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Ritual de Oferenda a Milarepa
O Guru Yoga do Grande Yogi Milarepa e o festim de oferenda intitulado:
“O Glorioso Flamejar do Conhecimento”
A prece que louva aqueles que deram nascimento aos Ensinamentos da Prática:
“A Melodia Agradável da Perfeita Realização de Todos os Objetivos” Rendo homenagem ao Glorioso
Dordje Sempa!
Isso foi composto por Karma Tenpeile Nyima Chendrup Tcheuki Sengue, que tinha uma grande confiança
e grande respeito pelo sistema chamado “Da grande veículo de transmissão da meditação” na quarta era,
ano do boi de madeira, mês do milagre, no tempo da lua crescente inspirada por um sonho e com uma
firme confiança na essência da ilusão. Que isso possa ter um sentido profundo.
Em todas minha existências, possa eu não estar jamais separado de um Lama
perfeitamente puro e desfrutando de gloriosas virtudes do Dharma, possa eu, tendo
perfeitamente completado as qualidades das terras e caminhos do Despertar, obter
rapidamente a realização de Dordje Chang.
Estando inclinado diante do Poderoso do País das Neves, aquele que verdadeiramente
realizou de sua vivência o Estado e Dordje Chang, exponho aqui seu Guru-Yoga.
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oferendas, todos os ingredientes necessários incluídos os dos meios hábeis e da sabedoria, devem ser
preparados.
Todos os que, estando ao lado das forças obscuras, não podem ver ou ouvir os rituais
dos Mantras Secretos, que eles deixem esse local.
No caso de se passar adiante essa injunção, o flamejante Tridente Vajra quebrará as
cabeças em cem pedaços.
Realizando o Lama como sendo minha própria mente, com respeito, rendo homenagem
a ele.
Ofereço os seis domínios livres de apego.
Na esfera da mente, desvelam-se as concepções errôneas oriundas da apreensão
dualista.
Regozijo-me da Compaixão incessante.
Eu vos peço, para colocar em movimento, o ciclo de Ensinamento do Supremo
Conhecimento que envolve e penetra em tudo.
Eu vos suplico para que permaneçam no Supremo Dharmakaya inalterável.
Dedico (os benefícios de todos os atos benéficos) para que todos os seres que preenchem
o espaço obtenham os Três Corpos (puros dos Budas).
A existência condicionada estando sacudida até sua base,
Possa eu realizar o bem dos seres.
No centro do Tchö Djung, sobre um lótus de quatro pétalas, está a sílaba HRI. Sobre as quatro pétalas, as
sílabas HA RI NI SA. A luz irradiada da guirlanda do mantra em torno da sílaba HRI realiza os dois
desígnios.
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OM AH HUNG / BENZA SARUA PUDZA MEGHA SAMUDRA SA PA RA NA
SAMAYE HUNG SUA HA
Possa Jetsun Repa, cercado de Vencedores e seus Filhos, considerando com Amor e
Compaixão o campo (dos seres) a serem disciplinados, permanecer firme como local de
oferendas e conferir a benção de Vajra ao corpo, à palavra e à mente (dos seres).
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Todos os universos de número ilimitado, as Terras Puras, preenchidas de nuvens de
deliciosas oferendas divinas, assim como foram difundidas por Samanthabadra;
Tendo oferecido, possa eu tornar-me um Rei do Dharma, tendo perfeitamente
completado as duas acumulações.
Os cinco agregados, os elementos e os domínios de extensão, as cinco coisas desejáveis,
sua pura natureza, são os mensageiros do Vajra.
Preenchendo o espaço, elas apresentam oferendas ao círculo de Lamas;
Possam os cinco venenos liberados deles mesmos tornarem-se os cinco corpos.
No festim do Grande Conhecimento primeira de Felicidade Vazia, tendo dominado a
dança da meditação imaculada, libere-me dos vínculos dolorosos do vir-à-ser.
Lá onde não há começo nem fim, nem centro nem periferia, nem condicionamento nem
o além, é o Mahamudra, último estado natural, essência de todos os fenômenos, além de
toda atividade mental, na tríade perfeitamente pura; essa natureza espontânea da
Grande Oferenda.
OM AH HUNG
O universo dos quatro continentes, os inumeráveis universos sem exceção,
visualizando-os na mente, faço oferenda e vos peço para guardar todos os seres em
vossa Compaixão.
Pelo poder da oferenda que faço de meu corpo, riquezas, posses quaisquer que elas
sejam, meus sentidos e seus objetos, tudo do qual desfruto no presente e a que aspiro, os
agregados, os elementos, todas as coisas que minha apreensão egocêntrica torna real;
Conceda-me vossa bênção a fim de que eu pacifique a apreensão de um ego.
Completamente livre das concepções de realidade e da não-realidade, além das
denominações e características (que são) o surgimento, a cessação e a duração, a ida e
vinda, a eternidade e a não existência;
Tendo oferecido a sublime mandala do modo de ser fundamental,
Que eu possa tornar-me indiferenciado de Vós, Mestre Venerado.
PUDZA MEGHA SAMUDRA SAPARANA SAMAYE AH HUNG
Louvação:
Saúdo o Guru, Hung!
Grande Compaixão, Grande Mente, vastas Visões, vasto Intelecto, grande armadura,
grandes armas;
Homenagem e Louvação à Vós, Grande Herói!
Grande Confiança, grande fé, grandes juramentos, grande ascese, grande Diligência,
grande Vigor;
Homenagem e Louvação a Vós, Ser Nobre!
Grande Sabedoria, grandes Meios, grande Felicidade, grande Lucidez,
grandeVacuidade, Vastidão;
Homenagem e Louvação a Vós, Grande Sábio!
Grande Veículo, grande nível do Despertar, grande Caminho, grande Conhecimento,
grande Virtude, grande Renome;
Homenagem e Louvação a Vós, Grande Ser!
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Vastos Campos Puros, vasta manifestação, grandes Milagres, grandes Discípulos,
grande Graça, grandes Benefícios;
Homenagem e Louvação a Vós, Grande Refúgio!
Grandes Corpos grande Majestade, grande Voz Melodiosa, grande Brilho, vasto
entendimento, grandes Poderes;
Homenagem e Louvação a Vós, o Glorioso!
Semelhante ao sol que se levanta sobre as nuvens na tenebrosa obscuridão do Norte,
aquele denominado Töpaga;
Homenagem e Louvação a Ele, o Santo Homem!
Depois a mandala do Lama, nossa mente e o modo de ser original, indiferenciados, preserva-se a visão do
Mahamudra, onde na mente, tudo surge de si mesmo, naturalmente, sem constrangimento.
Fazendo isso, recita-se tantas vezes quanto possível:
OM AH GURU HA SA BENZA HUNG
Depois se desenvolve a força do fervor e da confiança pela repetição dos quatro versos:
Com minhas mães, todos os seres, cuja extensão toca os confins do espaço, invoco o
Lama Precioso Buda;
Com minhas mães, todos os seres, cuja extensão toca os confins do espaço, invoco o
Lama que é Onipresente Corpo do Dharma;
Com minhas mães, todos os seres, cuja extensão toca os confins do espaço, invoco o
Lama que é o perfeito Corpo da Grande Felicidade;
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Com minhas mães, todos os seres, cuja extensão toca os confins do espaço, invoco o
Lama que é o Corpo de emanação da compaixão.
Caso se queira fazer uma versão mais extensa, pode-se recitar uma outra prece a Milarepa na forma que se
conhece, longa ou reduzida.
Recitar, depois:
Faço minha prece ao Senhor Mila Chepa Dordje.
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Tendo assim orado com insistência e uma fé intensa:
Senhor, tendo atingido em uma só existência, o estado de Buda, ouvir seu nome destrói
o abismo do samsara;
Precioso Senhor dos Yogis, gloriosos Chepa Dordje, Nirmanakaya, Pai e Venerável
Grande Repa, vosso Filho vos pede com fervor e devoção, orientando para vós com
mente confiante.
Tome-me por Compaixão, sob vossa proteção, agora e sempre.
A vida é curta, impermanente, fonte de sofrimentos;
Possa minha mente orientar-se para o Santo Dharma, sem errar nos caminhos inferiores
ou errôneos;
Possam todas minha práticas seguir a Via Justa;
Não cometendo o erro de rejeitar a Lei da Causalidade,
Que eu possa guardar puros meus votos e vínculos iniciáticos e completar os dois tipos
de acumulação (impura e pura de toda concepção);
Externamente liberado dos oito dharmas mundanos e das emoções perturbadoras;
Internamente, percorrendo até ao final a Via Secreta da Paz Benevolente;
Com o sentido essencial da mente em si mesmo, o Mahamudra, as potencialidades da
natureza dos Três Corpos manifestam as aparências com as quais se orna a Vacuidade;
Indiferenciado dos três segredos do Senhor Repa, o próprio de minha mente eleva-se no
centro de meu coração.
Conceda-me vossa graça afim de que eu obtenha instantaneamente todas as realizações
sem exceção, tanto as últimas quanto as comuns que permitem guiar os seres, minha
mães que preenchem o espaço.
OM AH HUNG GURU RATNA SARUA SIDHI HUNG
Vinda da graça:
No local puro por natureza, o Dharmadhatu, a Terra Pura livre de toda apreensão
realista, o Sentido do brilho do Dharmakaya sem concepção, Grande Senhor Milarepa,
aparição milagrosa do Supremo conhecimento.
Pais! Os Lamas Kagyü e os Yidams.
Mães! As Dakinis dos três locais, com os Protetores do Dharma; nesse local, o templo do
puro vínculo iniciático, quando vosso filho vos convida com devoção e fervor: com
vosso Corpo, Lucidez e Vacuidade, arco-íres luminosos, com vossa voz, a Melodia dos
Cantos de Vajra, com vossa Mente, o Samadhi de Felicidade Vazia;
Dotado das realizações últimas e comuns, radiantes da Graça do Sublime
Conhecimento, entrem, eu vos peço, no Círculo do Festim de Oferendas.
No exterior, o templo é a Terra Pura de Ogmin, o domínio celeste das dakinis, os irmãos
e irmãs no interior são os Yogis e as Yoginis;
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O néctar é a pura amrita do Conhecimento;
O sentido: na nudez do Dharmakaya inato, conceda-me agora vossa graça, sobre essa
almofada (de meditação).
Dividir em três partes as oferendas, oferecer a primeira diante da Mandala do Lama:
Ho! Essas oferendas do festim, lago de pura ambrosia, essa nuvem de oferendas, jogo
do conhecimento, eu as ofereço a vós Protetor dos seres, união de todos os Refúgios,
Mestre das Dakinis, Grande Repa, Reverenciado Chepa Dordje , assim como os Yogis e
Yoginis, Guardiões do Dharma com seu séqüito, oceano de Sidhas Kagyupas, sejam
satisfeitos!
Façam com que eu chegue a essa Via do Despertar do Buda.
Deidades das quatro classes de Tantras, sejam satisfeitas!
Concedam-me as realizações últimas e comuns.
Dakas e dakinis dos três mundos, sejam satisfeitos!
Coloquem em ação os quatro tipos de Atividades irresistíveis;
Protetores do Dharma, sejam satisfeitos! Da mesma forma que seu séqüito, libere-nos
dos criadores de obstáculos e dos inimigos que prejudicam o Ensinamento.
Os vínculos iniciáticos quebrados ou danificados, tendo sido restaurados, possa o
Dharmakaya não nascido se manifestar.
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Assim, preserva-se o tanto quanto se possa permanecer no "Conhecimento Comum" sem artifícios e
durante o período da meditação, integra-se à prática todas as possibilidades de aparência como sendo o
jogo do Lama-Dharmakaya.
Subjugam-se os oito dharmas mundanos, cortam-se os apegos às aparências desse mundo.
Com uma Visão Pura e uma Devoção contínua, no estado de não meditação, no meio de uma Atenção e
uma Vigilância sem distração, continuamente, como o fluxo de um rio, de nossa existente apreende-se a
existência eterna da Natureza Última: o Mahamudra.
Esses benefícios, assim como todos os acumulados nos três tempos, assim como fizeram
todos os Budas e seus Filhos, dedico ao Grande Despertar (sem localização).
Que eu possa obter o estado de União (Estado de Buda) nessa vida.
Tendo realizado as práticas com diligência, tendo-as levado a termo, interrompido a
germinação da ilusão, que eu possa tornar-me semelhante a Milarepa, em sua Liberação
e suas obras.
A prática do Lama como Mestre de todas as Mandalas, é louvado tanto e mais pelos Budas em todos os
Tantras.
Foi dito pelo Lama realizado, o poderoso Senhor Mila, que a audição do nome de Milarepa, fecha por sete
existências, a porta das existências inferiores.
Ele permanece agora na Terra Pura da Grande União. Ele envolve com sua bênção, o mundo e todos os
seres sem exceção. Milarepa considera verdadeiramente com Compaixão aqueles que oram para ele, e faz
chover sobre aqueles que tem confiança, a chuva de sua Bênção.
Esse texto foi composto a pedido do grande Yogi recluso de nome Natse Ritö, por Karma Ngawang
Yöntön Gyatso (Kontrul Rimpoche), da Tradição Oral do Grande Yogi Milarepa, no jardim Dewikoti em
Pelpung, no local de retiro Tsandra Rnchem Dra.
Possam todos os seres, sem exceção, que tem conexão com essa prática estarem sob a proteção do grande
Milarepa.
Dedicação do mérito:
Possa eu por esse mérito alcançar o estado do Onisciente. e tendo vencido os inimigos:
os defeitos;
Possa liberar os seres do oceano das existências (onde estão) sacudidos pelas ondas do
nascimento, velhice, doença e morte.
Pratico seguindo o exemplo do Daka Manjushiri, que conhece todas as coisas tais como
são e como Samanthabhadra,
Dedico perfeitamente essas virtudes.
Graças a essa virtude possam todos os seres completar as acumulações de mérito e
sabedoria e obter os dois Corpos Supremos que provém dessas (acumulações).
Pela bênção do Buda que obteve os Três Corpos,
Pela bênção da verdade do Dharmata imutável,
Pela bênção da firme aspiração da Sangha,
Possa essa prece de dedicação realizar-se tal e qual.
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