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Resumo
1 INTRODUÇÃO
Uma laje mista é constituída por uma chapa de aço perfilada, sobre a
qual é concretado “in situ” o concreto armado, que contem uma armadura
superior destinada a controlar a fissuração do concreto, comportando-se como
uma laje unidirecional. Após o endurecimento do concreto, a estrutura aço-
concreto constitui um elemento estrutural único, como ilustra a figura 1.
A resistência aos momentos fletores positivos atuantes é dada pela
própria chapa perfilada de aço, estando o concreto comprimido nas suas
nervuras. Nas zonas de momento negativo é necessário incorporar
eventualmente uma armadura de reforço.
Armadura de reforço
Laje de concreto
Chapa de aço
perfilada
Viga de suporte
No entanto para que a seção possa funcionar como uma estrutura mista,
o conjunto aço-concreto tem de apresentar uma boa conexão entre si. Para tal,
é necessário que as chapas apresentem um perfil particular, quanto à forma
das nervuras e das reentrâncias na sua superfície, de modo a existir uma certa
adesão entre o concreto e as chapas, acompanhado por mecanismos de
conexão, aplicados na laje, de modo a garantir que a seção tenha capacidade
resistente à tensão longitudinal de cisalhamento solicitada na interface entre a
chapa e o concreto.
2 TIPOS DE CHAPAS
3 CONECTORES
4 ARMADURAS
5 PROCESSO DE EXECUÇÃO
BANDA ADESIVA
O processo de construção das lajes mistas tem que seguir uma ordem
de elaboração de modo que todas as fases do processo sejam realizadas
corretamente. Na figura 11 mostra-se uma sequência que permite que todos
elementos trabalhem em equipe e em segurança.
As vantagens do uso de lajes mistas são: (i) ideais para edifícios altos
em estrutura de aço, dada a sua rapidez de execução; (ii) as chapas são
transportadas facilmente pois são leves, sendo fixadas no local por dois ou três
trabalhadores; (iii) a qualidade das chapas e dos elementos de fixação é
controlada em fábrica, com tolerâncias rígidas e procedimentos de qualidade
estabelecidos; (iv) as chapas de aço depois de montadas, constituem uma
excelente plataforma segura de trabalho, que permite a movimentação de
pessoas e apoio para materiais; (v) como não necessita da aplicação de
formas, para suportar a fase de endurecimento do concreto, simplifica em muito
a execução da obra, permitindo velocidades de construção mais rápidas; (vi)
menor quantidade de armazenamento de material no canteiro de obra.
Como desvantagens: (i) é necessário maior nível de especialização do
pessoal e devem existir planos de montagem; (ii) detalhamento de aspectos
construtivos; (iii) a resistência do aço sob ação do fogo.
Existem hoje medidas preventivas ao fogo, que permitem mitigar este
fenômeno através se sistemas de isolamento ou proteção, que por falta de
espaço não são abordados neste artigo. O comportamento ao fogo das lajes
mistas de acordo com as indicações do Eurocódigo 4 está abordado em Saúde
e Raimundo (2006).
Nº1 Nº2
Nº 3 Nº 4
Nº 5
Nº6 Nº 7
7. CONCLUSÃO
No mundo da construção, as técnicas e processos construtivos estão em
constante evolução, com necessidade de optimizar prazos, melhoria de
aspectos técnicos de projecto de rapidez e simplificação de execução e no
controle de qualidade dos materiais. As lajes mistas são assim um reflexo
desses aspectos. Num contexto geral, as razões para a sua utilização são: (i) a
cada vez maior necessidade de racionalização dos processos construtivos; (ii)
a existência de prazos muito reduzidos para a execução das estruturas; (iii) a
realização de edifícios cada vez mais altos com tecnologias cada vez mais
complexas; (iv) a possibilidade de utilizar as chapas perfiladas como base de
apoio, não necessitando formas para concretagem e (v) a não necessidade de
escoramento da laje, até determinado comprimento de vãos.
É neste contexto, que as lajes mistas aço-concreto são soluções
interessantes, especialmente quando combinadas com estruturas metálicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Acies, (2005). Asociación de Consultores Independientes de Estructuras de
Edificación, www.acies-ed.com
CEN (Comité Européen de Normalisation). (1992). Eurocode 4 - Design of composite
steel and concrete structures - Parte 1.1: General rules and rules for buildings, ENV
1993-1.1.
Globalfloor. (2006). www.globalfloor.com
Haironville (2001). www.haironville-pab.com
Hilti. (2005). Hilti Portugal, www.hilti.pt
Saúde, J. e Raimundo, D. (2006) “Lajes Mistas Aço-Betão”, Seminário, Curso de
Engenharia Civil, Instituto Politécnico de Tomar, Portugal.
SSEDTA, 2001, www.ssedta.com.