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CURSO DE DIREITO
ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................3
2. O Vazamento do Petroleiro Exxon Valdez...............................................................3
3. O Princípio do Poluidor-Pagador..............................................................................6
4. O Princípio do Poluidor-Pagador e o caso Exxon Vadez.........................................8
5. Conclusão................................................................................................................10
6. Bibliografia.............................................................................................................10
7. Anexo......................................................................................................................12
3
1. Introdução
1 Jeremy Caplan, trad. Clara Allain. Problema não resolvido. Revista IstoÉ, Editora Três: São Paulo, ed. 1904,19 de abril de 2006,
p.108.
3. O Princípio do Poluidor-Pagador
norma acima citada, “busca-se fazer com que os agentes que originaram as
externalidades assumam os custos impostos a outros agentes, produtores
e/ou consumidores”. 9
Entretanto, como bem afirma José Afonso da Silva,10 “o chamado
princípio do poluidor-pagador é equivocado quando se pensa que dá o
direito de poluir, desde que pague.” Esta interpretação não pode ser dada de
outra forma, pois o fulcro da proteção constitucional do meio ambiente
basea-se em evitar a poluição, mantendo-o íntegro; visa tal norma a
responsabilização do poluidor quando à reparação da natureza, acarretando
em todos encargos necessários para a reestruturação do ecossistema. Nas
palavras de Luís Roberto Gomes:
“Numa sociedade como a nossa, em que, por um lado, o
descaso com o meio ambiente ainda é regra, e, por outro lado, a
Constituição Federal prevê o meio ambiente como ‘bem de uso
comum do povo’, só podemos entender o princípio do poluidor-
pagador como significando internalização total dos custos da
poluição. Nem mais, nem menos.” 11
Dessa forma, este pilar não pode ser deve ser considerado uma
autorização para poluir, desde que se pague, mas uma sanção ao poluidor,
buscando evitar ao máximo a destruição do meio ambiente.
Ainda, o supra citado artigo sujeita os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, responderem por suas condutas e atividades consideradas lesivas
ao meio ambiente, no plano penal e administrativo, independente da
obrigação de reparar os danos causados. Podemos entender tal princípio
como sendo um instrumento econômico capaz de compelir o agente poluidor
a arcar com os efeitos nocivos ou degradadores que sua atividade poluidora
promoveu.
Tal responsabilização é objetiva, conforme artigo 14, § 1º, da Lei
6.938/81:
“§ 1º. Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo,
é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros,
afetados por sua atividade.” (grifo nosso)
Denota-se a tendência do nosso sistema jurídico consagrar a
responsabilidade baseada na subjetividade, portanto na culpa. Mas para fins
de proteção ambiental este modelo torna-se inviável, até porque o
tratamento dispensado ao meio ambiente é totalmente diferente, não
estamos nos reportando a um direito individual violado e sim a um direito
difuso, que segundo o próprio dispositivo constitucional (art. 225) todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida...
9
Antonio H. V. Benjamin (coord.). Dano Ambiental: prevenção, reparação e repressão. São Paulo:
Revista dos tribunais, 1993, p. 227.
10
José Afonso da Silva, apud Luís Roberto Gomes. Princípios Constitucionais de Proteção ao Meio
ambiente.
11
Luís Roberto Gomes. Op. Cit.
8
12
Fabíola Santos Albuquerque. A responsabilidade civil e o princípio do poluidor-pagador. In
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1694. Acesso em 21 de abril de 2006.
13
Paulo Afonso Leme Machado. Direito Ambiental Brasileiro. 3ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1991, p. 200.
9
14
Idem, p. 191.
15
Jeremy Caplan. Op. Cit. p. 109.
16
Id. Ibid. p. 109.
10
5. Conclusão
6. Bibliografia
7. Anexo