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Santos
2009
1 CÁLCULO VETORIAL
.
quando sua origem coincide com sua figura 5, o segmento AB é chamado de
extremidade (A≡B). vetor AB e indicado por AB
Figura 5- Vetor AB
e
e CD, como os mostrados na figura 3,
dizemos que eles têm a mesma direção Dois vetores AB CD são iguais se e
quando os segmentos AB e CD são
somente se, os dois segmentos
paralelos ou coincidentes.
orientados que os representam forem
Com relação ao seu sentido, dizemos equipolentes.
que dois segmentos possuem o mesmo
sentido quando, além de terem a mesma
direção possuem a mesma orientação.
Quando a orientação é oposta, dizemos
=
que os segmentos são opostos.
Figura 6- Vetores iguais (AB CD)
v
Dado um vetor = AB, o vetor
e se indica por
BA é
+v
=w
v
u
. O ponto B é chamado de
existe um único ponto B tal que
• =A
)+v
=A
A+0
Se A+ =B+v
então A=B
• (A-v
Se A+ =A+v então u
=v
• v
• u
• A+(B-A)=B
e
1.2.2 Adição de vetores Na figura 10, o vetor AD
; v e w
.
Consideremos dois vetores u v e representa a soma entre os vetores
um ponto qualquer A. Quando se toma o u
ponto A, e a ele se soma o vetor u C
obtemos um segundo ponto, que aqui
vetor
Podemos dizer que existe um terceiro
w que ao ser somado ao ponto A
encontramos o ponto C.
A
Figura 10– Soma entre vetores
e ,
1.2.3 Diferença de vetores Dizemos que um vetor é unitário
Consideremos dois vetores u v quando seu módulo for igual a um.
|u
|=1
k u+-v
é chamado de diferença entre
como os mostrados na figura 11, o vetor
e .
são, por definição, a
u v De maneira análoga, a direção e o
sentido do vetor u
,
Na figura 11, quando se toma o
representantes de .
direção e o sentido de qualquer dos
ponto A e a ele se soma o vetor u u
nulo ,
v encontramos um Chama-se versor de um vetor não
.
terceiro ponto, que chamaremos de D. v o vetor unitário de mesmo sentido
v
|
|s |=|a|×|v
vetor u
v+k=u
k=u
-v
A direção s é paralela à de
•
v
•
mesmo de v
•
v.
Se a<0, o sentido de s é
OBS:- A diferença entre o vetor oposto ao de v
•
= -k
v - u
resultado é um vetor nulo.
e ,
a figura 15, determine o vetor x tal
1.2.6 Espaço vetorial. 3. Dados os vetores u v conforme
+v
+x
=0.
Chama-se espaço vetorial ao
conjunto de vetores munidos de pelo que u
menos duas operações que respeitam as
propriedades da adição e do produto de
um número real por um vetor. Os
espaços vetoriais são estudados na
Álgebra Linear.
Figura 15
B E D
F C
(c)
A D C
A B
Figura 13
B C
D
(d)
Figura 14 Figura 16
e ;
O vetor resultante da soma entre
u v (n≥1) e a1,a2,........,an números reais.
vetores
v 1 ,
v 2 ,......., vn , diz-se, também,
Se u
v
·.
existe um número real λ tal que i=1
u
ou seja,
-3u
2x =10
x
+v
Quando os vetores v1 , v2 ,......., vn
não são linearmente dependentes,
dizemos que eles são linearmente
sistema nas incógnitas x e y
8. No sistema a seguir, resolva o
independentes (LI).
x+2y=u
vetores v1 , v2 ,......., vn , são linearmente
Pode-se, então, verificar que os
-y
3x =2u+v
dependente se v 0.
I.
=
+bv = - v vetores
u , v, w
é linearmente
10. Prove que se o conjunto de
b
au 0 u a
u+ v+ w
, u-v,3v
independente, então o conjunto
Desta forma, os dois vetores possuem também é
a mesma direção, ou seja, eles são linearmente independente.
paralelos.
; v e w
v
u , u - v também é LI.
III. Três vetores u são
linearmente dependentes se eles
forem paralelos a um mesmo
vetores
u
, ,
v w é LI, então o
plano. 12. Prove que se o conjunto de
Se u ; v e w
são linearmente conjunto
u+ v , u + w
, v+ w
dependentes, então, existe escalares a; b também é LI.
e c tais que:
+ bv =
+cw = - v + - w
b c
au 0 u
a a
- a v e - a w
1.4 Base
e1 ,
e2 ,
b c
Uma base no espaço é uma terna
coplanares com v e w
, portanto, u
Os vetores são
e3 formada por três vetores
também é coplanar com eles. linearmente independentes. Veja a figura
19.
Devemos lembrar que o vetor
e1
resultante da soma entre dois vetores é
coplanar com eles. Isto pode ser
observado na figura 18.
e2
R
e3
u
Figura 19
e1 ,
e2 ,
a1 ,a2 ,a3 tais que:
Figura 18 de e3 , existem escalares
1 ,
dos vetores
e e2 ,
linearmente dependente.
e3 .
+v
=
a1 +b1 ,a2 +b2 ,a3 +b3
como sendo:
u
ai
ei = v
3
Quando se usa a notação
i=1 matricial, podemos escrever:
1 ,
e e2 ,
o vetor v por
Fixada uma base e3 , é por
a 2
a1 componentes.
a3
Escrevemos, então:
a3
+v
=
a1 +b1 ,a2 +b2 ,a3 +b3
Quando é feita a soma entre dois
u vetores no plano, o vetor resultante tem
1 +a2 e
=a1 e 2 +a3 e
3 e
componentes iguais à soma entre as
1 +b2 e
v=b1 e 2 +b3 e
3 , então:
De fato, se u componentes em cada direção. A figura
v e w
.
21 mostra a soma entre dois vetores
+v
u 1 +
a2 +b2 e
=
a1 +b1 e 2 +
a3 +b3 e
3
Prof. José Carlos Morilla
11
1.4.3 Exercícios
13. Determine o vetor X, tal que 3X-2V
3
= 15(X - U).
Os vetores = ,
= e = são U = (6,-4,-2) W = (15,-10,5)
V = (--9,6,3)
Prof. José Carlos Morilla
12
1.4.4 Ortogonalidade. |u
+ v|2 =|u
|2 + |v
|2
O conceito de ortogonalidade de
é ortogonal à reta r
0
fazendo-se as simplificações
I. Um vetor u possíveis, encontramos:
tal que o
(ao plano π) se existe um
representante (A,B) de u x1 x2 + y1 y2 = 0
segmento AB é ortogonal a r ( a π).
|u
+ v|2 =|u
|2 + |v
|2
são unitários e dois a dois ortogonais.
e v são
lembrar o teorema de Pitágoras.
Tomando um ponto O qualquer, u
e O+u+v
, são vértices de um
ortogonais se e somente se os pontos O;
O+u
triângulo retângulo. Isto pode ser
observado na figura 22.
+v
O+u
+v
v
u
Figura 23
u
O+u O
Figura 22
Se E =
e 1 ,
e2 ,
1 +ye
=xe 2 +ze 3, então:
VI. e3 é base ortonormal
IV. Outra forma de mostrar a eu
e
ortogonalidade é lembrando que, no
plano, os vetores u v podem ser |u
|=#x2 +y2 +z2
=x1 i+y1 j
escritos:
v=x2 i+y2 j
u
Assim a expressão:
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13
;
v e
e3 , A escolha de uma base conveniente
verifique se os vetores u w pode, muitas vezes, ajudar a resolver um
são LI ou LD. problema qualquer.
= 1,-1,2
u Consideremos, então, duas bases:
w
= 4,-3,11, F = f1 ,
f2 , f3
= 1,-1,3
e 1 ,
e2 ,
u possam ser combinações lineares de
v=
2,1,3
e3 , ou seja;
+v
Ache as coordenadas de: e3
b. u-v
a. u
Com os escalares aij é possível
+2v -3w
construir a matriz M:
c. u
a11 a12 a13
23. Com os dados do exercício M=a21 a22 a23
a31 a32 a33
combinação linear de v e w
.
anterior, verifique se u é
A esta matriz, dá-se o nome de
t=
4,0,13,
Matriz Mudança da Base E para base F.
; v
24. Escreva como
Para provar isto, vamos tomar um
do exercício 22.
combinação linear dos vetores u
1 +x2 e
v = x1 e 2 +x3 e
3 . Seja, agora, o
ew vetor, que na base E é escrito como :
= e
1 -
e2 + 2
e3
Como F pode ser escrita como
f2 sendo combinação linear de E, podemos,
O vetor v pode então ser escrito À matriz que respeita a condição
como: -1 t
onde M = M , dá-se o nome de Matriz
1
v=y1 a11 +y2 a12 +y3 a13 e Ortogonal.
2
+y1 a21 +y2 a22 +y3 a23 e
Assim, se E é uma base
ortonormal, para que F, também, seja
3
+y1 a31 +y2 a32 +y3 a33 e ortonormal é necessário e suficiente que
a matriz de mudança de E para F seja
Assim, as coordenadas x1; x2 e x3 ortogonal.
podem ser escritas como:
Como o determinante de uma
x1=y1 a11 +y2 a12 +y3 a13 matriz é igual ao determinante de sua
matriz transposta, podemos escrever:
det%M&=det'Mt (
x2=y1 a21 +y2 a22 +y3 a23
det%M&'M (=det%M&×det'M (
x3=y1 a31 +y2 a32 +y3 a33
t t
det%M&'Mt (=det%M&2 =1
As três expressões acima, podem
ser escritas na forma matricial que é:
y1
x2 a21 a22 a23 $ y2
x1 a11 a12 a13 det%M&=±1
x3 a31 a32 a33 y3 Para que duas bases sejam
ortonormais, a matriz mudança de base
Note-se, então que a matriz dos
entre elas deve ser ortogonal e o
%X&=%M&×%Y&
27. Dadas as bases E; F e G, onde:
e1 = 2f1 + f3
g1 = e
1 -
e2
e2 = f1 - f2
1.5.1 Mudança de Base Ortornormal.
g2 =
e2 -
e3
Sejam E e F duas bases
ortonormais e seja a matriz M a matriz
e3 = f1 + f3
3 =
e
3 +
mudança de base de E para F.
g e1
1 + 2
f2= e
e2 -
e3
2.1 Ângulo entre dois vetores.
v= 3,-5,4,
c. Sendo, na base E, o vetor
u θ Q
achar as
coordenadas deste vetor na v
base F. O
29. Dadas as base E e F tais que: Figura 24
f1= e
1 - 3e
2 Nesta figura, θ é a medida em
f2=
e
2 + e v.
radianos (ou graus) do ângulo POQ que
e3 é o ângulo entre os vetores u
f3= e
1 - 2
e2
e v. Para
Vamos procurar uma expressão que
1 + 2g
v= 4g 2 + g3 em relação à base
determinar as coordenadas do vetor 1 2
$ v
cos θ
|u||v|
Podemos escrever: u
|u
|=#x21 +y21 +z21 |v
|=#x22 +y22 +z22
Por ser um produto, podemos
e escrever:
v
cos θ $
|u| |v|
Assim, podemos calcular cos θ u
por:
cos θ
x1 x2 +y1 y2 +z1 z2
• ×v
u =0 se u
ou v forem iguais a
cos β
zero, ou
y
• ×v
u =|u||v| cos θ se u
e v forem #x2 +y2 +z2
e v.
diferentes de zero e θ o ângulo
cos γ
entre u z
e
sabendo que v2 ×u
=0, encontramos:
Como Multiplicando escalarmente por u
x1i+y1j+z1 k
v×u
= λu
×u
= λ|u
|2 = λ
u
|u|
#x21 +y21 +z21
v1
v
×u
u
não é unitário
Quando o vetor u
encontramos:
v×u
= λu
×u
= λ|u
|2
Podemos então escrever que:
cos α i + cos β j + cos γ k
|u| v×u
u
λ=
Sejam E e F duas bases |u|2
ortonormais e M a matriz mudança de Assim, finalmente, é possível
base de E para F. Na matriz M cada escrever:
v1 =
|u|2
diretores de F u
é:
cos 23 cos 2 cos 24
/ cos 53 cos 5 cos 54
cos 63 cos 6 cos 64 2.2.3 Propriedades do Produto
Escalar.
As propriedades do produto entre
números se aplicam no produto escalar:
Seja u um vetor unitário e v um ×
v
+w
= u
×v
+ u
×w
2.2.2 Projeção de um vetor
a. u
v=v1 +v
2 onde v1 é paralelo e v2 ortogonal
b. u
au . ×v
c. u = v×u
v2 d. u×u
=0 ↔ u=0
v
×v
≠ u×w
.
e
v1 OBS:- convém observar que u
O
escrever v = w
.
Assim, não é possível cancelar u
Figura 25
w
=2,-4,6.
32. Determinar a medida, em
radianos, do ângulo entre os
=2,0,-3 e v=
1,1,1.
vetores u
41. Dos vetores encontrados, no
33. Determinar a medida, em exercício anterior, qual aquele que
1,0,0?
forma ângulo agudo com o vetor
=
1,10,200
radianos, do ângulo entre os
vetores u e
v=-10,1,0.
de v=1,3,√6
42. Determine os cossenos diretores
w
=1,-1,2
radianos, do ângulo entre os
=
3,3,0 e v=2,1,-2.
v=3,-1,1, determine a projeção
43. Sabendo-se que e
vetores u
v= , ,√3. de w
na direção de v.
2
√3 1
2 2
+ v|2 =|u
g. |u |2 +2
u
×v
+ |v
|2
47. Mostre que as bissetrizes de
h. u×v
= |u
+ v|2 -|u
|2 -|v
|2
1
ângulos adjacentes suplementares
2 são perpendiculares entre si.
49. |u
$ v| < |u
|$ |v
|
3
ortonormal e u
=
u
u 1 e
×e 1 +
u 2 e
×e 2 +
u 3 e
×e 3
50. Das matrizes a seguir verifique
quais são ortogonais.
i. 2 1 0
39. Prove que as diagonais de um 1 0 1
quadrado são perpendiculares
entre si. 0 1 -1
Prof. José Carlos Morilla
19
0
1 0 1 Vamos definir um produto entre dois
j. 2 1 vetores, cujo resultado é um vetor. A este
0 1 1 produto damos o nome de Produto
Vetorial.
k. 2/7 6
6/7 3 2
3 Este produto tem aplicação, por
3/7 -2 6 exemplo, na Física: a força exercida
sobre uma partícula com carga unitária
mergulhada num campo magnético
1/3 2/3 2/3
!2/3 -2/3 1/3 "
uniforme é o produto vetorial do vetor
l. velocidade da partícula, pelo vetor campo
2/3 1/3 -2/3 magnético. Outro exemplo é possível
obter da Mecânica: uma força provoca
um movimento de rotação em um corpo
51. Determine as matrizes inversas através do produto vetorial entre a força e
o vetor de posição do ponto de aplicação,
das matrizes ortogonais do
tomado como referência o eixo de
exercício 50. rotação do corpo.
|v=w|=|v||w| sen θ
ortonormal e calcule as
O θ |v |
Figura 27
d=|v|s
enθ
w
V W
|w |
Figura 28
v
Isto pode ser entendido como θ
sendo o produto entre o vetor e a O |v |
quantidade h, que “promove a rotação”
Figura 30
desta quantidade, tendo como centro de
rotação a extremidade do vetor .
b. v w = 0 se, e somente se,
Observe-se,
se, aqui, que o produto
para qualquer λ, v = λw ou w =
w v fornece um vetor com sentido
λv. (se os veores forem
oposto ao produto v w. Observe a
figura 29. paralelos θ=n
=nπ)
Esta propriedade é fácil de observar
quando se toma a definição de produto
V vetorial:
W
a. v w = - (w v) f. (v + w) u = v u + w u
(anticomutatividade). (Distributividade em relação à
soma de vetores).
Esta propriedade é fácil de ser
observada quando se toma a definição
de produto vetorial. As figuras 28 e 29
Prof. José Carlos Morilla
21
v3
São vetores unitários, paralelos aos
v=w
= det @w2 w3 A i -
eixos coordenados (x,y,z). Estes vetores v
são indicados como: 2
v3
i=
1,0,0 det @w w3 A j +
v1
1
j=
0,1,0 v2
det @w w2 A k
v1
k=
0,0,1
1
x
,y
,z
,
v=w
= det @w2
w3 A ,-det @w1 w3 A ,det @w1 w2 A
Paralelos aos eixos v v3 v1 v3 v1 v2
respectivamente. 2
v=v
1 ,v
2 ,v
3 , pode ser escrito como sendo
Desta maneira, qualquer vetor Uma maneira simples de montar os
determinantes que constituem as
combinação linear de i,j,k: componentes do vetor resultante do
produto vetorial, é montar a seguinte
v=v
1 ,v
2 ,v
3 =
v
1 ,0,0+
0,v
2 ,0+
0,0,v
3 matriz:
v=v
1
1,0,0+v 3
0,0,1
2
0,1,0+v vetores da base B i j k
componentes de v B ! v1 v3 "
v=v1i+v2j+v3 k B w1
componentes de w
v2
w2 w3
i j k
! v1 v2 v3 "
w1 w2 w3
j.
Figura 31 determinante da matriz dos cofatores de
Pela definição e propriedades do
i j k
produto vetorial, podemos facilmente
encontrar: ! v1 v3 "
i = i= 0 j = j= 0 k = k= 0
v2
w1 w2 w3
cofatores de k.
pelo determinante da matriz dos 6
i j k
4
! v1 v3 "
3 Q
v2 2
k
R
w1 w2 w3 1
j 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
i
1
por: v=i+2j-2k e w
=3i+k. Determinar o
5
v =
montar a matriz com os vetores da base vetores
2 -2
det @ Ai = 2
6
0 1
1
det @ A j = -7
4
3
-2 Q
2
1 3
1 2
k
det @ A k = -6
R
1
j 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
i
1
2
3 0 3
4 P
5
= 2i-7j-6k
v=w
Figura 33
|v=w|, faremos:
Com estas componentes, o módulo Assim, para determinar o módulo
do vetor resultante fica:
2 -2
det @ A i = 10
triângulo P, Q, R, onde P = (3; 2; 0); Q =
(0; 4; 3) e R = (1; 0; 2). Veja a figura 32.
4 1
2
det @ Aj = 0
-2
1 -1
det @
2 2
A k = 10 =w
a. |v |
-1 4
b. | v = w
|
1 3
Assim, o vetor resultante fica:
= 10i+10k
3 4
v=w
58. Determine a área do
=-i+j e AB
=j+3k
Com estas componentes, o módulo paralelogramo ABCD sendo:
do vetor resultante fica: AC
x·(3i+2j)=6
E
x=(2j +3k)=2i
Com este valor, a área do triângulo
A = 2 |v=w| = 5√2
(A), fica:
1
x=(i+k)=-2i2k e |x
| √6
53. Dados vetores v=2i-3j+2k
2.4.2 Exercícios
somente se v:w.
a. v=w
v e w
b. O seno do ângulo entre
62. Calcule a distância do ponto C à
reta R que passa por dois pontos
e o
e1 //v O produto misto é um escalar obtido
pelo produto escalar entre um vetor u
v=i+j =2i-j+3k,
w =w
), ou seja:
vetor resultante de um produto vetorial
=w
) × u
55. Sendo e (v
= A + w
. Para três vetores, dados por suas
v=v1i+v2j+v3 k
coordenadas:
=w1i+w2j+w3 k
w
OP=i+j+k. (o momento é o produto =u1i+u2j+u3 k
aplicada ao ponto P tal que
u
vetorial entre o vetor posição e a
força) O produto misto, usando as
componentes dos vetores, é dado por:
=w
) ×u
=
v e w
π
57. A medida do ângulo, em radianos,
(v
|v
|=1 e |w
|=7, determinar
entre é . Sendo
u1i;u2j;u3
v3 v3 v2
k× det @w w3 A i-det @w1 w3 A j+det @w1 w2 A k
6
v2 v1 v1
2
|u|senθ
u
vLw w
=w
) ×u
= det 1
v1 v2 v3
|u|cosθ
(v w w2 w3
u1 u2 u3
v
Para entendermos o produto misto,
vamos fazer o seguinte exemplo: Figura 34
=2i-j+3k
vetores: determinado por u, v e w é igual ao
produto da área da base pela altura.
v=-i+4j+k
u
Sabendo-se que pela definição do
=w
O produto misto R=(v ) ×u
, fica: Volume = |v=w|×h
Hv ,u
,w I. =w
)×u
encontrar o produto misto indicado por:
Volume = (v
; v e w
. Isto pode ser observado na
volume do paralelepipedo formado por
=w
)×u
=Kdet 2 5 0 K=|80|= 80
4 0 0
u
Vol.=(v
figura 34 3 3 4
; v e w
,
calculado pelo produto misto for igual a
zero; ou seja, dados três vetores u
eles estarão no mesmo plano quando:
=w
(v ) ×u
=0 2.5.2 Exercícios
=w
) ×u
= det w1
v1 v2 v3
(v w2 w3 = 0 63. Calcule o volume do
PR=
1-0, -2-1, 0-1=
1,-3,-1
Figura 35
=
(PQ PR) ×
PS=0
65. Calcule o volume de um
paralelepípedo definido pelos
a. Quando Hv
,w
,u
I=0, os vetores
entre u e v é 6 e w
é ortogonal a
π
67. A medida do ângulo, em radianos,
c. Hv
,w
,v
I = Hw
,v
,v
I = Hv
,v
,w
I = 0
d. Hv
,w
,u
I = - Hw
,v
,u
I 68. Ache a distância de um ponto D a
e. Hv
+v
1 ,w
2 ,u
I= Hv
,w
1 ,u
I + Hv
,w
2 ,u
I
um plano π, que passa pelos
e AD
, AC .
pontos, não alinhados, ABC
Todas estas propriedades quando se conhece AB
resultam das propriedades dos
determinantes.
=w
) = u
≠ v = (w
=u
)
associativo, em geral,
(v
Plano de
vL w
v, w e
(v w) u w
u
(vLw)Lu
Figura 36
2.6.1 Exercícios
=(v
69. Determine u =w
) e (u
=v
) = w
=(w
70. Determine u =v
) e (u
=w
) = v
=(v
u =w
) = (u
$w
)v
- (v
$w
)u
3 GEOMETRIA ANALÍTICA
1 ,
e e2 ,
formado por um ponto 0 e por uma base
do vetor
relação a esse sistema, as coordenadas
1 ,
e e2 ,
0P em relação à base
0P xe1 + y 3
P+v=
x+a,y+b,z+c
e2 + z e
v=-1,4,0,
73. Para P=1,3,-3; Q=0,1,-4 e
corresponde um único terno ordenado (x,
determine em
y, z) de números reais que são
c.
denominados, respectivamente a coordenadas:
;
abscissa a ordenada e a cota de P. QP;
d. P+v
Normalmente, os sistemas de
e. Q+2QP
coordenadas considerados são
ortogonais em que a base é ortonormal.
74. Determine as coordenadas do
necessário e suficiente que os vetores
PA e v sejam linearmente dependentes; Figura 39
isto é que exista um número real tal que:
PA=λv
P-A=λv
P=A+λv Sejam, 0,i, j, k um sistema de
coordenadas, um ponto genérico
que é conhecida como equação vetorial P=
x,y,z, pertencente a uma reta r; um
ponto A=x0 ,y0 ,z0 , que sabidamente
da reta.
Se a reta for conhecida por dois pertence a r e um vetor v= a,b,c, não
).
pontos distintos A e B, a direção de r será nulo, de direção paralela a r. Da equação
dada pela direção do vetor B-A (BA vetorial da reta r, podemos escrever:
Nesta situação a equação da reta fica:
P=A+λ
B-A
Ly=y0 +λb
x=x0 +λa 83. Dar a equação da reta
x-1
=y-z na
2
forma vetorial.
z=z0 +λc
que são as equações paramétricas de 84. Faça um esboço das retas dadas
uma reta. a seguir:
a. (x; y; z) = (-3 + 3t; 3/2 -1/2 t;
4 - 2t)
sistema de referência fica 0,i, j, as
No caso da geometria do plano, o
b. (x; y; z) = (2t; t; 3/2 t)
c. (x; y; z) = (1 + t; 2; 3 + 2t)
coordenadas dos pontos e do vetor d. (x; y; z) = (1; 2 + 2t; 5/2 +
3/2 t)
A=x0 ,y0 e v=
a,b; as equações
ficam, respectivamente, P=
x,y,
y=y +λb
3.2.2 Equações do Plano
x=x0 +λa
Sabemos que no plano a equação
0 geral de uma reta é ax+by+c=0 e para
conhecê-la é necessário conhecer um de
3.2.1.2 Exercícios seus pontos e sua inclinação. Lembra-se,
aqui, que a reta também pode ser
conhecida se conhecermos dois de seus
pontos.
78. Determinar as equações
paramétricas da reta que passa y
inclinação
pelo ponto A=
1,1,1 e tem a Ponto
81. Dar a equação vetorial da reta que Existe uma analogia entre uma
passa pelo ponto P=
1,1,1 e é reta no plano e um plano no espaço. No
paralela ao vetor v=3,1,-1 plano, a equação de uma reta é
determinada se forem dados sua
inclinação e um de seus pontos.
82. Fornecer as equações
paramétricas e equações vetoriais No espaço, a inclinação de um
dos eixos coordenados. plano é caracterizada por um vetor
perpendicular a ele, chamado vetor
normal ao plano. Desta forma, a
equação de um plano é determinada se
são dados um vetor que lhe é normal e onde d = -(ax0 + by0 + cz0) e x; y e z são
um de seus pontos. coordenadas de um ponto P pertencente
a este plano.
Na figura 41, o plano indicado,
e um dos pontos
pelos pontos P; Q; R e S, pode ser Demonstração:
fornecido pelo vetor u Um ponto P, de coordenadas P =
(x; y; z), pertence ao plano π se, e
pertencentes a este plano. Note-se que,
qualquer segmento de reta, pertencente
perpendicular ao vetor
somente se, o vetor P0 P for
a este plano, que una um de seus pontos
N (normal ao
ao ponto do vetor, (ponto este
plano π), ou seja, se o produto escalar
entre o vetor for nulo.
pertencente a este plano), é ortogonal a
este vetor. P0 P e o vetor N
N $
4
P0 P=0
→ i j k
!-1/2 1/2 0 "
e substituindo-as
Sabendo-se que a; b e c são as vetores da base
coordenadas do vetor N componentes de P P
1 2 →
na equação, temos: componentes de P1 P3 → -1/2 -1/2 1/2
0
det @ A i = 1/4
2x-y+2z + -2+2-4 = 0
1/2
2x - y + 2z = 0 -1/2 1/2
0 -1/2
que é a equação do plano π. det @ A j = 1/4
1/2 -1/2
-1/2 1/2
det @ A k = 1/2
Como foi dito no início deste
capítulo, uma reta é conhecida a partir do -1/2 -1/2
De forma análoga, um plano é N é normal
determinado se forem conhecidos três de
ao plano que contem os vetores P 1 P2 e
seus pontos que não são colineares.
P1 P2 e
ax + by + cz + d = 0
P1 P3 . Com estes vetores é possível, por
.
meio do produto vetorial, encontrar o onde a = ¼; b = ¼ e c = ½. Assim, a
vetor normal ao plano (N equação do plano fica:
O vetor
equação do plano π:
N =
P1 P2 =
Outra maneira de encontrar a
P1 P3
equação do plano π é lembrar que o
= - , ,0 = - ,- ,
1 1 1 1 1 produto misto de três vetores que estão
N no mesmo plano é igual a zero. Desta
2 2 2 2 2 forma, considerando um ponto P de
Ly=y0 +tNv2 +sNw2
podemos definir um terceiro vetor P 1 P,
x=x0 +tNv1 +sNw1
cujas coordenadas são:
z=z0 +tNv3 +sNw3
1 P= x- , y-0,z-0
1
P
2 estas equações são chamadas de
equações paramétricas do plano π.
1 P= x- , y,z
1
P
O produto misto entre
2 De uma forma geral, a construção
P1 P,P 1 P2 e P1 P3 , das equações paramétricas é feita da
é dado por: seguinte maneira:
P1 P2 = (- 1⁄2 ; 1⁄2 ;0) e
P1 P3 = (- 1⁄2 ; -1⁄2 ; 1⁄2 ).
Da mesma forma que foi feito com
a reta, além da equação geral do plano
podemos também caracterizar os pontos
de um plano da seguinte forma: Assim:
+ sw
.
Como outro exemplo, vamos
P0 P= tv esboçar o plano π que tem por equações
paramétricas:
Qy = s
Escrevendo em termos de x=t
componentes esta expressão pode ser
escrita como: z=1
x= 0+1Nt+0Ns
Qy = 0 + 0 N t + 1 N s
(x-x0;y-y0;z-z0)=t·v1 +s·w1 +t·v2 +s·w2 +t·v3 +s·w3
z= 1 + 0Nt+0Ns
componentes de w
→ -1
plano π contém o ponto P0 = (0; 0; 1) e é
paralelo aos vetores v=(1; 0; 0) e w
=(0; 1;
7
-14 2
7 -5
det @ A i = -56
-14 2
1
det @ Aj = 3
-5
2 -1
7
det @ A k = -7
1
-1 -14
P1 P2 e
P1 P3 , a equação do plano é dada por:
ax + by + cz + d = 0
Figura 43
onde a = -56; b = 3 e c = -7. Assim, a
equação do plano fica:
A partir das equações para
métricas, é possível fornecer a equação -56x + 3y - 7z + d = 0
vetorial do plano π. Vamos tomar, por
Para determinar o coeficiente d,
exemplo, o plano π que tem as seguintes vamos usar o fato de que P1=(-6,-1,4)
equações paramétricas: pertence ao plano π se suas
coordenadas satisfazem a equação de π;
Qy = - 1 + 7t - 14s
x= -6 + t- s isto é:
z = 4 - 5t + 2s ax + by + cz + [-(ax1 + by1 + cz1)] = 0
v=(1; 7; -5) e w
=(-1; -14; 2). Com isto
P1 = (-6;-1;4) e é paralelo aos vetores
Lembrando que outra maneira de
podemos escrever: encontrar a equação do plano π é
lembrar que o produto misto de três
X =(-6;-1;4) + t(1; 7; -5) + s(-1; -14; 2) vetores que estão no mesmo plano é
igual a zero e considerando um ponto
v = w
:
t=
x+6, y+1,z-4
-14; 2), podemos fazer o produto vetorial
π2 : X=
1, 6, 2+ α
-1, 1, 1+ β
2, 3, U1 diretor v = i+ 2j +k, com o plano
que passa pela origem e tem vetor
2x + y + z = 5
z=0
y-4
r2 =x-2= e z=3
2
r1 : Qy=2+3t
x=1+t
Figura 44
z=4t
se e somente se existe λV
b. As retas r e s são paralelas A partir destas considerações
podemos estabelecer o seguinte roteiro para
R, tal que r= λs determinar a posição relativa entre duas
retas:
é nulo.
pertencente a s e verificar se o
determinante r, s
e AB
o Se o determinante não for
nulo, então as retas são
reversas.
o Se o determinante for nulo,
então as retas são
Figura 45
concorrentes.
r: X = (1, 2, 3) + λ(0, 1, 3)
das retas r e s.
s: X = (0, 1, 0) + φ(1, 1, 1)
r: X = (1, 2, 3) + λ(0, 1, 3)
s: X = (1, 3, 6) + µ(0, 2, 6)
Figura 46
OP =
e o plano π: ax + by + cz + d = 0.
λ; 3λ) e r2: X = (0; 1;-1) + (t; mt;
OPX +λv
Se o vetor v, diretor da reta r, e o vetor
2mt) duas retas. Determinar:
y+z=3
s:
x+y-z=6
r: X = (1, α, 0) + λ(1, 2, 1)
x=z-2
s:E
y=βz-1
·
N= (a; b; c), não
O problema a ser resolvido é
determinar se uma reta r está contida; é são ortogonais (v N ≠ 0) então a reta é
concorrente ao plano.
-1, 1) e w
=(0, 1, 3), diretores de π.
$
P-P0 ,u
•
Se am + bn + cp = 0 (v zero pois estes vetores pertencem ao
N=0); podemos ter a reta mesmo plano e são LD. Podemos então,
contida no plano ou paralela montar o seguinte produto:
ao plano. Para resolver o
(u =w ) ×P-P0 = det 1
x-1 y-1 z-3
problema, basta escolher um -1 1 =0
ponto A qualquer de r e 0 1 3
verificar se ele pertence a π.
O que fornece a equação de π:
o Se A pertence a π,
4x + 3y – z - 4=0
então r pertence a π.
Com isto vemos que a reta não pertence Para o terceiro exemplo, vamos
ao plano sendo, portanto concorrente a tomar:
ele.
r:Q y=1-λ
x=1+λ
Outro exemplo pode ser feito π: x + y – 2 = 0
quando temos uma reta paralela ao z=λ
r: X = (2, 2, 1) + α(3, 3, 0)
plano.
=(1, 1, 1) e w
u =(0, 0, 3), paralelos a π. Por este resultado a reta é paralela
ou pode estar contida no plano. Para
Da mesma forma que no exemplo verificar isto, vamos tomar um ponto de r
anterior, vamos fazer o produto misto qualquer P = (1, 1, 0) que substituindo na
entre os vetores
equação de π, temos:
=w
) ×v= det 1 1 1 = 0
3 3 0
(u
0 0 3 1+1–2=0
Q 2=λ
2=1+λ x-y+z=0
r:E
2x+y-z-1=0
1=1++3µ
O sistema montado é incompatível 1 1
π: X = (0, 2, 0) + λ(1, - 2, 0) + µ(0, 0, 1)
(λ não pode ter dois valores), logo, a reta
é paralela ao plano e não pertencente a
ele.
π: x – y – z = 2
1 e
Assim:
Quando os vetores normais N
N2 dos planos π1 e π2, respectivamente, a2x+b2y+c2z+d2 = α a1x+ α b1y+ α c1z+d2
não são paralelos, então os planos são
concorrentes. = α (a1x+b1y+c1z)+d2
Reciprocamente, se as equações 1 1
π2: x - y + z – 9 = 0
de π1 e π2 são proporcionas, então 2 2
x-z=0
r:
y=0
120. Determine o valor de m para que
e fazendo z =λ, temos: os planos π1 e π2 sejam paralelos
e distintos quando n = -5 e
r:Qy=0
x=λ quando n = 1.
z=λ π1: X = (1, 1, 0) + λ(m, 1, 1) + µ(1, 1, m)
Vamos fazer outro exemplo, π2: 2x + 3y + 2z + n = 0
estudando a posição relativa entre os
planos:
π1: 2x - y + z – 1 = 0
Prof. José Carlos Morilla
42
π1: 2x + y + z = 1
π2: x + 3y + z = 2
π3: x + y + 4z = 3
π1: x - 2y + z = 0
π2: 2x - 4y + 2z = 1
π3: x + y = 0
π1: 2x - y + z = 3
π2: 3x - 2y - z = -1
π3: 2x - y + 3z = 7