e sua
modelagem, contudo a modelagem microscópica com a interpretação de resultados experimentais
também irá ser realizada. Certamente, os modelos microscópicos podem contribuir à descrição
matemática da interação entre pedestres em modelos cinéticos; quando macroscópicos os modelos
têm que ser relacionados às equações empregadas em métodos assintóticos apropriados às equações
cinéticas.
Este programa de pesquisa descreve acima as interpretações físicas que serão inicialmente consid-
eradas, assim como as descrições e modelagens utilizadas com o objetivo de superar as dificuldades
técnicas descritas apresentadas no texto anteriormente.
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ou seja, o pedestre não é uma simples partícula mas um sistema pedestre-meio de modo que uma
das considerações leva em conta a reação do pedestre. Esta consideração tem embasamento na
análise crítica proposta por Daganzo [15] assim como por Bellomo at all [16]. Segue abaixo algumas
especificações do problema que serão consideradas:
5. Uma partícula do fluido é sensível a qualquer perturbação, seja dianteira, lateral ou traseira,
entretanto o pedestre comporta-se como uma partícula anisotrópica, um corpo fisicamente
homogêneo, mas cujos valores de certas propriedades físicas e químicas variam com a direção,
que na maior parte das vezes é sensível apenas a perturbações frontais.
Realmente, as considerações relatadas de (1)–(3) são altamente gerais e podem ser aplicadas a
uma grande variedade de equações da física-matemática. Entretanto, os itens (4) e (5), com caracte-
rísticas específicas do sistema complexo, serão uma das bases do desenvolvimento deste projeto.
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todo o trabalho.
c) Obtenção dos resultados e comparação com resultados experimentais: Serão obtidos os resul-
tados numéricos que serão comparados com os resultados experimentais.
d) Análise geral e compilação dos resultados: Após a execução das etapas anteriormente descritas,
os resultados obtidos através dos modelos desenvolvidos serão analisados e compilados de maneira
geral, e deverão ser submetidos à publicação.
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A.8 CONCLUSÃO
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Referências Bibliográficas
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355: p. 1-15.
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Control, 1968. 10(4): p. 160-163.
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[6] Tanariboon, Y., S.S. Hwa, and C.H. Chor, Pedestrian Characteristics Study in Singapore. Jour-
nal of Transportation Engineering, ASCE, 1986. 112(3): p. 229-235.
[7] Daamen, W., SimPed: A Pedestrian Simulation Tool for Large Pedestrian Areas, in Conference
Proceedings EuroSIW. 2002.
[8] Hughes, R.L., A continuum theory for the flow of pedestrians. Transportation Research Part B,
2002. 36: p. 507-535.
[9] Kerner B., The physics of traffic: empirical freeway pattern features, engineering applications,
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[10] Daamen,W., Modelling passenger flows in public transport facilities. PhD thesis, Delft Univer-
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[12] Venuti, F. , L. Bruno, and N. Bellomo. Crowd dynamics on a moving platform: Mathematical
modelling and application to lively footbridges. Mathematical and Computer Modelling, 45:252-
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[13] Daamen, W., S.P. Hoogendoorn, and P.H.L. Bovy. First-order Pedestrian Traffic flow The-
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Academy Press.
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[15] Daganzo C., Requiem for second order fluid approximations of traffic flow,Transpn. Res. B,
29B, 277-286, (1995).
[16] Bellomo N., Coscia V. and Delitala M., On the mathematical theory of vehicular traffic flow I
- Fluid dynamic and kinetic modeling. Math. Mod. Meth. Appl. Sci., 12, 1801-1844, (2002).
Realização:
Josué Ervin Musial
Marcelo Valentini
Marco André Argenta
Marina Vargas R. P. G. Ferreira
Tiago Martinuzzi Buriol
Wyrllen Everson de Souza
Zizelane Mateus
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