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Caros alunos
Este é o conteúdo do nosso rápido curso de Ética, voltado especialmente para
o concurso de AFT. Inicia no dia 09/05/2006, encerrando dia 06/06/2006, num
total de 5 aulas, sempre às terças, podendo ser antecipado seu final, a
depender da data das provas.
A proposta deste curso é repassar as informações atualizadas mais
importantes acerca desse assunto, com vistas a auxiliá-los no entendimento e
no melhor desempenho possível na hora da prova.
Todas as normas do edital serão aqui analisadas, com os comentários
pertinentes e a legislação correlata.
Em seguida, apenas um trecho da primeira aula.
Bons estudos.
Sucesso sempre!!!
Leandro Cadenas Prado
ÉTICA
AULA 1
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
2.1. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
2.2. PRINCÍPIOS
2.2.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
2.2.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
2.2.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
2.2.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
2.2.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
3. DECRETO Nº 1.171, DE 22/06/1994
3.1. INTRODUÇÃO
3.2. REGRAS DEONTOLÓGICAS
3.3. PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
3.4. VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO
3.5. COMISSÕES DE ÉTICA
3.6. COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES DE ÉTICA
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AULA 2
AULA 3
6. REGIME DISCIPLINAR
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6.1. DEVERES
6.2. PROIBIÇÕES
6.3. RESPONSABILIDADES
6.4. PENALIDADES
6.4.1. ADVERTÊNCIA
6.4.2. SUSPENSÃO E MULTA
6.4.3. DEMISSÃO
6.4.4. OUTRAS PENALIDADES
6.5. OUTROS EFEITOS DAS PENAS
6.6. QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS
AULA 4
AULA 5
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AULA 1
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
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2.2. PRINCÍPIOS
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ÉTICA
AULA 1
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
2.1. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
2.2. PRINCÍPIOS
2.2.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
2.2.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
2.2.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
2.2.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
2.2.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
3. DECRETO Nº 1.171, DE 22/06/1994
3.1. INTRODUÇÃO
3.2. REGRAS DEONTOLÓGICAS
3.3. PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
3.4. VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO
3.5. COMISSÕES DE ÉTICA
3.6. COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES DE ÉTICA
3.7. INCUMBÊNCIA DAS COMISSÕES DE ÉTICA
3.8. RITO DOS PROCEDIMENTOS DA COMISSÃO DE ÉTICA
3.9. COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSO DISCIPLINAR
3.10. DECISÕES DA COMISSÃO DE ÉTICA
3.11. PENALIDADE APLICÁVEL PELA COMISSÃO DE ÉTICA
3.12. OBRIGAÇÃO DE FUNDAMENTAR O JULGAMENTO
3.13. DEFINIÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO
3.14. PARA GUARDAR
3.15. QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS
AULA 2
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AULA 3
6. REGIME DISCIPLINAR
6.1. DEVERES
6.2. PROIBIÇÕES
6.3. RESPONSABILIDADES
6.4. PENALIDADES
6.4.1. ADVERTÊNCIA
6.4.2. SUSPENSÃO E MULTA
6.4.3. DEMISSÃO
6.4.4. OUTRAS PENALIDADES
6.5. OUTROS EFEITOS DAS PENAS
6.6. PARA GUARDAR
6.7. QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS
AULA 4
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AULA 5
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AULA 1
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
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Disponível em http://www.presidencia.gov.br/etica/.
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2.2. PRINCÍPIOS
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Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência à lei.
Encontramos muitas variantes dele expressas na nossa Constituição.
2
STF, Inq. 1.957/PR, relator Ministro Carlos Velloso, julgamento em 11/05/2005.
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Aproveitando, vou relembrar alguns, para que fique bem clara a incidência
desse princípio específico no Direito Administrativo, que é nosso foco atual.
Assim, o mais importante é o dito princípio genérico, que vale para todos. É
encontrado no inc. II do art. 5º, que diz que “ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Vemos então que existe relativa liberdade do povo, que pode fazer de tudo,
menos o que a lei proíbe.
Vamos ver outros dois exemplos constitucionais.
O primeiro é o que orienta o Direito Penal, e está no mesmo art. 5º, em seu
inciso XXXIX. Nesse ponto, o constituinte estabeleceu que determinada
conduta somente será considerada criminosa, se prevista em lei.
Em outro ramo, no Direito Tributário, a CF/88, em seu art. 150, I,
também estabeleceu a observância obrigatória a esse mesmo princípio.
Aqui diz que somente poderá ser cobrado ou majorado tributo
através de lei.
Agora, o que nos interessa: no Direito Administrativo, esse princípio
determina que, em qualquer atividade, a Administração Pública está
estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada
pode ser feito.
A diferença entre o princípio genérico e o específico do Direito Administrativo
tem que ficar bem clara na hora da prova. Naquele, a pessoa pode fazer de
tudo, exceto o que a lei proíbe. Neste, a Administração Pública só pode fazer o
que a lei autoriza, estando engessada, na ausência de tal previsão. Seus atos
têm que estar sempre pautados na legislação.
Repare na importância que a legislação tem na vida do Estado. É ela quem
estabelece como um juiz deve conduzir um processo ou proferir uma sentença;
ou então o trâmite de um projeto de lei no legislativo ou a fiscalização das
contas presidenciais pelo TCU; ou ainda as regras para aquisição de materiais
de consumo pelas repartições... tudo tem que estar normatizado, e cada um
dos agentes públicos estará adstrito ao que a lei determina. Então, é
expressão do princípio da legalidade a permissão para a prática de atos
administrativos que sejam expressamente autorizados pela lei, ainda que
mediante simples atribuição de competência, pois esta também advém da lei.
Qualquer agente público, seja ele eleito, concursado, indicado etc, está
ocupando seu posto para servir aos interesses do povo. Assim, seus atos
obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse público, e
não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas. Ou seja, deve ser
impessoal.
Se o administrador decide construir ou asfaltar uma determinada rua, deve
fazê-lo para beneficiar o conjunto da população, não porque a rua passa em
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STJ, RESP 80.061/PR, relator Ministro Castro Meira, publicação DJ 11/10/2004.
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STJ, RESP 579.541/SP, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 19/04/2004.
5
STJ, RMS 18.420/MG, relator Ministro Felix Fischer, publicação DJ 29/11/2004.
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Costumo destacar este princípio como dos mais importantes. Como vimos, não
existe hierarquia entre princípios, porém, para fins de concurso público, este
princípio acaba tendo relevância pois foi o último introduzido na Constituição,
por meio da EC nº 19/98, chamada de emenda da reforma administrativa, que
deu nova redação ao art. 37 e outros.
Também revela dois aspectos distintos, um em relação à atuação do
agente público, outro em relação à organização, estrutura, disciplina
da Administração Pública.
Os agentes públicos devem agir com rapidez, presteza, perfeição,
rendimento. Importante também é o aspecto econômico, que deve pautar as
decisões, levando-se em conta sempre a relação custo-benefício. Construir
uma linha de distribuição elétrica em rua desabitada pode ser legal, seguir a
Lei de Licitações, mas não será um investimento eficiente para a sociedade,
que arca com os custos e não obtém o benefício correspondente.
A Administração Pública deve estar atenta às suas estruturas e
organizações, evitando a manutenção de órgãos/entidades sub utilizados,
ou que não atendam às necessidades da população.
Perceba o que prevê a Lei nº 9.784/99, em seu art. 2º, “caput”:
“Art. 2o. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.”
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3.1. INTRODUÇÃO
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em todo o sistema;
l) Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências
cabíveis;
m) Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
n) Participar dos movimentos e estudos que se relacionem
com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
realização do bem comum;
o) Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função;
p) Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço
e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
q) Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível,
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa
ordem;
r) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem
de direito;
s) Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e
dos jurisdicionados administrativos;
t) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei;
u) Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.
De igual forma que o art. 117 da Lei nº 8.112/90 prevê vedações para os
estatutários, o Código de Ética também cuidou de relacionar uma série de
proibições, a saber:
XV. É vedado ao servidor público:
a) O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição
e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;
b) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores
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Esta deve ser uma das partes mais importantes no estudo deste Código, para
fins da prova. Assim determina:
XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública
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O rito a ser seguido pela comissão, no que concerne aos seus procedimentos, é
o sumário, que, ao contrário do processo ordinário, tem uma seqüência de
atos resumida, rápida.
Através dele, ouve-se apenas o autor da denúncia, queixa, e o servidor
acusado. Se a apuração advém de conhecimento de ofício, ouve-se apenas o
servidor, já que não existe queixoso.
Importante frisar a possibilidade de recurso, a ser apresentado ao respectivo
Ministro de Estado a que estiver subordinado o órgão.
XIX – Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética,
para a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente
contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito
sumário, ouvido apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se
a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre
RECURSO ao respectivo Ministro de Estado.
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Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
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9.784/99), ainda que não haja previsão no próprio Código. Nesse caso, deve
usar da analogia, dos costumes e dos princípios éticos e morais de outras
profissões, de maneira a preencher a lacuna, de forma semelhante à do
Processo Civil (art. 1267, CPC).
Analogia é a interpretação extensiva ou indutiva do texto legal, pela
semelhança com outra lei ou com outro texto. Dessa forma, quando, pelas
omissões ocorridas, não exista previsão expressa para solver determinado
caso, utilizam-se disposições relativas a casos semelhantes.
Costume é o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo uso
reiterado, com o consentimento tácito de todas as pessoas que admitem a sua
força como norma a seguir na prática de determinados atos.
Veja o item XXIII:
XXIII – A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o
julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de
serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código,
cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios
éticos e morais conhecidos em outras profissões;
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segurança e rapidez;
• XVIII – Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços;
• XIX – Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas
funcionais;
• XX – Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público;
• XXI – Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste Código de Ética.
• Vedações ao servidor público:
• I – Usar do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
influências, para obter qualquer favorecimento;
• II – Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores
ou de cidadãos;
• III – Ser conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou
ao Código de Ética de sua profissão;
• IV – Procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa;
• V – Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento;
• VI – Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
• VII – Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o
mesmo fim;
• VIII – Alterar ou deturpar o teor de documentos;
• IX – Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos;
• X – Desviar servidor público para atendimento a interesse
particular;
• XI – Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
• XII – Fazer uso de informações privilegiadas;
• XIII – Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
habitualmente;
• XIV – Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
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II. os empregados das empresas privadas que prestam serviços aos órgãos e
entidades do Poder Executivo Federal mediante contrato de prestação de
serviços (serviços terceirizados, tais como segurança, limpeza, etc.).
III. os que prestam serviço de natureza temporária na Administração Pública
federal direta, sem remuneração.
IV. os servidores do Poder Legislativo.
V. os servidores do Poder Judiciário.
Estão corretas
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, IV e V.
c) apenas as afirmativas I e III.
d) apenas as afirmativas I, II e III.
e) nenhuma das afirmativas está correta.
GABARITO
8
Art. 5º, VI: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias; (...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
9
Art. 239: por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o
servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação
em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.
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AULA 2
4.1. INTRODUÇÃO
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=Cofres públicos.
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Na esfera federal, disciplinado pela Lei nº 8.745/93, com alterações posteriores, em
especial pela Lei nº 10.667/2003 e pelo Decreto nº 4.748/2003, que a regulamenta.
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Item 4.5., aula 1.
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STJ, RESP 328.391/DF, relator Ministro Paulo Medina, publicação DJ 02/12/2002.
5
Art. 18 Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo;
6
Art. 18 Diz-se o crime: (...) II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia.
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STJ, RESP 621.415/MG, relatora Ministra Eliana Calmon, julgamento 16/02/2006.
8
TRF 4ª Região, AI 1999.04.01.095390-1/RS, relator Juiz Teori Albino Zavascki,
publicação DJ 17.05.2000.
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indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste
artigo recairá sobre bens que assegurem o integral
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito.
Essa matéria está sob reserva de jurisdição, é dizer, a indisponibilidade dos
bens é declarada pelo juiz, e não pela Administração. A autoridade
administrativa representa (indica os elementos de fato, a necessidade) ao
Ministério Público, que peticiona junto ao Poder Judiciário.
Importante destacar as diferenças entre as medidas seguintes:
Indisponibilidade: medida cautelar sobre a coisa de que não se pode dispor
(vender, dar, ceder, permutar). O proprietário pode continuar utilizando o
bem, mas não pode dele dispor. Permanece a propriedade e a posse do
mesmo.
Seqüestro: medida cautelar que visa garantir o bem através da apreensão ou
o depósito judicial de certa coisa, sobre a qual pesa um litígio, ou sujeita a
determinados encargos, a fim de que seja entregue, quando solucionada a
pendência, a quem de direito. Assim, o seqüestro é dirigido contra
determinada coisa, ou coisa especificada, sobre que se litiga. E tem a
finalidade de retirar essa coisa da posse de quem a tem, para trazê-la e
conservá-la em segurança perante o juízo, onde se intenta, ou onde se
pretende intentar a ação. Perde a posse, mas permanece a propriedade.
O seqüestro é uma medida de segurança, que tanto se pode promover como
preparatória, como preventivamente.
Perdimento: o perdimento é medida definitiva que retira do apenado a
propriedade do bem, o qual deixa de lhe pertencer.
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Nesse tipo de conduta, a mais grave entre as três espécies, portanto, com as
penalidades mais severas (art. 12), há ato de improbidade administrativa em
que fica configurado que o agente público enriqueceu ilicitamente. Para facilitar
a percepção deste “enriquecimento” note a presença de verbos de ação típicos,
como receber, utilizar, adquirir, aceitar, incorporar etc.
É necessária a leitura atenta a todos os incisos do art. 9º, sem, no entanto, ser
necessária sua memorização. Da simples observação de cada uma das
situações, percebe-se nitidamente que houve acréscimo patrimonial, seja na
forma de incremente no seu patrimônio (ex. incisos I a III), seja na forma de
não redução do mesmo (ex. incisos IV, XI, XII), ou seja, não gasta seus
valores para obter a vantagem indevida.
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Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer; mas o juiz poderá, no curso
da instrução ou antes de proferir sentença, determinar, de ofício, diligências para
dirimir dúvida sobre ponto relevante.
10
STF, MS 22.476/AL, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 03/10/1997.
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STJ, RESP 150.329/RS, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 05/04/1999.
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12
TRF 4ª Região, AC 97.04.53004-8/SC, relatora Desembargadora Marga Barth
Tessler, julgamento 17/06/1999.
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13
TJMG, AG 172.076-2/00, relator Desembargador Lucas Sávio Gomes, publicação
DJMG 09/03/2001.
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ilícito:
a) prescreve em cinco anos.
b) caduca em dois anos.
c) prescreve em três anos.
d) caduca em dez anos.
e) é imprescritível.
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GABARITO
1. E 4. C 7. C
2. C 5. A 8. A
3. E 6. E 9. C
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10. A
11. A
12. A
13. A
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AULA 3
6. REGIME DISCIPLINAR
6.1. DEVERES
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Lei no 9.051/95, art. 1o.
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6.2. PROIBIÇÕES
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2
O inc. X do art. 117 foi recentemente alterado pela Lei nº 11.094, de 13 de janeiro 2005. Compare a redação
anterior: “participar de gerência ou administração de empresa privada, sociedade civil, salvo a participação
nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade de
acionista, cotista ou comanditário”.
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3
BARBOSA, Rui. Oração aos moços. 5a ed. Anotada por Adriano da Gama Kury. Rio de Janeiro:
Fundação Casa de Rui Barbosa, 1999. Disponível em:
<http://www.casaruibarbosa.gov.br/rui_barbosa/oracao.pdf>, acesso 15/04/2006, p. 39.
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pública exercida. Em que pese a prática ser outra, não é admissível que um
policial seja segurança privado, que um fiscal do Ministério do Trabalho preste
assessoria trabalhista privada, ou outros tantos exemplos que diuturnamente
são vistos.
Acrescente-se que será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção
médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da
penalidade uma vez cumprida a determinação (art. 130, § 1o).
Quando houver violação dos incisos analisados a seguir, poderá o servidor
faltoso, sempre precedido de processo administrativo, sofrer a penalidade de
demissão (art. 132, XIII), pois, como se verão, são faltas mais graves que as
vistas até aqui.
Como o próprio nome diz, a função é pública, e não pode ser usada para lograr
proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública.
Usar o cargo para obter favores, ou mesmo concedê-los, fere a moralidade, a
finalidade e o interesse público; é lamentável essa prática em nossa sociedade.
Ao servidor público é proibido também participar de gerência ou administração
de empresa privada, sociedade civil e exercer o comércio. Pode, sim, ser
acionista, cotista ou comanditário, mas nunca gerente ou administrador. O
Estatuto também excepciona a participação nos conselhos de administração e
fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, participação do capital social. Essa é a redação dada pela
Medida Provisória no 2.225-45, de 2001, ainda não convertida em lei.
Advocacia administrativa é o patrocínio de interesse privado perante a
Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário: essa ação é
tipificada como crime (art. 321 do CP). É, por outras palavras, o uso do cargo
para intermediar vantagens para outrem perante a Administração. Contudo,
ficou ressalvada a possibilidade de atuação, como procurador ou intermediário,
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro. Como mencionado alhures, por
parente até o segundo grau civil entende-se como sendo os pais, filhos, avós,
netos e irmãos.
A retribuição pelo exercício das atribuições do cargo é paga pelos cofres
públicos, estando vedada a percepção de propina, comissão, presente ou
vantagem de qualquer espécie, configurando ato de improbidade
administrativa, com a possível suspensão de direitos políticos de 08 (oito) a 10
(dez) anos, entre outras penalidades aplicáveis4.
Fica também o servidor impedido de receber qualquer comissão, emprego ou
pensão de estado estrangeiro, para que se mantenha a indispensável
soberania nacional. Se assim não proceder, perderá o cargo.
4
Lei no 8.429/92, art. 9o, I. Vista na aula 2.
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6.3. RESPONSABILIDADES
5
Lei no 8.429/92, arts. 9o, IV, e 10, XIII. Vista na aula 2.
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6
STJ, RESP no 328.391/DF, relator Ministro Paulo Medina, publicação DJ 02/12/2002.
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6.4. PENALIDADES
7
STF, MS no 22.476/AL, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 03/10/1997.
8
Teoria e Prática do Processo Administrativo Disciplinar. Cit., p. 423
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9
STJ, MS no 8.106/DF, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 28/10/2002.
10
TRF 1ª Região, AC 95.01.25619-7 /DF, relator Juiz Federal Moacir Ferreira Ramos, publicação DJ
31/07/2003, trânsito em julgado do acórdão em 18/08/2003:
“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. CRM/GO. CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
DE CIRURGIÃO. CONFIRMAÇÃO DA AUTORIA DE ATO CIRÚRGICO. FUGA DA
RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL. GARANTIDO O DIREITO DE AMPLA DEFESA E DO
CONTRADITÓRIO. LEGALIDADE DA PENA. DESCARACTERIZADA A PENALIDADE COMO DE
CARÁTER PERPÉTUO. ART. 5º, INCISO XLVII, ALÍNEA “b”, CF/88. Não há qualquer ilegalidade ou
inconstitucionalidade na aplicação da pena de cassação do exercício profissional do médico, cuja paciente,
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6.4.1. ADVERTÊNCIA
submetida à cesariana, sofreu perda do útero e do ovário, em decorrência de verificada imperícia, imprudência
e negligência na prática do ato cirúrgico. Tal pena não é de caráter perpétuo, visto que o preceito constante no
art. 5º, XLVII, alínea "b", aplica-se somente no âmbito do direito penal.”
11
STF, RE 154.134/SP, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 29/10/1999.
12
TRF 1ª Região, REO 91.01.05780-4/RR, relator Juiz Jirair Aram Meguerian, publicação DJ 06/11/1997,
trânsito em julgado do acórdão em 12/12/1997.
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(art. 131). Os efeitos já produzidos pela penalidade aplicada não são alterados
com esse cancelamento de registro.
A partir da data em que o fato tornou-se conhecido, a ação disciplinar, quanto
à advertência, prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias (art. 142, III e § 1o).
6.4.3. DEMISSÃO
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13
STJ, RMS 11.561/RO, relator Ministro Felix Fischer, publicação DJ 25/10/2004: SERVIDOR PÚBLICO.
PEDIDO DE EXONERAÇÃO CONDICIONADA AO PAGAMENTO DE LICENÇA-PRÊMIO NÃO
GOZADA. IMPOSSIBILIDADE. (...) 2 - Um pedido de exoneração não pode ser condicional, porquanto a
Administração Pública não está sujeita a imposições feitas pelo servidor público. Os atos se revestem de
princípios próprios, dentre os quais não se encontra a possibilidade de condicionar a demissão, por parte
daquele que a requer. Ao revés, na espécie, a Administração agiu exatamente dentro do respeito à moralidade,
à razoabilidade e à boa-fé, ao editar o ato dentro dos parâmetros legais. Ausente, desta forma, qualquer direito
líquido e certo a ser amparado pela via mandamental.
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Portanto, quem só tem cargo em comissão, nunca poderá ser suspenso, sendo
diretamente destituído, ou seja, perde o cargo.
Nos casos em que houve exoneração – que não é punição – do ocupante de
cargo em comissão a pedido ou de ofício pela autoridade competente (art. 35),
constatada a existência de infração anterior à sua saída, essa exoneração será
convertida em destituição de cargo em comissão (art. 135, parágrafo único).
Portanto, o que era uma mera exoneração sem qualquer conseqüência extra,
transforma-se em demissão, com todos os prejuízos que uma punição
acarreta, como os previstos nos arts. 136 e 137 do Estatuto.
Para que fique bem claro, a demissão é a perda do cargo efetivo; a destituição
é a perda do cargo em comissão.
Quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão, a ação disciplinar
prescreverá em 5 (cinco) anos da data em que o fato se tornou conhecido (art.
142, I, e § 1o).
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GABARITO
1. D 7. E 13. B
2. B 8. B 14. C
3. C 9. CCEEE 15. D
4. A 10. E 16. B
5. D 11. D 17. D
6. B 12. E
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AULA 4
7.1. INTRODUÇÃO
7.2. ABRANGÊNCIA
7.3. DEFINIÇÕES
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Com relação aos princípios, alguns já vistos na Aula 1, são os seguintes que a
Administração Pública deverá obedecer:
I – legalidade;
II – finalidade;
III – motivação;
IV – razoabilidade;
V – proporcionalidade;
VI – moralidade;
VII – ampla defesa;
VIII – contraditório;
IX – segurança jurídica;
X – interesse público e
XI – eficiência.
Sobre o princípio da legalidade, reveja o item 2.2. da Aula 1.
O princípio da finalidade é uma espécie do princípio da impessoalidade, que
impõe que o administrador pratique o ato para seu fim legal, o interesse
público. Você também pode rever esse princípio na Aula 1.
Pelo princípio da motivação, cada decisão tomada pela Administração
Pública deve estar fundamentada pelas razões de fato e de direito que
levaram a ela.
O STF já decidiu que a motivação é necessária em todo e qualquer ato
administrativo. Ela terá detalhamento maior ou menor conforme o ato seja
vinculado ou discricionário, porém, não se admite mais que este seja
imotivado, como parte da doutrina clássica defendia.
A Lei nº 9.784/99, em seus arts. 2º, parágrafo único, VII, e 50 prevê:
“Art. 2º (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de:
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão.”
“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
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1
STJ, RMS 17.685/MG, relator Ministro Felix Fischer, publicação DJ 14/02/2005.
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Convalidar é tornar válido, é efetuar correções no ato administrativo, de forma que ele fique
perfeito, atendendo a todas as exigências legais. Mais detalhes serão vistos na aula 4, item 7.8.
4
STJ, AgRg no REsp 696.883/SE, relator Ministro Luiz Fux, publicação DJ 01/08/2005.
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7.7. REQUERIMENTO
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STF, MS 22.827/MT, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 02/10/1998.
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GABARITO
1. B
2. C
3. C
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AULA 5
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No nosso caso específico, então, fica claro que só podem ser praticados por
funcionário público. Porém, em certas situações o particular também pode ser
condenado por algum desses crimes, quando, por exemplo, atua como co-
autor com um funcionário público, sabendo dessa condição de seu comparsa.
Diz-se, então, que ser “funcionário” é elementar do tipo, e que tal se
comunica ao particular, em caso de concurso, nos termos do art. 301 do
Código Penal - CP.
Elementar é a parcela essencial que caracteriza o tipo penal, sem a qual ele
não existe ou se transforma noutro tipo. As elementares do homicídio são
“matar” e “alguém”. Por exemplo, se não tiver a elementar “alguém”, ou seja,
atirar num animal, não se configura o homicídio. De furto, são elementares
“subtrair”, “para si ou para outrem”, “coisa alheia” e “móvel”. Se faltar a
elementar “coisa alheia”, ou qualquer outra, não existe furto.
PROCESSO PENAL. PENAL. PECULATO. ART. 312 CP C/C ART. 29 E 71
DO CÓDIGO PENAL. MATERIALIDADE E AUTORIA DEMONSTRADAS.
JUSTIÇA FEDERAL. COMPETÊNCIA. CIRCUNSTÂNICAS ELEMENTARES
COMUNICAM. ART. 30 CÓDIGO PENAL. 1. O empregado da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos, carteiro, que, nessa qualidade,
pratica crime contra o patrimônio de usuários da empresa, causa
prejuízo não só à imagem da empresa prestadora de serviço público,
como ao seu patrimônio, em face de indenização a que está obrigado
a pagar. 2. A qualidade de funcionário público é elementar do tipo do
art. 312 do Código Penal e comunica-se ao particular, conhecedor
dessa condição pessoal, partícipe, pois, do peculato, nos termos do
art. 30 do Código Penal.2
Circunstância é a parte acessória, que não tem presença obrigatória para
configurar o tipo, mas altera de alguma forma a sanção penal. Com a presença
de uma circunstância, a pena aumenta ou reduz; na sua falta, o crime continua
existindo, mas sem esse acessório. Podem ser objetivas (de caráter material)
como tempo, modo, lugar, meio de execução; são relativas ao fato. Como
exemplo pode-se citar a circunstância temporal do crime de furto praticado
durante o repouso noturno, o que faz com que a pena aumente de um terço
(art. 155, § 1º). Se praticado durante o dia, continua sendo furto. Também
podem ser subjetivas (de caráter pessoal), como parentesco com a vítima,
reincidência, ação sob violenta emoção etc; são relativas ao autor.
Circunstância elementar: não são essenciais para a existência do crime,
mas alteram os limites da pena, cominando novos valores mínimos e máximos.
São ditas também qualificadoras. Exemplifica-se com o furto qualificado (art.
155, § 4º), com nova previsão de penas (reclusão, de dois a oito anos, e
multa). Assim, a circunstância elementar do art. 155, § 4º, I, é furto “com
destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa”. Sem ela, é furto
1
Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
2
TRF1, ACR 2002.34.00.011891-8/DF, relator Desembargador Federal Tourinho Neto,
publicação DJ 05/05/2006.
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Ressalte-se, então, que, sempre que o autor de qualquer dos crimes que
veremos nesta aula for ocupante de cargo em comissão ou de função de
direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público,
terá sua pena aumentada da terça parte.
MÉDICO. HOSPITAL CONVENIADO AO SUS. CONCUSSÃO.
FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA
FEDERAL. (...) II - O médico de hospital particular conveniado ao
SUS deve ser considerado funcionário público para fins penais, a teor
do disposto no art. 327, § 1º, do Código Penal.3
Por fim, acrescento que a ESAF tem cobrado com insistências questões
envolvendo penas, tanto da Lei de Improbidade, quanto do Código Penal e
outras. Me parece extremamente reprovável esse tipo de questão, que não
mede conhecimento de ninguém. Mas o fato é que em todas as últimas provas
de Auditor da Receita Federal, na parte de Ética, quando era cobrada, caíram
questões cobrando penas.
Permitam-se uma dica pouco usual. A chance disso cair é grande, olhando-se o
passado. Há duas opções: (1) “decorar” todas as penas, torcer para que caia
alguma delas, e tentar acertar; (2) simplesmente ignorar essa informação,
torcer para não cair e, se cair, “chutar” com base nas respostas das outras
questões, ou seja, na letra menos marcada. Sinceramente, as chances de
acerto numa ou noutra opção são muito próximas, porém, na segunda opção,
você economiza muito tempo e espaço na sua memória!!! É a minha opção.
Cada um eleja a sua. As penas serão informadas em cada tópico.
Vistas essas considerações iniciais, a seguir estudaremos cada um dos tipos
que nos interessam, ilustrando com recentes julgados dos tribunais pátrios.
Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não
tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato culposo
3
TRF1, EDRCCR 2002.38.03.005175-2/MG, relator Desembargador Federal Cândido
Ribeiro, publicação DJ 08/10/2004.
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Como já dito antes, peculato é uma forma de apropriação indébita4, feita pelo
funcionário, em razão de seu ofício.
A coisa objeto da apropriação indevida, em proveito próprio ou alheio, tanto
pode ser pública, quanto particular, mas a posse sempre ocorre em razão do
cargo. Percebe-se, então, que o objeto material do peculato é o mesmo do
furto5, do roubo6 ou da apropriação indébita.
Ainda que o bem seja de particular, mas encontrando-se em poder da
Administração Pública, poderá haver peculato, como no caso de qualquer bem
particular apreendido e depositado numa repartição.
Ressalte-se que “o peculato não é crime patrimonial, mas crime contra a
Administração Pública, e ‘o dano necessário e suficiente para a sua
consumação é o inerente à violação do dever de fidelidade para a mesma
administração, associado ou não ao patrimonial’”7.
A doutrina divide essa figura típica noutras, dando outros nomes, importantes
para o concurso.
Assim, o tipo fundamental, previsto no caput do art. 312, se subdivide em
dois, o peculato-apropriação (1ª parte) e o peculato-desvio (2ª parte). Em
seguida, temos o peculato-furto (§ 1º) e o peculato-culposo (§ 2º).
O tipo previsto no art. 313 não consta do edital, mas vamos citar pra não
correr o risco de errar, pois é perfeitamente possível que possa ser citado em
uma das alternativas de alguma questão.
Trata-se do peculato mediante erro de outrem, cujo tipo é de apropriar-se de
dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de
outrem.
Em resumo, temos:
I – peculato-apropriação (art. 312, caput, 1ª parte): apropriar-se o
funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
4
CP, art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
5
CP, art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
6
CP, art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência.
7
TRF1, ACR 1999.01.00.070911-7/AM, relator Desembargador Federal Olindo
Menezes, publicação DJ 10/03/2006.
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8
Animus rem sibi habendi é uma espécie de elemento subjetivo diverso do dolo, que
relaciona-se à intenção do agente fazer seu bem alheio.
9
Res = coisa.
10
TRF1, ACR 2001.01.00.013368-4/AM, relator Desembargador Federal Hilton Queiroz,
publicação DJ 12/12/2005.
11
Vontade, intenção de restituir.
12
TRF1, ACR 1999.01.00.070911-7/AM, relator Desembargador Federal Olindo
Menezes, publicação DJ 10/03/2006.
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13
TRF1, ACR 93.01.01258-8/MG, Desembargador Federal Olindo Menezes, publicação
DJ 24/02/2006.
14
TRF1, ACR 1998.32.00.000854-3/AM, relator para o acórdão Desembargador
Federal Tourinho Neto, publicação DJ 10/06/2005.
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15
TRF1, ACR 1997.01.00.020330-0/MG, relator Desembargador Federal Hilton
Queiroz, publicação DJ 26/10/2004.
16
Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo; II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
17
TRF1, ACR 2000.31.00.000817-0/AP, relator Desembargador Federal Olindo
Menezes, publicação 31/03/2006.
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18
TRF1, ACR 2000.01.00.003914-4/RR, relator Desembargador Federal Mário César
Ribeiro, publicação DJ 05/02/2003.
19
TRF3, ACR 2000.03.99.011516-0/SP, relator Juiz André Nabarrete, publicação DJ
29/10/2002.
20
STF, AP 375/SE, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 17/12/2004.
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21
Publicada no DOU de 17/07/2000, entrou em vigor apenas 90 dias após, em
15/10/2000, prevendo, nesse interregno, uma vacatio legis, criticada por muitos.
22
TRF3, HC 2004.03.00.010987-6/SP, relator Juiz André Nabarrete, publicação DJ
10/08/2004.
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8.4. CONCUSSÃO
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23
CP, art. 158 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar
que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e
multa.
24
CP, art. 333 – Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a
12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12/11/2003)
25
STJ, RHC 15.933/RJ, relator Ministro Hamilton Carvalhido, publicação DJ
02/05/2006.
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26
STJ, RHC 17974/SC, relator Ministro Hélio Quaglia Barbosa, publicação DJ
13/02/2006.
27
TRF1, RCCR 2002.38.03.005426-8/MG, relator Desembargador Federal Olindo
Menezes, publicação DJ 21/10/2005.
28
STJ, REsp 252.081/PR, relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, publicação DJ
24/04/2006.
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29
TRF4, EINACR 95.04.16896-5/RS, relator Desembargador Federal Vladimir Passos
de Freitas, publicação DJ 04/09/2002.
30
STJ, RHC 8.842/SC, relator Ministro Fernando Gonçalves, publicação DJ 13/12/1999.
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31
Pena em abstrato é a pena prevista na lei penal, variando entre um mínimo e um
máximo. Pena em concreto é aquela fixada pelo juiz, analisando o caso concreto.
32
TRF4, ACR 1999.04.01.134886-7/PR, relator Desembargador federal Vladimir Passos
de Freitas, publicação DJ 28/08/2002.
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33
TRF1, ACR 1999.01.00.010509-1/MG, relator Juiz Cândido Moraes, publicação DJ
20/02/2003.
34
TRF4, ACR 2004.04.01.012540-6/RS, relator Desembargador Federal Tadaaqui
Hirose, publicação DJ 15/03/2006.
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35
TRF4, ACR 2004.04.01.039550-1/RS, relator Desembargador Federal Paulo Afonso
Brum Vaz, publicação DJ 18/05/2005.
36
TRF4, AC 2002.71.05.008927-5/RS, relator Desembargador Federal Edgard Antônio
Lippmann Júnior, publicação DJ 15/10/2003.
37
TRF4, ACR 1999.70.02.003776-2/PR, relator Desembargador Federal José Luiz B.
Germano da Silva, publicação DJ 25/09/2002.
38
TRF1, HC 1999.01.00.017549-9/RO, relator Juiz Osmar Tognolo, publicação DJ
10/09/1999.
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8.8. PREVARICAÇÃO
39
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
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40
TRF1, HC 2005.01.00.054558-7/AM, relator Desembargador Federal Tourinho Neto,
publicação DJ 12/08/2005.
41
TRF1, ACR 1997.41.00.004021-8/RO, relator Desembargador Federal Tourinho Neto,
publicação DJ 24/06/2005.
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PÚBLICA.
INDAGAÇÃO. CONFIGURAÇÃO DO TIPO PENAL. HIERARQUIA.
AUSÊNCIA. PERCEPÇÃO DE VANTAGEM. (...) Incorre no crime de
advocacia administrativa o funcionário público que age perante a
repartição pública, mediante comportamento impróprio, não
condizente com o dever de imparcialidade e moralidade imposto ao
servidor. O elemento material do tipo consiste em patrocinar, que
significa advogar, facilitar, proteger, favorecer interesses de
terceiros, e no qual enquadra-se também o verbo indagar.
Transgredida a administração pública em seus aspectos material e
moral, o réu pratica o crime de advocacia administrativa, consistindo
a indagação, verdadeiramente, em advogar, pedir, em favor de
interesse privado alheio. Inteligência do artigo 321 do Código Penal.
Ausência de conduta delitiva que somente se reconhece quando o réu
é detentor de poder hierárquico sobre o outro funcionário.
Inexigência para o cometimento do crime da prática do ato dentro da
esfera de competência do funcionário público. Desnecessidade de
percepção de vantagem por parte de terceiros, uma vez que a lei não
reclama esse intuito.42
CRIME PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO. CRIME DE
CORRUPÇÃO PASSIVA. AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVAS
COMPROVADAS. ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE DA CONDUTA: ATO DE
OFÍCIO NÃO COMPREENDIDO ENTRE AS ATRIBUIÇÕES DO
FUNCIONÁRIO: IRRELEVÂNCIA NA CARACTERIZAÇÃO DA
CORRUPÇÃO IMPRÓPRIA: DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME PARA O DE
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA: IMPOSSIBILIDADE. OBTENÇÃO DE
VANTAGEM INDEVIDA EM RAZÃO DA FUNÇÃO. CONDENAÇÃO
MANTIDA. APELO IMPROVIDO. (...) V - Comprovadas nos autos a
materialidade e autoria do crime de corrupção passiva, pelo qual o
apelante foi condenado. Negativa de autoria isolada, em confronto
com prova testemunhal da acusação. VI - O crime de corrupção
passiva caracteriza-se como a utilização de cargo público a fim de
obter vantagem indevida, bastando que esta obtenção seja possível
ao funcionário em troca de uma conduta que esteja incluída nos
poderes que seu cargo lhe confere. VII - Inviável a desclassificação
do crime de corrupção passiva para o de advocacia administrativa. A
distinção entre ambos está na utilização do cargo para obtenção da
vantagem, e não na prática ou não de atos de ofício.43
ART. 321, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CP. ADVOCACIA
ADMINISTRATIVA. CRIME FORMAL. DOLO GENÉRICO. O delito
capitulado no art. 321 do CP é formal e consuma-se com o simples
ato de interferir em favor de particular, não se exige que o agente
42
TRF3, ACR 2000.71.03.000567-3/SP, relatora Juíza Therezinha Cazerta, publicação
DJ 02/07/2003.
43
TRF3, ACR 1999.03.99.015539-5/SP, relator Juiz Souza Ribeiro, publicação DJ
22/07/2002.
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Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que
deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o
fato não constitui crime mais grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 9.983, de 14/07/2000)
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e
empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas
não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da
Administração Pública; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.983, de
14/07/2000)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Alínea
acrescentada pela Lei nº 9.983, de 14/07/2000)
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou
a outrem: (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.983, de
14/07/2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Um dos mais importantes princípios que norteia a atividade estatal é o da
publicidade. Contudo, certas informações, em face de suas peculiaridades,
devem manter-se sigilosas, sendo, desta forma, atendido o interesse público.
Se houver norma expressa no sentido de se guardar sigilo sobre certo fato, sua
revelação (ou facilitação da revelação) constitui-se no tipo do art. 325, CP.
Como se denota da redação desse artigo retro transcrito, trata-se de crime
subsidiário, é dizer, será punido por ele se não se enquadrar noutro mais
grave, como, por exemplo, o previsto na Lei de Segurança Nacional (Lei nº
7.170/83, arts. 13, 14, 25) ou violação de sigilo militar (CPM45, art 326).
44
TRF4, ACR 1999.61.02.015038-3/SP, relator Desembargador Federal Otávio Roberto
Pamplona, publicação DJ 18/02/2004.
45 Código Penal Militar, Decreto-Lei nº 1.001/1969, art. 326: Revelar fato de que tem
ciência em razão do cargo ou função e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-
lhe a revelação, em prejuízo da administração militar: Pena - detenção, de seis meses
a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
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Somente pode ser cometido por funcionário público, ainda que inativo46.
Dois são os núcleos desse tipo, representados pelas condutas dolosas de
“revelar” ou “facilitar a revelação”. Na primeira, verifica-se apenas na forma
comissiva47; na segunda, poderá ser comissiva ou omissiva, como deixar a
informação sigilosa ao alcance de outrem, sobre o balcão da repartição ou
exposta na tela do computador.
Repita-se que deve haver necessidade do segredo, ainda que temporário. Se
revelado durante o período de vedação, há crime, bastando que seja para uma
única pessoa. Se revelado após findo o prazo para segredo, ou à quem já o
conhecia, é atípica a conduta.
Ademais, se o funcionário teve acesso ao segredo de forma independente do
seu cargo, não há esse crime, pois exige-se que o conheça em razão de seu
cargo.
Assim sendo, são dois os elementos subjetivos do tipo: vontade de revelar
indevidamente segredo (ou facilitar a revelação), e que tenha ciência dele em
razão do cargo. Faltando um deles, é atípica a conduta.
Para sua consumação, basta a divulgação ou facilitação, unida com um dano
potencial à Administração, mas independente da efetiva ocorrência desse
dano. Consuma-se, então, no momento em que o terceiro toma conhecimento
do fato. Admite-se a tentativa quando, por exemplo, é feita por escrito e não
chega ao destinatário.
Em 2000, através da Lei nº 9.983, tipificou-se também a violação do sigilo
através de sistemas de informações, nos termos do § 1º, do art. 325, já retro
transcrito.
Se há dano para a Administração Pública ou para a outrem, previu-se uma
causa de aumento de pena, que qualifica o crime, prevendo nova pena em
abstrato, a saber, reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL, QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA,
CP. ART.325 CPP. ART.29 CF. ART.5, LIX. (...) 2 - o crime de violação de
sigilo funcional, previsto no art.325 do Código Penal, pressupõe a existência de
fato protegido por reserva ou segredo legais, evidenciado que o fato indicado na
queixa não esta sob reserva ou segredo, não merece prosperar a pretensão.48
46
Ainda que aposentado, segue sendo servidor, porém, agora, inativo. Se divulgou
algum fato de que teve ciência em razão do cargo, quando na ativa, e que devia
permanecer em segredo, ou facilitou a revelação, haverá praticado esse tipo penal.
47
Praticado por ação.
48
TRF3, QCR 94.03.030670-0/SP, relator Juiz Fleury Pires, publicação DJ 12/09/1995.
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d) Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer
em segredo, ou facilitar-lhe a revelação.
e) Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências
legais.
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seu que havia sido surpreendido furtando roupas de uma loja. Nessa situação,
Perseu
(A) Cometeu crime de condescendência criminosa.
(B) Cometeu crime de advocacia administrativa.
(C) Cometeu crime de corrupção passiva.
(D) Não cometeu crime contra a Administração Pública.
(E) Cometeu crime de concussão.
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(E) Concussão.
GABARITO
1. A
2. A
3. E
4. D
5. A
6. A
7. C
8. C
9. D
10. B
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11. E
12. D
13. A
14. D
15. A
16. E
17. A
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