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CURSO DE DIREITO

DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 01

QUESTÃO RELACIONADA COM LICITAÇÃO E AÇÃO


POPULAR

Os jornais do dia 28/12/2000 anunciaram que a


PETROBRAS pagou R$ 700.000,00 à Empresa de Publicidade
XPTO para fazer um estudo destinado a melhorar o seu nome
no exterior e facilitar a sua internacionalização. A Empresa de
Publicidade XPTO, indicada pelo Presidente da Petrobras,
entre as medidas propostas sugeriu a mudança do nome da
Petrobrás para PETROBRAX. Diz a reportagem que essa
proposta foi aceita e que, em consequência, a Petrobras
(agora PETROBRAX) gastará mais 50 milhões de dólares para
mudar seu nome em todos os lugares, documentos e
registros necessários, logotipo etc.
A notícia revoltou milhões de brasileiros que querem
impedir a concretização da mudança do nome judicialmente.
Responda fundamentadamente.
1) Que medida judicial poderia ser proposta, quem
poderia propô-la, onde e contra quem?
2) Qual seria o fundamento dessa medida?
3) O Ministério Público tem legitimidade para propor
essa medida? Teria que nela atuar?
4) Essa ação admite litisconsorte? Que efeitos
produzirá a sentença?

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DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 02

O Estado de Tocantins pretendia adquirir 20


aparelhos de ar refrigerado para instalar na sede da
Secretaria de Educação. Realizou licitação, sob a modalidade
de tomada de preços, esclarecendo no edital que a entrega
dos aparelhos seria imediata e que a empresa contratada
assumia a obrigação de dar assistência técnica pelo prazo de
6 meses. O Diretor do Departamento de Contratos queria
dispensar o termo de contrato, mas o Assessor Jurídico da
Secretaria entende que a hipótese exigia a documentação
formal do ajuste. Quem você acha que tem razão no caso?
Justifique e dê a base legal que ampara seu entendimento.

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DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 03

Abertas as propostas da licitação, verifica-se que o


valor da contratação das obras e serviços dela objeto
ultrapassa a modalidade licitatória escolhida. É possível,
nessa fase do procedimento, reduzir o prazo do futuro
contrato, previsto no instrumento convocatório, visando
diminuir o valor do ajuste, concedendo, para tanto, novo
prazo para apresentação de propostas substitutivas?
(Fundamente).

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CURSO DE DIREITO

DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 04

QUESTÃO ENVOLVENDO NULIDADE DO EDITAL DE


LICITAÇÃO, SUA APRECIAÇÃO E REVISÃO PELO
JUDICIÁRIO.

O presidente da comissão de licitação do


Departamento de Ttransportes do Estado do Rio de Janeiro ,
excluiu Caio Silva da participação do procedimento licitatório
para delegação de permissão de serviço de transporte público
alternativo , através de ato administrativo ,que condicionava
a participação no certame , à exigência de comprovação de
residência, na Cidade do Rio de Janeiro ,por período mínimo
de dois anos. Inconformado com tal exigência , ao seu ver
não razoável e atentatória ao princípio constitucional da
igualdade , Caio Silva impetrou mandado de segurança ,
alegando violação a direito líquido e certo , tendo como base
o disposto no art.37 , XXI , da CRFB/88 e o princípio
administrativo da impessoalidade , com o escopo de anular
ato editalício. Responda fundamentadamente;.

É cabível , na hipótese alvitrada , a impetração do


referido “writ”?
Se cabível , contra quem deverá ser impetrado e
qual o órgão competente para julgá-lo?
A exigência feita no edital ofende o princípio da
isonomia entre os eventuais licitantes?
Ainda acerca da exigência feita no edital , ela avilta o
princípio da razoabilidade? Por quê?

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Considerando que o ato é ofensivo ao princípio da


razoabilidade , é lícito ao Judiciário , neste caso , examinar os
aspectos de oportunidade e conveniência do ato? Por quê?
O ato do praticado pelo presidente da comissão de
licitação é ato administrativo vinculado ou discricionário? Por
quê?
Considerando que o ato praticado é discricionário ,
quais são as hipóteses permitidas ao Judiciário de apreciação
e revisão do ato , sem que haja interferência entre os
Poderes?
Caio obterá sucesso na demanda proposta?

DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 05

QUESTÃO ENVOLVENDO PRECATÓRIOS

À vista de repercussão do famigerado “Escândalo dos


Precatórios”, farta e estrepitosamente divulgado pela
imprensa, o Presidente, no senado, na CPI dos precatórios,
pede-lhe que emita parecer, à luz do art. 100 da Constituição
Federal e do art. 33 e Parágrafo Único do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias – ADTC, para esclarecimento do
seguinte:

Nome do Consultor Jurídico do Senado Federal:


MANUEL DE SOUZA

Que precatórios poderiam ser pagos por Estados e


Municípios mediante emissão de título de dívida pública?

Em que montante e na dependência de que


formalidade?

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CURSO DE DIREITO

O produto da venda dos títulos emitidos


especificamente para esse fim teria de ser posto a disposição
de que Poder para pagamento do montante do dispêndio
correspondente?

DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 06

PARECER ENVOLVENDO EMPRESA PÚBLICA E


LICITAÇÃO

A empresa da qual você é advogado recebe proposta


de empresa estrangeira no sentido de que constitua com ela
um consórcio, a fim de participarem de uma licitação para
realização, no Brasil, de obra pública de grande vulto. Sendo
o capital da empresa estrangeira 10 ( dez ) vezes maior que o
da sua empresa, pretende aquela a liderança do consórcio a
ser constituído. Para orientação de uma resposta à
proponente, a Diretoria pede-lhe um parecer em que sejam
abordados os seguintes pontos:

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É possível a participação de empresas em consórcio


nas licitações para obras públicas?

Se afirmativa a resposta ao primeiro quesito, é


possível consorciarem-se, para esse fim, uma empresa
brasileira e uma empresa estrangeira?

Se afirmativa a resposta aos quesitos anteriores, e


dado que, para a, empresa, seria de interesse relevante,
viabilizar a aceitação da proposta, seria possível atender à
pretensão da proponente de liderança do consórcio?

PARECER:

A Empresa Consulente pretende participar de


licitação de obra pública de grande vulto, consorciada em
determinada Empresa estrangeira que possui capital superior
ao seu. Além disto, a retro citada Empresa estrangeira,
pleiteia a liderança do consórcio.

Inicialmente faz-se mister esclarecer alguns pontos.


Considerando as informações contidas na consulta em
destaque e o montante que deverá ser gasto pela
Administração pública, resta dúvida tratar-se de uma licitação
na modalidade concorrência.

A concorrência está prevista no art. 22, inciso I e


demais artigos subseqüentes, da Lei n. 8.666/93. Cabe
transcrever a lição do prof. Adilson de Abreu Dallari:

“ Concorrência é a modalidade de procedimento


licitatório efetuada mediante convocação genérica a um
número indeterminado de pessoas, cuja idoniedade se
verificará no curso do procedimento, e que, em função da
máxima amplitude do chamamento, exige grande
publicidade. É o chamamento mais geral possível; destina-se
a toda e qualquer pessoa eventualmente interessada, que, no
curso da licitação, puder demonstrar preencher os requisitos
expressamente requeridos pela Administração num edital,
que é afixado em lugar visível, publicado, divulgado pôr todos
os meios possíveis e convenientes. “ ( DALLARI, Adilson de

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Abreu, “Aspectos jurídicos da Licitação “; Ed. Saraiva; 1997,


págs. 78/79.

Em que pese o fato do valor ser critério


preponderante para a escolha da modalidade de licitação
adequada para cada caso concreto, é defeso ao poder Público
fazer uso da “modalidade inferior” em detrimento da
“modalidade superior”. Ou seja, não pode a Administração
Pública interessada, fazer uso da modalidade tomada de
preço quando na verdade seria caso de aplicação da
modalidade concorrência.

Todavia, doutrina e jurisprudência aceitam sem muita


controvérsia a adoção da modalidade concorrência para
qualquer contratação que venha a ser efetuada pela
Administração Pública, ainda que seu objeto seja típico da
modalidade convite. Tal posicionamento encontra ainda,
amparo no § 4o , do artigo 23, da lei 8666/93, que ora
transcreve-se:

“Art. 23- ........

§ 4o – Nos casos....................

Feito o breve comentário acima sobre a modalidade


licitatória denominada concorrência, cabe agora conceituar
consórcios para fim de licitação.

Recorre-se, neste caso, ao festejado administrativista


prof. Hely Lopes de Meirelles:

“, pág. 28 Consórcio de empresas ou firmas é a


associação de dois ou mais interessados na concorrência
( empresas ou profissionais ), de modo que, somando técnica,
capital, trabalho e Know how, possam executar um
empreendimento que, isoladamente, não teriam condições de
realizar. Não é, portanto, uma pessoa jurídica, mas simples
reunião operativa de firmas, contratualmente comprometidas
a colaborar no empreendimento para qual se consorciam,
mas mantendo cada uma sua personalidade própria”
( MEIRELLES, Hely Lopes de; “Direito Administrativo
brasileiro. Ed. Malheiros; 18a , 19936 )
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CURSO DE DIREITO

No mesmo sentido, seguem as definições adotadas


pelos profs. Celso Antônio Bandeira de Mello e Diógenes
Gasparini, sendo que ambos ressaltam o fato de não haver
formação de uma nova empresa, mas apenas a união de duas
ou mais existentes

Ademais, destaca-se que a finalidade do consórcio de


empresas é a soma de esforços para a realização de objeto
licitado quando este for vultuoso, complexo ou de alto custo
para as empresas isoladamente.

Os consórcios de empresas estão disciplinados pelos


artigos 278 e 279 da lei 6.404/76, cabendo a transcrição do §
1o , do artigo 278 retro citado:

“Art. 278 – ( Não escreve )


§ 1o – O consórcio....... ( escreve )......

A fundamentação legal para a formação de consórcio


de empresas do que tange a licitações, encontra-se no art.
33, da Lei n 8.666/93. Importante destacar que, uma vez
autorizado pelo ato convocatório da licitação ( no caso da
concorrência, será o edital ), será permitida a formação de
consórcio.

Na hipótese cima, cada uma das consorciadas terá


que cumprir as exigências dos artigos 24 a 33 da Lei
8.666/93, individualmente.

Ante ao exposto, passa-se a responder os


questionamentos formulados pela Empresa Consulente.

A primeira indagação diz respeito a possibilidade


jurídica de formação de consórcios de empresas para a
participação em licitação de obras pública. Diante da dicção
do artigo 33, da Lei 8.666/93, percebe-se que essa
possibilidade existe, cabendo ao instrumento convocatório
assim autorizar.

Feito isso, cabe aos interessados observarem além do


edital, os incisos e parágrafos do artigo acima citado.
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CURSO DE DIREITO

Segundo questionamento diz respeito a possibilidade


de formação de consórcio entre empresas brasileiras e
estrangeiras.

O Direito pátrio não faz tal distinção assegurado a


igualdade entre brasileiros e estrangeiros ( art. 5o , caput,
CF/88 ), ressalvada as exceções previstas pela própria
constituição Federal ( e somente nela ).

Logo, não há proibição constitucional ou legal que


iniba a participação de empresas estrangeiras, consorciadas
ou não de certames. Podem haver impedimentos de outra
natureza, como por exemplo, a não autorização para a
formação de consórcios, a aplicação do inciso II, do art. 9o , da
Lei 8.666/93, a inabilitação da licitante por falta de
documentação etc.… .

Note-se que os motivos expostos acima não guardam


nenhuma relação com a condição jurídica da empresa
perante o Estado brasileiro, não importando se ela é nacional
ou estrangeira.

Resta agora o último questionamento que, por sua


vez, é o mais complexo. Poderia a empresa estrangeira
liderar o consórcio?

Nesse ponto existe divergência entre a doutrina e lei,


pois o § 1o , do artigo 33 da Lei n. 8.666/93, já citado nesse
Parecer, tem a seguinte redação:

“Art. 33 ... ( n. escrever )


§ 1º ...... ( escrever )...

Segundo entendimento de boa parte da doutrina


especializada, impedimento consignado no dispositivo legal
supracitado, colide com o princípio da isonomia e com o
princípio da livre concorrência, ambos abrigados pelo Texto
Constitucional vigente.

O prof. Marçal Justen Filho, defende que cabe ao ato


convocatório estabelecer as regras sobre a liderança do
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CURSO DE DIREITO

consórcio, compete aos interessados definir, no caso


concreto, a sociedade que assumirá essa, posição.

Adverte-se porém, que até a presente data, não foi


apreciada pelo Poder competente a constitucionalidade do
dispositivo legal citado acima. Sem adentrar na discussão
quanto ao critério adotado pelo Brasil para o controle de
constitucionalidade de suas leis ( se político, jurídico ou
misto ), o parágrafo 1o , do art. 33 da Lei 8.666/93, continua
em vigor.

Logo, diante do princípio da legalidade e da


separação e harmonia dos Poderes, onde é defeso a
exorbitação de competências, entendo que não é possível
aceitar a empresa estrangeira como líder do consórcio.

Destarte, conclui-se respondendo positivamente as


duas primeiras indagações formuladas pela Empresa
Consulente; e de forma negativa a última pergunta, com a
ressalva da discussão doutrinária existente quanto a
constitucionalidade do dispositivo legal que restringe o direito
das empresas estrangeiras de liderarem os consórcios
empresariais dentro dos procedimentos licitatórios.

DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 07

QUESTÃO ENVOLVENDO LICITAÇÃO

A Lei n. 8.666/93 veda a preferência de marca.


Pergunta-se: essa vedação é absoluta? Como compatibilizar a
vedação da escolha de marca com o princípio da
padronização das compras feitas pela Administração? Se a
vedação não é absoluta, que circunstâncias autorizam a
escolha da marca? Qual o seu POSICIONAMENTO sobre a
questão?

Resposta:

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A Lei n. 8.666/93 refere-se à vedação da escolha de


marca em dois momentos. No art. 7°, § 5°, ao referir-se a
obras e serviços, e no art. 15, § 7°, inc. I, relativo às compras.

Ao regular as obras e serviços, o legislador veda que


o objeto da licitação "inclua bens e serviços sem similaridade"
ou com "marcas, características e especificações exclusivas''.
A regra não é absoluta, no entanto, posto que, sempre que
houver uma justificativa técnica para a preferência, será
possível fazê-la.

Decorre já desse primeiro dispositivo em análise que


a vedação de escolha de marca não é absoluta.

Nesse sentido, registre-se, por exemplo, que o art. 3°,


§ 1°, inc. I, veda a inclusão nos editais de cláusulas restritivas
que sejam impertinentes ou irrelevantes para o específico
objeto do contrato. Assim, resulta evidente que, se houver
uma justa causa para a preferência, possível será que o
administrador escolha a marca desejada.

Da mesma forma, embora o legislador vede a


indicação de marca nas compras, impõe que a Administração
dê preferência ao princípio da padronização (art. 15, inc. I).
Ora, padronizado o material utilizado pelo órgão público, a
partir de procedimento específico, as aquisições
supervenientes só serão viáveis se houver a indicação da
marca padronizada, sem que, nessa hipótese, qualquer
ilegalidade seja cometida.

A proibição de que a Administração dirija o


procedimento licitatório de forma a escolher determinada
marca é um corolário do princípio da igualdade, assegurado
pela Constituição Federal.

É importante que se perceba, no entanto, que a


vedação atinge a escolha imotivada de marca, posto que,
nesse caso, o administrador está violando o direito de todos
que se encontrem em iguais condições de atender a uma
necessidade da Administração, e que, dessa forma, têm
frustrado seu direito de participar do procedimento em função
de uma exigência descabida do Poder Público.
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CURSO DE DIREITO

Se a Administração necessita de um bem


determinado, com características tais que somente uma
marca específica é capaz de atender, não existe, em
princípio, uma pluralidade de contratantes potenciais, vez
que apenas aquela marca atende às necessidades do órgão
público.

Ressalte-se, no entanto, que deve haver uma


justificativa sólida para essa preferência. Justificativas
genéricas - como "é a que melhor atende aos interesses da
Administração'', "por ser de melhor qualidade", "por
preservar a qualidade de ensino" - não são suficientes, por si
sós, para autorizar que a Administração inclua em seu
instrumento convocatório a preferência por tal ou qual marca.
É necessário que a justificativa demonstre que, tecnicamente,
só aquela marca atende às necessidades específicas da
Administração, perfeitamente individualizadas e
demonstradas.

Imagine-se a seguinte hipótese: para desenvolver


uma dada pesquisa, foi adquirida uma determinada matéria-
prima, um reagente químico específico. Se para continuidade
dessa pesquisa for necessária nova aquisição, poder-se-ia
fazer a indicação da marca desejada na hipótese de outra
marca qualquer, similar à inicialmente adquirida, implicar
possibilidade de desvio do resultado já obtido inicialmente.
Nessa hipótese, se o fato estiver justificado nos autos, legal
será a opção de marca pela Administração, posto que apenas
um determinado produto reúne condições de atender a
contento à necessidade específica do órgão público.

Em suma, é preciso que o contratante comprove,


justificadamente, que não está dirigindo a licitação,
favorecendo qualquer particular em detrimento de outro.

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DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 08

QUESTÃO ENVOLVENDO PARECER SOBRE LICITAÇÃO

Mediante ofício nº 287/CM, de 27.12.00, o Senhor


Presidente da Câmara Municipal “X”, formula consulta a esse
Egrégio Tribunal de Contas, sobre qual a conduta a ser
adotada para a formalização de processo para a contratação
de Assessor Técnico Legislativo, com fundamento no art. 25,
inciso II da Lei nº 8.666, de 21.06.93 (inexigibilidade de
licitação por notória especialização).

O Consulente desdobra seu questionamento em sete


itens referentes a: designação de comissão, proposta de
preço, documentação pertinente às reuniões, abertura e
julgamento da proposta, laudo do parecer de justificativa da
inexigibilidade de licitação, publicação do laudo e parecer da
comissão, contrato e publicação.

PRELIMINARMENTE

Não obstante a afirmação do Consulente em relação


a contratar Assessor Técnico Legislativo, fundamentado em
notória especialização, com inexigibilidade de licitação, dirige
sua consulta no sentido de obter informações sobre o
procedimento formal da licitação para a contratação
pretendida.

Claro está que se a contratação se der por notória


especialização a Administração Pública não necessita
promover a licitação, atendendo-se contudo, às exigências
contidas na norma pertinente à espécie.

NO MÉRITO

A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que rege


Licitações e Contratos da Administração Pública trata sobre a
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CURSO DE DIREITO

inexigibilidade de licitação por notória especialização, em seu


art. 25, inciso II, § 1º, in verbis:

“ Art. 25. É enexegível a licitação quando houver


inviabilidade de competição, em especial:

I - ......

II- para a contratação de serviços técnicos


enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada
a inexibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III - .......

§ 1º. Considera-se notória especialização o


profissional ou empresa cujo conceito no campo se sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos,
experiências, publicações, organização, aparelhamento,
equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscuivelmente o mais adequado à plena satisfação do
objeto contratado”

Por sua vez o art. 13 acima mencionado prevê que:

“ Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se


serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos
relativos a:

I - .....

II - ....

III – Assessorias ou consultorias técnicas e auditorias


financeiras ou tributárias. “ (grifamos)

Há que se compreender que o disposto no inciso II do


art. 25 deve ser entendido em harmonia com o art. 13, o qual
enumera os serviços técnicos profissionais especializados
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CURSO DE DIREITO

(inciso I a VII), que a própria lei considera especializado, ou


seja, de natureza singular.

Quando se diz natureza singular, esta se refere a


serviços especializados, que por serem especiais são
singulares.

Reportando-nos ao conceito da palavra “singular”


extraída do Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva, volume IV,
pg. 1.457, depreende-se que a mesma “exprime ou dá
qualidade do que é simples, individual, particular, especial”.

O especial individualiza, determina a coisa certa ou


fixa certo ato, e por ele se evidencia a singularidade e o
caráter privativo do ato ou fato.

Assim, se qualquer particular estiver capacitado a


desempenhar satisfatoriamente o serviço, não se considera,
pois a natureza singular aquilo que pode ser executado por
numerosos profissionais ou empresas.

Por outro lado, ao pretender o Administrador Público


valer-se do inserido no art. 25, inciso II, deverá conjugar a
natureza singular do serviço a ser prestado à notória
especialização do profissional ou empresa a se contratar.

A conceituação de notória especialização encontra-se


esposada no § 1º do art. 25, e determina os requisitos do
profissional ou empresa para que assim sejam considerados.

A tartar sobre o tema, o eminente Ministro do


Supremo Tribunal Federal, Rafael Mayer, firma entendimento
no sentido de que:

“ O verdadeiro sentido do dispositivo deve ser


buscado não só na qualificação do prestador, mas na índole
do contratado que, para demandar notória especialização em
seu desempenho, deve ser necessariamente inédito ou
incomum, não se incluindo, no permissivo, a tarefa menos
especializada, que se tenha generalizado pelo uso.

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CURSO DE DIREITO

Em face do contexto legal e na linha desses conceitos


doutrinários, essencialmente convergentes, parece
autorizado concluir-se que notória especialização, para efeito
de exonerar a Administração de prévia licitação de serviços,
tem como critério básico para sua conceituação jurídica a
singularidade do objeto, do contrato, isto é, que a matéria ou
teor estejam atribuídos de conotação peculiar, característica
inconfundível, distinta, excepcional, aquilo que é
individualizado e insuscetível de competição concursal. Os
aspectos subjetivos e objetivos são, no caso, indissociáveis,
pois não apenas se pede a alta e famigerada qualificação
profissional ou empresarial para execução de determinado
tipo de serviço, como se requer, objetivamente, que o serviço
reclamado pelo justificado interesse da Administração deva
revestir características, estilo, requisitos e exigências que
somente aquele profissional ou aquela firma estejam
particularmente capacitados a prestar, exclusivamente, ou de
modo incompatível aos demais, no corresponder aos
desígnios estabelecidos pelo ente público, tomador do
serviço, na espécie.

..... Escolher diretamente o contratado, sob a razão


de notória especialização, significa a prévia configuração da
necessidade de um serviço de determinado teor, de teor
inédito e incomum; como destacou, com feliz intuição, o
Ministro Luiz Otávio Gallotti, em condições de ser executado
somente por aquele contratado.”

Desta forma, resta inconteste que a inexigibilidade de


licitação configura-se pela inviabilidade de competição,
devendo-se combinar o art. 13 da Lei nº 8.666,/93 quando
tratar-se de contratação por notória especialização. Sempre
que for viável a competitividade para a execução dos
serviços, necessariamente a Administração Pública deverá
proceder licitação, sob pena de configurar-se vício insanável
na contratação.

Ao caso in concreto, ou seja, contratação de Assessor


Técnico Legislativo, não existe possibilidade de caracterizar-
se a singularidade dos serviços, visto que os mesmos poderão
ser executados por numerosos profissionais, resultando, pois,

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a inviabilidade de escusar-se a Administração do


procedimento licitatório.

CONCLUSÃO

Diante do exposto e da legislação enfocada, conclui-


se, pela impossibilidade de se contratar Assessor Técnico
Legislativo, com fundamento no art. 25, inciso II da Lei nº
8.666, de 21.06.93, por descaracterizar-se, ao caso em
exame, a natureza singular dos serviços, restando assim
prejudicada a avaliação dos requisitos trazidos à análise
desta Corte de Contas, devendo o caráter de competitividade,
protegido pela Lei, ser preservado.
É o parecer, s.m.j.
José MADEIRA
ADVOGADO

DIREITO ADMINISTRATIVO III – AULA 08 – CASO 09

QUESTÃO ENVOLVENDO NULIDADE DO EDITAL DE


LICITAÇÃO,SUA APRECIAÇÃO E REVISÃO PELO
JUDICIÁRIO.
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O presidente da comissão de licitação do


Departamento de Ttransportes do Estado do Rio de Janeiro ,
excluiu Caio Silva da participação do procedimento licitatório
para delegação de permissão de serviço de transporte público
alternativo , através de ato administrativo ,que condicionava
a participação no certame , à exigência de comprovação de
residência, na Cidade do Rio de Janeiro ,por período mínimo
de dois anos. Inconformado com tal exigência , ao seu ver
não razoável e atentatória ao princípio constitucional da
igualdade , Caio Silva impetrou mandado de segurança ,
alegando violação a direito líquido e certo , tendo como base
o disposto no art.37 , XXI , da CRFB/88 e o princípio
administrativo da impessoalidade , com o escopo de anular
ato editalício. Responda fundamentadamente;.

É cabível , na hipótese alvitrada , a impetração do


referido “writ”?
Se cabível , contra quem deverá ser impetrado e
qual o órgão competente para julgá-lo?
A exigência feita no edital ofende o princípio da
isonomia entre os eventuais licitantes?
Ainda acerca da exigência feita no edital , ela avilta o
princípio da razoabilidade? Por quê?
Considerando que o ato é ofensivo ao princípio da
razoabilidade , é lícito ao Judiciário , neste caso , examinar os
aspectos de oportunidade e conveniência do ato? Por quê?
O ato do praticado pelo presidente da comissão de
licitação é ato administrativo vinculado ou discricionário? Por
quê?
Considerando que o ato praticado é discricionário ,
quais são as hipóteses permitidas ao Judiciário de apreciação
e revisão do ato , sem que haja interferência entre os
Poderes?
Caio obterá sucesso na demanda proposta?

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