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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil Vol. 1. Ed. Saraiva. 1ª ed. p. 137. São Paulo. 2003.
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil Vol. 1. Ed. Saraiva. 1ª ed. p. 139. São Paulo. 2003.
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Prof. MSc. Everaldo Medeiros Dias
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SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. Ed. Forense. 1ª ed. p. 365. Rio de Janeiro. 1989.
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JAPIASSÚ, Hilton e Danilo Marcondes. Dicionário Básico de Filosofia. Jorge Zahar Editor.p. 221. Rio de
Janeiro 1999.
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1.3.1 Origem Histórica da Pessoa Jurídica
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil Vol. 1. Ed. Saraiva. 1ª ed. p. 232. São Paulo. 2003.
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A idéia de distinção patrimonial e, mais do que tudo, de um
sujeito de direito autônomo por parte das pessoas que os
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil Vol. 1. Ed. Saraiva. 1ª ed. p. 230. São Paulo. 2003.
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1.3.2.1 As Associações
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MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil Vol. 1 Ed. Saraiva. 39ª ed. p. 121. São Paulo.
2003.
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1.3.2.2 As Fundações
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1.3.2.3 As Sociedades
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RODRIGUES, Silvio. Direito Civil Vol. 1. Ed. Saraira. 34ª ed. p. 99. São Paulo. 2003.
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Identificamos, que o ponto principal que distingue se a atividade
em questão é empresária ou não, reside justamente no bem
essencial a ser empregado no negócio. Na atividade empresarial
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Art. 21, XVIII da Lei 8.884/94.
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1.3.2.4 As Organizações Religiosas e os Partidos Políticos
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1268
GAGLIANO, Pablo Stolze & PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil vol. 1 Ed.
Saraiva. 8ª ed. p. 223. São Paulo. 2006.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Ed. Malheiros. 24ª ed. p. 394. São
Paulo. 2005.
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Assim, a pessoa jurídica da Sociedade Empresária, será quem,
perante a ótica do Direito, desempenhará o objetivo almejado por
seus sócios componentes. Dessa forma, a sociedade é quem
será a titular dos direitos e obrigações referentes às atividades
13
MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial. Ed. Forense. 12ª. Ed. p. 203. Rio de Janeiro. 1987
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2.2 A Autonomia da Sociedade Empresária
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Arrematando, Fábio Ulhoa Coelho esclarece que é “claro que a
sociedade, por ser ente moral manifestará a vontade de se
vincular ao contrato, ou praticará atos que geram obrigações
extracontratuais, sempre por meio de uma pessoa natural
(representante legal, empregado, procurador, preposto, etc.).
Isso, porém, não significa qualquer tipo de envolvimento da
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2.3.3 Responsabilidade Patrimonial
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3 A FORMAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL E A
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
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No ato da constituição da sociedade, os sócios devem mencionar
o valor do capital que contribuirão para a sociedade, o valor de
seu investimento. Este capital mencionado se constitui no Capital
Subscrito. Na seqüência, quando o sócio efetivamente entrega
capital para a sociedade (dinheiro ou bens corpóreos ou
incorpóreos), este integraliza o capital que subscreveu, podendo
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Responsabilidade Limitada é quando as perdas, em caso de
infortúnio da sociedade, não ultrapassarem o valor do capital
subscrito pelos sócios, o valor apostado. Se todo o capital
subscrito pelos sócios já foi integralizado, então será, em
princípio, unicamente no patrimônio da sociedade que os
credores terão que saciar seus créditos. Porém, se restar capital
a integralizar, só aí, os bens dos sócios poderão ser afetados por
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Já em caso de Responsabilidade Solidária, a exemplo do que
ocorre com a Sociedade Limitada, exaurido todo o patrimônio da
sociedade e, se por ventura, algum sócio não tenha integralizado,
no todo ou em parte, o capital que subscreveu no ato da
constituição da sociedade, este deverá responder com seu
patrimônio particular até o limite de sua dívida para com a
sociedade, ou seja, até o valor da diferença entre o capital que
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3.5 Exercício Exemplificativo
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4 INÍCIO E TÉRMINO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
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Em relação a tal controvérsia, Antônio do Rêgo Monteiro Rocha17,
ressalta que “matéria que possui grande divergência doutrinária é
a atinente ao início da pessoa jurídica. É que de um lado estão
Clóvis Beviláqua, Pontes de Miranda, Caio Mário da Silva Pereira
e Orlando Gomes considerando o registro do ato constitutivo da
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ROCHA, Antônio do Rego Monteiro. Código de Defesa do Consumidor – Desconsideração da
Personalidade Jurídica. Curitiba. Ed. Juruá. P.24. 1999.
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Por outro lado, Fábio Ulhoa Coelho18 sustenta o posicionamento
da, por nós denominada, Teoria Subjetivista, afirmando que “a
rigor, desde o momento em que os sócios passam a atuar em
conjunto, na exploração da atividade econômica, isto é, desde o
contrato, ainda que verbal, de formação de sociedade, já se pode
18
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial Vol. 2. São Paulo. Ed. Saraiva 9ª. Ed. p. 17. 2006.
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4.2 O Fim da Personalidade Jurídica das Sociedades
Empresárias
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4.2.1 A Dissolução
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Porém, para se extinguir a personalidade jurídica de uma
Sociedade Empresária, necessário se faz a observância de
determinados procedimentos dissolutórios tais como a solução de
eventuais obrigações, recebimento de direitos, caso existam, e,
posteriormente, somente aí se extinguirá a pessoa jurídica da
sociedade, persistindo a pessoa jurídica da sociedade em
dissolução até este momento.
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4.2.1.2 Causas Para a Dissolução Total das Sociedades
Empresárias
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4.2.1.3 Dissolução Total Consensual
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial Vol. 2. São Paulo. Ed. Saraiva 9ª. Ed. p. 453/454.
2006
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4.2.1.5 Unipessoalidade Incidental
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4.2.1.7 Dissolução Judicial
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4.2.1.7.1 Falência
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4.2.1.7.2 Inexequibilidade de Realização do Objeto Social
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Após a liquidação, terá lugar a partilha entre os sócios do
remanescente do acervo social. Esta repartição poderá ser tanto
do fruto da liquidação, ou seja, do dinheiro arrecadado da venda
do patrimônio social, descontado o pagamento de credores,
quanto a repartição do próprio patrimônio, caso haja consenso
entre os sócios, após a partilha, não restando mais bens
pertencentes à sociedade, aí sim, estará extinta a pessoa jurídica
da sociedade empresária.
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Essa regra é absolutamente necessária e, como já nos referimos,
por demais importante tanto para o Direito como principalmente
para a economia, pois preserva o patrimônio particular dos
empreendedores ante aos percalços e riscos da atividade
econômica. Porém, há que se admitir que, por detrás dessa
autonomia patrimonial, muitas fraudes podem ocorrer, valendo-se
da estrutura autônoma da Sociedade Empresária, deixando,
muitas vezes, os direitos com a pessoa dos sócios e as
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5.2 A Origem da Teoria da Desconsideração no Direito Anglo-
Saxônico e sua Recepção pelo Direito Brasileiro
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René David24, leciona que “as características tradicionais da
common law são muito diferentes das da família de direito
romano-germânica. A common law foi formada pelos juízes, que
tinham de resolver litígios particulares, e hoje ainda é portadora,
de forma inequívoca, da marca desta origem. A regra de direito
da comoon law, menos abstrata que a regra de direito da família
Romano-germânica, é uma regra que visa dar solução a um
processo, e não formular uma regra geral de conduta para o
futuro”.
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Podemos deduzir que, enquanto que o sistema romano-
germânico utiliza o método dedutivo, ou seja, parte do geral para
o particular, o sistema common law utiliza o método indutivo pois,
em regra, parte do particular para o geral, baseado-se em casos
similares precedentes. Feita a breve comparção entre esses dois
sistemas jurídicos, fica evidente a razão do porquê que tal
doutrina teve sua origem e consagração junto a países da
common law. Suzy Elizabeth Cavalcante Koury25, conclui que “é
fácil perceber, então, que a disregard é um procedimento normal
chamada commonwealth, ou comunidades britânica de nações. É também chamado como sistema inglês
ou direito anglo-saxônico e tem como característica principal o precedente judicial como fonte de direito,
isto é, a ratio decidendi de uma decisão adotada por um juíz, com base em um caso análogo ao que é
submetido à sua apreciação.” CASTRO JÚNIOR, Osvaldo Agripino de. Introdução à História do Direito –
Estados Unidos X Brasil. IBRADD, CESUSC, p. 24. 2001.
24
DAVID, René. Os Grandes Sistemas do Direito Contemporâneo. Trad Hermínio A. Carvalho. São
Paulo. Ed. Martins Fontes p. 19. 1998.
25
KOURY, Suzy Elizabeth Cavalcante. A Desconsideração da Personalidade Jurídica (disregard doctrine)
e os Grupos de Empresas. Rio de Janeiro. Ed. Forense. P. 80. 2000.
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Por outro lado, foi de autoria do jurista alemão Rolf Serick, em
estudo realizado nos anos 50, o marco doutrinário. Porém, como
visto, se por um lado a aplicação da disregard doctrine, já há
muito estivesse sendo utilizada pelos tribunais anglo-saxônicos,
como remédio para coibir fraudes perpetradas por meio das
pessoas jurídicas, sua aplicação no Brasil é considerada recente.
É de autoria do comercialista Rubens Requião o primeiro estudo
brasileiro, datado de 196926. Inicialmente, a aplicação do Instituto
no Brasil encontrou resistência, tendo em vista fundamentar-se o
26
Abuso de Direito e Fraude Através da Personalidade Jurídica.
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5.3 A Teoria da Desconsideração e a sua Adequada Aplicação
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Fábio Ulhoa Coelho29, assevera que a solução para evitar
simulações e fraudes com a pessoa jurídica das Sociedade
Empresárias não é abolir a autonomia da pessoa jurídica como
regra. Coelho complementa que o problema não está no instituto
em si, mas no seu mau uso. Portanto, desconsiderar não significa
despersonalizar, extingüir a pessoa jurídica. Ana Caroline Santos
Ceolin30 alerta que “desestimar não significa extinguir, mas tão-
29
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial Vol. 2. São Paulo. Ed. Saraiva 9ª. ed. p. 34/35.
2006.
30
CEOLIN, Ana Caroline Santos. Abusos na Aplicação da Teoria da Desconsideração da Pessoa
Jurídica. Belo Horizonte. Ed. Del Rey. P. 3/4. 2002
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Para elucidar melhor, imaginemos que A possui 90% das quotas
de uma Sociedade Empresária Ltda. Que atua no ramo de
transportes, sendo que B é proprietário dos 10% restantes.
Estando a sociedade endividada, a mesma é executa
judicialmente. Porém, para a sua surpresa do credor, verifica-se
que tanto a frota de caminhões quanto o estabelecimento da
empresa encontram-se em nome de outra sociedade com a
mesma composição societária, existindo contrato de locação dos
referidos bens entre a proprietária e a sociedade devedora.
Perante o público e os credores em geral, tais bens pertenciam à
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5.4 As Teorias Maior e Menor
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Neste sentido se apresenta a confusão patrimonial, que se dá
quando, por exemplo, comprovadamente um patrimônio de uso
pessoal de um sócio se encontra em nome da sociedade e vice-
versa, ou até mesmo em nome de outra sociedade ou, ainda,
quando, por exemplo, observa-se em movimentação bancária
que a sociedade paga despesas particulares do sócio e vice-
versa.
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Por este entendimento, ao se propor, por exemplo, uma ação
judicial contra a pessoa jurídica de uma sociedade empresária e
havendo intenção de se atingir o patrimônio de sócios que por
ventura tenham se utilizado de forma fraudulenta da pessoa
jurídica desta sociedade, vindo a deixá-la em estado de
insolvência, devem os credores incluir o nome de tais sócios ao
lado da sociedade, já na petição inicial, para discutir tal questão
junto ao mérito e nunca deixar para indicar tais nomes após uma
execução frustrada contra a sociedade.
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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial Vol. 2. São Paulo. Ed. Saraiva 9ª. ed. p. 55. 2006.
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Ainda, colhendo-se dos ensinamentos de Fábio Ulhoa Coelho,
mesmo ao admitir-se a Teoria Menor da Desconsideração da
Pessoa Jurídica, a qual admite em seu contexto, como já visto,
não a fraude mas a simples insatisfação do credor, “isso não
altera em nada a discussão dos aspectos processuais da
aplicação da teoria. Quer dizer, deve ser sempre inafastavél a
exigência do processo de conhecimento de que participe, no pólo
passivo, aquele sócio cuja responsabilização se pretende, seja
para demonstrar sua conduta fraudulenta (se prestigiada a
formulação da maior teoria), seja para condená-lo, tendo vista a
insolvabilidade da pessoa jurídica (quando adotada a teoria
menor)”.
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6 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
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Para facilitar a compreensão do tema, Fábio Ulhoa Coelho35
apresenta a seguinte questão: “o herdeiro de uma participação
societária está obrigado a integrar a sociedade? A resposta
depende da classificação da sociedade. Sendo esta contratual, a
constituição e a dissolução seguem regras próximas à do regime
jurídico dos contratos. Assim, como ninguém é obrigado a
contratar, em termos de princípio geral, o herdeiro das quotas de
uma sociedade limitada, se quiser, pode deixar de ingressar nela,
exigindo a apuração de haveres (opera-se, então, a dissolução
parcial). Nessa hipótese, a sociedade lhe pagará o valor das
quotas e prosseguirá com os outros sócios”.
35
COELHO, Fábio Ulhoa. Curo de Direito Empresarial Vol. 2. Ed Saraiva. 13ª ed. p. 26. São Paulo. 2009.
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Nas sociedades institucionais, a exemplo da Sociedade Anônima,
cujo ato constitutivo e disciplinar é, como já visto, o estatuto
social, o perfil capitalístico está sempre presente. É próprio da
natureza jurídica destas sociedades tal característica. Nestas
sociedades, impera o Princípio da Livre Circulação da
Participação Societária. Em razão disto, é que a fração de seu
capital, as ações, são bens móveis, representados por títulos
expedidos pela sociedade em favor do sócio (acionista). A
expedição destes títulos, denominados igualmente de ações,
facilita a negociação das ações e, por conseguinte, da
participação societária. Ressalta Fábio Ulhoa Coelho39, que nas
sociedades de capitais “o sócio pode alienar sua participação
societária a quem quer que seja, independente da anuência dos
39
COELHO, Fábio Ulhoa. Curo de Direito Empresarial Vol. 2. Ed Saraiva. 13ª ed. p. 25. São Paulo. 2009.
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Quanto ao disposto no item 2, os efeitos da morte de sócio variam
conforme o perfil personalístico ou capitalístico da sociedade. Em
se tratando de sociedade de capitais, os herdeiros do sócio
falecido ingressam automaticamente no quadro social, não
havendo qualquer possibilidade de os sócios remanescentes se
oporem, em razão da natureza própria destas sociedades, as
quais, como já referido, não levam em consideração as
peculiaridades pessoais de seus sócios. Porém, em se tratando
de sociedades de pessoas, em regra, tanto os herdeiros do sócio
falecido poderão se negar a entrar na sociedade, quanto os
demais sócios, igualmente, poderão apresentar oposição à
admissão destes. Nesta hipótese, não há o ingresso dos mesmos
na sociedade, a qual sofrerá uma dissolução parcial em relação
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Jurisprudência TJSC: IMPENHORABILIDADE DAS QUOTAS DE
SOCIEDADE LIMITADA POR DÍVIDAS PARTICULARES DE
SÓCIO
Agravo de Instrumento n. 2005.022632-4, de Blumenau
Relator: Joel Dias Figueira Junior
Órgão Julgador: Primeira Câmara de Direito Civil
Data:31/01/2006
Ementa:
AGRAVO de INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. SOCIEDADE
LIMITADA. PENHORA DE QUOTAS SOCIAIS. CLÁUSULA DE
IMPENHORABILIDADE POR DÍVIDAS PARTICULARES DE
SÓCIOS. ENTIDADE FAMILIAR. SOCIEDADE INSTITUÍDA
INTUITU PERSONAE. POSSIBILIDADE DE QUEBRA DA
AFFECTIO SOCIETATIS. EXEGESE DO ART. 1.026 C/C ART.
1.053, AMBOS DO NOVO CÓDIGO CIVIL. INTELIGÊNCIA DO
ART. 591 C/C ART. 648 E ART. 649, I, TODOS DO CPC.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Havendo cláusula
expressa apontada em contrato social, há mais de 25 anos,
acerca da impenhorabilidade das quotas da sociedade de
responsabilidade limitada por dívidas particulares dos seus
sócios, máxime em se tratando de entidade de caráter familiar,
impossível recair sobre elas penhora judicial, sob pena de
violação dos princípios da livre estipulação e da boa-fé.
Admitir a penhora em hipótese como esta significa nada menos
do que proferir decisão manifestamente contrária à regra de
exceção insculpida no art. 649, I, do CPC, permissiva de gravame
através de cláusula de impenhorabilidade por ato voluntário dos
interessados. Ademais, apenas para argumentar, se alienada as
cotas do sócio agravante, perderia a sociedade o seu caráter de
Prof. MSc. Everaldo Medeiros Dias
APONTAMENTOS DE DIREITO EMPRESARIAL 2 57
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7.2 Grupos de Sociedades
Neste ponto, em específico, trataremos sobre as modalidades de
Reorganização Societária, as quais se operam por meio de
comunhão de esforços entre sociedades empresárias distintas.
Em geral, os Grupos de Sociedades, em suas várias
modalidades, se apresentam, conforme observa Sérgio
Campinho41, “como uma técnica de exploração racional da
atividade empresarial, na busca do atingimento de um processo
de investimentos, pesquisa, produção e comercialização mais
eficientes”. Por distinção básica, a Reorganização Societária por
Grupos de Sociedades, não implica no perecimento da
personalidade jurídica de uma ou de outra sociedade envolvida,
ou mesmo no surgimento de novas pessoas jurídicas, como é a
característica preponderante das formas de Reorganização por
meio de Operações Societárias, a serem estudadas logo a seguir.
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7.2.1 Grupos de Fato
Os Grupos de Sociedades de Fato, regulados pelo Código Civil
nos arts. 1.097 a 1.101 se dividem em sociedade controladora e
controlada, sociedade coligada ou filiada e, ainda, de simples
participação. Controladora é aquela que possui o controle de
outra e, por sua vez, controlada é a sociedade, conforme dispõe o
art. 1.098 do Código Civil, que tiver seus destinos sob controle de
outra. Já a sociedade coligada ou filiada, segundo o que estatui o
art. 1.099 do Código Civil, é aquela cujo capital outra sociedade
participa com 10% (dez por cento) ou mais sem, contudo,
controlá-la. Como sociedade de simples participação, art. 1.100
41
CAMPINHO, Sérgio. O Direito de Empresa à Luz do Novo Código Civil. Ed. Renovar. 3ª ed. p. 283. Rio
de Janeiro. 2003.
47
ALMEIDA, Amador Paes de. Manual das Sociedades Comerciais. São Paulo. Ed. Saraiva. 13ª. Ed. p.
75. 2003.