Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Autores:
TEN CEL BM LUIZ EMMANOEL PALENCIA BARBOSA QOC/83
MAJ BM JOSELITO PROTÁSSIO DA FONSECA QOC/88
MAJ BM ALEXANDRE DENIZ PEREIRA QOC/87
MAJ BM ANDRE LUIZ TEIXERA MORGADO QOC/91
MAJ BM CARLOS ALBERTO SIMAS JUNIOR QOC/92
TEN BM LUCIO MENEZES DA CONCEIÇAO JUNIOR QOC/96
TEN BM FABIO ANDRADE DOS SANTOS QOC/97
CBOPP 1
SUMARIO
INTRODUÇÃO 04
PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS 05
• Definições 05
• desastres tecnológicos 06
• organograma e sistemas de trabalho 07
• seqüência operacional 09
• identificação 11
• zoneamento de área de trabalho 12
• isolamento 13
• descontaminação 13
• fluxograma operacional para acidentes envolvendo produtos perigosos 18
IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO 20
• painel de segurança: 20
• rótulos de risco: 23
• sistema de identificação de produtos perigosos para instalções fixas – diamante de
homel 27
• documentos de porte obrigatório para o transporte rodoviário 30
• certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos a granel do
veículo e do equipamento 30
• ficha de emergência 32
• envelope para o transporte 33
• documento fiscal 34
• guia de tráfego – ministério do exército 34
• autorização para o transporte de produto radioativo 35
• colocação de painéis de segurança e rótulos de risco para os transportes rodoviários 36
METEROROLOGIA 38
• definição 38
• introdução 38
• definição de meteorologia 38
• temperatura 38
• método de medida 38
• uso dos termômetros 39
• gradiente térmico vertical 39
• efeito do terreno 40
• ventos 41
RADIOATIVIDADE 45
• equilíbrio de forças no núcleo 45
• natureza das emissões 46
• decaimento radioativo 48
• proteção radiológica 48
• prevenção contra a radiação externa 49
• exposição de emergência 49
CBOPP 2
• unidades radiológicas 53
• riscos da contaminação interna 54
EXPLOSIVOS 55
• Definição: 55
• Propriedades dos explosivos 55
• Principais explosivos encontrados 56
• Cuidados especiais 57
TOXICOLOGIA 60
• Introdução 60
• Rota de exposições 60
• Fatores que influenciam a toxicologia 60
• Efeitos fisiologicos no organismo humano 63
• Princípios gerais 64
• Abordagem das vítimas 66
• Exame inicial 66
• Equipamento de transporte 69
• Seleção do metodo apropriado para transporte 69
• Procedimentos emergenciais básicos em vítimas contaminadas por substancias químicas 70
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 72
• capacete de segurança 72
• protetores auriculares 73
• protetores faciais 74
• óculos de segurança 74
• luvas de proteção química 74
• equipamentos de proteção respiratória 77
• roupas de proteção química 81
• classificação 81
• níveis de segurança 82
• resistência física 84
• botas de proteção química 84
EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS 86
• equipamentos de absorção 86
• equipamentos de vedação 89
• equipamentos de contenção 91
• equipamentos para transbordo 93
• ferramentas especiais antifaiscantes 94
• equipamentos de detecção 94
BIBLIOGRAFIAS 96
CBOPP 3
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP
Durante todo este período Grupo vem trabalhando na busca constante do conhecimento e
também na formação de Oficias e Praças do CBMERJ e de outras instituições, inclusive de outros
estados, visando a capacitação técnica e operacional para enfrentar os assim chamados
ACIDENTES TECNOLÓGICOS.
Este Manual é fruto deste trabalho e visa capacitar os alunos do curso específico para as operações
com produtos perigosos a nível técnico. É parte integrante do Curso e sozinho não pode ser
considerado como instrumento habilitador para capacitar seus leitores como técnicos no assunto,
mas pode servir como elemento de consulta, sendo as informações aqui contidas obtidas de
literaturas específicas e da experiência profissional de seus autores.
CBOPP 4
PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS
DEFINIÇÕES:
• CARGA PERIGOSA: É toda carga mal acondicionada para transporte, oferecendo risco de
acidente. Considera-se também quando o Produto Perigoso não é transportado dentro das
condições legais de segurança.
CBOPP 5
DESASTRES TECNOLOGICOS
CBOPP 6
ORGANOGRAMA E SISTEMAS DE TRABALHO
Em qualquer operação envolvendo produtos perigosos deve-se trabalhar com uma equipe
especializada neste tipo de atendimento que exige de seus integrantes um treinamento voltado a essa
atividade. Toda equipe deve tentar obedecer o melhor possível as funções abaixo representadas no
organograma abaixo.
COORDENADOR
AGENTE DE
SEGURANÇA
AUX. DE OPERAÇÕES
DE DEFESA CIVIL
AUX. DE ANÁLISES
LABORATORIAIS
AUX. DE EMERG.
MÉDICAS
AUX. DE
METEOROLOGIA
AUX. DE LOGÍSTICA
CBOPP 7
a) COORDENADOR: Responsável pelas ordens e decisões no local da ocorrência,
coordenando as ações das equipes de emergência (intervenção / descontaminação / suporte). As
decisões deverão ser apoiadas nas informações geradas pelo AGENTE DE SEGURANÇA, pois
este detém toda a cronologia e informação de suporte no local. O Coordenador deverá ser sempre
que possível, qualificado ou especializado na área de produtos perigosos ou gerência de desastres,
podendo, porém, se ter nesta função, a autoridade local em defesa civil, já que esta é, legalmente, a
autoridade competente para a atuação a nível municipal. Será o responsável pelas informações
transmitidas para os órgãos de imprensa.
b) AGENTE DE SEGURANÇA: Deverá ser, impreterivelmente, um profissional
treinado e especializado de maior grau hierárquico no local de emergência, a fim de gerenciar todas
as informações, procedimentos e necessidades das equipes envolvidas. Deverá deter todas as
informações transmitidas pelos chefes de equipes, a fim de gerar subsídios para o Plano de
Segurança de Área (PSA). Terá livre acesso entre as Zonas Quente, Morna e Fria, devendo para isso
estar devidamente equipado.
c) CHEFE DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá chefiar a
intervenção, ou seja, os procedimentos na Zona Quente.
d) AUXILIAR DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que ira
auxiliar ao chefe da intervenção em seus procedimentos.
e) CHEFE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá
determinar: PROCESSO / MATERIAL E CONCENTRAÇÃO DOS MATERIAIS
NEUTRALIZANTES / TÉCNICA EMPREGADA. Este profissional irá também determinar o local
a ser estabelecido o CORREDOR DE DESCONTAMINAÇÃO, além de possíveis mudanças por
agentes externos, como o vento ou variações de risco. Deverá acompanhar todo o processo de
descontaminação primária e secundária, ou seja, aquela realizada no próprio local da ocorrência,
assim como a incumbência de levar todo o material contaminado para empresa ou local a ser
descontaminado e posteriormente devolvido a sua respectiva origem, ou destinar os materiais
contaminados a um descarte adequado. Será responsável pela devolução dos materiais totalmente
descontaminados a seus respectivos proprietários ou detentores da carga.
f) AUXILIAR DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado que executará os
procedimentos determinados pelo Chefe de Descontaminação.
h) AJUDANTE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional encarregado de exercer a
ligação das equipes descontaminadas e a Zona Fria. Serão responsáveis pelo auxílio na retiradas de
botas, luvas, equipamentos de proteção respiratória e roupas de proteção. Serão responsáveis ainda,
pela LAVAGEM DE CAMPO, nos casos necessários e determinados pelo Chefe da
Descontaminação.
i) CHEFE DE SUPORTE: Profissional treinado e especializado, que irá colher e
gerenciar as informações, de forma generalizada, a fim de subsidiar ao AGENTE DE
SEGURANÇA.
j) AUXILIAR DE METEOROLOGIA: Responsável pelas informações meteorológicas
como: direção e velocidade do vento, umidade do ar, possibilidade de chuvas, mapa de nuvens
(fotos de satélites) e etc. Deverá passar informações de 20 em 20 min para o Chefe de Suporte.
k) AUXILIAR DE COMUNICAÇÕES: Responsável pelas comunicações (via rádio ou
telefonia móvel / celular) no local de emergência, transmissão e receptação de ordens, informações
e necessidades com os órgãos e autoridades envolvidas.
l) AUXILIAR DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Responsável pelo controle dos
equipamentos de proteção respiratória, como cilindros, máscaras, filtros e etc. Deverá atentar para o
tempo de duração dos cilindros utilizados, realizar todos os testes de segurança antes da utilização
pelas equipes, providenciar a substituição e/ou recarga dos cilindros, além de todas as ações
pertinentes ao uso de proteção respiratória.
CBOPP 8
m) AUXILIAR DE OPERAÇÕES DE DEFESA CIVIL: Responsável pelas operações
de defesa civil no local de emergência, ou seja, contatos com empresas e órgãos em sua área, a fim
de, obtenção de recursos necessários a operação. Deverá ser esta função desempenhada, se possível,
pelo chefe da subseção de defesa civil da OBM da área.
n) AUXILIAR DE ANÁLISES LABORATORIAIS: Responsável pelo acolhimento da
amostra do material e posterior análise em laboratórios de órgãos ou empresas especializadas, a fim
de possibilitar a identificação do material ou produto, através de ensaios laboratoriais.
o) AUXILIAR DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS E TOXICOLÓGICAS: Profissional da
área médica responsável pelo atendimento no local de emergência. Será responsável pela aplicação
dos “Kits Hazmat” específicos para os produtos envolvidos na ocorrência. Sua presença será
obrigatória em casos de hemotóxicos, organofosforados e outros de risco iminente.
p) AUXILIAR DE LOGÍSTICA: Responsável pelo controle de todo o pessoal
envolvido e suas respectivas funções, além de todo o material empregado nas operações, com
exceção dos equipamentos de proteção respiratória. Deverá preencher relatório padrão e remeter ao
Chefe de Suporte ao final das operações, ou quando lhe solicitado. Deverá também providenciar e
controlar o fornecimento das etapas de alimentação e líquidos para a manutenção das atividades no
local de trabalho.
SEQÜÊNCIA OPERACIONAL
A seqüência operacional padrão em uma ocorrência envolvendo Produtos Perigosos será a
seguinte:
• identificação
• isolamento
• salvamento
• contenção
• descontaminação
CBOPP 9
QUADRO DE DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÕES LEGAIS
Polícia Rodoviária
ÓRGÃOS
Órgão Ambiental
Polícia Militar
Transportador
ABIQUIM
CNEN
ATIVIDADES
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
IDENTIFICAÇÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
ISOLAMENTO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SALVAMENTO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
CONTENÇÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
DESCONTAMINAÇÃO
CBOPP 10
IDENTIFICAÇÃO
¾ Painel de Segurança: Placa retangular de cor laranja com duas numerações na cor preta,
conforme abaixo.
NÚMERO DE RISCO
Nº DA ONU
LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS
AZUL VERMELHO
AMARELO
BRANCO
CBOPP 11
ZONEAMENTO DE ÁREA DE TRABALHO
Após a avaliação dos itens supracitados, o socorrista irá definir suas Zonas de
Trabalho da seguinte forma:
• Zona Quente ou Zona de Exclusão: Local onde está localizada a origem do acidente. Neste
local o risco é iminente, devendo ser isolado, tendo somente o acesso as Equipes de
Intervenção.
• Zona Morna ou Zona de Redução de Contaminação: Local que servirá de ligação entre as
Zonas Quente e Fria. Neste local será montado o Corredor de Descontaminação, tendo o
acesso somente as Equipes de Descontaminação.
• Zona Fria ou Zona de Suporte: Local externo ao acidente, onde o risco será mínimo ou
inexistente. Nele deverão estar localizados todas as Equipes de Suporte, além dos Órgãos de
Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil Municipal e outros. Nesta será também montado o
Posto de Comando, devendo estar a presença do Coordenador.
Este zoneamento deverá seguir os seguintes fatores e parâmetros:
• Direção e velocidade dos ventos.
• Topografia do local.
• Lençol freático e recursos hídricos da região.
• População local.
• Características do Material.
• Previsões e condições meteorológicas.
• Tempo previsto de trabalho.
CORREDOR DE
DESCONTAMINAÇÃO
ZONA QUENTE
ZONA MORNA
ZONA FRIA
POSTO DE
COMANDO
CBOPP 12
ISOLAMENTO
Logo deverá ser adotado como referência, o Manual de Emergências da ABIQUIM, em sua
tabela de isolamento (guia verde), a fim de se determinar o isolamento ideal, o qual deverá ser
adotado, sempre que possível.
DESCONTAMINAÇÃO
É um processo que consiste na retirada física das substâncias impregnadas nos equipamentos
de proteção individual, equipes de intervenção e vítimas, ou ainda da troca de sua natureza química
perigosa (através de reações químicas) por outra de propriedades inócuas.
CBOPP 13
Procedimentos para Descontaminação
Existem 4 tipos de “Lay-Out” para montagem dos Corredores de Descontaminação.
Modelo nº01 – BÁSICA - RISCO LEVE.
CBOPP 14
Modelo nº03 – AVANÇADA - RISCO EXTREMO.
CBOPP 15
Descontaminações Especiais
CBOPP 16
Para os produtos incluídos nas nove classes de risco:
SOLUÇÃO FÓRMULA
5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico. Misturar 1,8 Kg de fosfato
A
trisódico comercial para 37,85 litros de água.
B 10% de hipoclorito de cálcio.Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água.
C 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85 litros de água.
Solução diluída de ácido clorídrico. Misturar 0,47% litros de ácido clorídrico
D
concentrado em 37,85 litros de água.
Solução concentrada de água e detergente. Misturar até formar uma pasta e aplicar
E
com uma brocha ou pincel, após enxaguar com água em abundância.
MATERIAIS SOLUÇÃO
Ácidos inorgânicos e resíduos metálicos. A
Metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio, etc.). B
Pesticidas, organoclorados e dioxinas. B
Cianetos, amoníacos, e outros resíduos inorgânicos não ácidos. B
Solventes e compostos orgânicos. A
Bifenílicos policlorados. A
Resíduos oleosos e graxos não especificados. C
Bases inorgânicas, resíduos alcalinos e cáusticos. D
Materiais radioativos. E
Materiais etológicos. A+B
CBOPP 17
FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS
PERIGOSOS (equipes especializadas)
Entrada do aviso
Comunicante consulta
solicitante para identificar se Oficial de operações confirma e
existe pp envolvido complementa as informações
NÃO
EXISTE PP
Saída do Socorro
Comunicante orienta solicitante sobre
procedimentos que devem ser adotados até
a chegada do socorro.
Chegada ao local
Reconhecimento
Identificação primária do risco (pág20)
Identificação,
contenção, redução e Estabelecimento das Isolamento do Aplicação do Protocolo de
eliminação do risco áreas de risco (pág.12) local (pág.13) Emergência com produto
se for possível perigosos
CBOPP 18
FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS
PERIGOSOS (equipes não especializadas)
Entrada do aviso
Comunicante suspeita da
existencia pp envolvido no Oficial de operações confirma e
evento complementa as informações
NÃO
Comunicante entra em contato com a unidade EXISTE PP
especializada deixando a mesma de “sobre aviso” Saída do Socorro
e recebendo as informações de primeira resposta,
orientando ao comandante de operações e
solicitante sobre procedimentos que devem ser
adotados até a chegada do socorro especializado.
Chegada ao local
Reconhecimento
Identificação primária do risco (pág.20)
Identificação, contenção,
redução e eliminação do risco o Estabelecimento das Isolamento do local até a
que for possível sem correr áreas de risco (pág 12) chegada da equipe
riscos desnecessários e sempre especializada(pág 13)
fazendo uso do EPR
CBOPP 19
IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO
Painel de Segurança:
Retângulo de cor laranja que deve ser utilizado para o transporte rodoviário de produtos
perigosos. Possuindo a parte inferior destinada ao número de identificação do produto (Número
ONU) e a parte superior destinada ao número de risco.
Número ONU:
É uma numeração estabelecida pelas as Nações Unidas em que nosso país segue no que
diz respeito aos números que correspondem a cada produto, sendo constituído por quatro
algarismos, conforme a Portaria n. º 204, de 20/05/1997 do Ministério dos transportes, como
exemplo: 1075 – GLP – gás liquefeito de petróleo; 1017 - CLORO; 1203 – combustíveis para
motores, inclusive a gasolina.
Número de risco:
É constituído por até três algarismos este número determina o risco principal (1º
algarismo) e os riscos secundários do produto (2º e/ou 3º algarismo).
Notas:
1) Na ausência de risco subsidiário, deve ser colocado como segundo algarismo “zero”;
2) No caso de gás, nem sempre o primeiro algarismo significa o risco principal;
3) A duplicação ou triplicação dos algarismos significa uma intensificação do risco, por
exemplo: 30 - inflamável; 33 - muito inflamável; 333 - altamente inflamável.
4) Quando o painel não apresentar número significa que a carga transportada é mista,
isto é, existe mais de dois produtos perigosos sendo transportados
5) quando for expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser indicado com
a letra X no início do número.
CBOPP 20
SIGNIFICADO DO 1°ALGARISMO.(fig. 02)
NÚMERO SIGNIFICADO
2 Gás
3 Líquido Inflamável
4 Sólido Inflamável
5 Substâncias Oxidantes ou Peróxidos
Orgânicos
6 Substância Tóxica
7 Substância Radioativa
8 Substância Corrosiva
NÚMERO SIGNIFICADO
0 Ausência de risco
1 Explosivo
2 Emana Gás
3 Inflamável
4 Fundido
5 Oxidante
6 Tóxico
7 Radioativo
8 Corrosivo
9 Perigo de reação violenta resultante da
decomposição espontânea ou de
polimerização.
As combinações de números a seguir tem significado especial: 22, 323, 333, 362, X362,
382, X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90.
20 Gás inerte
22 Gás refrigerado
223 Gás inflamável refrigerado
225 Gás oxidante (favorece incêndios), refrigerado
23 Gás inflamável
236 Gás inflamável, tóxico
239 Gás inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
25 Gás oxidante (favorece incêndios)
26 Gás tóxico
265 Gás tóxico, oxidante (favorece incêndios)
266 Gás muito tóxico
CBOPP 21
268 Gás tóxico, corrosivo
286 Gás corrosivo, tóxico
30 Líquido inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), ou líquido sujeito a auto-
aquecimento
323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis.
33 Líquido muito inflamável (PFg < 23°C (296K))
333 Líquido pirofórico
X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água
336 Líquido muito inflamável, tóxico
338 Líquido muito inflamável, corrosivo
X338 Líquido muito inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
339 Líquido muito inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
36 Líquido sujeito a auto-aquecimento, tóxico
362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis (*)
38 Líquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo
382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água,
desprendendo gases inflamáveis(*)
39 Líquido inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
40 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto - aquecimento
423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X423 Sólido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis (*)
44 Sólido inflamável, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido
446 Sólido inflamável, tóxico, que a uma temperatura elevada se encontra em estado
fundido
46 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, tóxico
462 Sólido tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
48 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo
482 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
50 Produto oxidante (favorece incêndios)
539 Peróxido orgânico, inflamável
55 Produto muito oxidante (favorece incêndios)
556 Produto muito oxidante (favorece incêndios), tóxico
558 Produto muito oxidante (favorece incêndios), corrosivo
559 Produto muito oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea
56 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico
568 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico, corrosivo
58 Produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo
59 Produto oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea
60 Produto tóxico ou nocivo
63 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K))
638 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)),
corrosivo
CBOPP 22
639 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito a
violenta reação espontânea
66 Produto muito tóxico
663 Produto muito tóxico, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K))
68 Produto tóxico ou nocivo, corrosivo
69 Produto tóxico ou nocivo, sujeito a violenta reação espontânea
70 Material radioativo
72 Gás radioativo
723 Gás radioativo, inflamável
73 Líquido radioativo, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K))
74 Sólido radioativo, inflamável
75 Material radioativo, oxidante
76 Material radioativo, tóxico
78 Material radioativo, corrosivo
80 Produto corrosivo
X80 Produto corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)
X83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), que reage
perigosamente com água (*)
839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K), sujeito a
violenta reação espontânea
X839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito
a violenta reação espontânea, que reage perigosamente com água(*)
85 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios)
856 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios), tóxico
86 Produto corrosivo, tóxico
88 Produto muito corrosivo
X88 Produto muito corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
883 Produto muito corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K))
885 Produto muito corrosivo, oxidante (favorece incêndios)
886 Produto muito corrosivo, tóxico
X886 Produto muito corrosivo, tóxico, que reage perigosamente com água(*)
89 Produto corrosivo, sujeito a violenta reação espontânea
90 Produtos perigosos diversos
(*) Não usar água, exceto com a aprovação de um especialista.
Rótulos de Risco:
CBOPP 23
Código de cores:
Cores Sinificado
Vermelho Inflamável/combustível
Verde Gás não inflamavel
Laranja Explosivo
Amarelo Oxidante
Azul Perigoso quando molhado
Branco Veneno/tóxico
Preto/branco Corrosivo
Amarela/branco Radioativo
Vermelho/branco Combustão expontânea
Vermelho/branco listrado Sólido inflamável
SIMBOLOS
Classe 1 - EXPLOSIVOS
CBOPP 24
CLASSE 2 - GASES
Classe 4 - SÓLIDOS
CBOPP 25
Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes
Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos
Classe 8 - CORROSIVOS
CBOPP 26
Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
CBOPP 27
Descrição: NFPA 704 M é um sistema normatizado (Estandardizado) que usa números e
cores em um rótulo ou placa para definir os perigos básicos de um produto perigoso. A saúde,
inflamabilidade e reatividade estão identificadas e classificados em uma escala de zero a quatro
dependendo do grau de perigo que apresentem.
CBOPP 28
2. Perigos de INFLAMAÇÃO (VERMELHO)
CBOPP 29
4. Especial (BRANCO)
Este losângulo está destinado para informações especiais a respeito do produto. Por
exemplo, podem indicar que o produto é RADIOATIVO mostrando o símbolo padronizado da
radioatividade, ou usualmente REATIVO COM ÁGUA, mostrando um “W” grande com um
traço diagonal cruzando.
3
2 1
W
DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
1. É expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada e, como o próprio nome indica,
só pode ser exigido quando o veículo transportar produtos perigosos a granel e não no caso de
produtos fracionados acondicionados em embalagens especiais individuais.
2. Compreende-se, como veículo: caminhão, semi-reboque, porta-contêiner, reboque, caminhão
trator.
3. compreende-se como equipamento: tanque de carga, contêiner-tanque, carroçaria a granel e
vaso para gases.
CBOPP 30
4. Quando a carga estiver sendo transportada em veículo com reboque ou semi-reboque,
também haverá este documento da unidade tratora, sendo que deverá ser observado o prazo de
validade para caracterizar infração.
5. O Certificado de capacitação deve ser vistoriado do seguinte modo:
a) verificar a existência e a validade do mesmo;
b) verificar se o número do equipamento é o mesmo que consta na placa de
inspeção/identificação afixado no chassi ou no tanque e a validade da mesma em referência
ao certificado (quando houver);
c) verificar se o número do produto, datilografado nos campos próprios do certificado é
compatível com o número ONU e o constante da Ficha de Emergência e da Nota Fiscal,
sendo proibido transportar produtos não relacionados.
6. Conforme orientação do INMETRO, só deve ser aceita a primeira via original do certificado
de capacitação. O Certificado de Capacitação será recolhido e encaminhado ao INMETRO
quando o veículo se envolver em acidente ou apresentar vazamentos, caracterizando o mal
estado de conservação, conforme o artigo 4º parágrafo 3º e artigo 22 º parágrafo 2º do RTPP.
Esta prática objetiva melhorar a regularidade no cumprimento das exigências do RTPP
especialmente porque o envolvimento em acidentes pode causar danos aos equipamentos que
não podem ser vistos por simples observação.
7. Os grupos dos produtos regulamentados estão listados no verso do Certificado de
Capacitação.
CBOPP 31
B) FICHA DE EMERGÊNCIA
A ficha de emergência deverá ter, no campo 01, o nome, e telefone da empresa expedidora,
bem como o telefone da equipe de emergência, que poderá ser própria ou contratada, disponível
por 24 horas por dia.
No campo 03 deverá apresentar o número de risco, número ONU do produto, classe ou
subclasse de risco, quando for o caso, e a descrição da classe ou subclasse de risco.
Deverá haver, no campo 04, o nome apropriado para embarque do produto, previsto pela
Portaria n.º 204/97 do Ministério dos Transportes.
No campo 05 deverá ser indicado o estado físico do produto a descrição dos riscos principal
e subsidiário.
No campo 06 deverá ser indicada a relação de equipamentos de proteção necessária apara o
atendimento emergencial e, não deverão ser confundida com os equipamentos previstos para o
transporte de produtos perigosos. Deverá ser citada a roupa, calçados, luvas e proteção
respiratória.
No campo 7.1, deverão ser citados os riscos caso o produto esteja envolvido em um
incêndio. Citar se as embalagens podem explodir, se poderá ocorrer o aumento da pressão
interna e, conseqüentemente, a explosão das mesmas. Se o produto for inflamável deverá ser
citado o ponto de fulgor.
No campo 7.2 deverão ser incluídos os riscos relacionados ‘a saúde, caso o produto seja
inalado, ingerido, tenha contado com a pele e os olhos.
Também devem ser citados, no campo 7.3, os danos que o produto pode causar caso tenha
contato com o meio ambiente, em relação ao ar, água e solo. Deve ser citada a possibilidade do
produto ser solúvel em água e se é mais pesado que o ar.
A seguir, nos campos 8.1 a 8.6, deverão ser citados os procedimentos em caso de
emergência.
No verso da ficha de emergência, somente poderá conter os telefones de emergência.
CBOPP 32
C) ENVELOPE PARA O TRANSPORTE
CBOPP 33
D) DOCUMENTO FISCAL
CBOPP 34
F) AUTORIZAÇÃO PARA O TRANSPORTE DE PRODUTO RADIOATIVO
CBOPP 35
COLOCAÇÃO DE PAINÉIS DE SEGURANÇA E RÓTULOS DE RISCO PARA OS
TRANSPORTES RODOVIÁRIOS:
1 - Transporte à granel.
CARGA A GRANEL
PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA
01 Produto - Nas duas laterais - Nas duas laterais com números do
- Na traseira produto e dos riscos
01 Risco - Na frente e na traseira com números
do produto e dos riscos
Produtos Diferentes - Nas duas laterais, um em - Nas duas laterais, um em cada
01 Risco cada compartimento compartimento, com números do
- Na traseira produto e dos riscos
- Na frente e na traseira sem números
Produtos Diferentes - Nas duas laterais, um em - Nas duas laterais, um em cada
Riscos Diferentes cada compartimento compartimento com números do
- Na traseira, um em cada produto e dos riscos
risco principal - Na frente e na traseira sem números
Vazio - Antes de lavar e - Antes de lavar e descontaminar,
descontaminar, continuar continuar usando
usando
Vazio - Totalmente lavado e - Totalmente lavado e
descontaminado, não usar descontaminado, não usar
CBOPP 36
2 - Transporte de carga embalada.
A unidade de transporte deve portar:
CARGA EMBALADA
PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA
01 Produto - Nas duas laterais - Nas duas laterais com números do
- Na traseira produto e dos riscos
01 Risco - Na frente e na traseira com números
do produto e dos riscos
Produtos Diferentes - Nas duas laterais - Nas duas laterais, sem números
01 Risco - Na traseira - Na frente e na traseira, sem números
Produtos Diferentes - Nas duas laterais, - Nas duas laterais, sem números
Riscos Diferentes nenhum - Na frente e na traseira, sem números
- Na traseira, nenhum
Vazio - Não pode ser utilizado - Não pode ser utilizado
EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE
UM PRODUTO PRODUTO SEM RISCO SUBSIDIÁRIO
CBOPP 37
METEROROLOGIA
DEFINIÇÂO
Introdução
O tempo é um fator que influencia, permanentemente, na vida do homem do meio ambiente e
em todas as suas atividades.
Entenda-se TEMPO como a síntese das condições meteorológicas reinantes em determinada
localidade , observadas durante um espaço de tempo ou período suficientemente longo ou, como o
meio ambiente que os seres vivos vivem com satisfação e conforto ou dificuldades e desconforto.
Sem o conhecimento da meteorologia , é comprovadamente impossível o emprego de ações de
resposta à emergências envolvendo produtos perigosos.
Definição de Meteorologia
TEMPERATURA
Introdução
A Temperatura é o estudo do aquecimento dos corpos ou, de sua energia cinética , entre
moléculas.
Para efeitos de CONTAMINAÇÃO QUÍMICA , definimos como a TEMPERATURA DA
SUPERFÍCIE , como a temperatura do solo no momento em que é atingido pelo agente químico
perigoso.
Esta temperatura , desempenha papel importante na determinação da persistência das
contaminações líquidas e das concentrações de vapores acima dos líquidos .
É importante ressaltar que a temperatura do ar , depende essencialmente da temperatura do
solo a que ele se acha próximo.
Método de Medida
A temperatura normalmente é medida por meio de termômetros de mercúrio ou álcool,
submetido a temperatura ambiente.
Empregamos a escala centígrada , que é a oficial em nosso país , e eventualmente a Fahrenheit
ou Kelvim, usada nos países de língua inglesa.
C / 5 = ( F – 32 ) / 9 = R / 4 K = C + 273,16
CBOPP 38
Uso dos Termômetros
a) MEDIDA DA TEMPERATURA DO AR
Tomadas a 1,80 m da superfçicie.
b) MEDIDA DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE
Tomadas a 0,30 m do solo.
Introdução
a) CONDIÇÃO DE LAPSE
Quando a temperatura varia inversamente com a altitude . Prevalecem nos dias ensolarados
ou com pouquíssimas nuvens e ,por conseqüência propicia a turbulência térmica , gerado pelas
correntes verticais . É condição de extrema dispersão de nuvens de contaminação de PP. Pode
ocorrer variações na casa de –1ºC a – 3,5ºC , ou mesmo menos sobre massas grandes de água. A
turbulência mecânica devido a ventos acima de 16 Km/h tende a produzir condições de
instabilidade forte.
b) CONDIÇÃO DE INVERSÃO
Quando a temperatura varia diretamente com a altitude . Noites claras de céu limpo. Haverá
um mínimo de correntes de convecção , logo , máximo de estabilidade .Não ultrapassando vento a
velocidade de 8 Km/h , o gás ou fumaça tenderá a ser mais persistente no local da contaminação.
Temos inversão com GTV entre + 1ºC e + 3,5ºC .
c) CONDIÇÃO DE NEUTRA
É a situação entre LAPSE e INVERSÃO . Também conhecida como condição de isotermia,
não havendo situação de turbulência térmica. A diferença entre Lapse e Inversão é próxima de zero.
Ocorre com céu muito encoberto . Estas fases de transição ocorrem, geralmente ao nascer do Sol e
duas horas após e por do Sol e duas horas antes. Se a velocidade do vento não for grande , um
vazamento de PP pode ser bastante persistente no local.
CBOPP 39
2h 2h ICMN-Inicio do
crep.matutino
ICMN nautico
FCVN-Fim do
crep. Vespertino
0600h 1800h
nautico
EFEITO DO TERRENO
Introdução
A quantidade de calor solar recebida por uma porção da superfície da Terra, depende,
grandemente, da inclinação dessa superfície, de sua direção de exposição em relação ao Sol, da
latitude e longitude e estação do ano.
Efeitos do Terreno
CBOPP 40
VENTOS
Introdução
Z. B. Z. A.
Tipos de ventos
CBOPP 41
b) VENTOS PERIÓDICOS :
Os mais conhecidos BRISAS e as MONÇÕES.
Brisas correspondem as variações diárias de temperatura entre mar e continente . As Monções
resulta da diferença de temperatura entre estações climáticas do ano ( chamados de VENTOS
ESTACIONAIS ).
c) VENTOS LOCAIS:
Dependem da condição geográfica característica do local ou de certas regiões.
- Nas Américas : O PAMPEIRO que sopra na Argentina CONHECIDO NO Rio Grande do
Sul como MINUANO, nos EEUA o CHINOOCK que sopra nas Montanhas Rochosas.
- Na África : O SIMUM no Deserto do Saara prolongando-se até a Espanha, Itália e Grécia.
- Na Europa : O MISTRAL do sul da França , o FOEHN nos Alpes ( características
semelhantes ao CHINOOCK), o BORA nas proximidades do Mar Adriático.
d) TURBULÊNCIA :
O vento próximo à superfície sopra em rajadas , e não de forma contínua, alternando com
períodos de calmaria.
Decorre deste fato que temos a TURBULÊNCIA TÉRMICA ( correntes de convecção e
advecção) e a MECÂNICA(irregularidade da superfície terrestre X velocidade do vento).
Direção do Vento
CBOPP 42
e) VENTO DIRETOR : indica o vento que conduzirá uma fumaça de contaminação ou
vazamento de vapores ou partículas , regulando sua velocidade e direção ;
Ainda em operações químicas usamos as expressões decorrentes :
A direção do vento pode ser avaliada por meio de birutas , colunas de fumaça, inclinação das
plantações e ramos e por meio de aparelhos apropriados como : Anemômetros de Campanha , e o
Catavento de Wild.
A velocidade do vento é variável conforme a altitude , próximo ao solo devido a rugosidade o
vento sofre efeito retardador.
1) Avaliação
Ë possível avaliar , aproximadamente, a velocidade do vento por meio dos efeitos que causa ,
tais como fumaça, bandeirolas ou folhas.
CBOPP 43
TABELA BEAUFORT – ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DO VENTO
2) Mensuração da velocidade
CBOPP 44
RADIOATIVIDADE
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Outras partículas
A título de simples informação, descreveremos outras partículas transitórias:
BÁRION: Componente de uma classe de partículas elementares pesadas, que inclui híperons,
nêutrons e prótons.
FÓTON: Partículas de radiação eletromagnética (luz, raios-X ou raio gama).
HÍPERON: Partículas elementar de vida curta, com massa maior do que a do próton e menor
do que a de um dêuteron.
LÉPTON: Partícula elementar leve (pouca massa). Especificamente, um elétron, um pósitron,
um neutrino, um antineutrino, um muon (inéson mu) ou um anti-muon.
MÉSON: Classe de partículas elementares com massas intermediárias a do elétron e a do
próton e vida curta. Existem várias classes de mésons, como mésons-pi , mésons-mu, mésons-K . O
conceito de méson foi criado por Jidek Yukawa, em 1937.
MÉSON-K: O muon, partícula elementar classificada como LÉPTON, com massa 207 vezes
maior do que a do elétron.
MÉSON-PI : Partícula elementar. 270 vezes a de um elétron.
NEUTRINO: Partícula elementar com massa ínfima e carga nula. Interage fracamente com a
matéria, sendo de difícil detecção.É produzido em muitas reações nucleares, no decaimento beta,
com alto poder de penetração. O neutrino oriundo do Sol geralmente atravessa a Terra.
Radiações
Os raios que surgem na região esverdeada da Ampola de Crookes, onde se dá a fluorescência
no vidro, pela colisão dos raios catódicos, despertou no cientista Becquerel, extremo interesse,
principalmente por que um filme envolto em papel negro era velado. Como não se sabia o por quê
deste fenômeno, os cientistas a descrevem como “raios X”. Becquerel achou que as substâncias,
quando fluorescentes, emitiam raios-X.
Utilizou-se de diversas substâncias que eram fluorescentes, expondo-as à luz do Sol,
descobrindo, então, que o sulfato duplo de potássio e uranila K2 UO2 (SO4)2 era o único que velava
CBOPP 45
o filme protegido. E mesmo quando acidentalmente deixou o sal de urânio dentro de sua gaveta
trancada, descobrira que a uranila, tinha a propriedade de decompor o sal de prata, do filme.
Provou que não era a fluorescência a razão de ser da radiação. Mais tarde Marie Curie e Pierre
Curie detectaram que o Urânio era o responsável pelas misteriosas emissões de raios.
Não tardou, e descobriram que a radioatividade era semelhante à descoberta por Röentgen.
Em pouco tempo (1898), o casal Curie descobriu outro material 400 vezes mais radioativo que
o Urânio, era o Polônio. Logo descobriram outro muito mais radioativo que o Polônio, era o Rádio
tão poderoso que é capaz de atravessar camadas de Chumbo.
elétron pouca
massa
placa α γ
fotográfica _ +
_ β +
+
Rádio
Blindagem de
Chumbo
1- Radiação alfa: Pouco poder de penetração, positiva e pesada ( barradas por folha de
papel).
2- Radiação beta: De carga negativa, maior poder de penetração que, mais leve, elétron de
alta velocidade atravessa alguns milímetros de aço.
CBOPP 46
b) EFEITO FOTO-ELÉTRICO: O fóton transmite toda sua energia a um elétron do átomo-
alvo, que é ejetado de sua
Órbita, grande parte da energia do fóton é revertida em cinética do elétron ejetado. O fóton
gama desaparece.
CBOPP 47
Decaimento Radioativo
Ao emitir partículas alfa, beta ou radiação gama, o átomo instável perde energia. Este
processo é chamado de decaimento radioativo. É significativo dizer que, para uma grande amostra
de átomos, em média, uma dada fração de átomos decairá num certo tempo. Tal intervalo é o
necessário para que metade dos átomos instáveis decaia. Este intervalo é conhecido como meia-
vida de uma coleção de átomos. Uma espécie radioativa, sempre decai com a mesma razão, e,
portanto, tem um mesmo valor para a meia-vida.
Desde de que a atividade da amostra é proporcional ao nº de átomos instáveis presentes, a
meia-vida, é também o tempo em que a atividade da amostra decrescerá, para a metade de seu valor
inicial.
Sendo N0, o nº de átomos instáveis iniciais de uma amostra, e após um tempo t = T1/2 ,
definido como sua meia vida , o nº de átomos presentes na amostra será de N0/2 .
O alcance das meias-vidas vai de frações de segundos para alguns átomos instáveis
produzidos em laboratório até bilhões de anos para alguns elementos radioativos naturais.
Proteção Radiológica
Visa minimizar se não evitar ao máximo os danos causados pela radiação ionizante aos que a
utilizam ou ao público em geral. São regras de ouro.
São definições que precedem as aplicação das regras:
a) Exposição Ocupacional: É a do individuo que trabalha na área controlada;
b) Área Controlada: É aquela em que as doses de radiação, recebidas pelos indivíduos, que
nela trabalham, são controladas;
c) Exposição de População: É a de um grande nº de pessoas expostas sem nenhum controle
dos órgãos especializados (areia monazítica de Guarapari, por exemplo).
CBOPP 48
Prevenção contra a radiação externa
TEMPO: Quanto menor o tempo de exposição do indivíduo, menor será a dose por ele
recebida.
EXPOSIÇÃO DE EMERGÊNCIA
Introdução
Unidades de medida
1) ATIVIDADE:
1 Ci = 3,7. 1010 desint/seg ------ 1Ci = 3,7 . 1010 Bq ( 1 Bequerel = 1 desint/ Seg )
CBOPP 49
2) DOSE DE RADIAÇÃO:
3) UNIDADES:
a) O Röentgen (r) é definido como a quantidade de radiação X ou gama, capaz de produzir
íons, em 1 Kg de ar seco, equivalente a 2,58 x 10 –4 Coulomb.
Não se aplica a partículas alfa, beta, gama. O Roentgen é uma unidade de exposição , baseada
na ionização do ar, não numa unidade de ionização nem numa unidade de dose absorvida no ar .
b) O termo DOSE DE RADIAÇÃO, significa apenas, a quantidade de energia absorvida. Se
um grama de um material absorve 100 ergs de uma radiação qq, isto significa que a dose
absorvida pelo material foi de 1 RAD.
Para a água e tecidos moles, quando submetidos à radiação X ou gama, de energia
intermediária entre 100 Kev e 300 Kev, a dose absorvida pela exposição de 1 Roentgen (r)
corresponde de 0,93 A 0,98 Rad.
A experiência nos indica que, os efeitos dos vários tipos de radiação, não são os mesmos. Os
efeitos biológicos, não dependem somente do tipo de radiação, mas também da energia. A absorção
CBOPP 50
da mesma quantidade de energia (em Rad), de diferentes tipos de radiação, não produz
necessariamente o mesmo efeito biológico.
Por exemplo, é necessária uma certa quantidade de radiação gama do Co60, para produzir
catarata, quando uma dose de nêutrons 10 vezes menor produz o mesmo efeito, logo, o nêutron é 10
vezes mais efetivo do que a radiação gama.
Para levar a como comparador o Co 60, foi introduzido o termo FATOR DE CORREÇÃO
(FQ), que relaciona o efeito de outras radiações em comparação com a radiação ama do Co 60. O
FQ dos nêutrons no exemplo é 10.
Então, o Rem é definido como a dose de qq radiação ionizante que liberada sobre o homem
ou mamífero, é biologicamente equivalente a dose de 1 Rad de raios X ou gama.
Relacionam-se com o FQ da seguinte forma:
O Rem e o Sievert são usados para medir dose equivalente, em água e tecidos moles (corpo
humano) sendo o FQ~= 1, teremos como conseqüência:
1 Rad ~= 1 r Rem = dose em Rad x FQ (FQ ~=1), logo, 1 Rem ~= 1 Rad e como 1 r =
a 0,93 a 0,98 Rad , então
DMP = 5 ( N – 18 ) Rem
CBOPP 51
A dose máxima de 12 Rem por ano, como é recomendada pela limitação de 3 Rem / 13
semanas , deve ser permitida, apenas quando a pessoa nunca tiver trabalhado no campo da energia
nuclear ou tenha uma vida pregressa nesta área extremamente bem controlada. NÃO DEVE SER
ENCORAJADA.
Por estas necessidades e razão, a aplicação da DMP acima precisa das seguintes regras:
III – PESSOA MENOR DE 18 ANOS – Adotar 5 Rem / ano, com a preocupação adicional
de não permitir mais de 60 Rem até a pessoa atingir a idade de 30 anos de idade (DMP = 5 ( 30 –
18 ) = 60 Rem ).
CBOPP 52
4. Novas Unidades Radiológicas:
O Sistema Internacional de Unidades (SI), contém sete unidades básicas, havendo correlação
entre as mesmas.
a) ATIVIDADE
1 Ci = 3,7 . 1010 Bq
b) DOSE ABSORVIDA
c) DOSE EQUIVALENTE
1 Sv = 102 Rem
CBOPP 53
RISCOS DA CONTAMINAÇÃO INTERNA
RADIODERMITES
CBOPP 54
EXPLOSIVOS
1 – Definição:
BAIXOS EXPLOSIVOS ou explosivos lentos - são substancias tais como a pólvora negra
e as pólvoras sem fumaça, que passam do estado natural ao gasoso, com certa lentidão.
A reação que produz esta transformação tem o nome de deflagração.
DETONAÇÃO – É o processo pelo qual um alto explosivo se decompõe e libera sua energia, com
uma onda de choque e calor que excede a velocidade do som. A velocidade de detonação (velocidade da
onda de choque) varia de acordo com o tipo de explosivo empregado e suas características.
DETONADORES – Recurso empregado para forçar a entrada dos explosivos em reação. Trata-se
de um pequeno tubo ou cápsula, contendo uma carga explosiva primária, que vai ativar a carga explosiva
principal.
CBOPP 55
e) estabilidade química(tanto para armazenamento tanto quanto para variações de
temperatura);
f) detonação perfeita pela ação de detonadores comuns;
g) segurança no uso submarino.
1) TNT – Trinitrotulueno
Alto explosivo de grande potencia, velocidade de detonação de 6400m/s; relativamente estável
ao choque; pode ser armazenado por longo tempo sem deteriorar; insolúvel.
3) COMPOSTO C-3
Explosivo plástico; odor característico; velocidade de detonação de 7900m/s; mais potente que o
TNT; produz alguns gases venenosos.
4) COMPOSTO C-4
Explosivo semelhante ao C-3 nas características e no uso; os gases produzidos são
menos tóxicos.
7) DINAMITES:
Explodem pela ação de espoleta; são extremamente sensíveis ao calor, choque,
fricção, faíscas, etc; são armazenadas em bananas de 225g, 0,03m de diâmetro e 0,2m de
comprimento.
8) DINAMITE COMUM:
Absorção simples de nitroglicerina por substancias porosas; se distingue por possuir
a % e peso de nitrogricerina em cerca de 50%.
9) DINAMITE AMÔNIA:
Propriedades e poder semelhante a dinamite comum
CBOPP 56
4 – Cuidados especiais:
Cargas que por ventura não tenham sido detonadas ou deflagradas são extremamente perigosas.
A destruição de pequenas quantidades é obtida pela queima. Durante a queima o pessoal
deve observar as distancias do quadro abaixo:
QUADRO – distancia mínima entre pessoal não abrigado contra estilhaços e detonação de
cargas.
Explosivo em quilos Distancia em metros Explosivos em quilos Distancia em metros
05 125 100 360
25 225 250 480
50 285 500 600
75 330 --- ---
CBOPP 57
Nos transportes explosivos, observar as seguintes normas de segurança:
a) o material deverá estar em bom estado e acondicionado em embalagem
regulamentar; (119.030-0 / I4)
b) por ocasião de embarque ou desembarque, verificar se o material confere
com a guia de expedição correspondente; (119.031-8 / I4)
c) prévia verificação quanto às condições adequadas de segurança, todos os
equipamentos empregados nos serviços de carga, transporte e descarga; (119.032-6 /
I4)
d) utilizar sinalização adequada, tais como bandeirolas vermelhas ou
tabuletas de aviso, afixadas em lugares visíveis; (119.033-4 / I4)
e) disposição do material de maneira a facilitar inspeção e a segurança;
(119.034-2 / I4)
f) as munições explosivas e artifícios serão transportados separadamente;
(119.035-0 / I4)
g) em caso de necessidade, proteger o material contra a umidade e incidência
direta dos raios solares, cobrindo-o com uma lona apropriada; (119.036-9 / I4)
h) antes da descarga de munições ou explosivos, examinar-se-á o local
previsto para armazená-los; (119.037-7/I4)
i) proibir a utilização de luzes não-protegidas, fósforos, isqueiros,
dispositivos ou ferramentas capazes de produzir chama ou centelhas nos locais de
embarque, desembarque e nos transportes; (119.038-5 / I4)
j) salvo casos especiais, os serviços de carga e descarga de munições e
explosivos serão feitos durante o período das 7h às 17h; (119.039-3 / I4)
l) quando houver necessidade de carregar ou descarregar munições e
explosivos durante a noite, somente admitir iluminação com lanternas e holofotes
elétricos. (119.040-7 / I4)
CBOPP 58
h) a velocidade de um caminhão não poderá ultrapassar 40 km/h (quarenta
quilômetros por hora); (119.058-0 / I4)
i) as cargas e as próprias viaturas serão inspecionadas durante as paradas
horárias, previstas para os comboios ou viaturas isoladas, as quais se farão em local
afastado de habilitações; (119.059-8 / I4)
j) para viagens longas, os caminhões terão 2 (dois) motoristas que se
revezarão; (119.060-1 / I4)
l) nos casos de desarranjo nos caminhões, estes não poderão ser rebocados. A
carga será baldeada e, durante esta operação, colocar-se-á sinalização na estrada;
(119.061-0/ I4)
m) no desembarque, os explosivos e munições não poderão ser empilhados
nas proximidades dos canos de descarga dos caminhões; (119.062-8 / I4)
n) urante o abastecimento de combustível, os circuitos elétricos de ignição
deverão estar desligados; (119.063-6 / I4)
o) tabuletas visíveis serão afixadas nos lados e atrás dos caminhões, com os
dizeres: "Cuidado: Explosivo" e serão colocadas bandeirolas vermelhas; (119.064-4 /
I4)
p) os caminhões carregados não poderão estacionar em garagens, postos de
serviço, depósitos ou lugares onde haja probabilidades maiores de risco de incêndio;
(119.065-2 / I4)
q) os caminhões, depois de carregados, não ficarão nas áreas ou
proximidades dos paióis e depósitos; (119.066-0 / I4)
r) em caso de acidentes no caminhão ou colisões com edifícios e viaturas, a
primeira providência será retirar a carga explosiva, a qual deverá ser colocada a uma
distância mínima de 60,00 (sessenta metros) do veículo ou habitações; (119.067-9 /
I4)
s) em casos de incêndio em caminhão que transporte explosivos, procurar-se-
á interromper o trânsito e isolar o local. (119.068-7 / I4)
CBOPP 59
TOXICOLOGIA
1 – introdução:
todo produto químico é tóxico, podendo causar qualquer dano ao corpo ou levar a morte.
A dose, as propriedades físicas e químicas do tóxico e as características fisiológicas do individuo
exposto, determinam o grau de toxicidade. A toxicologia é o estudo dos mecanismos e processos
básicos que causam reações adversas.
2 – rota de exposições:
existem 4 rotas pelas quais as substancias podem entrar no corpo: inalação absorção pela pele(ou
olhos), ingestão e infecção.
Inalação:
Muitas das substancias apresentam-se na forma de gases, vapores ou partículas. Quando inaladas
essas substancias entram em contato com o sistema respiratório, formado pela boca, nariz,
laringe, brônquios e alvéolos pulmonares.
É a principal rota de entrada de substancias contaminantes no corpo.
Absorção:
É a segunda rota em importância para a entrada dos contaminantes em nosso corpo.
A absorção ocorre através da superfície que envolve o corpo humano.
A absorção através da pele contribui para a intoxicação significativa, e para algumas
substancias é inclusive a principal via de penetração.
Ingestão:
É uma rota de reduzida importância, salvo condições acidentais e hábitos de comer e beber no
local de trabalho.
Quando ingeridas as substancias entram em contato com o sistema digestivo, formado pela
boca, estomago e intestino.
É necessário destacar que os contaminantes ingeridos podem ou não serem dissolvidos
pelos fundos digestivos.
Infecção/injeção:
Entende-se como infecção, a rota de entrada das substancias contaminantes através da
penetração direta da substancia no organismo através de uma descontinuidade da pele, como por
exemplo, uma ferida, corte, etc.
Vários são os fatores que afetam a reação do organismo a um produto químico tóxico:
CBOPP 60
Duração e freqüência da exposição:
Há uma diferença em tipo de gravidade dos efeitos dependendo da rapidez com que a dose
é recebida(duração) e a freqüência com que é recebida(freqüência). As exposições agudas são
geralmente acidentes individuais de curta duração relativa – de um minuto a uns poucos dias. A
exposição crônica envolve freqüentes dose a níveis relativamente baixos por um período de tempo
que vai de meses a anos. Se a dose é recebida de uma maneira suficiente letal de modo que o regime
de eliminação ou desintoxicação mantém-se na mesma velocidade do que o recebimento da dose é
possível que não ocorra reação tóxica. Já a mesma dose recebida rapidamente poderia produzir um
efeito.
Rotas de entrada:
Os resultados biológicos podem ser diferentes com a mesma dose, dependendo do produto
químico inalado, ingerido, aplicado sobre a pele ou injetado. Barreiras naturais impedem a
absorção e distribuição do material de uma vez no corpo. Estas barreiras podem atenuar os
efeitos tóxico da mesma dose de um produto químico. A efetividade dessas barreiras dependem
parcialmente da rota de entrada do produto químico.
Características individuais:
Fatores ambientais:
Os fatores ambientais podem contribuir para a reação de um determinado produto
químico. Por exemplo, fatores como contaminação do ar, condições de local de trabalho, condições
CBOPP 61
de moradia, hábitos pessoais e exposição previa ao produto químico podem atuar em união de outro
mecanismo tóxico.
Combinações químicas:
Algumas combinações de produtos químicos produzem efeitos diferentes dos atributos aos
mesmos individualmente:
a) Sinérgicos: produtos químicos que, quando combinam-se causam um efeito maior
que o aditivo. Por exemplo, a hepatotoxicidade aumenta com o resultado da exposição a ambos,
etanol a tetracloreto de carbono.
b) Potencialização: é um tipo de sinergismo onde o potencializador não é usualmente
tóxico por si mesmo, porem tem a propriedade de aumentar a intensidade tóxica de outros produtos
químicos. Por exemplo, o isopropanol não é hepatotóxico por si mesmo. No entanto, sua
combinação com tetracloreto de carbono aumenta a reação tóxica deste ultimo.
c) Antagônicos: produtos químicos que quando combinam-se reduzem o efeito previsto.
A classificação dos produtos quanto ao seu grau de toxicidade é feita de acordo com testes
experimentais com animais em laboratório (ratos e coelhos) tomando esses resultados como medida
de comparação dos efeitos prováveis sobre o homem, veja o quadro abaixo.
* DL50 (mg / l) – Dose Letal (por qualquer via que não seja por inalação) capaz, dentro de um
tempo específico (geralmente 96 horas), de matar 50 % do grupo exposto de
organismos de teste.
CL50 (mg / l) – Concentração Letal, 50 % (por inalação de gases, vapores e partículas).
CBOPP 62
LIMITES DE TOLERÂNCIA
São as máximas concentrações permitidas de contaminantes presentes na atmosfera.
A NR 15 define Limite de Tolerância como sendo a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano ao
trabalhador durante a sua vida laboral.
*TLV-TWA - Time Weightdet Average – (Média Ponderada de Tempo)
São valores referentes à concentrações de média ponderada no tempo para um dia normal
de trabalho. Normalmente são consideradas oito horas diárias.
*TLV-STEL - Short Term Exposure Limit – (Limite de Exposição de Curto Período)
É o valor limite de exposição para curto período de tempo.
É a concentração máxima à qual um trabalhador pode ficar exposto durante um período
máximo de 15 minutos com intervalos de uma hora entre as exposições e com um máximo de
quatro exposições por dia.
Existe uma terminologia especifica a toxicologia que relaciona os efeitos dos agentes no
organismo:
Irritantes:
São aqueles compostos químicos que produzem uma inflamação, devido a uma ação
química ou física das áreas anatômicas com as quais entram em contato, principalmente a pele e
mucosa do sistema respiratório.
Asfixiantes:
São substancias capaz de impedir a chegada do oxigênio nos tecidos, bloqueando os
processos vitais do organismo.
Tóxicos sistêmicos:
Define-se como tais, os compostos químicos que independente de sua via de entrada,
distribuem-se por todo organismo produzindo efeitos diversos sendo que certos compostos
apresentam efeitos específicos ou seletivos sobre um órgão ou sistema.
ANESTÉSICOS:
São substancias que atuam como depressoras do sistema nervoso central, dependendo da
quantidade que chegue ao cérebro.
CANCERÍGENOS:
São substancias que podem gerar ou desenvolver o câncer.
MUTAGÊNICO:
São substancias que podem alterar permanentemente o material genético (DNA).
TERATOGÊNICOS:
São substancias que podem proporcionar o desenvolvimento de embriões deficientes.
ALÉRGICOS:
São substancias cuja ação caracteriza-se por duas circunstancias: a primeira é aquela que
não afeta a totalidade dos indivíduos, já que requer predisposição fisiológica. A segunda é aquela
que somente manifesta no individuo previamente sensível.
NEUMOCONIOTICOS:
São substancias químicas sólidas que se depositm nos pulmões e se acumulam, produzindo
uma neumopatia e degeneração fibrótica do tecido pulmonar.
DIAGNÓSTICO DE INTOXICAÇÃO
5 - PRINCÍPIOS GERAIS
Num caso típico de intoxicação, três estágios da enfermidade poderão ser distinguidos:
CBOPP 64
menção na ficha apropriada da seção 6. Os produtos podem ou atuar localizadamente no ponto de
contato com o corpo, ou serem absorvidos do ponto de contato causando mais sintomas gerais. Isto
é particularmente próprio de produtos que podem causar irritação local da pele, mas são também
absorvidos pela pele para produzir sintomas e sinais tóxicos gerais ou específicos. O mesmo
princípio é próprio para outras rotas de entrada no corpo, embora sintomas gerais sejam menos
prováveis ocorrerem com o contato dos olhos.
Asfixia.
Edema pulmonar.
Bronquite.
Pneumonia.
Falência cardíaca.
Colapso circulatório.
Falência hepática.
Falência renal.
CBOPP 65
6 – abordagem das vítimas:
7 – EXAME INICIAL
A = VIA AÉREA
Está aberta?
Verificar, procurando o movimento de ar: observar a elevação do peito; sentir a parede
torácica movimentar-se e ver se há crepitação; verificar se há perfuração.
A vítima está posicionada adequadamente?
Verificar a inclinação da cabeça e a elevação do pescoço ou do queixo; empurrar a
mandíbula nos traumas de face e de pescoço (mantendo a tração cervical alinhada).
As respirações são ruidosas ou difíceis?
Verificar se há obstrução parcial, líquidos, salivação excessiva.
Verificar se há obstrução completa.
CBOPP 66
B = RESPIRAÇÃO
O paciente está respirando?
Reanimar boca a boca ou através de boca máscara.
Profundidade das respirações?
Inspecionar o movimento do tórax.
Freqüência?
Freqüência < 10/ min devem ser assistidas.
Padrões incomuns?
Lesões cerebrais produzem padrões específicos a registrar.
C = CIRCULAÇÃO
O pulso é palpável?
Verificar pulsos carotídeos; se ausentes,, fazer reanimação cardiopulmonar (RCP).
O pulso é irregular?
Comparar pulsos.
Há hemorragia externa visível?
Controlar sangramento externo.
Há sangramento interno suspeito?
Iniciar tratamento para choque.
CBOPP 67
O método a ser escolhido depende:
− Peso do paciente;
− Tipo de terreno;
− Força física e numero de socorristas;
− Estado da vítima.
CBOPP 68
Esta manobra pode ser empregada também para posicionar o paciente sobre a maca com
rodas ou prancha longa.
A técnica é mais facilmente executada com 3 ou mais socorristas.
8 – EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
O de cúbito dorsal é a posição preferida pois permite boa estabilização da coluna enquanto
se adotam medidas de suporte de vida durante o transporte.
É importante que o socorrista tenha em mente que a vítima deve ser transportada sempre
que possível por equipe especializada em uma ambulância.
Não tendo ambulância disponível: utilizar veículos grandes para que possa deitar a vitima.
Assistir e tranqüilizar a vítima durante o transporte. Evitar freadas e manobras bruscas que podem
agravar o estado da vítima. Dirigir com segurança para evitar acidentes.
CBOPP 69
PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS BÁSICOS EM VÍTIMAS
CONTAMINADAS POR SUBSTANCIAS QUÍMICAS
10 REGRA: sempre esteja utilizando o seu equipamento de proteção quando for efetuar os
primeiros socorros em alguém contaminado;
20 REGRA: a atividade profissional que a vítima exerce deve ser sempre considerada, com
vista a provável causa da intoxicação;
30 REGRA: tente rapidamente determinar qual o tóxico ou tóxicos envolvidos (painel de
segurança, etc). isso visa também a proteção do socorrista;
40 REGRA: execute a triagem. Ou seja: quem eu atendo primeiro quando houver mais de
uma vítima?
10 atender:
a) vítimas em parada respiratória ou cardio-respiratoria(desde que não haja decorrido
mais de dez minutos da parada. Em duvida do tempo de parada: tente ressucitar a vítima;
b) vítimas em estado de choque;
c) vítimas em crise convulsivas;
d) vítimas em estado de coma ou inconsciente.
20 atender:
vítimas com Sinais evidentes de intoxicação, mas que ainda estejam conscientes, alertas,
situados no tempo e local e com capacidade de responder perguntas adequadamente.
30 atender:
a) vítimas conscientes, alertas, com sinais pouco evidentes de intoxicação;
b) morte obvia. EX: um corpo sem sinal de vida, completamente queimado por uma
substancia corrosiva.
CBOPP 70
n) parada cardio-respiratoria e / ou morte clínica (qualquer substancia química, agente
biológico ou carga radioativa – dependendo do tipo de agressão, tempo de exposição,
quantidade, etc...)
CBOPP 71
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
1 - CAPACETE DE SEGURANÇA
Equipamento utilizado para proteção da cabeça contra impactos, choques elétricos e contra os
efeitos do calor.
COPA
CASCO
COROA
CARNEIRA
ABA
VISEIRA
AJUSTE
JUGULAR
PROTETOR
DE NUCA
CBOPP 72
Classificação quanto a Finalidade
Classe Características Finalidades
A Resistência limitada a eletricidade Serviços gerais, mineração e construção
B Resistência a alta voltagem Serviços em empresas de energia elétrica
C Sem proteção contra a corrente elétrica Capacete metálico para indústrias
petrolíferas
D Proteção ilimitada Serviço de Bombeiro
MANUTENÇÃO
• A limpeza externa pode usar produtos normais de polimento como brasso ou kaol.
• A limpeza após exposição ao fogo, fumaça e produtos químicos não tóxicos seguira os
seguintes passos.
1º- Lavar o capacete com água e sabão;
2º- Resíduos podem ser limpos com produtos como acetona (exceto viseira);
3º- A limpeza do protetor do pescoço, quando for necessária, deverá ser feita com
lavagem à seco.
• Evitar contato do casco e da viseira com solventes.
2 - PROTETORES AURICULARES
Equipamentos utilizados onde ruídos de intensidades variadas podem causar doenças em
trabalhadores ou Bombeiros pelo excesso de exposições durante uma atividade, particularmente nas
grandes ocorrências ou em operações com motosserra, motocortador, britadores e outros.
• Os protetores auriculares reduzem em média de 15 a 40 decibéis os ruídos, portanto um ruído
nocivo entra em uma faixa de menor risco pelo seu uso.
• Essa redução possibilita aos usuários ouvir ordens, avisos ou chamados.
MODELOS:
Tipo Concha ou
Tipo Obturador
Abafador
Indicado para exposição de longos períodos a níveis de ruídos
superiores a 85 dB (decibéis)
CBOPP 73
3 - PROTETORES FACIAIS
São indicados principalmente onde existe o risco de impactos perigosos contra a face.
Operações de oxicorte ou soldagem exigem protetores faciais que evitem a absorção da radiação
ultra violeta, infravermelha e radiações térmicas. Protetores em tela de aço são indicados para
operação com motosserra. A finalidade é resguardar o rosto, as orelhas e pescoço contra impactos
leves, salpicos químicos, farpas de metal ou madeira, reflexão e irradiações caloríficas, filtragem de
raios luminosos intensos, tais como ultravioletas e infravermelhos.
4 – ÓCULOS DE SEGURANÇA
Equipamento destinado a proteger a região dos olhos contra a ação de sólidos frios ou
quentes, impactos, respingos de substâncias perigosas, poeiras, radiações luminosas como
infravermelho e ultravioleta, vapores, gases e líquidos.
ÓCULOS DE SEGURANÇA
ÓCULOS AMPLA VISÃO
MANUTENÇÃO
• Verifique as condições físicas a qual a luva estará sujeita, e determine que tipos de resistência
são os mais importantes: abrasão, corte, furos, temperatura, etc... . As condições físicas podem
influenciar a resistência química de uma luva.
• Sempre considere as características que são importantes para sua aplicação, tais como: desenho
do punho, comprimento da luva, forração interna, superfície externa lisa ou corrugada, material
de confecção, etc... .
• Selecione sempre a luva que ofereça maior grau de proteção contra agentes químicos e físicos.
CBOPP 74
• Verifique a resistência química da luva para os materiais que podem entrar em contato durante a
execução da atividade em questão. As tabelas de resistência química são fornecidas
gratuitamente.
• Selecione uma luva fina para uma atividade onde é necessário grande tactilidade e destreza;
selecione uma luva mais grossa e robusta para atividades mais severas. Sempre considere (para
as duas situações acima) o conforto do usuário como um fato importante na seleção da luva.
• Verifique se o tipo de acabamento da luva é adequado a atividade, isto é, se a luva apresenta
superfície lisa, áspera, corrugada, etc...
• Selecione o comprimento do punho da luva de acordo com o tipo de atividade, verificando a
profundidade de imersão da luva e um comprimento extra para eventuais respingos.
• Verifique a vida útil da luva e seu custo. Muitas vezes uma luva mais cara é economicamente
mais viável que outros modelos mais baratos.
Muitas vezes a cor da luva pode ser utilizada para indicar contaminação ou áreas críticas de uso.
Selecione o estilo que encontra suas necessidades
Existem diversos fatores que influenciam a escolha de uma luva para as emergências
químicas. Abaixo nós listamos os fatores mais importantes que devem ser sempre considerados:
• Resistência mecânica e/ou a abrasão: em algumas atividades a luva é muito exigida em termos
de resistência mecânica a cortes e furos bem como a abrasão.
• Resistência química: o usuário deverá manusear produtos químicos, inclusive perigosos, assim
sendo é muito importante que a luva empregada seja resistente a tais produtos, não permitindo
que a pele do usuário seja contaminada.
• Resistência ao frio e calor: muitas vezes o fator agravante de uma atividade não é a presença de
produtos químicos ou de condições de alto desgaste, mas sim apenas uma elevada diferença de
temperatura. Para estas atividades a luva deve manter a temperatura das mãos do usuário
aproximadamente sem alterações, apesar da temperatura do objeto manipulado estar mais
elevada ou mais baixa.
• Tactilidade (ou sensibilidade táctil transmitida por uma luva): esta é uma característica que
todas as luvas apresentam em maior ou menor grau. Este fator está intimamente relacionado com
o tipo e espessura do material empregado na confecção da luva. Normalmente, quanto maior for
a espessura do material empregado menor será a tactilidade oferecida pela luva.
CBOPP 75
Borracha natural - Látex
A borracha natural possui pouca resistência ao fogo. Este tipo de
luva deve ser utilizado somente em atividades onde ocorrem contatos
com produtos químicos dissolvidos (e miscíveis) na água, tais como
cetonas e álcoois; e não em situações onde existam contatos com
produtos não miscíveis com água, como por exemplo hidrocarbonetos
do petróleo, óleos, graxas, solventes, querosene e gasolina, pois a
borracha natural é um hidrocarboneto e o mesmo pode ser dissolvido por
tais produtos.
Neoprene (cloropreno)
As luvas confeccionadas com Neoprene garantem excelente resistência
a uma ampla gama de produtos químicos perigosos, que inclui: ácidos,
álcoois, óleos, gorduras, produtos cáusticos, tintas, graxas, fertilizantes,
cetonas, detergentes e líquidos refrigerantes.
O Neoprene promove boa resistência a abrasão, mas não tão boa
quanto ao PVC ou borracha nitrílica, e boa resistência ao corte, mas não
tão boa quanto a borracha natural.
CBOPP 76
6 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
1. IDENTIFICAR O RISCO
2. AVALIAR OS EFEITOS DO CONTAMINANTE NO TRABALHADOR
3. SELECIONAR O RESPIRADOR ADEQUADO
IDENTIFICAR O RISCO
- O risco é por deficiência de Oxigênio ?
- O risco é de intoxicação por inalação ?
- Existe a presença de contaminantes no ar ?
- Que tipo de contaminante ?
CBOPP 77
Risco por deficiência de Oxigênio
O2 no ar
SINTOMAS
21% Condição normal
17% Alguma perda de coordenação motora e aumento da freqüência
respiratória
16% Aumento da pulsação e freqüência respiratória. Diminuição da
atenção, raciocínio e a coordenação
14% Fadiga anormal com qualquer esforço, Perturbação emocional, Falta
de coordenação. Incapacidade de julgamento
12% Respiração prejudicada com danos permanentes ao coração.
Vertigem, dor de cabeça, fadiga, náuseas e vômitos
9% Inconsciência
6% Morte em poucos minutos
Limite de Tolerância:
As Instituições reguladoras internacionais estabelecem seus limites para utilização de
máscaras dependentes do ar atmosférico:
1 – RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR
São dispositivos filtrantes que dependem do ar atmosférico, pois apenas filtram o ar, retendo
o contaminante e permitindo a passagem do ar. São as máscara com filtros.
Existem máscaras que são o próprio filtro e são chamadas de Peça Facial Filtrante – PFF.
Outros respiradores são compostos de máscara facial e cartucho filtrante.
CBOPP 78
FILTROS
Os cartuchos filtrantes são classificados de acordo com o tipo de proteção que oferecem:
1 - Filtros mecânicos: São formados por um recipiente que contem o elemento filtrante que pode ser
de papel filtrante especial, lã vegetal, espuma sintética especial e outros. Protege contra a
exposição de poeiras, pós como de alumínio, celulose, cimento, carvão, farinha, gesso e outras
partículas.
2 - Filtros químicos: São recipientes repleto de material adsorvente como carvão ativado ou cal de
soda (misturas de hidróxidos de Sódio ou Cálcio ou Potássio).
3 - Filtros Combinados: Os filtros combinados utilizam um filtro químico e um filtro mecânico para
aumentar a capacidade de filtração quando existem na atmosfera contaminantes químicos e
materiais particulados em suspensão.
2 – RESPIRADORES DE ADUÇÃO DE AR
LINHA DE AR
Consiste em uma máscara facial que recebe ar através de uma mangueira que pode ser
suprida por um compressor, por uma rede de ar ou por uma bateria de cilindros. A mangueira não
pode ultrapassar 90 metros. O sistema composto por compressor deve possuir um filtro de linha
para retirar as impurezas geradas pelo processo de compressão além de refrigerar e umidificar o ar
enviado a peça facial.
LINHA DE FLUXO CONTÍNUO
Sistema que emprega a demanda permanente de ar na peça facial mantendo uma ligeira
pressão positiva dentro da cobertura facial. (capuz ou capacete respiratório – 170 l/min; peça facial –
120 l/min).
CBOPP 79
LINHA DE DEMANDA COM PRESSÃO POSITIVA
São respiradores que utilizam peça semi facial ou facial inteira com válvula de exalação
especial. Alguns capuzes utilizam peça facial no seu interior. A pressão é mantida levemente acima
da pressão ambiente e quando o ar é inalado a válvula de demanda abre, suprindo a demanda. Caso
venha a surgir alguma fuga a válvula de demanda sente a queda da pressão interna e libera um
fluxo de ar contínuo impedindo que qualquer contaminante penetre na peça facial.
Composição
Embora cada fabricante apresente
pequenas variações na produção dos seus
equipamentos, distinguindo-o entre si,
Máscaras Autônomas de Ar Respirável são
compostas basicamente de 06(seis)
subconjuntos principais, são eles:
a) cilindro e válvula de ar;
b) regulador de alta pressão;
c) regulador de demanda;
d) peça facial; e
e) suporte e arreio.
CONSUMO DE AR
A relação entre a pressão e o volume em litros de ar existente dentro do cilindro estabelece a
autonomia do equipamento. Normalmente os cilindros possuem uma capacidade em torno de 7
litros de ar para a pressão normal. Quando submetidos a um aumento de pressão esta capacidade
aumenta significativamente. Na tabela a seguir demonstramos o consumo médio de um trabalhador
utilizando EPR e o cálculo do aumento da capacidade de um cilindro quando submetido a pressão
de armazenamento de ar.
CBOPP 80
Consumo de ar respirável (v) para as seguintes atividades:
Descanso 05 a 10 litros/minuto
movimentos leves 10 a 20 litros/minuto
trabalho leve 20 a 30 litros/minuto
trabalho médio 30 a 40 litros/minuto
trabalho pesado 35 a 50 litros/minuto
esforço máximo 50 a 90 litros/minuto
Exemplo de cálculo
Cilindro de 7 litros carregado a 200 BAR
Reserva de ar [ volume do cilindro (V) x pressão (P)
[ V . P . 7 . 200 . 1400 litros
Tempo de uso G com trabalho leve e pesado (v 25 a 30 l/min)
G1 L v1 1400 : 25 56 minutos
G2 L v2 1400 : 50 35 minutos
O tempo possível de utilização situa-se entre 30 e 60 minutos.
CLASSIFICAÇÃO
I - ESTILO
1 - TRAJE ENCAPSULADO - São trajes que encerram completamente o usuário, as botas, luvas e
máscaras são partes integrantes do traje.
2 - TRAJE NÃO ENCAPSULADO - São roupas que protegem o usuário de salpicos de líquidos
perigosos.
II – MATERIAL PROTETOR
1 – MATERIAIS REVESTIDOS
Os materiais revestidos são, na verdade, composições de tecidos, revestidos com materiais de alta
resistência química. Neste caso os tecidos acabam conferindo uma alta resistência mecânica aos
conjuntos finais, criando assim, roupas de alta qualidade, mas infelizmente com custo muito
elevado. Até poucos anos atrás, eram produzidas roupas de proteção química apenas com materiais
revestidos.
Exemplo: Viton, Borracha Butílica (Butil), Himex, PVC ...
CBOPP 81
2 – MATERIAIS LAMINADOS
Os materiais laminados são composições de um ou mais materiais, que se apresentam como filmes
plásticos. De acordo com a composição que é criada, pode-se alcançar resistência química tão boa
quanto ao dos materiais revestidos. A diferença básica neste caso é a resistência mecânica menor,
entretanto o custo é mais acessível. Atualmente são produzidas mais roupas de materiais laminados
do que materiais revestidos.
Exemplo: CHEM TUFF, CHEM MASTER, CPF-IV, RESPONDER PLUS, PVC laminado
...
3 – DESCARTÁVEL
NÍVEIS DE SEGURANÇA
NÍVEL A – O nível A de proteção é necessário quando a proteção para a pele, trato respiratório e
olhos deve ser altíssima. Indicado quando existem vazamentos gasosos, vapores ou outro tipo
contaminantes dispersos no ar. Os equipamentos que devem ser utilizados para proteção nível A
são:
Equipamento autônomo de pressão positiva;
Roupa de resistência química totalmente encapsulada;
Luvas internas, com proteção química;
Luvas externas, com proteção química;
Botas com resistência química, palmilha e biqueira de aço (dependendo do desenho de
confecção da roupa, deve ser empregada uma bota interna à bota da roupa);
Macacão de algodão, Tyvec ou Nomex para uso interno (opcional);
Capacete para uso interno (opcional);
Capa para uso interno (opcional);
Rádio de comunicação, intrinsecamente seguro.
NÍVEL B – O nível B de proteção consiste de um traje que possua sistema autônomo de respiração
e proteja contra respingos de líquidos perigosos ou sólidos que não estejam em suspensão. Oferece
menor proteção à pele e olhos, quando comparado ao nível A, sendo indicado quando não existem
contaminantes dispersos no ar. O nível B é o nível mínimo recomendado em situações de início de
entrada até que o perigo tenha sido detectado e avaliado através de amostragem, ou outro método de
análise que seja confiável, bem como equipamento apropriado para aquela situação tenha sido
indicado. Os equipamentos que devem ser utilizados para proteção nível B são:
Equipamento autônomo de pressão positiva;
Roupa de proteção química (capas e jaquetas com mangas longas, capas com capuz, macacões,
roupas de proteção contra respingos em duas peças, etc...);
CBOPP 82
Capa de uso interno (opcional);
Luvas externas com resistência química;
Luvas internas com resistência química;
Botas externas com palmilha e biqueira de aço;
Botas internas com resistência química (opcional);
Capacete (opcional);
Rádio de comunicação, intrinsecamente seguro.
CBOPP 83
RESISTÊNCIA FÍSICA
O valor dos materiais para proteger os trabalhadores contra os agentes químicos está
baseado na resistência à penetração, degradação e a permeabilidade. Cada uma destas propriedades
dever ser avaliada quando se escolhe o modelo de roupa protetora e o material com a qual é
fabricada.
Os fundamentos que devem ser analisados são:
- Não existe material que seja totalmente impermeável;
- Nenhum material oferece proteção contra todos os produtos químicos;
- Para certos contaminantes e misturas químicas não existe material disponível que possa
proteger por mais de uma hora depois do primeiro contato.
DEGRADAÇÃO – É uma ação química que implica na ruptura molecular do material devido a um
contato químico. Esta se põe em evidência pelas alterações físicas que o material apresenta. Esta
ação pode fazer com que o material se encolha ou inche, mude de cor, apresente bolhas ou estrias,
ressecamento grave ou suave, ou ainda apresente alterações que afetem sua resistência física e
química.
CBOPP 84
BOTA HAZ MAT
Bota confeccionada com liga especial de PVC e Poliuretano de alto
peso molecular que cria um composto com grande resistência a muitos
produtos químicos perigosos. A bota é injetada em processo de dois
estágios que forma uma peça única de grande resistência mecânica. Possui
palmilha e biqueira de aço, sendo assim recomendada para atendimento à
emergências com produtos químicos perigosos. O solado apresenta um
desenho que evita escorregões em pisos molhados.
MANUTENÇÃO:
a) lavar com água e sabão neutro ou solução germicida;
b) Enxaguar em água limpa;
c) Deixar secar a sombra com o cano voltado para baixo;
d) Aspergir tiossulfato de sódio e talco (1:10) em seu interior;
e) Manter em local seco e à sombra.
CBOPP 85
Equipamentos operacionais
Equipamentos de Absorção
Absorção:
Processo físico no qual um material coleta e retém outro.
A absorção pode ser acompanhada de uma reação química ;
Composição de Absorventes :
· Absorventes orgânicos são geralmente conhecidos como aqueles provenientes de
materiais presentes na natureza à base de carbono, tais como: sabugo de milho, serragem, fibra de
papel , algodão, turfa e estopa. Todos estes materiais são considerados biodegradáveis.
Absorventes inorgânicos são normalmente extraídos da terra e incluem: argila, perlita,
areia, silicatos expandidos (vidro) e mica expandida (vermiculita). Estes materiais não são
considerados biodegradáveis.
Absorventes sintéticos são geralmente produzidos de derivados de petróleo ou materiais
plásticos, tais como: PU, PE ou PP. Estes materiais absorventes não são considerados
biodegradáveis
· Absorventes seletivos contém um meio que não irá absorver alguns fluídos em particular
ou não são quimicamente compatíveis com eles , e portanto não devem ser usados com
determinados líquidos. Por exemplo, poliolefinas não tratadas, não irão, geralmente, absorver
líquidos aquosos; absorventes de sílica na presença de ácido fluorídrico resultará em tetra fluoreto
de silício; ou absorventes de celulose se usados para conter ácido nítrico irão reagir para produzir
nitrocelulose.
· Absorventes Químicos ou Universais são geralmente considerados inertes e podem ser
utilizados com aproximadamente todos os líquidos.
· Absorventes Específicos são destinados a alterar o estado do líquido absorvido levando o
material absorvido a um estado menos tóxico.
CBOPP 86
Alguns absorventes podem até mesmo ser reaproveitados por diversas vezes, melhorando assim sua
relação custo benefício
CBOPP 87
A cinza vulcânica é empregada como absorvente apenas para
casos específicos, envolvendo óleos pesados, bem como graxas em geral,
mesmo em pisos com superfície lisa. É um material relativamente pesado
e seu custo é elevado. Devemos observar ainda os seguintes pontos:
Apresenta alta densidade, ou seja, mesmo em se tratando de
pequenos volumes, o esforço físico necessário para conter um vazamento
pequeno é intenso;
O tempo gasto para a atividade é muito longo, pois é necessário
espalhar sobre a área atingida e depois recolher com processos laborais
utilizando pás, enxadas e carrinhos;
SUPERSORB
CBOPP 88
Micro - Fibras de Polietileno
Material utilizado como absorvente, criando assim um novo
conceito de absorventes de alto desempenho.
O Polietileno é um plástico (material sintético) e quando
produzido na forma de micro-fibras e aglutinado através de processo
especial cria um material absorvente que oferece uma quantidade de
vantagens superior a quase qualquer outro absorvente industrial. É
fornecido na forma de tapetes, barreiras e almofadas. Entre as
principais vantagens podemos indicar:
Podendo absorver uma quantidade de líquido maior que seu
próprio peso e volume.
Equipamentos de vedação
CBOPP 89
CONJUNTO EXTRA COMPLETO DE BATOQUES
Conjunto de batoques, para estancar pequenos
orifícios e rachaduras em tambores, bombonas,
containers, válvulas, flanges, tanques estáticos ou
rodoviários.
Conjunto completo com batoques de neoprene
reutilizáveis, com inúmeras aplicações, sendo de
emprego extremamente rápido e fácil, apresentando
ainda excelente relação CUSTO X BENEFÍCIO.
CBOPP 90
Equipamentos de contenção
CBOPP 91
CONJUNTOS ESPECIAIS PARA ESTANCAR GASES COMPRIMIDOS
Os Conjuntos Especiais para Estancar Cilindros
de Gases Comprimidos são desenvolvidos de acordo com
o tipo do Gás presente no cilindro, bem como sua
capacidade volumétrica.
Existem diversos Modelos de Conjuntos
Especiais para Estancar cilindros de Gases Comprimidos,
sendo que entre eles destacam-se:
9 KIT A – para cilindros com de alta pressão com
volume de aproximadamente 50 litros (50 a 68
Kgs).
9 KIT B – para cilindros de média-alta pressão com
volume de aproximadamente 1000 litros (900
Kgs).
9 KIT C – para tanques rodoviários, com sistema de gases pressurizados, especialmente para
estancar vazamentos em domos de carretas tanques.
CBOPP 92
Equipamentos para transbordo
CBOPP 93
FERRAMENTAS ESPECIAIS ANTIFAISCANTES
APLICAÇÃO
As ferramentas antifaiscantes são
confeccionadas em liga especial de bronze
fosforoso, e são consideradas ideais para atividades
onde é necessário o emprego de ferramentas quando
produtos tais como solventes e/ou gases inflamáveis
estão presentes.
Equipamentos de detecção
OXI-EXPLOSIMETRO
DETECTOR MULTI-GAS
O detector multi-gas assim como o oxi-explosimetro
pode detectar a presença de gases combustíveis e O2 tendo a
diferença que alem disto os mesmo podem detectar outros
gases silmultaneamente dando-lhe também a concentração
daquele contaminante presente na atmosfera, quando aqueles
agentes que se encontram na atmosfera oferecerem risco ao
trabalhador o detector multi-gas disparará um alarme luminoso
e um alarme sonoro indicando em seu display qual o agente
que traz risco naquele momento. O aparelho não reconhece
todo os tipos de gases existentes, o mesmo deve ser
programado previamente com os tipos de gases de que você deseja detectar. Como exemplo citamos
H2S, CO e SO2.
CBOPP 94
TUBOS COLORIMETRICOS
Conjunto formado por bomba de fole e
tubos reagentes para detecção de gases e vapores
tóxicos. Este conjunto permite a rápida detecção e
determinação de diversas famílias de substâncias
químicas perigosas, facilitando assim a escolha
correta da operação mais indicada a ser feita. O
tempo utilizado na detecção e determinação é
inferior a 10 minutos. Acompanha o conjunto um rolo
de papel Tornassol para identificação de
características ácidas ou alcalinas em líquidos.
CBOPP 95
BIBLIOGRAFIA
CBOPP 96
20. ficha técnicas de equipamentos para atendimentos a produtos perigosos – Sergio
Rivaldo – Lubeka divisão emergen, São Paulo – SP
21. NBR - 7500
22. guia toxicológico dos produtos perigosos - 2002 - Joselito PROTÁSIO da Fonseca –
MajBM QOC/88
23. Identificaçao e classificaçao de produtos perigosos e regulamentos rodoviário e ferroviário e as
normas brasileiras relacionadas a produtos perigosos – 2002 - Lucio Menezes Da Conceiçao
Junior – 1º Ten Bm Qoc/96 - Andre Luiz Teixeira Morgado – Cap Bm Qoc/91
24. manual de equipamentos de proteção individual - autor: Luiz e. Palencia Barbosa – ten cel bm
Qoc/83
25. Manual Atendimento Padrão PP – autor: Cap bm Carlos Alberto Simas Junior – Qoc/92
26. manual de meteorologia para produtos perigosos – autor: Maj Bm Alexandre Deniz Pereira
Qoc/87
27.manual de radioatividade para produtos perigosos - autor: Maj Bm Alexandre Deniz Pereira
Qoc/87
CBOPP 97
ANEXO 1
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
RISCO PRINCIPAL
GASES INERTES : 5, 7, 10, 13, 15
GASES OXIDANTES: 2, 3, 4, 17, 18, 19
GASES INFLAMAVEIS: 1, 8, 9, 11, 12, 14
17 18 19 20 GASES TOXICOS E CORROSIVOS: 6, 20
MISTURAS ESPECIAIS: 16
CBOPP 98
ANEXO 2
RESISTÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELASTÔMEROS
BOM POBRE
Bases e muitos produtos químicos Hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos
Resistente ao calor e ao ozônio nas Gasolinas
descontaminações
Hidrocarbonetos Halogenados
Resistência à abrasão
BOM POBRE
Hidrocarbonetos alifáticos Aminas, éteres e Ketonas
Ácidos e Bases Hidrocarbonetos halogenados
Álcoois e Fenóis Temperatura fria (torna-se rígido)
Abrasão e ozônio
BOM POBRE
Álcoois Produtos químicos orgânicos
Ácidos diluídos e Bases diluídas Envelhecimento (afetado pelo ozônio)
Flexibilidade
NEOPRENE (Cloropreno)
BOM POBRE
Bases e ácidos diluídos Hidrocarbonetos Halogenados
Peróxidos Cetonas
Combustíveis e óleos Hidrocarbonetos aromáticos
Hidrocarbonetos alifáticos Ácidos concentrados
Álcoois, Glicóis e Fenóis
Resistência ao corte e à abrasão
CBOPP 99
BORRACHA NITRÍLICA (Borracha acrilonitrílica, Buna-N, NBR, Paracrílico, Krynac, Hycar)
BOM POBRE
Óleos combustíveis Hidrocarbonetos aromáticos
Álcoois, fenóis e aminas Hidrocarbonetos Halogenados
Bases Amidas
PCBs e peróxidos Cetonas
Resistência ao corte e a abrasão Ésteres
Flexibilidade Temperaturas frias
TEFLON
O Teflon passou a ser aproveitado para as roupas protetoras. São conhecidos apenas
limitados dados sobre as provas de permeabilidade do Teflon. O Teflon, similar ao Viton, é
considerado como de excelente resistência química contra a maior parte dos agentes químicos.
POLIURETANO
BOM POBRE
Bases Hidrocarbonetos Halogenados
Hidrocarbonetos alifáticos
Álcoois
Resistente à abrasão
Flexibilidade, especialmente em temperaturas
frias
BOM POBRE
Quase todos os produtos orgânicos Ésteres e Éteres
Resistente ao ozônio Ácidos e Bases
Água e soluções líquidas
Flexibilidade
BOM POBRE
Ácidos e Bases A maioria dos compostos orgânicos
Alguns produtos orgânicos Resistência ao corte e ao calor
Aminas Descontaminação
Peróxidos
VITON
CBOPP100
BOM POBRE
Hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos Aldeídos
Hidrocarbonetos Halogenados Cetonas
Ácidos Esteres (solventes oxigenados)
Descontaminação Aminas
Propriedades Físicas
BOM POBRE
Proteção durante a descontaminação Resistência química (penetração e degradação)
Pós e partículas secas Durabilidade
Descartável e leve Descontaminação
MATERIAIS REVESTIDOS
Os materiais revestidos são confeccionados a base de um tecido base revestido com camadas de
material resistente a produtos químicos. Além dos materiais revestidos descritos anteriormente,
existem ainda o VAUTEX (Viton/Neoprene), BETEX (Borracha Butílica/Neoprene) e também
Viton/Butil.
POIETILENO/TYVEK
BOM POBRE
Ácidos e Bases Propriedades físicas dos hidrocarbonetos
halogenados, alifáticos e aromáticos
Álcoois, Fenóis e Aldeídos Durabilidade
Descontaminação (descartável) Penetração (pontos de costura)
Peso leve
BOM POBRE
Aminas, Ácidos e Bases hidrocarbonetos halogenados e aromáticos
PCBs Penetração pode ocorrer (pontos de costura)
Alguns produtos orgânicos
Durável e de peso leve
Descontaminação (descartável)
CBOPP101
ANEXO 3
RESISTÊNCIA DE TECIDOS DE ROUPAS PROTETORAS
TECIDO MODELO
NÍVEL RESISTENTE POBRE
Resistência química
C Proteção durante a (penetração e degradação)
descontaminação; Pós e
partículas secas; Descartável
Durabilidade e
TYVEC® descontaminação
e leve
TYVEC revestido Partículas tóxicas e Propriedades físicas dos
de polietileno QC C radioativas, respingos de hidrocarbonetos
ácidos, bases, álcoois, halogenados, alifáticos e
fenóis, aldeídos e alguns aromáticos
solventes orgânicos
Polietileno, resina
+ copolímero de Saranex 23-P C líquidos perigosos, Pouco superior ao Tyvec
cloreto vinílico e ® materiais tóxicos e QC
etileno vinil- aerodispersóides.
acetato (EVA). Grande resistência
mecânica.
Plástico de nova
geração, material C ácidos, bases e sais Não disponível
laminado, leve e ChemTuff® inorgânicos
flexível
CBOPP102
Formado por 3 limitado a poucos Acetona, acetonitrila,
(três) camadas: C produtos químicos e Dissulfeto de carbono,
filme de proteção contra pó. Diclorometano,
CPF I
polipropileno Apresenta resistência Dietilamina, acetato de
(leve), camada para mecânica pouco etila, n hexano, metanol,
agregação e uma superior ao Tyvek QC® tolueno, tetracloroetileno,
película externa de ...
um plástico Baixa resistência
transparente mecânica.
laminado
Similar ao CPF I alta resistência Acetona, acetonitrila,
Substrato de CPF II C mecânica, empregado Dissulfeto de carbono,
polipropileno em roupas contra Diclorometano,
substitui o filme de respingos, resistência Dietilamina, acetato de
polipropileno química elevada. Ideal etila, n hexano, tolueno,
para macacões de tetracloroetileno,
limpeza pesada e
manuseio de produtos
químicos
Substrato de O composto de alta Roupa intermediária entre
polipropileno, CPF III C resistência mecânica, e o Saranex e o Barricade.
camada de material resistência química Acetonitrila, Dissulfeto de
para agregação e bastante elevada. carbono, Diclorometano,
um filme de metanol
multicamadas
especial
Substrato de
polipropileno e um CPF IV B A resistência mecânica, Diclorometano
filme externo de assim como a resistência
multicamadas química são muito
especial mais elevadas
espesso.
CBOPP103
isobutileno/isopren BORRACHA A químicos, solventes Hidrocarbonetos alifáticos,
o BUTÍLICA orgânicos, peróxidos, ácidos, aromáticos e Halogenados,
álcoois, amônia, cloro.
Resistente ao calor e ao
Gasolinas Resistência à
BUTIL abrasão
ozônio nas descontaminações
Aminas, éteres, cetonas
Polietileno clorado Cloropel, A/B Hidrocarbonetos alifáticos, Hidrocarbonetos
CPE Ácidos e Bases, Álcoois e
Fenóis. Abrasão e ozônio
halogenados Temperatura
fria ( rigidez)
Polisopreno BORRACH A/B Produtos químicos
A Álcoois, Ácidos diluídos e orgânicos. Envelhecimento
Bases diluídas. Flexibilidade
NATURAL (afetado pelo ozônio)
Hidrocarbonetos
Cloropreno A/B Bases e ácidos diluídos, Halogenados e
Peróxidos, Combustíveis e
óleos, Hidrocarbonetos
aromáticos, Cetonas.
NEOPRENE
alifáticos, Álcoois, Glicóis e Ácidos concentrados
Fenóis, Resistência ao corte
e à abrasão
Borracha Hidrocarbonetos aromáticos e
Halogenados, Amidas, Cetonas e
acrilonitrílica, BORRACH A Óleos combustíveis, Álcoois, Ésteres.
fenóis e aminas. Bases, PCBs
Buna-N, NBR, A e peróxidos. Resistência ao
Temperaturas frias
Paracrílico, NITRÍLICA corte e a abrasão.
Krynac, Hycar Flexibilidade
Hidrocarbonetos
POLIURETANO A Bases, Hidrocarbonetos Halogenados
alifáticos, Álcoois, Resistente
à abrasão. Flexibilidade,
especialmente em
temperaturas frias
Ésteres e Éteres, Ácidos e
ÁLCOOL A/C Quase todos os produtos Bases. Água e soluções
PVA orgânicos.
POLIVINÍLICO líquidas. Flexibilidade
Resistente ao ozônio
CLORETO DE sais inorgânicos, ácidos Éteres, hidrocarbonetos
POLIVINILA A/B ou bases pouco halogenados e cetonas
PVC concentrados Álcoois,
revestido aldeídos, aminas, ácidos
orgânicos e inorgânicos
poliamida Umex A grande resistência Uso limitado contra gases
recoberta nos dois mecânica ácidos, cloro e
lados com uma bases..
mistura especial de
poliuretanos.
CBOPP104
poliamida. clorados, óleos,
gasolina, benzeno,
amônia, etc
Material revestido composto de boa
de poliéster com Durables 1 B resistência mecânica e Não disponível
PVC moderada resistência
química
polímeros mais
avançados de alta Durables 2 A Ótima resistência
resistência química, mecânica e de excelente Não disponível
comparáveis as resistência química
roupas de Viton ou
da série Responder.
Composto de várias
camadas de Himex A excelente em proteção
diferentes materiais química (tão bom ou até Não disponível
sobre tecido de melhor que o Viton),
poliéster. Camada ótima resistência
exterior composta mecânica
de plásticos
especiais como
barreira e material
elastomérico.
Camada interior
composta de
borracha butílica.
CBOPP105
inorgânicas
Cetonas E P B-R E-R
Graxas e Azeites B-R B E-B B-R
naturais
Ácidos orgânicos E E E E
Fonte: Survey of Personal Protective Clothing and Respiratory Apparatus, DOT, USCG, Office of
and Development (setembro – 1974)
CBOPP106