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AS ESCOLAS PENAIS
TEÓFILO OTONI
MARÇO/2011
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ISABEL CRISTINA MAGALHÃES
MARIA APARECIDA DOS SANTOS ALMEIDA
NISIÉLIA SOARES
PAULO HENRIQUE DOS ANJOS S SOUZA
RAFAEL SIMPLÍCIO CRUZ
AS ESCOLAS PENAIS
TEÓFILO OTONI
MARÇO/2011
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SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO..................................................................................................4
2AS ESCOLAS PENAIS.....................................................................................5
A ESCOLA CLÁSSICA...................................................................................5
ESCOLA POSITIVA - EXPERIMENTALISTA.................................................7
ESCOLA CRÍTICA – TERZA SCUOLA ITALIANA.........................................9
ESCOLA MODERNA ALEMÃ.........................................................................9
ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA....................................................................11
ESCOLA CORRECIONALISTA....................................................................11
ESCOLA DA DEFESA SOCIAL....................................................................12
ESCOLA FINALISTA....................................................................................13
TENDÊNCIAS CRÍTICAS CRIMINOLÓGICAS RADICAIS..........................14
3CONCLUSÃO.................................................................................................16
4BIBLIOGRAFIA...............................................................................................17
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1 INTRODUÇÃO
O estudo da evolução histórica das idéias, conceitos e sistemas de
pensamento que norteiam o Direito Penal é de suma importância para avaliar a
mentalidade contemporânea no que tange ao nosso sistema punitivo. No contexto
deste estudo, a doutrina penal costuma dar certo destaque ao histórico das escolas
penais, objeto de estudo do presente trabalho.
Não se pretende com este trabalho criticar o Direito Penal atual, mas sim
desvendar como ele surgiu, como foi sua evolução e de onde derivou a sua
essência. Nesse trabalho será feita uma abordagem superficial das Escolas Penais
e sua influência no direito penal dentro de sua época, servindo esse conhecimento
de base para análise apropriada do direito penal na atualidade.
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2 AS ESCOLAS PENAIS
Durante o século XVII, o Iluminismo, movimento que deu nome a esse século
de Século das Luzes, tendo seu clímax com a Revolução Francesa, foram formadas
várias correntes ideológicas que visavam criticar os excessos existentes na
legislação penal da época. Tais críticas objetivavam a redução da crueldade imposta
aos condenados, a proposição da individualização das penas e a equivalência desta
ao delito praticado.
A ESCOLA CLÁSSICA
Esta escola em tese não existiu. O nome dado a ela foi atribuído pelos
positivistas no intuído de pejorar sua existência. A doutrina desta escola possui
caráter heterogênea dado a dificuldade de se reunir um conteúdo homogêneo dos
juristas pertencentes a esta corrente.
A filosofia abordada dentro desta corrente tem duas teorias fundamentais que
são a princípio distintas, contudo, coincidem no fundamental. Trata-se do
Contratualismo e do Jusnaturalismo.
De início, temos que essas teorias são opostas, contudo na sua essência são
coincidentes quanto reconhecem a existência de um sistema de normas jurídicas
anteriores e superiores ao Estado, contestando assim, a legitimidade da tirania
estatal. Esses pensamentos objetivavam a restauração da dignidade humana e o
direito do cidadão perante o Estado, fundamentado no individualismo, sendo este
inspirador do surgimento da escola clássica.
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Cesare Beccaria, ao mencionar o contrato social em sua obra “Dos Delitos e
das Penas”, aponta que delinquente é aquele que rompe com o contrato social,
sendo presumido que este tinha conhecimento do contrato e o aceitou, tendo,
portanto obrigação de suportar o castigo que lhe será imposto.
Didaticamente, esta escola pode ser dividida em duas fases. Na primeira fase
a escola clássica procurou pontuar a diferença entre a justiça divina e a justiça
humana, lutando pela soberania popular contra o absolutismo e também pelos
direitos e garantias individuais. Em um segundo momento, focou-se no estudo
jurídico do crime e da pena através da sistematização de normas jurídicas
repressivas tendo como principais conceitos a responsabilidade penal, o crime e a
pena.
Em sua doutrina, Anselmo Von Fewerbach afirma que a pena tem duas
vertentes. A primeira abrange seus aspectos psicológicos, em que o indivíduo é
levado a não cometer delitos devido à influência negativa que a pena exerce
diretamente sobre sua vida. Já a segunda trata da coação propriamente dita,
exercida pelo Estado na aplicação da pena em concreto.
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Os estudos de Francesco Carrara são atuais até hoje. Ele tratou de todos os
assuntos do Direito Penal como entidade jurídica. É o verdadeiro fundador da
dogmática penal, estudando o delito e a pena sub especie juris, apesar de não se
basear em nenhuma lei positiva ou código. Partindo da lei natural, constrói a teoria
do delito como ente jurídico e, em continuidade com esse método, estuda os delitos
em espécie, deixando um legado de estudos sobre a parte especial dos códigos que
até hoje não foram superados.
Para essa escola, a aplicação da pena era uma reação natural do organismo
social à atividade anormal dos seus componentes. Nessa linha de pensamento, a
pena perde seu caráter punitivo e torna-se uma forma de a sociedade se livrar de
indivíduos tidos como impróprios para o convívio social, sendo o delito e o
delinquente tratados como patologias sociais. A pena passa então a ser aplicada
não com base no caráter da atitude praticada pelo réu, mas sim vinculada a sua
personalidade. Desta forma, quanto mais perigo o indivíduo, maior será sua pena.
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biológicas e sociais; responsabilidade do indivíduo determinada pela periculosidade
de suas ações ou em decorrência de sua personalidade, entre outras.
A terceira fase, a fase Jurídica, foi representada por Rafael Garófalo, busca
sistematizar a interação entre a parte antropológica e a parte sociológica, juntando
essas partes na aplicação do direito penal. Este buscou idealizar um conceito de
crime que pairasse acima das legislações e tinha na moral um bem indispensável a
todos os indivíduos que vivessem socialmente. Desta forma, avaliação da conduta
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criminosa tinha que ser levada em consideração para determinar a dosimetria da
pena, como também a constância e o grau de perversidade utilizada pelo infrator.
f) o fim da pena é a defesa social, sem que perca seu caráter aflitivo, sem o
qual não haveria distinção com a medida de segurança.
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Esta escola inova quando traz a importância da função conciliatória e
ordenadora da política criminal. O ponto de partida para tal mister é a neutralidade
entre livre-arbítrio e determinismo, com a proposta de imposição da pena com
caráter intimidativo para os delinqüentes normais e a medida de segurança para os
perigosos (anormais e reincidentes). Todas essas medidas têm por fim único a
justiça.
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ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
ESCOLA CORRECIONALISTA
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da pena, sendo a pena nesse caso um meio de controle social e não uma forma de
retribuição ao crime.
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As concepções apontadas pelos doutrinadores filiados à corrente do
movimento de defesa social vão de encontro à idéia de um direito penal repressivo.
Esses pensadores entendem que a pena deve ser substituída por sistemas
preventivos e por intervenções educativas e reeducativas, excluindo a idéia de uma
pena para cada delito, mas sim uma medida para cada pessoa.
a) a luta contra a criminalidade deve ser reconhecida como uma das tarefas
mais importantes de que as sociedades estão incumbidas;
c) os meios de ação empregados com esse fim devem ter por escopo não
somente proteger a sociedade contra os criminosos, mas também proteger
a sociedade contra o risco de caírem na criminalidade. Por sua atividade
nesses dois campos, a sociedade deve estabelecer o que se pode chamar
com justa razão uma “defesa social”;
ESCOLA FINALISTA
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culpa para o começo da análise do delito, ou seja, para o fato típico é a principal
contribuição do finalismo.
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chamada violência institucional, que é a violência exercida pelo Estado contra a
população.
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3 CONCLUSÃO
Foram longos e árduos, os caminhos pelos os quais transitou a humanidade
até chegarmos a uma visão que temos hoje sobre a temática crime: pena, criminoso
e sociedade.
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4 BIBLIOGRAFIA
BECCARIA, César Bonesana, Marquês de - Dos Delitos e das Penas - Bauru:
Edipro, 1993.
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