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Herói ou vilão?

Gorbachev completa 80 anos e suas reformas ainda geram polêmica mesmo após 20
anos

Matheus Brasil

Mikhail Gorbachev, cuja assinatura decretou as fortes reformas que aceleraram o fim da
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em dezembro de 1991, completou
80 anos neste 1º de março. Apesar de seu governo ter acabado há mais de 20 anos, o,
para alguns, pai da democracia russa continua sendo alvo de críticas de diversos órfãos
do regime soviético. Além dessa marca histórica, o vencedor do Nobel da Paz de 1990
ainda enfrenta acusações que vão desde a negação dos ideias pregados pelos
revolucionários bolcheviques de 1917 chegando até os escândalos por conta do
alcoolismo.

Rafael Simões, 45, que estudou em Moscou durante 10 meses entre os anos de 1985 e
1986, vivenciou o início do governo de Gorbachev. Para ele, o último secretário-geral
do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética, como era chamado o
presidente da URSS, foi apenas uma vítima da crise do sistema comunista. “Quando
cheguei lá, ele só tinha seis meses no poder, mas o fim do regime já parecia bem
próximo. Por isso, eu acho que o papel dele foi fundamental pra dar fim ao regime. É
lógico que a gente tem que separar duas coisas”, revela Simões, que hoje dirige a ONG
Transparência Capixaba.

As duas coisas, neste caso, são a frente econômica e a frente política. Simões conta que
não havia comida suficiente para ser distribuída para o povo diante da forte crise
econômica, o que serviu de combustível para os muitos protestos nas ruas da capital
soviética. “Foi ruim também porque ele não conseguiu fazer transição para a economia
de mercado (Capitalismo). Aí vieram os desabastecimentos, a inflação absurda e
atingiram a parte mais sensível do ser humano, que é o bolso”, explica o diretor da
Transparência Capixaba. Simões completa:

“Mas no ponto de vista político, ele conseguiu fazer a transição de forma interessante.
Por mais que ele tivesse todo o método democrático, a população estava perdendo
muita qualidade de vida por conta da crise econômica. Ele perdeu esse apoio popular e
aí foi só questão de tempo. Mas nada que apague o brilho dele, porque realmente ele foi
muito político ao iniciar o processo de transição do sistema soviético para o sistema que
tendesse a democracia”, encerra.

Uskroine, glasnost e perestroika

Para iniciar o processo de total mudança na União Soviética, Gorbachev deu início ao
que na época, como explica Simões, chamou-se de Uskroine (mudança, em russo). De
acordo com o presidente do Partido Comunista do Brasil (PC do B) no Estado, Carlos
Alberto Fiorot, o Uskroine foi uma espécie do que ele chama de “revisionismo” da
filosofia comunista. “Desde 1956, a URSS passava por esse processo de ‘revisionismo’.
Quando você revisa algo é sempre importante saber com que interesse você vai revisar
e o que você quer com isso. Por isso, essa construção de novos valores se deu de forma
ruim para a construção do Socialismo e permitiu o mercado negro, o crime
organizado”, diz Fiorot.

Com as mudanças se caracterizando cada vez mais inevitáveis, a Glasnost


(transparência, em russo) decretou o fim do que se chamava cortina de ferro. Na teoria,
o processo de transparência vinha para tornar o governo comunista mais claro em suas
decisões e promover o debate sobre as mudanças com a própria sociedade. “A Glasnost
foi coerente. A gente, na época, já estava se preparando para o fim da União Soviética.
O Gorbachev sabia, por exemplo, que a economia movimentada pelo mercado negro,
pelo poder paralelo, já era do tamanho da economia formalizada na sociedade. O
Capitalismo já estava dentro da sociedade, só faltava o ajuste político”, garante, com
certo saudosismo, o presidente da sucursal capixaba do Partido Comunista do Brasil.

A Perestroika (reestruturação, em russo) já admitia, dentro do contexto de total


mudança do regime vigente no ex-país da foice e do martelo, o fim do sistema
econômico socialista no país. “Esse era o fim do projeto social para a União Soviética.
O que não quer dizer que o Capitalismo, que ele (Gorbachev) instaurou, tenha resolvido
o problema das repúblicas socialistas. A Perestroika tenta pôr fim a uma história de que
o Socialismo perdeu, mas sabemos que o Capitalismo não resolveu o problema da
humanidade. Com a Glasnost e Perestroika, ele acena para o fim do sonho soviético”,
afirma Brice Bragato, presidente estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Box: Lista de presentes (com ilustração dos presentes)

Rafael Moura, universitário: “Se eu tivesse condições, daria uma cirurgia para tirar
aquela mancha da careca dele”;
Carlos Alberto Fiorot, presidente estadual do Partido Comunista do Brasil (PC do B):
“Daria o mesmo presente que a História dá. É lamentável. O cara cumpriu aquele papel
que qualquer um cumpriria, um cara sem projeção, sem destaque, nem foi pra
Organizações das Nações Unidas, apesar de ter sido vencedor do Prêmio Nobel.
Lastimável”;
Brice Bragato, presidente estadual do Partido Socialismo e Liberdade: “Eu daria pra ele
o livro ‘Que fazer?’ escrito por Lenin, só como uma provação. Esse livro foi escrito em
1901 e é o livro que mais incorporou o espírito do partido bolchevique da União
Soviética da época. Não seria uma bíblia, mas eu daria o livro a título de provocação,
pra mostrar o que era o projeto da comunidade, já que era charlatão”.
Rafael Simões, morou na União Soviética no começo do governo de Gorbachev: “O
melhor presente pra ele seria a democratização da Rússia, seria o melhor presente em
vida que ele poderia receber. No Governo de Elsin, que veio na seqüência, você teve
um tempo de abertura, e veio Putin, desde 99, e ai, o sistema fechou todo de novo, ele
mantem aparência de novo, assassinato de jornalista, como Ana Polikotisbiata,
perseguição de Yuri Tinivineknto, as guerras fajutas FSB, sucessora da KGB. Putin
todo, não,

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