Sunteți pe pagina 1din 15

Faculdade La Salle - Mantida pela Sociedade Porvir Científico

Disciplina de Filosofia
Texto organizado pelo Prof. José Dario Munhak
Texto complementar para as aulas de Filosofia
FILOSOFIA COSMOLÓGICA OU PRÉ-SOCRÁTICA
A passagem da consciência mítica e religiosa para a consciência racional e
filosófica não foi feita em um salto. Esses dois tipos de consciência coexistiram na
sociedade grega.
De acordo com a tradição histórica, a fase inaugural da filosofia grega é conhecida
como período pré-socrático. Esse período abrange o conjunto das reflexões filosóficas
desenvolvidas desde Tales de Mileto até Sócrates.
Os pré-socráticos ocuparam-se em explicar o universo e examinar a procedência e
o retorno das coisas. Os primeiros filósofos gregos tentaram responder à pergunta: C
omo
é possível que todas as coisas mudem e desapareçam na natureza, apesar disto,
continua sempre as mesmas? Para tanto, procuraram um princípio a partir do qual se
pudesse extrair explicações para os fenômenos da natureza. Acreditavam que as coisas
têm um princípio originário primordial, começo, origem das coisas arché e um princípio
físico, material, chamado physis. Assim a filosofia surge como uma cosmologia
(explicação sobre a origem do universo como base em princípios racionais) em
contraposição a cosmogonia (o mundo explicado a partir de histórias mitológicas).
Os principais filósofos pré-socráticos (e suas escolas) foram:
*
Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclit
o
de Êfeso;
*
Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
*
Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
*
Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de
Abdera e Demócrito de Abdera

Tales de Mileto (623-546 a.C.)


.A água é o princípio de todas as coisas..
Tales foi comerciante de sal e de azeite de oliva, e enriqueceu como proprietário
de
prensas de azeitona durante uma safra promissora. Costuma ser considerado o prim
eiro
pensador grego, .o pai da Filosofia.. Na condição de filósofo, buscou a construção do
pensamento racional em diversos campos do conhecimento que, hoje, não são
consideradas especialidades filosóficas. Foi astrônomo e chegou a prever o eclipse t
otal
do Sol ocorrido em 28 de maio de 585 a.C. Na área da geometria demonstrou, por
exemplo, que todos os ângulos inscritos no meio circulo são retos e que em todo triâng
ulo
a soma de seus ângulos internos é igual a 180º.
Procurando fugir das antigas explicações mitológicas sobre a criação do mundo,
Tales queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas.
Algo
que fosse o princípio unificador de todos os seres. Inspirando-se provavelmente em
concepções egípcias, acrescidas de suas próprias observações da vida animal e vegetal,
concluiu que a água é a substancia primordial, a origem única de todas as coisas.
Ao estabelecer a proposição de que a água é o absoluto, provoca como
conseqüência o primeiro distanciamento entre o pensamento racional e as percepções
sensíveis.
Para ele, somente a água permanece basicamente a mesma, em todas as
transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados (sólido, liquido e
gasoso). Observou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a nature
za é
úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva.
A água de Tales deve ser pensada de modo totalizante, ou seja, como a physis
líquida originária da qual tudo deriva e da qual a água que bebemos é apenas uma de
suas tantas manifestações. Então, o princípio físico, material, chamado arqué, é a água.
Concluiu que o princípio de tudo era a água e que deus, é aquela inteligência que tudo f
az
da água.
Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.)
.O ilimitado é imortal e indissolúvel..
Discípulo e sucessor de Tales, para Anaximandro todas as coisas são limitadas e o
limitado não pode ser a origem das coisas. Tinha um argumento contra Tales: o ar é f
rio,
a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto um
o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um
elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.
Para Anaximandro o princípio das coisas (o arqué) não era algo visível, era uma
substância etérea, infinita. Chamou a essa substância de apeíron, que contém em si
todos os elementos contrários, aquilo que está privado de limites, tanto externos
(quantitativamente infinito), como internos (qualitativamente indeterminado).
Todas as coisas são limitadas, e o limitado não pode ser a origem das coisas. Do
ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coi
sas
a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em conseqüência do
movimento eterno.
O nosso mundo nada mais é que um dos inumeráveis mundos semelhantes aos
que os precederam e aos que os seguirão (pois cada mundo tem nascimento, vida e
morte) como também no sentido de que este nosso mundo coexiste ao mesmo tempo
com uma série infinita de outros mundos (e todos eles nascem e morrem de modo
análogo). Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a
gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários
em conseqüência do movimento eterno.
Tendo forma cilíndrica, a terra .permanece suspensa sem ser sustentada por nada,
mas continua firme por causa da igual distância de todas as partes., ou seja, por
uma
espécie de equilíbrio de forças.
Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.)
.Do ar nascem todas as coisas existentes..
Admitia que a origem de todas as coisas é indeterminada. Porém esse elemento
deve ser sensível, ou seja, observável na realidade. O princípio de tudo, o arqué, seria
o
ar e as coisas da natureza seriam o ar condensado em vários graus. A rarefação e
condensação do ar formam o mundo. Do ar nascem todas as coisas e a ele regressam,
quando se corrompem. À substância primeira, suporte da variedade imutável das coisas,
junta-se um princípio de movimento.
.Exatamente como a nossa alma (ou seja, o princípio que dá a vida), que é ar, se
sustenta e se governa, assim também o sopro e o ar abarcam o cosmo inteiro.. A
rarefação e condensação do ar formam o mundo. A alma é ar, o fogo é ar rarefeito;
quando acontece uma condensação, o ar se transforma em água, se condensa ainda
mais e se transforma em terra, e por fim em pedra.
Xenófanes de Cólofon (570-528 a.C.)
.Tudo sai da terra e tudo volta a terra..
Seus textos foram escritos em forma de versos, sendo ele, um dos primeiros
filósofos a defender a idéia de um principio de unidade para a formação do mundo, para
ele, esse princípio é Deus.
O elemento primordial para Xenófanes é a terra, através do elemento terra,
desenvolve sua cosmologia, pois tudo sai da terra e volta a terra. Mas foi a sua
teologia
que lhe deu um lugar de destaque, onde combateu acirradamente à concepção
antropomórfica dos deuses. A natureza de Deus seria esférica diferente da estrutura
dos
homens. Defendeu a idéia de um Deus único, eterno e imóvel. Esse Deus age através
do pensamento e se faz presente em espírito.
A seguir fragmento dos textos de Xenófanes. "Um só Deus, o maior entre os
Deuses e os homens: não semelhante aos homens, nem pela forma, nem pelo
pensamento. Vê tudo, pensa tudo, ouve tudo. Mesmo sem trabalhar, governa tudo pela
força do seu espírito. Habita sempre no mesmo lugar, sem se mover, nem lhe convém
deslocar-se de um lado para o outro." Posteriormente, acaba afirmando que Deus é o
cosmos, o qual .é uno, Deus, superior entre os deuses e os homens, nem por figura
nem
por pensamento semelhante aos homens..
Pitágoras de Samos (570-490 a.C.)
.Todas as coisas são números".
Para Pitágoras o número é o princípio ordenador de todas as coisas, aquele
que compreende todas as relações numéricas chega à essência das coisas. Portanto, a
substância das coisas é o número. Porém não é possível falar do pensamento de
Pitágoras, o considerado individualmente, e sim do pensamento dos Pitagóricos.
Os números representam a ordem e a harmonia. Se o número é ordem (acordo
entre os elementos ilimitados e limitados) e se tudo é determinado pelo número, então
tudo é ordem. Ordem, em grego, se diz Kósmos, então os pitagóricos chamaram o
universo de .cosmo.. Pitágoras foi o primeiro a chamar de cosmo o conjunto de toda
s as
coisas, por causa da ordem que nele existe. Assim, a essência dos seres, o arché, te
ria
uma estrutura matemática, da qual derivariam problemas como: finito e infinito, pa
r e
ímpar, unidade e multiplicidade, reta e curva, etc.
Por outro lado, a aritmética e a geometria estão em estreita relação entre si: O 1 é
o ponto, o 2 a linha, o 3 a superfície, o 4 o sólido. O número dez, a soma dos quatro
primeiros, é a famosa Tétrade, o número capital.
Com os pitagóricos os números ganharam significados específicos, pelos quais
interpretavam a realidade, vejamos seus significados:
UM Símbolo da própria divindade; a razão, porque é imutável;
DOIS exprimia o símbolo de Justiça, que no entendimento dos pitagóricos, era a
divisão perfeita por dois; a opinião, considerado como um número feminino;
TRÊS dotado de poder misterioso e culto; era considerado número masculino;
QUATRO a Justiça, porque é o primeiro quadrado perfeito; a origem do Universo;
o melhor; representa a matéria nos quatro elementos: ar, terra, fogo e água;
CINCO o número do matrimônio: 2 (feminino) + 3 (masculino);
SEIS o número da inteligência;
SETE número do tempo;
OITO o número da harmonia; representava a lei primitiva e sagrada que
prescrevia a igualdade absoluta entre os homens;
NOVE número encarado com desconfiança e temor pelos matemáticos gregos;
DEZ o número da perfeição;
Teorema de Pitágoras - Usando uma corda com 12 nós, os egípcios construíam
um triângulo retângulo particular para obter .cantos. em ângulos retos. Esse triângulo
particular tem lados medindo 3 unidades, 4 unidades e 5 unidades de comprimento.
Nesse triângulo, o ângulo formado pelos dois lados menores é um ângulo reto. A partir
desse conhecimento egípcio que os pitagóricos encontraram o padrão matemático que
resultou na fórmula, hipotenusa ao quadrado e igual ao cateto oposto ao quadrado m
ais
cateto adjacente ao quadrado, fórmula que possibilita encontrar sempre o ângulo reto
,
fundamental na construção civil.
Pitágoras interpretou a forma dualista da teoria dos opostos e a descoberta de
ordem matemática. Os pitagóricos julgam poder explicar a variedade do mundo mediante
o concurso dos opostos, o ilimitado e o limitado, ou seja, o par e o ímpar, o impe
rfeito e o
perfeito. Par, que não põe limites à divisão por dois, e, por conseguinte, é ilimitado (qu
er
dizer, imperfeito) e Impar, que põe limites à divisão por dois e, portanto, é limitado,
determinado, perfeito.
Pitágoras parece ter sido o primeiro filósofo a sustentar a doutrina da
metempsicose, ou seja, a doutrina segundo a qual a alma, devido a uma culpa orig
inária,
é obrigada a reencarnar-se em sucessivas existências corpóreas (e não apenas em
forma humana, mas também em formas animais) para expiar aquela culpa. A doutrina
provém dos Órficos, mas os pitagóricos modificaram o Orfismo, ao menos no ponto
essencial que agora exemplificamos. O fim da vida é libertar a alma do corpo, e pa
ra
alcançar tal fim é preciso purificar-se. E foi precisamente na escolha dos instrumen
tos e
meios de purificação que os pitagóricos se diferenciaram claramente dos Órficos.
Os pitagóricos introduziram o conceito do reto agir humano, como tornar-se
.seguidor de Deus., como viver em comunhão com a divindade: .Tudo que os pitagóricos
definem sobre o fazer e o não fazer tem a comunhão em vista da divindade: esse é o
princípio e toda a vida deles se ordena a esse objetivo de deixar-se guiar pela di
vindade..
Os pitagóricos foram os iniciadores daquele tipo de vida que se chamaria (ou que
eles próprios já chamavam) de bíos theoretikós, .vida contemplativa., ou seja, uma vida
dedicada à busca da verdade e do bem através do conhecimento, que é a mais alta
.purificação. (comunhão com o divino).
O processo de libertação da alma e um esforço puramente humano, e basicamente
intelectual. A purificação resultaria do trabalho intelectual, que descobre a estrut
ura
numérica das coisas e torna, assim, a alma semelhante ao cosmo, entendido como
unidade harmônica, sustentada pela ordem e pela proporção, e que se manifesta como
beleza.
A escola pitagórica criou também uma teoria matemática da música. A
diversidade dos sons produzidos pelos martelos que batem na bigorna depende da
diversidade de peso dos martelos, ao passo que a diversidade dos sons das cordas
de
um instrumento musical depende da diversidade de comprimento das cordas (que é
analogamente determinável segundo um número). Os pitagóricos também descobriram as
relações harmônicas de oitava, de quinta e de quarta, bem como as leis numéricas que as
governam (1: 2, 2: 3, 3: 4). A relação entre os comprimentos das cordas e as notas
correspondentes foi aproveitada para um estado qualitativo do musical, como as
distâncias entre os planetas correspondem, ainda que de forma aproximada, aos
intervalos musicais. Pensaram que cada astro emitia uma nota, compondo, todas ju
ntas, a
chamada "harmonia das esferas ou música celestial", que não ouvimos por ser constant
e
e sem variação.
Aos pitagóricos foram atribuídas várias frases das quais destacamos:
. "Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer
bem".
. "Ajuda teus semelhantes a levantar sua carga, mas não a carregues..
. "O que fala, semeia - o que escuta, recolhe..
. "Pensem o que quiserem de ti; faze aquilo que te parece justo..
. "Educai as crianças e não será preciso punir os homens..
. .Não é livre quem não obteve domínio sobre si..
. .A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se
de Deus..
. .A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a
Lei de Deus..
. .A vida é como uma sala de espetáculo: entra-se, vê-se e sai-se..

Heráclito de Éfeso (540-476 a.C.)


.Tudo flui, nada permanece o mesmo..
Heráclito afirmava que todas as coisas estão em movimento como um fluxo
perpétuo. A lei fundamental do Universo é o devir, que significa contínuas
transformações. Tudo flui e nada fica como é. Coisa alguma é estável, tudo segue seu
curso.
Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado
momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois. Afirmou: "Nunca nos
banhamos duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez não somos os mesmos, e
também o rio mudou..
Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente
transformação, onde a luta dos contrários forma a unidade. Daí sua escola filosófica ser
chamada de mobilista (movimento). O devir ao qual tudo está destinado caracteriza-
se
por contínua passagem de um contrário ao outro: as coisas frias se aquecem, as quent
es
se resfriam, as úmidas secam, as secas tornam-se úmidas, o jovem envelhece, o vivo
morre, mas daquilo que está morto renasce outra vida jovem, e assim por diante.
No entanto, os opostos são características do mesmo. A parte é algo diferente do
todo, mas é também o mesmo que o todo. A substância é o todo e a parte. O ser é o um,
o primeiro; o segundo é o devir. A essência é ser e não-ser. O fato de Deus ter criado o
mundo, ter-se dividido a si mesmo, gerado seu Filho, etc., todos estes elementos
concretos estão contidos nesta determinação.
As determinações absolutamente opostas estão ligadas numa unidade, nela temos
o ser e também o não-ser. Dela faz parte não apenas o surgir, mas também o
desaparecer, ambos não são para si, mas são idênticos. Na música a repetição de um
único som não é harmonia. Da harmonia faz parte a diferença, é preciso que haja
essencial e absolutamente uma diferença, isso é o outro. Esta harmonia é precisamente
o absoluto devir, transformar-se, agora este, depois aquele.
O tempo é o primeiro ser corpóreo. O tempo é o primeiro que se oferece como o
devir, é a primeira forma do devir. Enquanto intuído, o tempo é o puro devir. O tempo é
puro transformar-se, é o puro conceito, o simples, que é harmônico a partir de
absolutamente opostos. O tempo não é o passado e o futuro, somente o agora.
O fogo, porém, é o processo, assim afirmou o fogo como à primeira essência, o
princípio das coisas é o fogo. O fogo é o tempo físico. Ele é esta absoluta inquietude,
absoluta dissolução do que persiste - o desaparecer de outros, mas também de si mesmo
- ele não é permanente. Por isso compreendemos (é inteiramente conseqüente) por que
Heráclito pode nomear o fogo como o conceito do processo de sua determinação
fundamental.
Para Heráclito o princípio das coisas é o fogo. O fogo transforma-se em água,
sendo que uma metade retorna ao céu como vapor e a outra metade se transforma em
terra. Sucessivamente, a terra transforma-se em água e a água, em fogo. O fogo está
continuamente em movimento, é vida que vive da morte.
Heráclito com sua filosofia inicia o pensamento dialético. Para ele, a vida era um
fluxo constante, impulsionado pela luta de forças contrárias. Assim, afirmava que .a
luta é
a mãe, rainha e princípio de todas as coisas.. É pela luta das forças opostas que o mund
o
se modifica e evolui. Trata-se, porém, de uma guerra que, ao mesmo tempo, é paz, e d
e
um contraste que é, ao mesmo tempo, harmonia. .Aquilo que é oposição se concilia, das
coisas diferentes nasce a mais bela harmonia e tudo se gera por meio de contrast
es.,
.harmonia dos contrários, como a harmonia do arco e da lira.. Essa harmonia e unid
ade
dos opostos é o princípio e, portanto, Deus ou o divino: .Deus é dia-noite, é inverno-ve
rão,
é guerra-paz, é saciedade-fome..
Heráclito escreveu, sobre a alma, uma das mais belas sentenças que chegaram
até nós: Jamais poderá encontrar os limites da alma, por mais que percorras seus
caminhos, tão profundo é o seu logos . Acreditava em castigos e prêmios depois da
morte: .Depois da morte, esperam pelos homens coisas que eles não esperam nem
imaginam..
Em um de seus fragmentos diz: "os que velam têm um mundo comum, mas os que
dormem regressam ao seu mundo particular." O homem vigilante, que segue o comum,
o
pensamento, é o que chega a sábio e é uno para sempre. Em contrapartida, há o mundo
do sonho, que é um mundo particular de cada um, em suma, pode dizer-se que é a
opinião. Neste mundo da opinião, tudo é mudança e devir.
Parmênides de Eléia (530-460 a.C.)
.O ser é e não pode, não ser..
Para Parmênides, há dois caminhos para a compreensão da realidade: o da razão,
que busca a essência; e o da opinião, que leva a aparência enganosa. Para conhecer a
verdade pura, o caminho deve ser buscado pela ciência, pela filosofia.
Parmênides combateu Heráclito que diz que tudo flui. Para Parmênides é absurdo
e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo. O caminho
da verdade é o caminho da razão (dia) ao passo que o caminho do erro,
substancialmente, é o caminho dos sentidos (noite). Para conhecer a verdade pura,
o
caminho deve ser buscado pela ciência, pela filosofia.
O mundo dividia-se em duas esferas: aquela das qualidades positivas (luz, quente
,
ativo, vida) e aquela das qualidade negativas (escuridão, frio, passivo, morte). A
esfera
negativa era apenas uma negação da esfera positiva, isto é, a esfera negativa não
continha as propriedades que existiam na esfera positiva.
Parmênides considera que o movimento existe apenas no mundo sensível, e no
mundo inteligível o ser é imóvel. Para ele, o ser é, o não-ser não é. Por isso o ser puro s
encontra no plano ideal lógico. Parmênides afirma que o ser é eterno, imóvel e ilimitado
.
O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável. .O que está fora do Ser não é Ser; o Não-
Ser é nada; o Ser, portanto, é Um..
Toda nossa realidade é imutável, estática, e sua essência está incorporada na
individualidade divina do Ser-Absoluto, o qual permeia todo o Universo. Esse Ser
é
onipresente, já que qualquer descontinuidade em sua presença seria equivalente à
existência de seu oposto o Não-Ser.
Esse Ser não pode ter sido criado por algo, pois isso implicaria em admitir a
existência de um outro Ser. Do mesmo modo, esse Ser não pode ter sido criado do nada
,
pois isso implicaria a existência do .Não-Ser.. Portanto, o Ser simplesmente é. O ser é
positivo, e o não ser é negativo, um absoluto contraditório do outro. Tudo aquilo que
alguém pensa e diz, é. Não se pode pensar (e, portanto, dizer) a não ser pensando (e,
portanto, dizendo) aquilo que é o nada é impensável e invisível.
Para o caminho da verdade três afirmações são características:
1. O ser é Devemos sempre pensar e dizer que só o existente é. Ao contrário, o
nada não é. Isto inclui, naturalmente, também a identidade lógica, o "ser" é sempre
idêntico a si mesmo; e por isso não há nem evolução nem, em geral, tempo.
2. O pensamento é ser Pensamento e ser, são o mesmo. "O mesmo é o
pensamento e o que nós pensamos; pois, sem o ser, de que se afirma algo, não
encontrarás o pensamento".
3. O um e o todo Há um ser compacto, simultaneamente um e todo.
Parmênides ensina, ao extremo, a unidade do cosmos. Não somente não há muitos
mundos, mas o ser em geral é um único, universal e completamente homogêneo.
Como resultado final, com Parmênides poderemos dizer que a verdade científica,
se realmente existe, permaneceu eterna; ao passo que Heráclito professa, persuadid
o,
que o mundo real, confinado no tempo e no espaço, é um curso perene. Aquele é o
mundo do pensamento; este o dos sentidos.
Empédocles de Agrigento (490-430 a.C.)
.Terra, água, ar e fogo..
O princípio gerador de todas as coisas não seria um único elemento, mas quatro
elementos: terra, ar, água e fogo, que se misturam em diferentes proporções e formam
as várias substâncias que encontramos no mundo.
O que unia e desunia os quatro elementos eram dois princípios: o amor (philia) e
o ódio (neikos). Quando predomina o amor ou amizade, os elementos se reúnem em
unidades; quando predomina o Ódio ou a Discórdia, ao contrário, eles se separam. "Por
sermos terra, conhecemos a terra; por sermos água, a água; por sermos ar, o ar divin
o;
por sermos fogo, o fogo destruidor; com o nosso amor conhecemos o amor do mundo,
e o
seu ódio, com o nosso triste ódio".
O amor autêntico é a atração do dessemelhante: por estes motivos, no movimento
do mundo, podemos encontrar quatro períodos:
1. A esfera misturada;
2. O ódio que dá origem à separação;
3. O domínio do ódio, quando o ódio já tudo separou;
4. Regressa o amor e começam as coisas a unir-se de novo. É um ciclo que se
repete.

Os quatro elementos e os dois princípios seriam eternos, mas as substâncias


formadas por eles seriam pouco duradouras. Assim todas as coisas existentes na
realidade estão submetidas às forças cíclicas desses dois princípios. Os seres são
mortais, mas os seus princípios são eternos.
Acreditava na transmigração das almas e diz a seu respeito: "fui, em tempos idos,
rapaz e rapariga, um arbusto e uma ave, e um peixe mudo, no mar".
Anaxágoras (499-428 a.C)
.Existe uma alma que a tudo move..
Com Anaxágoras podemos claramente ver os esforços feitos pela Filosofia pré-
socrática para esclarecer o problema do ser e do devir. Ele apresenta uma solução
totalmente nova. O seu ponto de partida é o conhecimento da impossibilidade de nas
cer
alguma coisa do nada ou de a ele reverter. Deveríamos então falar não de um devir, mas
antes, de uma nova mescla; e não de um desaparecer, mas de uma nova dissociação.
Com efeito, coisa alguma nasce e morre, mas sim a partir das coisas que existem,
se
produz um processo de composição e divisão. Essas "coisas que existem", as quais,
compondo-se e decompondo-se, originam o nascer e o morrer de todas as coisas.
Para Anaxágoras não há quatro elementos, mas um número infinito deles, que as
chamou de .homeomerias.. Essas são partes homogêneas, partículas pequeníssimas de
que são feitas as coisas. Se considerarmos uma coisa qualquer e a dividirmos, nunc
a
chegaremos às raízes de Empédocles. O que há são as homeomerias mesmo na parte
mais pequena de cada coisa, há partes pequeníssimas de todas as restantes. As
homeomerias seriam as sementes que dão origem à realidade em sua pluralidade de
manifestações, e em tudo existem as sementes de todas as coisas.
As "sementes" (spérmata) ou elementos dos quais derivam as coisas deveriam ser
tantas quantas são as inumeráveis quantidades das coisas, precisamente "sementes com
formas, cores e gostos de todo tipo", ou seja, infinitamente variadas.
Tais sementes não são apenas infinitas em número tomadas em seu conjunto
(infinitas qualidades), mas também, infinitas quando tomadas cada uma separadament
e,
ou seja, são infinitas também em quantidade. Assim, pode-se dividir qualquer semente
que se queira (qualquer substância-qualidade) em partes sempre menores, e as parte
s
assim obtidas serão sempre da mesma qualidade.
Disse que as coisas corpóreas eram infinitas, e elas pareciam engendrar-se e
destruir-se pela combinação e dissolução. No início, todas as coisas seriam infinitas
em quantidade e pequenez, pois o pequeno também era infinito. Toda a matéria estava
condensada. O ar e o éter são o maior conjunto de coisas. Muitas coisas de todas as
espécies são contidas em todos os compostos e sementes. Em tudo há um pouco de
tudo.
Em cada minúscula partícula, ou semente, há uma parte de todas as coisas, pois
todas as coisas são formadas por essas sementes. Essas coisas se resolviam e
separavam pela força e rapidez, a força é a rapidez que produz. E o espírito começou a
se mover, e em todo movimento havia uma separação, e as partículas se desdobravam,
o espírito sempre é, sempre afirma.
O compacto, o fluído, o frio e o sombrio se colocaram onde se formou a terra, e o
quente e o seco forma para longe do éter. E as coisas, que estavam juntas foram
separadas por esse espírito inteligente e puro (nous), que ordenava a matéria e se m
ovia,
separando os opostos e criando os seres diferenciados.
Os graus de inteligência dos seres animados (animais e plantas) dependem da
estrutura do corpo em que o nous está ligado sem se misturar. O nous de Anaxágoras é o
espírito, a mente ou a inteligência. O nous é a alma que a tudo move, que liga e separ
a,
uma atividade que põe uma primeira determinação como subjetiva, mas essa é feita
objetiva, e assim se torna outra, e de novo esta oposição é sobreposta, assim até o
infinito.
Anaxágoras afirmou que há uma inteligência, como a existente nos seres
sensíveis, também na natureza, que é o autor primitivo do cosmos e da ordem universal,
esse tal deveria ter sido comparado, entre os seus predecessores, a .um homem sóbr
io
no meio de bêbados".
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)
.No universo somente existe átomos e vácuo".
Demócrito nasceu em Abdera (Trácia). Foi discípulo e sucessor de Leucipo, por
isso grade parte de suas teorias são associados, os chamando de atomistas. Demócrito
afirmava que todas as coisas que formam a realidade são constituídas por partículas
invisíveis e indivisíveis, essas partículas são os átomos.
Os átomos, infinitos em número, combinam-se uns aos outros e formam todas as
coisas. Os átomos são invisíveis porque são muito pequenos e também porque não
possuem qualidades. No universo somente existiriam átomos e vácuo. Todas as
qualidades das coisas como cor, cheiro, peso, som, beleza, vida, vem do moviment
o dos
átomos. Esse movimento é possível devido o vácuo, que representa a ausência do ser.
Devido ao acaso os átomos se combinam tendo diferentes: figuras, ordem e posição,
dando origem às diversas coisas da realidade.
O átomo enche uma determinada parte do espaço, é impenetrável, pesado, eterno
e indestrutível, não têm nenhuma qualidade, são da mesma espécie. Mas há diferenças
de forma átomos em forma de foice, de ganchos e de esfera, e diferenças de
grandeza. Demais disso, podem ordenar-se de diferentes modos e tomar várias posições.
E, assim, e por momentos puramente quantitativos, explicam-se todas as diferenças
entre
as coisas. Os átomos têm várias formas e grandezas, mudando-se continuamente de
ordem e posição no espaço, alterando também assim as coisas que constituem. Assim se
modificam, quando, p. ex., os átomos ficam mais próximos um dos outros, muda a durez
a
e o peso das coisas.
Uma coisa nasce quando se produz certo agrupamento de átomos e desaparece
quando esse grupo se desfaz. Muda quando muda a situação ou a disposição desse
grupo ou quando uma parte é substituída por outra. Cresce quando são acrescentados
novos átomos.
O espaço Da idéia do átomo é correlata a do espaço vazio. Devemos aceitá-la
desde que já não existe um ser único e homogêneo. Ao lado do ser multidividido, está o
não-ser, o espaço vazio. Assim, o vazio é tão necessário como o pleno: sem vazio, os
átomos-formas não poderiam diferenciar-se nem mover-se. Os átomos se movem no
vácuo. "Esse espaço vazio existe parte nos corpos, por serem porosos, e, parte fora
dos
corpos.
"Nada nasceu sem plano, mas tudo tem o seu sentido e a sua necessidade",
como diz Leucipo (frg. 2). A natureza se torna, assim, em único nexo causai. E, co
mo os
corpos, o espaço e o movimento podem medir-se quantitativamente, todos os fenômenos
cósmicos, em função dessa determinação causal, podem ser compreendidos
racionalmente. Podemos submeter ao cálculo o acontecido e o que vai acontecer.
O conhecimento - segundo Demócrito, a percepção realiza-se da maneira
seguinte: As coisas emitem uma espécie de espectros ou imagens, muito subtis, que
são
compostas de átomos mais finos, que penetram nos órgãos dos sentidos. Deste modo, a
mente recebe uma cópia ou réplica da coisa e é nisto que consiste o verdadeiro
conhecimento. A diferença entre conhecimento sensível e racional é apenas de grau.
Nada há no mundo senão corpos. Alma e espírito não têm natureza própria, não
passando de átomos e movimento atômico.
A ética de Demócríto apresenta um aspecto diferente. Suas regras práticas de vida
se inspiram num elevado idealismo. "Quem, de boa vontade, se sente impelido a ob
ras
justas e legítimas, está sempre, dia e noite, alegre, forte e sem cuidados; mas quem
abandona a justiça e não cumpre o seu dever, a este tudo se torna em desprazer, quan
do
disso se lembra, e então fica angustiado, mortificando-se a si próprio (frg. 174). "
Viril é
quem vence, não somente o inimigo, mas também os prazeres. "Não devemos buscar
quaisquer prazeres, mas somente o prazer do belo".
A essência da alma reside em sua força animadora; é esta que move os seres
animados. A alma deve, pois, ser feita da matéria mais móvel, de átomos sutis, lisos e
arredondados (de fogo). Essas partículas de fogo estão espalhadas por todo o corpo;
entre todos os átomos corporais se intercala um átomo de alma. Estes se movem
perpetuamente.
Por causa de sua sutileza e de sua mobilidade arriscam-se a serem arrancados do
corpo pelo ar circundante. É disso que nos preserva a respiração, que nos traz
constantemente de fora novos átomos de fogo e de alma para substituir os átomos
desaparecidos e que prende no interior do corpo aqueles que quereriam escapar. S
e a
respiração cessa, o fogo interior escapa. Disso resulta a morte.
"O homem é infeliz porque não conhece a natureza".
Sofistas (V-IV a.C)
"O homem é a medida de todas as coisas..
Etimologicamente, o termo sofista significa sábio. Os sofistas caracterizam-se,
exteriormente, por certos aspectos: são Professores ambulantes, que vão de cidade em
cidade, ensinando os jovens; ensinam por dinheiro, mediante uma retribuição, o que é u
m
caso novo, na Grécia, o qual surpreendeu um pouco. Os sofistas eram indivíduos
brilhantes, que conquistavam enorme êxito social: oradores e retóricos, mas
fundamentalmente pedagogos; tinham pretensões de que sabiam tudo e tudo ensinavam.
Ensinavam o que quer que fosse e também o que constituísse o seu contrário: a tese e a

antítese.
As lições dos sofistas tinham como objetivo, portanto, o desenvolvimento do poder
de argumentação, da habilidade retórica, do conhecimento de doutrinas divergentes.
Eles transmitiam, enfim, todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria
utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários. Seg
undo
essas concepções, não haveria uma verdade única, absoluta. Tudo seria relativo ao
homem, ao momento, ao um conjunto de fatores e circunstancias.
Em coerência com o ceticismo teórico, destruidor da ciência, a sofística sustenta o
relativismo prático, destruidor da moral. Assim, o bem, é o que satisfaz ao sentimen
to, ao
impulso, à paixão de cada um em cada momento. O único bem é o prazer, a única
regra de conduta, é o interesse particular.
A visão histórica que se tem dos sofistas foi dado, sobretudo por Platão, que
considerava as atividades sofísticas, como uma atitude viciosa do espírito, uma arte
de
manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir os ouvintes, sem qualquer am
or pela
verdade.
Os Sofistas foram os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus clientes
para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São também
considerados por muitos os guardiões da democracia na antiguidade, na medida em
aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a aceitação do "ponto de vista alheio" é a
pedra fundamental da democracia moderna.
Houve muitos sofistas importantes. Conhecemos alguns deles de um modo vivo e
penetrante, por intermédio dos diálogos de Platão. Porém interessa mais, na sofística, a
significação do movimento do que propriamente as ideias e atuação particular de sofistas
,
isolados. Os de mais importância foram hípias, Pródico, Eutidemo e, sobretudo,
Protágoras e Górgias.
Protágoras de Abdera (481-420 a.C.)
Protágoras exerceu grande influência em Atenas, no tempo de Péricles. Ocupou-se
da gramática e da linguagem. Foi um grande retórico e mostrou certo ceticismo em
relação à possibilidade do conhecimento, especialmente ao conhecimento dos Deuses.
Mas a sua maior fama procede de uma frase sua, que nos foi transmitida por
filósofos posteriores, na qual se afirma: "O homem é a medida de todas as coisas; da
s
que existem, pelo fato de existirem, e das que não existem, pelo fato de não existir
em."
Por .medida., Protágoras entendia a .norma de juízo., enquanto por .todas as
coisas., entendia todos os fatos e todas as experiências em geral. Com esse princípi
o,
Protágoras pretendia negar a existência de um critério absoluto que discrimine ser e não
-
ser, verdadeiro e falso. O único critério é somente o homem, o homem individual: .Tal
como cada coisa aparece para mim; tal como aparece para ti, tal é para ti.. Esse v
ento
que está soprando, por exemplo, é frio ou quente? Segundo o critério de Protágoras, a
resposta é a seguinte: .Para quem está com frio, é frio, é frio; para quem não está, não é.
Então, sendo assim, ninguém está no erro, mas todos estão com a verdade (a sua
verdade).
A virtude que Protágoras ensinava era exatamente essa .habilidade. de saber
fazer prevalecer qualquer ponto de vista sobre a opinião oposta. Portanto, tudo é re
lativo,
não existe um .verdadeiro. absoluto e também não existem valores morais absolutos
(.bens. absolutos). O sábio é aquele que conhece esse relativo mais útil, mais
conveniente e mais oportuno, sabendo convencer também os outros a reconhecê-lo e pô-
lo em prática.
Górgias de Liontino (483-376 a.C.)
Górgias foi um dos maiores oradores gregos. Escreveu um livro chamado "Do Não
Ser". Nesse mostrava as dificuldades da doutrina do ente, afirmando que não existe
nenhum ente e, que se existisse, não seria cognoscível pelo homem; e, mesmo que o
homem o pudesse conhecer, o conhecimento daí derivado não seria comunicável.
Eliminada a possibilidade de alcançar uma .verdade. absoluta (alétheia), parece
que só restou a Górgias o caminho da .opinião. (doxa). Ele também negou a opinião,
considerando-a a mais pérfida das coisas. Procura então um terceiro caminho, o da ra
zão
que se limita a iluminar os fatos, circunstâncias e situações da vida dos homens e das
cidades na sua concretude e na sua situação contingente, sem chegar a dar a estes um
fundamento adequado.
Sofistas
Chega-se, pois, com os sofistas, a uma última discussão da dialética do ser e do
não ser, de Parmênides. A filosofia perde-se em retórica. Os sofistas escreveram sobre
a consistência das coisas e abandonaram o ponto de vista do ser e da verdade. Para
que
o problema metafísico volte a ser encarado de uma maneira eficaz, será necessário
estribá-lo em novas bases, é o que Sócrates vai exigir e iniciar e o que Platão e
Aristóteles terão, em especial, de realizar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. São Paulo: Editora Moderna. 1994
BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Curso de Filosofia do Direito. 5ª ed. São Paulo: Atla
s,
2007.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 3. ed. São Paulo; Ática, 1995.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 14. ed. São Paulo; Saraiva, 2006.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 14. ed. São Paulo; Saraiva, 2006.
MATTAR Neto, João Augusto. Filosofia e ética na administração. São Paulo: Saraiva,
2004.

S-ar putea să vă placă și