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Julho de 2006
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Aveirodomus
e
Programa da Casa do Futuro
Síntese Histórica
Uma das linhas de acção do Projecto ADRI procurou testar a Dinamização de Redes de
Cooperação entre Empresas e Instituições, em torno de ideias agregadoras e inovadoras,
procurando identificar e fomentar novas formas de relacionamento inter-empresarial.
A rede da Casa do Futuro seria uma oportunidade para cada empresa desenvolver e testar
os seus produtos de amanhã, num ambiente integrador de diversas competências e
valências. Com o tempo, foi-se acordando num objectivo concreto, que consistia em
conceber um protótipo de uma Casa do Futuro.
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Ramo de Actividade Económica
Empresa
Perfis de ligas de
Ferragens Revestimentos alumínio e Tratamentos
cerâmicos de superfície
I&D
UNIVERSIDADE DE
AVEIRO
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AVEIRO; e o Conselho Fiscal integra a REVIGRÉS, a TUPAI e um Revisor Oficial de
Contas.
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Especificação funcional da Casa do Futuro
A Casa do Futuro primará pela qualidade dos materiais e processos construtivos utilizados;
incluir-se-á no conceito de Casa Inteligente, promovendo o uso das novas tecnologias da
informação e comunicação e permitindo a gestão integrada dos vários sistemas (iluminação,
climatização, etc.); servirá de exemplo em matéria ambiental.
O esboço arquitectónico actual revela uma casa com três pisos, que abriga três módulos
habitacionais. Em cada momento, um desses módulos estará habitado; outro, estará sujeito
a actualizações que assegurarão que a casa se manterá sempre “do futuro” (assumindo de
seguida o papel de módulo habitado); o terceiro é demonstrativo, revelando a visitantes e
estudiosos os aspectos inovadores e futuristas dos equipamentos e das soluções
conceptuais da Casa do Futuro.
A Casa do Futuro deverá ser exemplar sob o ponto de vista ecológico. A reciclagem e
reutilização são aspectos essenciais na sua especificação. Por um lado, a Casa deve
comportar-se como um sistema eficiente de reutilização em circuito fechado; por outro, a
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Casa não deve ser agressiva para a natureza e ambiente circundantes. Neste sentido, todos
os materiais devem ser reciclados e/ou recicláveis; o tratamento doméstico do lixo deve
promover a sua reciclagem, utilizando, por exemplo, a compostagem; a separação do lixo
deve estar facilitada em toda a Casa; os esgotos devem propiciar algumas reutilizações e as
águas (semi-limpas e de efluentes) devem ser recuperadas, incluindo a captação e
aproveitamento da água da chuva. A Casa do Futuro deve também ser económica em termos
energéticos, procurando por um lado minimizar as perdas energéticas, através de um bom
isolamento térmico e de “sistemas fechados de limpeza e saneamento do ar”; por outro,
proceder ao reaproveitamento energético.
A Casa do Futuro deverá incorporar soluções que optimizem o conforto dos seus ocupantes.
O conforto encontra-se no cruzamento da tecnologia, da ergonomia, da fisiologia e da
psicologia, tocando aspectos como: a acústica (a Casa do Futuro assume exigências de
flexibilidade que não devem comprometer o isolamento acústico entre as divisões, mas
também não devem exibir um silêncio “tumular”); a temperatura (a Casa do Futuro deve
poder manter uma temperatura interior relativamente constante, pré-regulada e
diferenciada segundo as divisões da Casa); os odores (a Casa do Futuro deve deter
mecanismos que evitem os maus odores e a mistura de cheiros); a iluminação (na Casa do
Futuro a luminosidade deve ser regulada de divisão para divisão, permitindo ajustes
automáticos que levem em conta as variações da iluminação natural admitida do exterior).
A Casa do Futuro deverá manter uma relação de proximidade e integração com o mundo que
a rodeia (interconectividade). Por um lado, a Casa deve exibir excelentes capacidades de
comunicação física com o exterior (ex: acessos rodoviários, telecomunicações, etc.); por
outro, deve ser esteticamente agradável, de modo a não ofender o meio onde se integra, na
linha da linguagem universal e mais moderna da arquitectura. Isto requer que
arquitectonicamente a Casa se adapte às condições físicas do terreno de implantação e que,
na mesma linha de pensamento, respeite o contexto cultural em que se insere.
A Casa do Futuro zelará pela saúde e bem estar dos habitante. As soluções arquitectónicas
e construtivas e os projectos de mobiliário e equipamentos obedecerão a regras de
segurança que protejam os seus utilizadores de eventuais acidentes domésticos (ex: cair
nas escadas ou trilhar as mãos nas portas). A Casa não deverá incorporar materiais
prejudiciais à saúde, e deverá avançar soluções higiénicas e salubres, nomeadamente no que
respeita a alergias.
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A exigência de grande flexibilidade e adaptabilidade da Casa do Futuro não deve
comprometer a sua durabilidade, antes pelo contrário, deve contribuir para assegurar que
se mantém funcional durante longos períodos de tempo. Isso exigirá grande robustez dos
elementos estruturais principais.
A Casa do Futuro deve oferecer condições ideais para o trabalho em casa, nomeadamente
para o teletrabalho.
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Projecto da Casa do Futuro
OBJECTIVOS:
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Em última análise, este projecto poderá contribuir para a formação de um Meta-Cluster do
Habitat mais moderno, que poderá crescer a partir do elenco associativo actual através do
seu alargamento a outras empresas da região e do País.
Por estas razões, a preparação do “Caderno de Encargos” assenta num conjunto de sub-
projectos/estudos, que serão matéria de desenvolvimento autónomo, guiados pela
orientação futurista das soluções, mas ao mesmo tempo sujeitos a uma vigorosa e
continuada acção de coordenação e de interligação.
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- de climatização
- de iluminação
- de reciclagem (dos resíduos da utilização normal da casa, e dos materiais
construtivos)
- de odores e da qualidade do ar
- de jardinagem
- de mobiliário
- de acessos e mobilidade (internos; externos)
- de segurança (acesso e intrusão; incêndio; "amigabilidade" dos componentes;
acabamentos; etc.)
- de divisões específicas (cozinhas; WC’s; garagens; lavandarias)
- de manutenção e de limpeza
- de têxteis técnicos
Esta acção servirá para identificar planos de desenvolvimento de novos produtos que os
associados já tenham em curso, bem como para estimular o surgimento de ideias
inovadoras, sobretudo as que beneficiam das sinergias cruzadas que a rede de
cooperação potencia. No concreto, esta acção permitirá:
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Esta acção exigirá exercícios e oportunidades de reflexão e criatividade a vários níveis.
Em primeiro lugar, dentro de cada instituição associada; em segundo lugar, entre grupos
de empresas com produtos e ideias complementares ou com filosofias semelhantes; e,
finalmente, no quadro do plenário das instituições envolvidas. Os exercícios
fundamentar-se-ão no levantamento informal ou formal do estado da arte, e utilizarão
técnicas de brainstorming para abrir perspectivas e proporcionar novas visões, as quais
serão seguidas de exercícios de convergência e selecção. Para facilitar este processo
serão definidas linhas orientadoras e princípios esclarecedores do processo de selecção.
Esta acção providenciará resultados essenciais para o projecto construtivo da casa. Por
essa razão, e como já foi referido, a sua execução será intimamente coordenada com a
acção anterior, “Preparação do "caderno de encargos"”.
Tendo em conta a intenção de iniciar a construção da Casa do Futuro logo após o término
desta primeira fase de projecto, é essencial que se proceda, desde cedo, ao
desenvolvimento dos produtos que se pretende integrar na primeira versão da CdF. É de
prever que alguns produtos possam vir a ser integrados sob a forma de protótipo, e que
outros só venham a estar disponíveis após a inauguração da casa.
Um primeiro tipo resulta das lógicas próprias das entidades associadas. Esses produtos
poderiam vir a ser desenvolvidos fora do quadro do Programa da CdF, se as entidades
interessadas desenvolvessem iniciativas autónomas de fomento da inovação. Para estes
produtos, a CdF surge como uma oportunidade valiosíssima de dinamização do processo
de desenvolvimento.
Um segundo tipo inclui produtos ditados pelas especificidades da CdF. A CdF, desde já
como objecto conceptual, e depois como objecto fisicamente construído, levanta
problemas próprios. A sua satisfação transcenderá os interesses particulares das
entidades envolvidas no projecto. Serão meta-interesses, de natureza global e
transversal.
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Recolha de ensinamentos junto de experiências análogas no estrangeiro
Não são experiências semelhantes à do Programa Casa do Futuro, que possam servir de
exemplo directo e das quais seja possível recolher contributos imediatos para o
ProjCdF. Sabe-se da existência de projectos próximos (se bem que de maior orientação
temática) que, já tendo amadurecido ao longo de algum tempo, terão tido oportunidade
de acumular ensinamentos que será interessante conhecer. Considera-se que este
contacto com experiências alheias se revelará como uma fonte importante de
conhecimento sob duas perspectivas. Por um lado, possibilitará a recolha de
ensinamentos do ponto de vista da gestão do projecto, isto é, de aspectos relacionados
com a sua mobilização, dinamização e organização. Neste âmbito, será importante
apreender quais os factores-chave de sucesso e os factores de insucesso associados à
promoção deste tipo de redes de cooperação. Por outro lado, a procura de experiências
análogas à da Casa do Futuro será interessante sob o ponto de vista técnico, quer pela
oportunidade de se conhecer outros produtos e soluções técnicas para “Casas do
Futuro”, quer pela possibilidade de se identificar outras áreas de especialidade que
possam ser integradas no projecto.
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