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A CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL POR VÍRUS E A IMPOTÂNCIA DO

REUSO DE EFLUENTE DOMÉSTICO TRATADO NA AGRICULTURA

COZAC Mayra Duarte Da Cunha1; MIRANDA, Talissa de Moraes Tavares2.

1
Pós-graduanda do Curso de Especialização em Microbiologia e Higiene de Alimentos /
Instituto Athenas / Universidade Católica de Goiás (UCG) – mayramicro@hotmail.com
2
Orientadora do Curso de Especialização em Microbiologia e Higiene de Alimentos /
Instituto Athenas / UCG – talissatavares@hotmail.com

RESUMO

A presente revisão descreve os principais aspectos referentes à importância da utilização do reuso de água
para irrigação, salientando a necessidade de regulamentação específica, além dos cuidados cabíveis na
proteção ambiental e conservação da qualidade da água. Adicionalmente, serão abordados os principais
microrganismos presentes em efluentes domésticos, enfatizando especificamente os patógenos virais, a
fim de propiciar um melhor aproveitamento de águas residuárias tratadas e de prevenir a ocorrência de
doenças veiculadas por água, solo e alimentos contaminados por resíduos fecais. Os vírus podem
permanecer potencialmente infectantes no ambiente durante longos períodos, resistindo inclusive aos
atuais processos de tratamento de esgoto aplicados no controle bacteriano, além da maior dificuldade de
identificação laboratorial desses patógenos em efluentes, o que acaba por comprometer a qualidade de
águas residuárias para fins de reuso. Para tal, serão apresentadas as diretrizes necessárias em termos de
prevenção que minimizem a contaminação desses efluentes considerados seguros do ponto de vista
virológico que, até o momento, somente são avaliados em situações ocasionais de controle pelas
autoridades sanitárias.

Palavras-chaves: esgoto doméstico, vírus, tratamento, reuso de água, agricultura.

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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, estima-se que mais de 1,1 bilhões da população mundial não
consume água tratada e 2,6 bilhões de indivíduos não possuem acesso a serviços de
saneamento básico (WHO 2004). Dados da Associação Internacional de Engenharia
Sanitária e Ambiental revelam que no Brasil existem 75 milhões de indivíduos que não
possuem acesso a esgoto sanitário, 20 milhões à água encanada e 60 milhões a serviço
de coleta de lixo, sendo 63% do lixo lançado em cursos de água (Purper & Eidt 2007).
A falta de sistemas adequados de fornecimento de água e de esgotamento
sanitário predispõe a ocorrência de doenças infecciosas que implicam em quase 60%
dos casos de mortalidade infantil em nível mundial (UNESCO 2003). Ainda são
responsáveis por 80% das doenças e 65% das internações hospitalares que ocorrem no
Brasil, representando custos anuais para a economia de até 2,5 bilhões de dólares
(Purper & Eidt 2007).
Por outro lado, a introdução de sistemas de tratamento de água e esgoto
doméstico diminui drasticamente a incidência de doenças de veiculação hídrica (Hutton
& Haller 2004).
A disposição de esgoto doméstico no solo é uma das práticas mais antigas de
tratamento de esgotos (Mehnert 2003). Em muitas regiões áridas e semi-áridas do
planeta, especialmente localizadas nos países do Oriente Médio, milhões de pessoas
necessitam do reuso das águas residuárias na agricultura como fator fundamental para
sobrevivência (Sitton 2000). No Brasil, a região semi-árida do Nordeste, caracterizada
por apresentar um curto período chuvoso, temperatura elevada e alta taxa de
evaporação, vem investindo no reuso planejado de efluentes tratados visando atenuar o
problema da escassez hídrica (Sousa et al 2003).
O aproveitamento planejado de águas residuárias na agricultura além de
favorecer a disponibilização de água para as culturas, também implica no controle da
poluição d’água nos lençóis freáticos, na reciclagem de nutrientes e no aumento da
produção agrícola (Mehnert 2003, Toze 2006).
No entanto, pouco se sabe a respeito do potencial de contaminação que tal
sistema possui sobre o lençol de água subterrâneo. Dessa forma, a aplicação de
efluentes no solo deve ser feita de forma cautelosa e com acompanhamento técnico
necessário, a fim de que o mesmo possa ser relançado sem saturação de nutrientes e sem
contaminantes de natureza química ou biológica (Coraucci Filho 1998, Mehnert 2003).

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Diversos tipos de patógenos são encontrados em efluentes domésticos como
bactérias, parasitos e vírus (Mehnert 2003, Hutton & Haller 2004).
Entre os vírus entéricos, poliovírus, rotavírus, calicivírus, alguns adenovírus e
vírus da hepatite A, estão presentes no meio ambiente e representam grande risco à
saúde da população. Estes patógenos são eliminados em grandes concentrações pelas
fezes de indivíduos infectados, podendo permanecer viáveis e infecciosos durante vários
meses no ambiente e, assim, contaminar os lençóis freáticos e águas destinadas ao
consumo humano, além de resistirem aos atuais processos de tratamento de esgoto
aplicados no controle bacteriano. (Mehnert 2003, Tavares et al. 2005, Toze 2006 ).
Adicionalmente, deve-se considerar que o tipo de solo, a água da chuva, o pH
do solo, cátions, orgânicos solúveis e a taxa do fluxo podem afetar o movimento das
partículas virais em direção à água subterrânea, favorecendo a persistência desses
patógenos no ambiente (Sair et al. 2002, Fong & Lipp 2005).
A presença dos vírus em efluentes não tratados de forma adequada para fins de
reuso contribuem para a ocorrência de doenças em indivíduos susceptíveis. A dose
infectante destes agentes é extremamente baixa, podendo variar de uma a dez unidades
infecciosas (Tavares et al. 2005, Toze 2006 ).
Considerando todos esses aspectos, a presente revisão descreverá os principais
patógenos virais veiculados por águas residuárias, bem como as enfermidades causadas
por esses agentes e seus prejuízos à saúde humana, além dos principais parâmetros que
devem ser adotados para assegurar a qualidade do ponto de vista virológico de águas
residuárias tratadas destinadas à irrigação.

2. ESGOTO DOMÉSTICO
O esgoto doméstico é uma combinação de excretas de humanos e animais
(fezes e urina) e águas cinza, resultantes de lavagens, banhos e cozimento, além de
esgoto proveniente do comércio e de algumas indústrias (Bitton 1997, Barrella 2008).
Fazem parte da composição do esgoto doméstico água, sólidos orgânicos
(nutrientes, proteínas, carboidratos e lipídeos) e inorgânicos (amônia, nitrato e orto-
fosfatos), além de outros elementos e microrganismos (Metcalf & Eddy 2003, Zoratto
2006). Alguns constituintes presentes no esgoto doméstico representam risco à saúde
humana e aos recursos hídricos e estão descritos na Tabela 1 (Metcalf & Eddy 2003).

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Tabela 1. Constituintes presentes em esgotos domésticos que apresentam possíveis efeitos prejudiciais à
saúde pública e aos recursos hídricos
Constituinte Importância
Sólidos em suspensão Formação de bancos de lodos e condições anaeróbias nos leitos de
mananciais de água.

Matéria orgânica Composta basicamente por proteínas, carboidratos e lipídeos. Sua


biodegradável estabilização consome o oxigênio dissolvido na água, podendo levar o
manancial a atingir condições sépticas.

Nutrientes Descargas de nitrogênio, fósforo e carbono em ambientes aquáticos que


favorecem o crescimento acelerado de algas e cianobactérias.

Compostos orgânicos Compostos que resistem aos métodos convencionais de tratamento de


refratários esgotos, incluindo fenóis, pesticidas e surfactantes.

Poluentes prioritários Compostos orgânicos e inorgânicos de toxidez aguda, suspeitos ou


comprovadamente carcinogênicos, mutagênicos e teratogênicos.

Metais pesados Acima de determinadas concentrações os metais apresentam toxicidade.

Compostos inorgânicos O uso da água nas cidades aumenta o conteúdo de sais que se
dissolvidos encontram originalmente dissolvido na fonte de água.

Microrganismos patogênicos Transmissores de doenças infecciosas.

Nos resíduos fecais, que compõem o esgoto doméstico, podem estar presentes
vários microrganismos patogênicos, incluindo vírus, bactérias e parasitos, que são
identificados como agentes potenciais de diversas doenças infecciosas que acometem
humanos (Tabela 1) (Rusin et al. 2000, Barrella 2008).

Tabela 2. Principais patógenos detectados no esgoto.


Patógenos Doenças ou sintomas causados no organismo
Bactérias
Campylobacter jejuni Gastroenterite
Escherichia coli enteropatogênica Gastroenterite
Salmonella spp. Febre tifóide e gastroenterite
Shigella spp. Desinteria bacilar
Vibrio cholerae Cólera
Yersinia spp. Gastroenterite aguda
Helmintos
Ascaris lumbricoides Distúrbios digestivos e dores abdominais
Hymenolepis nana Himenolepíase
Necator americanus Ancilostomose
Strongyloides stercoralis Estrongiloidíase
Taenia saginata Teníase
Taenia sollium Teníase, cisticercose
Trichuris trichiura Dores abdominais, diarréias, anemia, perda de peso
Protozoários
Balantidium coli Diarréia, desinteria
Entamoeba histolytica Disenteria amébica
Cryptosporidium Gastroenterites, criptospodiriose
Giardia intestinalis Giardíase
Vírus
Rotavírus humanos Gastroenterite aguda com diarréia grave

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Adenovírus humanos Gastroenterite, infecções respiratórias e conjuntivite
Norovírus Gastroenterites epidêmicas com grave diarréia
Astrovírus humanos Gastroenterite
Parvovírus humanos Gastroenterite
Coronavírus humanos Gastroenterite e doenças do trato respiratório
Torovírus humanos Gastroenterite
Vírus da hepatite A Hepatite
Vírus da hepatite E Hepatite
Poliovírus Paralisia, meningite, febre
Coxsackievírus Meningite, pneumonia, hepatite, febre
Echovírus Meningite, paralisia, encefalite, febre
Fonte: Bitton et al. (1997), Bosh (1998), Gerba e Smith Jr (2005).

3. PRINCIPAIS VÍRUS VEICULADOS ATRAVÉS DO ESGOTO E SUAS


ENFERMIDADES
As doenças virais de veiculação hídrica podem ser adquiridas principalmente
após o consumo de água ou de alimentos contaminados, incluindo os peixes e moluscos
bivalves comestíveis de ambientes marinhos e os frutos e vegetais cultivados em solos
irrigados com águas de esgoto (Wyn-Jones & Sellwood 2001, Tavares et al 2005).
Mais de 100 espécies de vírus presentes em águas contaminadas por descargas
de esgoto podem causar uma ampla variedade de doenças no homem. Freqüentemente,
as infecções são assintomáticas, entretanto podem estar associados a quadros mais
severos como paralisias, meningite asséptica, encefalites, distúrbios cardíacos, hepatites,
diarréias e outras enfermidades (Wyn-Jones & Sellwood 2001, Leclerc et al 2002).
Os vírus entéricos podem ser divididos em três grupos de acordo com o tipo de
enfermidade causada. O primeiro grupo inclui os vírus que causam gastroenterites,
principalmente os rotavírus, adenovírus entéricos, calicivírus (norovírus e saporovírus) e
astrovírus. No segundo grupo estão os vírus que causam hepatites (vírus da hepatite A –
HAV e vírus da hepatite E – HEV). O terceiro grupo está representado pelos enterovírus
(poliovírus, coxsackievírus e echovírus), que são vírus que infectam o intestino, mas
que causam doenças em outros órgãos (Koopmans & Duizer 2004).

3.1. VÍRUS QUE CAUSAM GASTROENTERITES


A gastroenterite aguda é uma das doenças mais comuns em humanos e causa
significativa de morbidade e mortalidade no mundo todo. Os sintomas clínicos podem
variar de vômitos, diarréia ou ambos. Em casos graves pode levar à hospitalização e
morte (Wilhelmi et al. 2003, Lorgelly et al. 2007, Reither et al. 2007, Barrella 2008).
Anualmente, nos países em desenvolvimento ocorrem mais de um bilhão de casos de
diarréia intensa, geralmente acompanhada de desidratação grave, com 2,4 a 3,3 milhões

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de óbitos acometendo principalmente crianças com até cinco anos de idade (Linhares &
Bresee 2000, O’Ryan et al. 2005).
Dentre os patógenos que possuem o potencial de causar gastroenterite em
humanos, os vírus são os mais comuns (Gutierrez et al. 2006, Reither et al. 2007). Mais
de 20 vírus têm sido reconhecidos como agentes causadores da síndrome, dos quais
rotavírus (Rotaviridae), norovírus e saporovírus (Caliciviridae), adenovírus entéricos
(Adenoviridae) e astrovírus (Astroviridae) são considerados os mais importantes
(Wilhel et al. 2003, Iturriza-Gómara et al. 2007).
As gastroenterites virais ocorrem em dois grupos epidemiológicos distintos:
diarréia infantil (doença endêmica) e surtos (doença epidêmica) (Barrella 2008).
Apesar da maioria das gastroenterites por rotavírus manifestarem de forma
assintomática, os casos sintomáticos mais graves caracterizam-se por diarréia intensa,
vômitos, febre e dor abdominal e desidratação (Koopmans & Duizer 2004, Tavares et
al. 2005). Os rotavírus são os responsáveis pela maioria dos casos de diarréia aguda em
crianças com menos de cinco anos de idade, causando cerca de 111 milhões de
episódios diarréicos anuais, 25 milhões de consultas médicas, dois milhões de
hospitalizações e mais de 600 mil óbitos em crianças com até cinco anos (Parashar et al.
2003, 2006). Em geral, as gastroenterites por rotavírus têm maior prevalência no
inverno nos países de clima temperado, porém ocorrem durante todo o ano nos países de
clima tropical. Os principais veículos que transmitem rotaviroses aos humanos são água
potável e moluscos comestíveis contaminados, principalmente as ostras (Koopmans &
Duizer 2004, Tavares et al. 2005, Knipe & Howley 2007).
Os adenovírus entéricos são a segunda maior causa de doença diarréica infantil
em crianças menores de quatro anos, apresentando incidências variáveis de infecções,
de 1 a 8% nos países desenvolvidos e de 2 a 31% nos países em desenvolvimento
(Wilhelmi et al. 2003, Barrella 2008). Como as gastroenterites por rotavírus, as
infecções por adenovírus ocorrem predominantemente no inverno nos países
desenvolvidos e durante todos os meses do ano nos países em desenvolvimento. Os
frutos do mar e águas potáveis contaminadas são também reconhecidos como os
principais veículos de transmissão da infecção por este patógeno (Koopmans & Duizzer
2004, Tavares et al. 2005, Knipe & Howley 2007).
Os norovírus são responsáveis pela maioria dos surtos de diarréia não
bacteriana e também têm sido associados aos surtos causados por água e alimentos
contaminados. Podem causar infecção em indivíduos de qualquer faixa etária, embora

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sejam reconhecidos, atualmente, como os principais agentes etiológicos de
gastroenterites virais em adultos. As gastroenterites por norovírus são geralmente
brandas e autolimitadas, caracterizadas por aparecimento abrupto de vômito ou diarréia,
ou ambos, tendo em média duração de 12 a 60 horas. Os alimentos freqüentemente
envolvidos em surtos por este patógeno são ostras, mariscos, mexilhões, frutas e
vegetais, além de águas de beber contaminadas. Os locais onde os surtos são mais
comumente notificados são enfermarias, hospitais, hotéis, cruzeiros, escolas,
universidades, restaurantes e instalações militares (Koopmans & Duizer 2004, Tavares
et al. 2005, Knipe & Howley 2007, Barrella 2008).

3.2. VÍRUS QUE CAUSAM HEPATITES


Os HAV e HEV possuem tropismo pelo fígado e podem causar inflamação nos
hepatócitos (Koopmans & Duizer 2004, Tavares et al. 2005).
O VHA tem grande importância epidemiológica devido ao elevado número de
casos que ocorre anualmente em todo o mundo. Nos países desenvolvidos, a infecção
pelo HAV ocorre principalmente em jovens e adultos. Em contrapartida, nos países em
desenvolvimento, devido às precárias condições de saneamento básico e higiene,
verifica-se uma maior prevalência da infecção na infância (Diamantino et al. 2007,
Braga et al. 2008). No entanto, nos últimos anos, com a melhoria dos sistemas de
saneamento e tratamento da água tem sido observado um deslocamento da infecção para
os grupos etários mais velhos (Fiaccadori et al. 2006, Silva et al. 2007). A contaminação
pelo HAV ocorre tipicamente pela ingestão de água e alimentos contaminados.
Geralmente, os principais alimentos veiculadores do HAV são ostras, frutas, hortaliças,
além de águas potáveis destinadas ao consumo (Koopmans & Duizer 2004, Tavares et
al. 2005, Knipe & Howley 2007). O período de incubação da hepatite A é longo, em
torno de 20 a 45 dias, havendo intensa eliminação do vírus nas fezes (108 partículas/g de
fezes). A infecção por este vírus é assintomática em 80% dos casos, embora possa
também ser manifestar sintomaticamente, acompanhada de icterícia ou não, com
evolução benigna (Pereira & Gonçalves 2003, Vaidya et al. 2004, Tavares et al. 2005,
Braga et al. 2008).
Atualmente, o HEV é uma das principais causas de surtos e casos esporádicos
de hepatites virais em países em desenvolvimento, principalmente atribuídas à ingestão
de água contaminada (Koopmans & Duizer 2004, Bofil-Mas et al. 2005, Knipe &
Howley 2007). A infecção pelo HEV é de caráter benigno e similar à hepatite A, e

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quando se manifesta sintomaticamente é caracterizada por dores abdominais, anorexia,
colúria, febre, hepatomegalia, icterícia, mal-estar, náusea e vômito. No entanto, pode
apresentar maior gravidade, especialmente quando o vírus infecta mulheres grávidas até
o terceiro trimestre gestacional, provocando índices de mortalidade de 15 a 25%. Os
surtos de hepatite E são mais comumente adquiridos após consumo de água potável
contaminada, embora a ingestão de carne crua de cervo ou de porco também tem sido
sugerida como importante veículo de transmissão do vírus (Bofil-Mas et al. 2005,
Vasickova et al. 2005, Knipe &Howley 2007).

3.3. VÍRUS CAUSAM INFECÇÃO INTESTINAL E EM OUTROS ÓRGÃOS


Aproximadamente 66 tipos sorológicos de enterovírus conhecidos podem
infectar o homem, incluindo os poliovírus humanos tipos 1 a 3, coxsackievírus humanos
A1 a A22 e A24, coxsackievírus humanos B1 a B6, echovírus humanos 1 a 7, 9, 11 a 27
e 29 a 33, enterovírus humanos 68 a 71 e alguns enterovírus não humanos (Koopmans
& Duizer 2004, Tavares et al. 2005). De maneira geral, são eliminados por longos
períodos através das fezes de indivíduos infectados, causam normalmente infecções
assintomáticas, embora também possam causar paralisias, meningites, cardiomiopatias,
infecções respeiratórias ou conjuntivites. Apresentam importância epidemiológica, pois
são encontrados em todas as partes do mundo e estão amplamente distribuídos durante o
ano inteiro, além de serem os únicos representantes entre os vírus entéricos isolados em
culturas celulares, sendo por essa razão, sugeridos como indicadores virológicos para
avaliação da qualidade de água destinada ao consumo humano.

4. PERSISTÊNCIA VIRAL NO AMBIENTE


São vários os fatores que interferem na sobrevivência e infecciosidade dos
vírus no ambiente, como temperatura, luz solar (UV), umidade relativa do ar (UR), pH,
tipo de superfície, adsorção a sólidos, características estruturais das partículas (tamanho
e ausência de envelope) e presença de nutrientes e outros microrganismos (Sail et al.
2002, Azadpour et al. 2003, Fong & Lipp 2005).
De um modo geral, com relação à temperatura e radiação solar, observa-se uma
maior sobrevivência viral em ambientes com temperaturas mais baixas e com menor
exposição à luz UV. Em ambientes marinhos, o HAV demora 25 dias para ser inativado
a 25oC, sendo capaz de persistir infeccioso por até 625 dias a 4oC. Laboratorialmente,
foi demonstrado que 90% das partículas de poliovírus presentes em amostras de água do

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mar foram inativados na ausência de luz, enquanto que 99% foram destruídas na
presença de luz (Sail et al. 2002, Fong & Lipp 2005).
Os vírus entéricos normalmente permanecem mais estáveis no ambiente em
baixas umidades por alguns dias. Foi demonstrado que os rotavírus permanecem viáveis
por 10 dias a temperatura ambiente em UR de 25%, tendo sua sobrevida diminuída para
12 horas quando a UR alcança 85% (Sail et al. 2002, Fong & Lipp, 2005, Tavares et al.
2005).
Quanto ao pH, alguns vírus entéricos, como os rotavírus e enterovírus, são
estáveis em uma ampla faixa de pH (3,0-9,0), podendo ainda resistirem, em
determinadas situações, a desinfecção por compostos com pH abaixo de 3,0 (Koopmans
& Duizer 2004, Tavares et al. 2005).
Em superfícies e objetos não porosos, em geral, as partículas viras possuem um
maior tempo de sobrevivência. Os norovírus podem persistir potencialmente infecciosos
em superfícies inanimadas secas num período de oito horas a sete dias. Os adenovírus
podem permanecer por até 35 dias em superfícies plásticas por (Sail et al. 2002,
Koopmans & Duizer 2004, Fong & Lipp, 2005).
Os vírus possuem a capacidade de adsorção a sólidos, que agem como um fator
de proteção para as partículas. Em estuários, observou-se que tanto rotavírus como
HAV tiveram uma menor sobrevida em sólidos dissolvidos do que no sedimento (Sail et
al. 2002, Azadpour et al. 2003).
O pequeno diâmetro das partículas virais (nanômetros) quando comparado aos
demais microrganismos (micrômetros), é outro fator que favorece a persistência viral no
ambiente, justificando, por exemplo, a maior a resistência destes patógenos ao processo
de filtração empregado nas estações de tratamento de água e esgoto, que é eficaz para
remoção de bactérias e parasitos (Payment 1998, Tavares et al. 2005).
Outro fator de proteção para os vírus entéricos é a ausência de envelope na
estrutura, tornando-os mais resistentes a inativação por determinados compostos
químicos como éter e cloro. Entre os vírus entéricos, os norovírus e o HAV são mais
resistentes ao processo de cloração, pois permanecem viáveis em águas tratadas com
concentrações de cloro e cloreto livres normalmente empregadas no controle bacteriano
(Appleton 2000, Sail et al. 2002, Tavares et al. 2005).
Os vários nutrientes e microrganismos presentes no esgoto podem
comprometer o tempo de sobrevivência dos vírus no ambiente. Enzimas como as

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proteases e nucleases extracelulares podem inativar as partículas, e conseqüentemente
diminuir a viabilidade dos vírus no ambiente (Sail et al. 2002, Fong & Lipp, 2005).

5. IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DE EFLUENTES PARA FINS DE REUSO


O tratamento dos efluentes visa retirar da água os poluentes originários do
processo industrial ou provenientes do esgoto doméstico (Purper & Eidt 2007). A partir
deste processo espera-se que ocorra a remoção de matéria orgânica e inorgânica, sólidos
em suspensão, nutrientes e organismos patogênicos, a fim de tornar esse efluente com
qualidade para ser reutilizado de várias formas distintas (Macedo et al. 2009).
Em muitas eventualidades, a qualidade microbiológica é garantida somente
em termos bacteriológicos, pois conforme relatado anteriormente são vários os fatores
que dificultam a remoção de partículas virais dos efluentes. Adicionalmente, deve-se
ressaltar a persistência dos vírus no solo. Os fatores associados ao transporte de vírus no
solo são: tipo de solo, sorotipo do vírus, comprimento iônico da solução do solo, pH,
compostos orgânicos solúveis presente nos efluentes e taxa hidráulica de escoamento
(Schwartzerod 1995, Azadpour 2003).
Após a avaliação de todos estes fatores, o efluente pode ser considerado
seguro do ponto de vista microbiológico, podendo ser reutilizado.
O reuso pode ser entendido como o aproveitamento de águas previamente
utilizadas em atividades humanas. O reuso de efluentes domésticos deve ser realizado
de forma direta e planejada tendo como finalidade o seu aproveitamento em atividades
agrícolas. Adicionalmente, deve ser ressaltada a importância da reutilização do lodo,
haja vista que no mesmo estão presentes nutrientes úteis à agricultura (N, P, K, Zn, Cu,
Mn, Mo) e matéria orgânica que contribuem para uma melhor estrutura do solo, e
conseqüentemente para o aumento da produção agrícola (Bitton 1997, Toze 2006,
Purper & Eidt 2007).
Os tipos de tratamento mais usados para o reuso de efluentes domésticos são:
fossas sépticas, sumidouros, tanques imhoff, filtros biológicos, lagoas de estabilização,
lagoas anaeróbias, lagoas aeróbias, lagoas facultativas, lagoas de maturação, lagoas
aeradas e tratamento por lodos ativados (Henze et al. 1995, Zoratto 2006).
Dentre estes, a forma mais comum de tratamento de esgoto doméstico usado
na zona rural é a fossa séptica, que um tipo de tratamento primário do esgoto, com
eficiência de remoção microbiana de 70 a 80%. Os demais tipos de tratamento são

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empregados em áreas urbanas, apresentam custos significativos e somente realizam
análises de amostras volumosas de esgoto (Henze et al. 1995, Zoratto 2006).

6. DIRETRIZES RECOMENDADAS PARA ASSEGURAR A QUALIDADE


MICROBIOLÓGICA DE EFLUENTES PARA FINS DE REUSO
O grau do tratamento dos esgotos requerido depende da qualidade exigida para
água de irrigação. Esta, por sua vez depende da legislação que regula o uso do esgoto na
agricultura.
Em diversos estudos realizados em diferentes países, visando detectar a
presença de microrganismos contaminantes de água, não foi observada uma correlação
nem em termos qualitativos e nem quantitativos entre vírus entéricos e bactérias em
amostras de esgotos e águas de diferentes origens (Lee & Kim 2000, Gofti-Laroche et
al. 2001, Borchardt et al. 2003). Entretanto, no Brasil todas as diretrizes voltadas para
análise de efluentes domésticos são baseadas em indicadores bacterianos (CONAMA
2006), não existindo critérios voltados para a avaliação de vírus entéricos. Dessa forma,
sem a pesquisa de patógenos virais fica comprometida a qualidade desses efluentes em
termos de segurança virológica para fins de reuso agrícola.
Adicionalmente, a existência de vários problemas ambientais, como a escassez
de áreas aptas à construção de aterros sanitários somados aos seus elevados custos e o
aumento da poluição atmosférica conseqüente da incineração de resíduos, sugerem
propostas de reutilização do lodo em solo agrícola, devido aos aspectos positivos que o
seu reaproveitamento planejado pode contribuir para a agricultura. Dessa forma, a
Resolução 359/2006 do CONAMA, define procedimentos, padrões e requisitos para o
uso agrícola do lodo de esgoto doméstico procedente de estações de tratamento de
esgoto, apesar de não serem realizados ainda estudos sistemáticos no Brasil sobre a
presença de patógenos virais nesse material (CONAMA 2006).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O crescente aumento na demanda de água provocada pelo crescimento
populacional, desenvolvimento industrial e expansão agrícola têm causado desgastes
sobre os recursos hídricos do planeta. Em muitas regiões, devido à falta de alternativas,
os recursos hídricos têm sido explorados de maneira não sustentável. Neste contexto, o
reuso de esgotos é uma alternativa bastante atraente a ser avaliada no contexto da gestão
integrada dos recursos hídricos.

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A utilização de esgotos tratados na agricultura deve ser bem planejada de modo
a garantir à saúde dos trabalhadores e dos consumidores, assim como prevenir a
deterioração da qualidade do solo, devido à salinização e das águas superficiais e
subterrâneas por contaminantes químicos e biológicos. Atualmente, já existe
conhecimento suficiente para permitir a implantação de projetos de irrigação com o uso
de esgotos sanitários tratados do ponto de vista bacteriológico, entretanto estes projetos
não garantem a qualidade dos efluentes em termos de segurança virológica.
Dessa forma, é necessário o desenvolvimento de metodologias para ser
utilizado na avaliação da qualidade virológica de efluentes tratados, como também o
estabelecimento de um indicador viral “universal” capaz de assegurar a qualidade destes
efluentes para fins de reuso, visto que, até o momento, esse monitoramente somente é
realizado em situações ocasionais de controle pelas autoridades sanitárias.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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