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INDAGAÇÕES DOUTRINÁRIAS ACERCA DE PRESCRIÇÃO E DECADENCIA NO


DIREITO TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

ALBERTO NUNES DA SILVEIRA NETO


Pós-graduando em Direito e Processo Tributário pela PUC-GO
nunes_13@hotmail.com
Orientadora Ms. Neire Divina Mendonça

RESUMO
O presente artigo tem por objetivo a abordagem de dois institutos previstos em nossas
legislações pátria que afeta diretamente todo cidadão, mesmo àqueles que não militem na área
jurídica. Buscamos trazer a baila algumas divergências e convergências de alguns autores, no
que tange à prescrição e decadência contida na Lei 5.172/66 – CTN, dando ênfase às
diferenças entre eles na seara do Direito Tributário, apresentando se não todas, as principais
situações, em que fica caracterizada a sua ocorrência. Abordando o marco inicial da contagem
do prazo que venha fulminar tal evento, considerando como divisor de águas o lançamento
pelo fato de que antes deste ocorre a decadência e somente após o lançamento poderá ocorrer
a prescrição. De modo, que iniciaremos o presente trabalho abordando os fenômenos da
prescrição e decadência dentro do Direito Civil, conceituando-os e apresentando algumas
diferenças entre eles nesta seara. Posteriormente adentraremos ao objeto deste artigo
conceituando e apresentando algumas considerações acerca da prescrição e decadência. Ao
final apresentaremos as diferenças entre a prescrição e decadência no Direito Tributário
Brasileiro.

Palavras-chave: prescrição, decadência, conceito, diferenças.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por finalidade tratar de dois temas polêmicos constantes nas
doutrinas e jurisprudências, os institutos da prescrição e decadência.
Este modesto trabalho cientifico esta disposto em 4 topicos, de acordo com o tema
abordado: 1) Prescrição e decadência no Direito Civil; 2) Decadência no Direito Tributário; 3)
Prescrição no Direito Tributário; 4) Diferenças entre Prescrição e Decadência no Direito
Tributário Brasileiro.
Os institutos da decadência e da prescrição tributários, entabulados nos artigos
173 e 174 do CTN, diversamente do que se verifica na regra geral do direito privado, têm
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especificidades e características próprias, aplicáveis ao Direito Tributário, e que deve ser


observado ao se estudar o tema extinção do crédito tributário pelo decurso do prazo.
No Direito Tributário, o objetivo é neutralizar os conflitos de interesses surgidos
entre particulares e a Administração Pública. Nesse contexto, muitas vezes o tempo é
considerado como um aliado, no sentido de que seu decurso influencia a aquisição e a
extinção de direitos, no sentido de manter situações já consolidadas, muito embora importem
no convalescimento de uma violação ao direito subjetivo. Dito de outra forma, o direito tem
um prazo a ser exercitável, não podendo ser eterno, sujeitando-se, pois, à prescrição ou à
decadência. É no intuito de preservar a paz social, a tranqüilidade da ordem jurídica, a
estabilidade das relações sociais que devemos buscar o fundamento dos institutos da
prescrição e da decadência.
Existem inúmeras teorias apresentadas por autores renomados, que procuram
elucidar as diferenças existentes entre os institutos da prescrição e decadência. Estudiosos do
direito, na sua maioria, ao tratarem do assunto, baseiam-se apenas nas regras do direito
privado, outros mais acertadamente além de apresentarem as diferenciações entre um e outro,
abordam de forma mais analítica os fundamentos que regem os direitos privado e público.
Todavia apesar das celeumas existentes a respeito dos dois institutos, objeto do
presente artigo buscando respostas para questões práticas de fixação de prazos dos institutos
da prescrição e decadência tributárias, com emprego de uma analise crítica e científica que
regem esta importante matéria do Direito Tributário.
Esperamos humildemente, ao levar a termo essa pesquisa jurídica, possamos sanar
se não todas as dúvidas e respostas buscadas pelos leitores, mas contribuir de alguma forma
com este modesto estudo interessados que se proponham a obter conhecimentos nesse campo
ou àqueles que militem na área jurídica.

1 – PRESCRIÇÃO E DECADENCIA NO DIREITO CIVIL

Considerando que um direito não pode ficar indefinidamente insubordinado. O


possuidor deve exercê-lo dentro de um determinado prazo. Não o fazendo perderá o titular a
prerrogativa de fazer valer seu direito.
Caso fosse indefinida pelo tempo a manifestação de vontade de qualquer pessoa
em agir, notadamente causaria uma estabilidade social. Assim, o lapso temporal estabelece
um fim na relação jurídica cujo direito não foi atempadamente desempenhado. Em razão da
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paz social e ordem jurídica o legislador vem restringindo o lapso de tempo para o exercício de
direitos. Em um passado mais longínquo o prazo era de 30 anos, com a chegada do Código
Civil de 1916, tal prazo fora reduzido pra 20 anos e posteriormente com a publicação do
Código Civil Brasileiro de 2002, Lei 10.406/2002, foram fixados em 10 anos, conforme artigo
205, abaixo transcrito:

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor.

Podemos observar, que à muito tempo, quem não exerce seu direito dentro de um
determinado prazo, previamente estabelecido em Lei perde a oportunidade de fazê-lo pelo
decurso de tempo, fenômenos denominados prescrição e decadência.
Atualmente todos os prazos constantes do Capítulo I, do Título IV, do Livro III,
da Parte Geral, do Código Civil Brasileiro de 2002, são de prescrição. Assim, atualmente
todos os prazos constantes do Capítulo I, do Título IV, do Livro III, da Parte Geral, do CC de
2002, são de prescrição. Deste modo, os que ai não estiverem, seja na Parte Geral, seja na
Parte Especial, são de Decadência.
A doutrina aponta a origem do termo prescrição do vocábulo latino praescriptio,
derivado do verbo praescribere, formado por prae e scribere, que significa escrever antes ou
no começo.
Segundo Venosa1 (2004, v1:633), para Clóvis Beviláqua (1980:286), “ prescrição
é a perda da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em
conseqüência do não-uso delas, durante um determinado espaço de tempo”.
Para Figueiredo2”prescrição é a perda do direito de ingresso de ação, atribuída a
um outro direito, e de toda a sua capacidade defensiva, como conseqüência pela não-
utilização dessa capacidade durante determinado tempo.
Nas palavras de Venosa3, “decadência é a ação de cair ou o estado daquilo que
caiu. No campo jurídico, indica a queda ou perecimento de direito pelo decurso do prazo
fixado para seu exercício, sem que o titular o tivesse exercido”.
Já Figueiredo4 “decadência trata-se da perda do direito propriamente dito, ou seja,
é a morte da relação jurídica pela falta de exercício em tempo hábil.
1
VENOSA, S.V. Direito Civil: parte geral. Coleção Direito Civil; v.1 – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2004,
p.633.
2
FIGUEIREDO, F. V. Direito Civil 1- 1. ed. – São Paulo: Saraiva, 2009, p. 52.
3
VENOSA, S.V. Direito Civil: parte geral. Coleção Direito Civil; v.1 – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2004,p 636.
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Entendemos, que a prescrição é a extinção de uma ação judicial, pela inércia de


seu titular por um certo lapso de tempo e a decadência é a extinção do direito pela inércia de
seu titular, quando sua eficácia foi, subordinada a uma determinada condição de seu exercício
dentro de um prazo legalmente prefixado.
Os prazos prescricionais classificam-se em um geral e diversos prazos, ficando
subordinado ao prazo geral as ações que não se fixou prazo especial artigo 205 do Código
Civil 2002, e prazos especiais são diversos, vai de 1 ano até 10 anos conforme estão elencados
no artigo 206 do mesmo Código e legislações extravagantes.
Quanto ao dia do inicio do prazo prescricional, o que nos parece mais plausível
começa a correr do dia em que a ação poderia ser proposta e não foi.
Segundo Rizzardo5”o prazo prescricional se inicia unicamente depois de
obedecidos os trâmites exigidos para a homologação”.
Considerando que a inércia e o tempo são subsídios comuns à prescrição e à
decadência, todavia diferem relativamente ao momento de atuação, em razão disso, na
decadência, a inércia se relaciona com o exercício do direito e o tempo opera seus efeitos
desde o seu nascimento, ao passo que, na prescrição, a inércia diz respeito ao exercício da
ação e o tempo opera os seus efeitos desde o nascimento desta. Todavia, ao final a
conseqüência é a mesma, pois em qualquer caso haverá a extinção de um direito.
Ainda que a finalidade dos dois institutos sejam iguais, eles diferem na maneira de
atuar e nos efeitos, em razão disso, a importância de diferenciá-los.
Proporcionamos abaixo distinções entre prescrição e decadência apresentadas por
Venosa6:
1. A decadência tem por efeito extinguir o direito, enquanto a
prescrição extingue a ação.
2. A decadência não é suspensa nem interrompe e só é impedida pelo
exercício do direito a ela sujeito. A prescrição pode ser suspensa ou
interrompida pelas causas expressamente colocadas na lei.
3. O prazo de decadência pode ser estabelecido pela lei ou pela vontade
unilateral ou bilateral, uma vez que se tem em vista o exercício do direito
pelo seu titular. O prazo de prescrição é fixado por lei para o exercício da
ação que o protege.
4. A decadência pressupõe ação cuja origem é idêntica à do direito,
sendo por isso simultâneo o nascimento de ambos. A prescrição pressupõe
ação cuja origem é distinta da do direito, tendo, assim, nascimento
posteriormente ao direito.

4
FIGUEIREDO, F. V. Direito Civil 1- 1. ed. – São Paulo: Saraiva, 2009, p. 55.
5
RIZZARDO, Arnaldo. Direito Civil: parte geral,2 ed. Rio de Janeiro, Forense, 2003, p. 629.
6
VENOSA, S.V. Direito Civil: parte geral. Coleção Direito Civil; v.1 – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2004,p 639.

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5. A decadência deve ser reconhecida de ofício pelo juiz e independe


da argüição do interessado. A prescrição das ações patrimoniais não pode ser
decretada ex officio, e depende sempre da alegação do interessado.
6. A prescrição admite renúncia (art. 161 do Código de 1916; atual, art.
191) por parte dos interessados, depois de consumada. A decadência, em
qualquer hipótese, não pode ser renunciada.
7. A decadência opera contra todos, já a prescrição não opera para
determinadas pessoas elencadas pela lei (art. 197; antigo, art. 168).

Todavia o artigo 208 do Novo Código Civil atribui uma exceção à regra dos
prazos decadências, qual seja não corre decadência contra os absolutamente incapazes (art.
198, I), e tem os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas ação contra os seus assistentes
ou representantes legais que deram causa à decadência ou não a alegram oportunamente (art.
1950.
Quanto a distinção apresentada por Venosa no item 7 acima apresentada, em
comentário ao artigo 209 do Novo Código, Nestor Duarte diz que:

A decadência se classifica em legal e convencional. A decadência legal é


irrenunciável, mas a ela pode renunciar a parte, se for convencional. Esse
entendimento já era manifestado por Câmara Leal, sob o argumento de que o
particular não pode “derrogar os imperativos impostos pelo legislador, mas,
se a decadência resulta de prazos prefixados pela vontade do homem, em
declaração unilateral ou em convenção bilateral, nada impede a sua renúncia,
depois de consumada, porque quem tem poderes para estabelecer uma
condição ao exercício do direito também o tem para revogar essa condição”
(Da prescrição e da decadência, 3. Ed., atualizada por José de Aguiar Dias.
Rio de Janeiro, Forense, 1978, p. 101)

Diante do que foi dito, nos resta afirmar que a prescrição alcança o direito de ação
e indiretamente o direito, e a decadência extingue diretamente o direito, e com ele, a ação que
o protege.

2 – DECADENCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO


2.1 – Conceito de Decadencia

A decadência nada mais é do que a perda do direito da Administração Publica de


efetuar o lançamento do crédito tributário depois de transcorrido o prazo legal de 5 anos.

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Na opinião de Cassione7 “decadência é a perda de um direito em consequência de


seu titular não tê-lo exercido durante determinado período. O prazo corre sem solução de
continuidade: inexiste interrupção ou suspensão”.
Segundo Martins8 “a decadência é a extinção, pelo decurso do tempo, do direito
de lançar, vale dizer, do direito que tem a Fazenda Pública de constituir o crédito tributário,
pelo lançamento.

2.2 – Considerações acerca da Decadência

Antes de adrentarmos ao cerne do assunto objeto do presente trabalho, faremos


necessariamente algumas considerações preliminares para orientar a linha de raciocínio
jurídico que se pretende dar a este presente artigo jurídico, sobre obrigação tributária,
lançamento tributário, nascimento e extinção da obrigação tributária.
A obrigação tributária nasce com a ocorrência do Fato gerador, que nos termos do
artigo 113 do CTN, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária

Art. 173 - O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário


extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por
vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em
que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação,
ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao
lançamento.

O prazo decadencial é de 5 anos e esta previsto no art. 173 do CTN. Entretanto,


existem controvérsias quanto a precisão do termo inicial do referido prazo, existindo quatro
regras estabelecidas no citado artigo do CTN, qual sejam: regra geral; antecipação do prazo
prescricional; interrupção da decadência e lançamento por homologação.
A regra geral esta estabelecida no art. 173, I do CTN, segundo o qual o direito da
Fazenda Pública em constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos, contados do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

7
VITORINO, Cassione; prefácio de Ives Granda da Silva Martins – 17. ed. – São Paulo: Atlas, 2006, pag. 309.
8
MARTINS, I.G.da Silva. Curso de Direito Tributário – 12 ed. – São Paulo: Saraiva, 2010, pag. 222.
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Desta forma, caso tenha ocorrido um fato gerador no dia 1 de janeiro 2005, em
tese a autoridade fiscal já no dia 2 do mesmo ano poderia efetuar o lançamento. Todavia, não
o fazendo o prazo decadencial terá inicio no dia 1 do ano subseqüente ao fato gerador. Deste
modo, ocorrerá a consumação da decadência em 01 de janeiro de 2011.
Podemos observar que o prazo decadencial sofre uma dilação, dependendo da data
do fato gerador, de quase um ano, podendo nesse caso aproximar-se de 6 anos o prazo de
decadência.
A regra pode ser mais bem entendida na leitura da transcrição do renomado autor
Ricardo Alexandre:
Percebe-se que a Administração Pública Tributária acaba tendo mais de cinco
anos para exercer o direito de constituir o crédito. Podendo o prazo chegar
praticamente a seis anos. A parcela da doutrina que tenta explicar porque o
prazo para lançar começar a fluir em momento posterior ao que o direito de
lançar se torna exercitável aduz que o legislador do CTN quis conferir um
prazo razoável para que o Fisco tomasse conhecimento da ocorrência do fato
gerador. A linha mestra de tal teoria é que a decadência somente deve atingir
aquele que “dorme”, não se considerando em tal situação quem
presumidamente não tomou conhecimento do fato que pede uma providência.

A segunda regra é a da antecipação de contagem do prazo prescricional a qual esta


predisposta no Parágrafo Único do artigo 173, onde estabelece que o direito de lançar se
extingue definitivamente com o decurso de prazo de 5 anos, contados da data em que tenha
sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao devedor de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento.
Nos ensinamentos de Eduardo Rocha Dias9 a função do Parágrafo Único do art.
173 é apenas de antecipar o início de prazo de decadência. Assim vejamos:

“Impõe-se reconhecer a existência de um prazo para o término da fase


contenciosa do lançamento, já que a autoridade administrativa tem o dever de
decidir, não podendo o sujeito passivo ficar submetido indefinidamente a
uma situação de incerteza. Tal prazo é contado na forma do inciso I do artigo
173 do CTN, podendo se iniciar a partir da comunicação ao sujeito passivo
de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento, nos termos do
parágrafo único do mesmo dispositivo. Este último somente se aplica, porém,
se a comunicação por ele aludida é anterior à data prevista no inciso I do art.
173”.

Segundo Ricardo Alexandre a regra acima apresentada tem por finalidade


antecipar a contagem do prazo, assim vejamos:

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È pacífico o entendimento segundo o qual a regra do parágrafo único


somente tem o condão de antecipar a contagem de prazo, não gerando
qualquer efeito sobre a contagem de prazo que já teve sua fluência iniciada.
Assim, como é regra em direito, iniciada a contagem do prazo decadencial,
nenhum fato posterior terá efeito sobre seu curso. A única exceção é a
constante da terceira regra...”.

Nas palavras de Alexandre “ o dispositivo é aplicável nos casos em que, durante


o lapso de tempo compreendido entre o fato gerador e o início da fluência do prazo
decadencial, a Administração adota medida preparatória para o lançamento”.
A terceira regra é a anulação de lançamento por vício formal contida no inciso II
do artigo 173 do CTN. Esta regra estabelece que a Administração Pública dispõe de 5 anos
para efetuar o lançamento, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
O ilustre Ricardo Alexandre faz criticas à referida regra, pelo fato de que, a
Administração será premiada em caso de cometimento de ilegalidades na atividade de
lançamento, posto que estabelece como conseqüência para a administração que praticou ato
viciado a devolução do prazo para que constitua o crédito.
A presente regra trás calorosas discussões doutrinárias. Uma corrente entende
tratar-se de interrupção do prazo decadencial. Outra corrente entende não tratar-se de
interrupção de prazo e sim o consentimento de um novo prazo independente do originário.
A quarta regra versa sobre o lançamento por homologação, conforme § 4°, do art.
150 do CTN, dispondo que:

Art. 150 (...)


...
§ 4° Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar
da ocorrência do fato gerador; expirando esse prazo sem que a Fazenda
Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo,
fraude ou simulação.

Assim, o lançamento por homologação tem início do prazo de decadência, em se


tratando de tributo subordinado ao lançamento por homologação, inicia-se da data do
respectivo fato gerador.

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Transcrevemos abaixo uma importante observação aventada por Ricardo


Alexandre:
Normalmente, o lançamento por homologação não está sujeito à decadência,
posto que, com o passar do prazo sem providência administrativa, o
lançamento se tem por perfeito e acabado. Entretanto, na linha adotada pela
doutrina majoritária, é possível perceber que o passar do prazo para a
homologação efetivamente extingue o direito de que se lancem diferenças
entendidas devidas.

Pela importância do entendimento transcrevemos o entendimento do STJ:

“(...). À luz do CTN esta Corte desenvolveu entendimento no sentido de


computar, a partir do fato gerador, prazo decadencial de cinco anos e, após,
mesmo não se sabendo qual a data da homologação do lançamento, se este
não ultrapassou o qüinqüídio, computar mais de cinco anos. Surgiu assim a
contagem do cinco mais cinco, merecendo adesão majoritária” (STJ –
AgRgREsp. 251.831/GO - 2ª T. – Rela. Min. Eliana Calmon – Dj
18.02.2002).

Considerando que o direito de constituir o crédito tributário, pelo lançamento, é


um poder-dever da Administração Pública em fazê-lo, este é um direito potestativo
(inviolável), pelo fato de não exigir a colaboração de quem quer que seja. Assim, o prazo
estabelecido no art.173 do CTN é decadencial.

3 – PRESCRIÇÃO NO DIREITO TRIBUTÁRIO


3.1 – Conceito de Prescrição

É sabido que as questões jurídicas geram discussões culminando quase sempre em


mais divergências que convergências. Por essa razão apresentaremos conceito de diversos
autores, afim de que os leitores possam com mais propriedade adotar um conceito próprio
para este instituto objeto do presente artigo.
Na opinião de Cassione10 “prescrição é a perda da ação atribuída a um direito e de
toda sua capacidade defensiva, em conseqüência do não-uso dela, durante determinado espaço
de tempo. Diz respeito ao exercício do direito subjetivo de que uma pessoa é detentora”.
Para Alexandre11 “opera-se a prescrição quando a Fazenda Pública não propõe, no
prazo legalmente estipulado, a ação de execução fiscal para obter a satisfação coativa do
crédito tributário”.

10
VITORINO, Cassione; prefácio de Ives Granda da Silva Martins – 17. ed. – São Paulo: Atlas, 2006, pag. 309.
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9

Segundo Machado12, “prescrição é a extinção do direito de ação pelo decuros do


tempo. Ocorre no prazo fixado em lei. Segundo o art. 174 do Código Tributário Nacional, em
cinco anos.
No entendimento de Martins13 “prescrição é o lapso temporal previsto em lei que
a Administração Pública tem para ajuizar a ação executiva fiscal com a finalidade de, pela via
executiva, satisfazer o seu direito subjetivo de receber o crédito tributário que lhe é devido e
não pago pelo sujeito passivo da relação jurídica obrigacional tributária.
Assim prescrição é a perda do direito da Fazenda Pública em ajuizar ação de
cobrança relativamente a um crédito tributário não pago atempadamente pelo sujeito passivo,
pelo decurso do prazo legalmente estabelecido.

3.2 – Considerações acerca de Prescrição

O Código Tributário Nacional cuida do instituto da prescrição em seu artigo 174,


in verbis:
Art. 174 - A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5
(cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva.
...

A ordem apresentada no Código Tributário, primeiramente é a decadência e


depois a prescrição. Não é sabido se foi intencional, pelo fato de que consumando a
decadência fica fulminado a prescrição. Todavia que nos parece importante é o divisor de
águas entre a prescrição e a decadência que é o lançamento.
O lançamento é o esteio basilar para se dar inicio ao prazo prescricional.
Se o lançamento advier dentro do prazo de 5 anos, a contar do fato gerador e
respeitadas as regras elencadas nos I, II e Parágrafo Único do art. 173 do Código Tributário,
inocorre a decadência, porque a partir daí só poderá ocorrer a prescrição.
No entendimento de Machado “o lançamento estará consumado, e não se pode
mais cogitar de decadência, quando a determinação do crédito tributário não possa mais ser
discutida na esfera administrativa.
Transcrevemos abaixo o entendimento de Ives Granda no que tange à efetivação
do lançamento:
11
ALEXANDRE, Carlos. Direito tributário esquematizado – 1 ed. – São Paulo: Método, 2007, pag. 427.
12
MACHADO, H. B. Curso de Direito Tributário – 29 ed. – São Paulo: Malheiros, 2008, pag. 223.
13
MARTINS, I.G.da Silva. Curso de Direito Tributário – 12 ed. – São Paulo: Saraiva, 2010, pag. 247.
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10

A prescrição que atinge o direito de a Fazenda Pública cobrar o crédito


tributário nasce no primeiro dia seguinte ao prazo dado ao devedor, na
intimação a este dirigida, para que o efetue o pagamento do crédito tributário.
O art. 174 do Código Tributário Nacional diz que a prescrição nele
estabelecida nasce na data da constituição definitiva do crédito tributário.
Ocorre que essa constituição definitiva do crédito tributário somente produz
efeitos perante o contribuinte no momento em que chega ao conhecimento
deste mediante competente intimação. Por outro lado, nessa intimação é
concedido um prazo para que o contribuinte efetue o pagamento
correspondente, e como a prescrição somente nasce com a lesão ao direito
material, que faz nascer o direito de ação a que se refere, a prescrição na
verdade só começa a fluir na data que se esgota o prazo de 1que dispõe o
contribuinte para fazer o pagamento.

E finaliza em outro parágrafo que:

A intimação para que o contribuinte faça o pagamento de crédito tributário é


feita logo após a constituição definitiva deste, que se opera: a) quando o
contribuinte não impugna a exigência, pelo decurso do prazo de que dispõe
para esse fim; ou, então, b) pelo julgamento definitivo das objeções
formuladas pelo contribuinte à exigência da Fazenda.

No entendimento de Ricardo Alexandre com a notificação o lançamento esta


constituído. Todavia, não está definitivamente constituído, vejamos:

Pode-se afirmar, portanto, que, com a notificação, o lançamento está


constituído, mas não está definitivamente constituído. Por conseguinte, tem-
se uma situação em que não se conta a decadência – porque a Administração
já exerceu seu direito – nem prescrição por conta da ausência de
definitividade do lançamento efetuado.
Não havendo pagamento ou impugnação ou, em havendo esta, concluído o
processo administrativo fiscal e ultrapassado o prazo para pagamento do
crédito tributário sem que o mesmo tenha sido realizado, começa a fluir o
prazo prescricional.

De modo, que o sujeito passivo ao ser notificado do lançamento, o crédito


tributário estará constituído, salvo se o lançamento vier a ser anulado. Em razão do efetivo
exercício do direito, no intuito de dar ciência ao notificado da existência de determinado
débito, não mais poderá ser alcançada a Administração Pública pelo fenômeno da decadência,
o qual sempre atinge àquele que se mantém inerte. Assim, a partir da consumação do
lançamento começa a dimanar o prazo prescricional.
Todavia, o prazo prescricional em determinadas situações elencadas no art. 174 do
Código Tributário Nacional poderá sofrer interrupção da seguinte forma:

Art. 174. (...)


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Parágrafo único. A prescrição se interrompe:


I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.

O I do artigo 174, acima apresentado, teve sua redação alterada pela Lei
Complementar n. 118/2005, pois antes desta lei o Código previa que a interrupção se daria
com citação pessoal do devedor. Ainda que existisse a Lei 6.830/1980 em seu artigo 8°, § 2°,
que previa em sua redação que “o despacho do juiz, que ordenar a citação, interrompe a
prescrição”. Entretanto, o STJ entendo ser uma Lei ordinária e o CTN já possuindo o status de
Lei Complementar não poderia ser aplicado tal dispositivo.
Diante da lacuna existente no artigo 174, I, do CTN, os devedores de forma
ardilosa fugiam da citação, de forma a manter a fluência do prazo prescricional. Deverás, tal
situação era desonesta para a Administração, que mesmo, praticando atos no intuito de
receber o devido, poderia assistir impotente seu direito perecer. Contudo com a nova redação
do inciso I, não mais existe dúvida sobre a citada regra.
Outras formas que causam interrupção do prazo prescricional são pelo protesto
judicial e constituição em mora do devedor. Contudo, não são na pratica os meios utilizados
pela Administração Pública, no exercício de seu direito em receber a quantia objeto do
lançamento o mais comum é o ajuizamento da ação de execução fiscal.
O inciso IV do artigo 174 não deixa dúvidas quanto ao seu alcance. No entanto,
conforme palavras de Ricardo Alexandre existem duas peculiaridades importantes: “é a única
que pode ocorrer extrajudicialmente e a única que pode se verificar por iniciativa do
devedor”.
É bom esclarecer que, ao ser configurada a interrupção da prescrição apaga-se
todo o tempo decorrido, o qual começara do zero. Diferentemente da suspensão da prescrição,
que apenas paralisa o seu curso enquanto perdurar a causa suspensiva. Desaparecendo a causa
da suspensão o prazo continua em curso.
No que tange a suspensão do prazo prescricional, o Código Tributário não
expressa claramente essa possibilidade. Entretanto, ao analisarmos o artigo 151 do Código,
este estabelece diversos motivos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. A lógica
é que, a Fazenda Pública não pode ser punida em razão de estar legalmente impedida de agir.

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Conforme os ensinamentos de Ricardo Alexandre:

...tem-se entendido que, em todos os casos em que a exigibilidade do crédito


tributário está suspensa (CTN, art. 151), também estará suspenso o respectivo
prazo prescricional. O raciocínio decorre do simples fato de que a prescrição
não pode punir o credor que não age porque está legalmente impedido de
fazê-lo. Ora, não se pode continuar a contagem de um prazo que a Fazenda
Pública tome uma providência que está legalmente proibida de tomar
(promover ação de execução fiscal).

De modo que, constituem causa de suspensão da prescrição todas aquelas que


suspendem a exigibilidade do crédito tributário efetivamente constituído. Nesse mesmo
sentido Ricardo Alexandre afirma que suspendem a fluência do prazo prescricional:

a) a concessão de moratória, parcelamento, remissão, isenção e anistia


em caráter individual e mediante procedimento fraudulento do beneficiário
(nestes casos o prazo ficará suspenso até a “revogação” do favor);
b) as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
previstas no art. 151 do CTN (nestes casos a suspensão durará até que o
crédito volte a ser exigível);
c) a inscrição do crédito tributário na dívida ativa (a suspensão durará
180 dias ou até a distribuição da ação de execução fiscal, se esta ocorrer
primeiro);
d) a ordem judicial suspendendo o curso da execução fiscal, enquanto
não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recais
a penhora (neste caso a suspensão deve durar um ano, após o qual o processo
será arquivado).

É sabido que o processo de execução pode ficar parado por razões diversas. Em
princípio não significa caracterizada a prescrição intercorrente, mas, se a paralisação deu-se
pela inércia do credor, neste caso tem em curso a prescrição.
Em virtude da importância do tema apresentamos abaixo acórdãos da 1ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do sul, assim ementados:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NA


ESFERA ADMINISTRATIVA: POSSIBILIDADE.
Se o fisco leva mais de 5 anos para solucionar impugnação administrativa ao
lançamento, tem-se como consumada a prescrição intercorrente. Não mais se
justifica que o Estado disponha de prazo maior, em épocas atuais, diante do
progresso da informática e dos meios de comunicação processual. (AC e RN
n. 70003386083, 14.08.02, 1ª Câmara Cível, TJRS, Rel. Desemb. Roque
Joaquim Volkweiss).
DIREITO TRIBUTÁRIO. DEMORA INJUSTIFICADA NA SOLUÇÃO DE
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA AO LANÇAMENTO:
CONSUMAÇÃO DE PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
A injustificada tramitação do processo de impugnação administrativa do
lançamento por período superior a cinco anos configura a prescrição
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intercorrente, autorizando a extinção da ação de execução judicial e do


crédito respectivos (art. 156, V, do CTN). (AC n. 70002184620, com
julgamento em 07.11.01, 1ª Câmara Cível, TJRS, Rel. Desemb. Roque
Joaquim Volkweiss)”.

Diante de uma situação de inércia do exeqüente o juiz poderá acolher a prescrição


intercorrente, ou determinar o arquivamento do processo, com base no CPC.

4 – DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADENCIA NO DIREITO TRIBUTARIO


BARASILEIRO

Conforme visto anteriormente, o prazo para que a Administração Pública promova


o lançamento é decadencial e o prazo para que a mesma ajuíze a ação de execução fiscal é
prescricional. De modo que, operada a decadência, tem-se por extinto o direito de lançar o
crédito tributário e verificada a prescrição, tem-se a impossibilidade do manejo da ação de
execução fiscal.
Alguns autores limitam-se a dizer que a decadência atinge o direito material,
enquanto a prescrição atinge o direito processual.
Na opinião de Hugo de Brito Machado “a distinção essencial entre decadência e
prescrição, capaz de explicar por que a primeira atinge o próprio direito material, enquanto a
segunda atinge a ação que o protege, reside na própria natureza do direito material que, no
primeiro caso, é afetado diretamente e, no segundo, indiretamente”.
De qualquer forma, a diferenciação é bastante simples, pois o lançamento é
exatamente o marco que separa, na linha do tempo, a prescrição da decadência. De modo, que
antes do lançamento conta-se o prazo decadencial, após o referido lançamento não mais se
fala em decadência, passando a contar então o prazo prescricional.
Por conseqüência, da inércia do ente tributante no lançamento do crédito
tributário, a decadência pode ser reconhecida de ofício pelo juiz por se tratar de interesse
público. Conforme preceitua o Código Civil “deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência,
quando estabelecida por lei”.
Comungam diversos autores que, diferentemente da decadência, a prescrição não
pode ser decretada de ofício pelo juiz, necessitando ser alegada, por uma das partes, haja vista
tratar-se de interesse privado. Todavia, por ser o direito tributário recebido como uma Lei
Complementar e possuindo regras próprias, conforme art. 146, III, a e b, da Constituição

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Federal, combinadas com os arts. 109 e 110 do Código Tributário Nacional, não existem
razões para que sejam aplicadas regras de outros ramos do direito.
Assim, diante do que foi dito entendemos que, pode o juiz decretar de ofício a
prescrição e a decadência de ofício.
Outra diferença existente entre prescrição e decadência reside no fato de que o
credor que paga débito alcançado pela decadência tem direito a restituição a ser exercido no
prazo legal. De modo diverso, aquele que paga dívida prescrita não tem a possibilidade da
restituição. Porque a prescrição alcançou apenas o direito de ação e não o direito material.

CONCLUSÃO

Dispor do conhecimento dos institutos da prescrição e da decadência é


fundamental a todo cidadão e imprescindível ao operador do direito, porque trata-se de um
meio para a obtenção da finalidade da atividade jurídica.
Por todo o exposto, vimos que a prescrição e a decadência são importantes
institutos jurídicos destinados à pacificação social, à manutenção da ordem jurídica, à
tranqüilidade das relações jurídico-sociais.
Nesse estudo, foram vistos ainda os conceitos, as semelhanças e diferenças
existentes entre ambos os institutos jurídicos, sendo observadas modificações advindas da Lei
Complementar de n. 118/05, na tentativa de aprimorá-los e de superar as celeumas
historicamente presentes.
Ponto importante para se ressaltar é que no que tange ao reconhecimento em
demanda judicial, é que pode o juiz decretar de ofício a prescrição e a decadência de ofício.
Desta forma, podemos nitidamente observar que os institutos da decadência e da
prescrição no Direito Tributário têm suas especificidades e particularidades marcantes, que os
distinguem dos institutos no direito privado, e que não podem ser deixadas de lado quando se
vai estudar o tema extinção do crédito tributário.

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REFERÊNCIAS

ALEXANDRE, Ricardo, Direito tributário esquematizado, 1 ed. – São Paulo: Método,


2007.

DIAS, E.R. Considerações acerca do lançamento tributário e da decadência, 1 ed. – São


Paulo/Fortaleza, Dialética/ICET, 2002, pag. 167.

MARTINS, Ives Granda da Silva, coordenador. Curso de direito tributário,12 ed. – São
Paulo: Saraiva, 2010.

MACHADO, H.B., Curso de Direito Tributário, 29 ed. – São Paulo: Malheiros, 2008.

BRASIL. (Código Tributário Brasileiro), 13 ed. Ver., ampl. E atual. – São Paulo: RT, 2008.

BRASIL. (Código Civil comentado: doutrina e jurisprudência), cordenador Cezar


Peluzzo. – 3 ed. Ver. E atual. – Barueri, Sp: Manole, 2009.

VITORINO, Cassione, Direito Tributário – 17 ed. – São Paulo:Atlas, 2006,

www.stj.jus.br

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