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indd 1 04/03/11 20:33


Cobrança Localcred.
Transparência, Solidez e Resultado.

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www.localcred.com.br

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{ sumário }

A Credit Performance é a primeira e única


revista especializada na indústria brasileira
de crédito e cobrança. A publicação é
idealizada pela CMS - Credit Management
Solutions, a organização líder em interação
e conteúdos da indústria latina de crédito
14
o Cadastro PositiVo
inaugura noVa engenharia
CaPa

com atuação em 14 países da América e de aCesso ao Crédito


Europa, e conta com o apoio do Instituto
Geoc e Serasa Experian. Com periodicidade
trimestral e tiragem de quatro mil exemplares, 5 editorial
6 entrevista
a revista oferece conteúdo especialmente
desenvolvido para executivos líderes
de grandes corporações e empresas da ViCtor LoyoLa: segmento de Crédito
área. Distribuição exclusiva e gratuita. aVança em noVas frentes

Conselho editorial:
Conselho Editorial: Carlos Zanchi, Cláudio
10 análise setorial
Kawasaki, Eldi Willms, Estefânia Shiromoto, imPortados disParam na PreferênCia do Consumidor

18 Caso de suCesso
Jair Lantaller, João Paulo de Mattos, José
Augusto de Rezende Júnior, Luciana Felletti,
Luis Barbuda, Manuel Magno Alves, Milene magazine Luiza mudou
Zabot, Pablo Salamone, Romina Zurdo, Silvina ComPortamento das CLasses Ced
Virga, Tariana Machado e Victoria Iturrieta

redação e Produção:
21 ideias e tendênCias
Burson-Marsteller Brasil Crise ainda imPaCta ratings da indústria

diretor de redação:
Pedro Corrêa
23 oPinião
Bons sinais Para 2011

24 novidades e agenda
editora e jornalista resPonsável:
Luciana Morassi (MTB 34.765)
LisBoa sedia segunda edição do Congresso de
Colaboraram nesta edição: Crédito e reCuPerações; Contax e dediC gPt
Christiane Marcondes Alves de Brito, ConsoLidam a maior emPresa de BPo do BrasiL
Diogo Patroni, Elvira Parise, Gabriela
Arruda (reportagem e edição),
Rita Fernandes (fotografia)
26 indiCadores
goVerno diLma ComPLeta Primeiro trimestre
e-mail da redação: Com mais aPLausos do que CrítiCas

28 destaques
creditperformance@cmspeople.com

diagramação:
mBa aBrange ConheCimentos
Multi Publicidade e Propaganda
em Crédito e CoBrança

resPonsável ComerCial:
Madleine Rose M. Sprocatti 30 tendênCias
madi@cmspeople.com / teCnoLogia LeVa mais efiCiênCia à CoBrança
Tel. (11) 3868-2883/ 3865-7013.

Credit Performance, a revista da indústria


33 Pelo mundo
de crédito e cobrança. Endereço na internet: Panamá: Paraíso CariBenho
Conquista o PúBLiCo exeCutiVo
www.creditperformance.com.br

Credit Performance® é uma publicação


da Cms People. todos os direitos
35 sofistiCação & luxo
os insaCiáVeis amantes da meLhor CerVeja
reservados, proibida a reprodução total
ou parcial sem prévia autorização.
36 Progresso e desenvolvimento
amériCa Latina retoma fôLego do CresCimento

38 Ponto de vista
aumento de renda imPuLsiona oferta de Crédito

C r e d i t P e r f o r m a n C e {3}

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2º Congresso Nacional
de Crédito e Recuperações

PORTUGAL: O EVENTO DAS OPORTUNIDADES

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{ editorial }
Setor de crédito ganha força com iniciativas sustentáveis

Credit Performance
no Brasil, o ano de 2011 começou com incógnitas e desafios: a nova gestão presiden-
cial, inflação em alta e perspectivas de o cadastro positivo ampliar o âmbito da ope-
racionalização de crédito. na somatória dos três fatores, o saldo é positivo segundo
nossos ilustres entrevistados da indústria, de grandes empresas e entidades de crédito
e cobrança não só do Brasil como de toda a América Latina.

o segmento nacional de crédito está avançando no sentido de conquistar fronteiras


e desbravar novas oportunidades não só para o investidor estrangeiro, mas também
para o grande público que está ascendendo socialmente, como o das classes C e D.

Esse público, conservador por natureza, foi conquistado pela performance arrojada
do Magazine Luiza, empresa que nasceu no interior paulista e agora finca bandeira
na capital, sem descuidar do maravilhoso mundo virtual das compras.

o combate à inflação, iniciado em dezembro com pacote do governo federal, está


sendo bem sucedido e contempla maior disciplina fiscal, tendo em conta o corte de
gastos de R$ 50 bi, a elevação da taxa básica de juros e a adoção de medidas macro-
prudenciais, como o aumento dos compulsórios e o requerimento de capital para
operações de pessoa física de prazo mais longo, notadamente crédito pessoal (inclui
consignado) e veículos.

nesse contexto, para a economia ter bom desempenho, é importante a ampliação


de instrumentos que reduzam o risco de crédito e garantam o acesso de pequenas e
médias empresas ao crédito, entre eles os fundos garantidores de crédito, cadastro
positivo e seguro de crédito.

A seção Análise Setorial apresenta a guerra da indústria contra a importação, um dra-


ma atualíssimo que promete ter final feliz, já que o governo, ao que sinaliza, tende
a intervir positivamente a favor da exportação e da recuperação de mercado.

na seção “Progresso e Desenvolvimento”, executivos de países latino-america-


nos, como México e Argentina, convivem com o legado da crise, mas otimistas, em
contagem regressiva para uma retomada da economia em, “no máximo”, seis meses.

o cadastro positivo, alvo da nossa matéria de capa, tem performance exemplar nos di-
versos países em que já foi plenamente implantado, como a China, onde as linhas de
crédito cresceram quase 150% após a ferramenta atuar a todo vapor. nos Estados unidos,
compartilha o presidente da Serasa Experian e Experian América Latina, Ricardo Loureiro,
estabeleceu-se uma conexão inédita, até o momento, entre o cadastro positivo e o seg-
mento de cartões de crédito. Com a expansão do compartilhamento de dados positivos,
entre 1990 e 2002, as companhias de cartões de crédito aumentaram de forma expressiva
a oferta de cartões com taxas de juros mais baixas. Após 2002, a oferta de taxa de juros
passou a ser muito mais adequada ao risco de inadimplência de cada consumidor e 71%
dos clientes de cartões de crédito passaram a ter acesso a juros menores.

Com todos esses ventos a favor, a tendência é de continuidade da expansão do crédito


a um ritmo superior ao do crescimento da economia, algo em torno de 10% acima da
inflação em 2011. E nem contabilizamos, aqui, a demanda de crédito da infraestru-
tura, que se prepara robustamente para sediar dois dos maiores eventos mundiais do
esporte: a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as olimpíadas de 2016.
JuAn PABLo BuCETA

o fato foi comentado em nossas páginas, mas ele ainda não demonstrou a
dimensão do seu alcance. A constatação maior é de que o Brasil é um país
que está no “jogo” para ganhar, sejam medalhas de ouro ou expansão da
economia em todos os setores.
Pablo salamone
Presidente Cms Boa leitura!

C r e d i t P e r f o r m a n C e {5}

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{ entrevista }
Por Gabriela arruda // Fotos: rita Fernandes

uma janela
para o mundo
Com experiência na gestão de riscos em países de diferentes culturas,
Victor Loyola, vice-presidente de Gerenciamento de Risco do Citi
Brasil, afirma que o segmento nacional de crédito está avançando
no sentido de conquistar fronteiras e desbravar novas oportunidades
não só para o investidor estrangeiro, mas também para o grande
público que está ascendendo socialmente, como o das classes C e D.


Credit Performance - Qual o impacto
de uma possível adoção do cadastro
positivo para o mercado de crédito?

o Brasil recebe Victor Loyola - O uso do cadastro


positivo é benéfico para toda a socie-

muito bem o
dade e uma das consequências desta
ferramenta é que os juros são reduzi-
dos. Sabe-se quem são os bons e maus

investidor estrangeiro clientes, quem tem o perfil mais arris-


cado, com isso a taxa de juros cai. Este

e tem tudo para


é o efeito benéfico: diferenciar os pa-
gadores. Países como Estados Unidos,
Argentina, Panamá, México e Inglater-

manter o nível de ra fazem uso do cadastro positivo.

crescimento de CP - Você tem uma experiência nacio-


nal na gestão de riscos. Pode apontar
algumas peculiaridades regionais no

maneira sustentável desempenho dos clientes? Como você


avalia essas diferenças de perfis?
VL - As diferenças se dão em função das
variações nos perfis de renda e sócio-
-educacional e não em função da re-
gião. Em meio a diferentes segmentos,

{6} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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Divulgação

"nos últimos
anos houve um
grande avanço
do mercado
de crédito e
cobrança e
ainda há espaço
para mais
conquistas"

são as características socioeconômicas que ditam o compor- percentual de crédito na economia, daqui a quatro anos, não
tamento predominante. será mais 46, mas algo em torno de 60 ou mais.

CP - A visão ufanista, que é global, das oportunidades de ne- CP - A inadimplência no Brasil ainda tem índice elevado com-
gócios e de desenvolvimento do Brasil lhe parece sustentável parativamente ao de outros países. Como o Citi avalia a situa-
a médio e longo prazo? Por quê? ção e quais, na sua opinião, as medidas que podem contribuir
VL - Esta é uma visão realista, não ufanista. O Brasil é a “bola com a queda desse índice?
da vez”. Comparado aos outros BRICs, não temos a interfe- VL - O controle da inadimplência tem início na política de
rência estatal da China, a complexidade social da Índia e a re- aquisição mais ou menos flexível. Cada instituição define o
gulatória da Rússia. Somos um país com instituições sólidas e seu apetite de risco na entrada. Com a aquisição do crédito
geralmente abertos em relação ao investimento estrangeiro. em ordem, é necessário ter uma área de cobrança efetiva,
para minimizar a inadimplência. No crédito ao consumo não
CP - Como você descreveria o atual mercado de crédito e co- existe inadimplência zero. Cada instituição opera dentro de
brança? Quais os desafios e oportunidades? níveis que considera sustentáveis, de acordo com o seu ape-
VL-Omercadodecréditoecobrançaestáemdesenvolvimen- tite de risco. Um banco pode operar com inadimplência 10,
to. O crédito representa 46% do PIB, sendo que, deste total, outro com 20, e ambos estarem satisfeitos com a sua perfor-
15% correspondem ao crédito de consumo. Nos últimos anos mance. Quanto à comparação com outros países, operamos
houve um grande crescimento e ainda há espaço para mais em um ambiente de maior taxa de juros e isso também in-
avanço. O setor continuará a crescer, embora não no mesmo fluencia o aumento da inadimplência. De uma forma geral, a
ritmo. Alguns produtos ainda são incipientes, como o crédito redução nos índices de inadimplência tem a ver com políti-
imobiliário e o financiamento para estudantes. Por outro lado, cas mais restritas na aquisição (menos crédito), uma área de
produtoscomocartãodecrédito,empréstimopessoalefinan- cobrança mais efetiva e consumidores com um comporta-
ciamento de automóvel já estão amplamente disseminados mento de crédito mais consciente, evitando o superendivi-
entre a população. A tendência de crescimento continuará. O damento. Como o Brasil experimenta de uns anos para cá um

C r e d i t P e r f o r m a n C e {7}

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{ entrevista } Divulgação


na atual
conjuntura do
“boom” de crédito, muita gente tem acesso pela primeira vez,
o que também pressiona naturalmente a inadimplência. Mas
como eu falei, desde que controlável, ela é parte do negócio
de crédito ao consumo.

CP - Quais as metas do Citi nesse mercado de crédito e co-


brança? Qual será a estratégia de implementação de ações

País, os créditos para atingir essas metas?


VL - O Citi é um banco no varejo que trabalha no segmento de

estão mais
alta renda por meio de sua rede de agências e atinge o todo
da população via Credicard (Cartões e Financeira). No univer-
so do varejo esperamos um crescimento maior que 20% em

acessíveis e todos 2011, mantendo o ritmo do ano passado.

os segmentos se CP - Na sua opinião, quais os setores que serão privilegiados


pelo aporte de crédito e por quê?
VL - O aumento na renda média beneficiou todos os seg-

privilegiam com mentos. Houve uma migração das classes (D para C, C para


B, etc.) e o crédito, outrora raro, tornou-se acessível. Todos os

este cenário segmentos se beneficiaram, mas obviamente aqueles que


tem acesso ao crédito pela primeira vez se beneficiaram mais,
especificamente as classes C e D.

{8} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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{ análise setorial }

avalanche de impor
ameaça indústria
a
Divulgação

nossa “garota de Ipane- trias do Estado de São Paulo (Fiesp).


ma”, Vinícius de Moraes Segundo Roriz, o aporte na indústria
que nos perdoe, não é apresenta comportamento muito dife-
mais a mesma: ela agora desfila em rente: “A crise financeira de2008fezcom
biquínis chineses nas badaladas praias que o volume de crédito caísse de 9,9%
cariocas. Considerando-se que o Brasil para um mínimo de 9,3% do PIB em mar-
é reconhecidamente o inventor da me- ço de 2010. O aumento verificado desde
lhor versão da famosa peça de banho, é então apenas recompôs o volume de
possível concluir que a nossa indústria operações anterior à crise. Assim, em
está perdendo mercados estratégicos setembro de 2010, o crédito à indústria
por conta da importação desenfreada. estava em 10,1% do PIB”, explica.
Por outro lado, em uma avaliação su-
perficial do desempenho em 2010, Efeitos da crise
a conclusão é de que houve recupe- É importante lembrar que esse valor
ração e há esperança. O mercado de inclui tanto o crédito livre quanto o josé riCardo roriz Coelho
crédito, particularmente, não desa- crédito direcionado e que boa parte diretor tituLar do deComteC, fiesP
pontou. Mas a evolução do crédito desse volume ainda reflete as ações de
no mercado deve ser analisada com combate aos efeitos da crise por parte no início do primeiro mandato de Lula,
cuidado porque seu crescimento nos dos bancos públicos, particularmente era de 5,8% do PIB e cresceu acelerada
últimos anos reflete, em grande parte, o Banco Econômico de Desenvolvi- e quase ininterruptamente a partir de
o avanço do crédito à pessoa física. mento Econômico e Social (BNDES). 2004, quando chegou aos 15,1% do PIB
Quem faz o alerta é José Ricardo Roriz Aindacomoconsequênciadaestratégia em 2010. “Paralelamente, o crédito à in-
Coelho, diretor titular do Departamen- de combate à crise, houve uma forte ex- dústria caiu até atingir os seus menores
to de Competitividade e Tecnologia pansãodoconsumocombasenaexpan- valoresnoiníciode2006.Arecuperação
(Decomtec), da Federação das Indús- são do crédito para a pessoa física. Este, esboçadaentre2006e2008foiabrupta-
menteinterrompidaenovamenteverifi-
INDÚSTRIA- Desembolso do BNDES* cou-sequedarelativadaparticipaçãoda
(em % do PIB) indústrianocrédito.Apenasnosúltimos
2,3 meses houve expansão do crédito à in-
2,5
dústria”, avalia Roriz.
2,0
Embora o BNDES ofereça capital de
1,5
giro associado, esse está em grande
0,8
1,0 parte atrelado ao financiamento de in-
0,5 vestimentos. Por isso os especialistas
0 acreditam que o gap entre o crédito ao
2000 01 02 03 04 05 06 07 08 09 2010
consumo e o crédito para capital de giro
* Nos últimos 12 meses
Fonte: BNDES e BCB; elaboração FIESP
{10} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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ortados
Por elvira Parise

Com o marco recorde de 10,5%, a indústria


nacional fechou 2010 com o crescimento mais
elevado desde 1986. Mas ainda há pontos de
atenção: a valorização do real conteve a atividade
fabril em setores importantes, que estão cada vez
mais vulneráveis à alta de juros e de importação.

esteja aumentando. Roriz sinaliza: “Essa


situaçãopodelevararestriçõesdeoferta
e pressões inflacionárias." Produtos estrangeiros
O estudo “Juros em Cascata sobre o Ca-
pitaldeGiro:oimpactosobreaindústria correspondem a 21,8% do
brasileira”, publicado pela Fiesp, mostra
que o custo do capital de giro represen- mercado interno de consumo
ta nada menos do que 6,7% do valor da
produção. Roriz enfatiza: “Caso tivésse- Enquanto o consumo está em curva ascendente, a produção industrial --
mos juros semelhantes aos países com que recuperou performance em 2010 – tende a cair 0,5% em relação à pre-
que concorremos, esse custo do capital visão de crescimento para 2011, que era de 4,0%. Esta perspectiva de menor
degirocairiaparaalgoemtornode1,9% crescimento é reforçada pelos resultados do Coeficiente de Exportação e
do valor da produção." Importação (CEI), divulgados no dia 14 de fevereiro pela Fiesp.
As importações totais da indústria sobre o consumo aparente do País (Co-
Menor competitividade eficiente de Importação - CI) atingiram o maior patamar histórico: 21,8%,
O quadro descrito, segundo o Instituto valor que superou em 3,5 pontos pe rcentuais o CI de 2009 e representou
de Estudos para o Desenvolvimento In- a maior variação histórica entre os anos analisados. Na comparação com
dustrial (Iedi), evidencia uma flagrante 2008, a alta de 1,7 ponto percentual demonstrou que o CI não só recuperou,
perda de competitividade da indústria mas ultrapassou o nível pré-crise.
brasileira em decorrência da valorização O total exportado, no entanto, comparado ao total da produção industrial
doreal.Diantedessecenário,analistasdo (Coeficiente de Exportação - CE), apresentou tímida alta em relação a 2009,
setor reavaliaram para baixo sua proje- de apenas 0,9 ponto percentual, atingindo 18,9%. Valor este inferior ao re-
çãodecrescimentodaindústriaem2011 gistrado em 2008, quando 19,6% da produção foi exportada, o que repre-
- de 4% para 3,5%. Por outro lado, graças senta queda de 0,7 ponto percentual.
ao bom desempenho do setor de servi- O câmbio ainda é um dos principais vilões no aumento dos importados no
ços,imuneaoimpactocambial,oPIBten- País. “De cada cinco peças de roupa vendidas no Brasil, pelo menos uma é
de a crescer ainda na faixa de 4,5%. importada”, anunciou o diretor do Departamento de Relações Internacio-
Quantoàinflação,aexpectativaédeque nais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca.
elafecheoanoempatamaressuperiores Em 2010, a retomada do crescimento, com apoio do governo, aumentou o
aos de 2010, com índice em torno de 6%. fôlego exportador de alguns setores, como o automotivo. Mas é o setor de
E a indústria, como fica nesse cenário? indústrias extrativas que pode obter as melhores performances em 2011.
“Não sabemos a ênfase que será dada Um exemplo é a demanda da China por minério de ferro, que o Brasil aten-
pelonovogovernoàquestãodocrédito, de, correspondendo à crescente demanda. Neste caminho está o fortaleci-
mas gostaríamos de ver a agenda para a mento da base exportadora do País, concluem analistas.
redução dos juros e do spread retomada
pelo governo”, propõe Roriz.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {11}

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{ capa }

a evolução
do crédito
a inda é cedo para colher os
frutos, mas o cadastro po-
sitivo já é uma realidade no
Brasil. A julgar pelo desempenho nos di-
versos países onde a ferramenta se con-
mos colocar a mão na massa logo, e tra-
duzir essa nova conquista da sociedade
em benefícios imediatos."
Loureiro garante que o texto da medida
provisória já incorporou todas as de-
relevantes sobre o tema."
Estudos da Comissão das Nações Unidas
para o Comércio e Desenvolvimento
(Unctad) e do Banco Mundial apontam
a falta de informações positivas como o
solidou,ocrescimentodocréditopoderá mandas do empresariado, sociedade e maior impeditivo de acesso ao crédito
atingirmarcasnotáveis:“Participeideum consumidor:“Apartirdeagora,oarcaico por parte dos consumidores e também
congresso no ano passado onde ouvi o eineficientemodelodeinformaçõesne- das pequenas e médias empresas, além
palestrante de um banco chinês relatar gativasépáginaviradanoPaís.A prática de ser um dos mais significativos fatores
que, em três anos de utilização do ca- do cadastro positivo, em sua integrali- delimitaçãodocrescimentoeconômico.
dastro, a abertura de contas bancárias dade, promove o acesso da população
na China cresceu 145%“, conta Edivaldo acréditomaisbarato,afastaoriscosem- a hora da virada
Albino da Silva, que atua na Superinten- pre presente do superendividamento As instituições e empresas já estão se
dência de Planejamento de Crédito PF e e trabalha a favor do desenvolvimento inteirando das novas regras, mas o jogo
PJ do Banco Itaú-Unibanco. da economia brasileira. Já investimos só começa quando o cliente der o pri-
Diante de performances favoráveis muito tempo num amplo debate e po- meiro chute a gol: “O consumidor é o
como essa, Ricardo Loureiro, presidente demos dizer que, hoje, temos um texto senhor do fato econômico e ele quer
da Serasa Experian, conclama: “Precisa- legal que considerou todos os aspectos ter uma vivência do produto antes de

Divulgação

"na minha concepção, o Brasil


viverá um grande salto de resultados
operacionais quando a população
tomar conhecimento de que a
informação circulante no mercado
favorecerá a sua imagem, e não
ao contrário, como alardeiam algumas
pessoas nos meios de comunicação."
edivaldo albino da silva
suPerintendente de PLanejamento de Crédito Pf e Pj do BanCo itaú-uniBanCo

{14} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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Por elvira Parise

aprovado por Medida Provisória do Poder executivo, o cadastro


positivo já está em vigência no Brasil. Com ele, o país deixa a era do
“nome limpo” ou “nome sujo” e ingressa em uma nova engenharia
de acesso ao crédito. as contas de consumo ou do aluguel pagas em
dia vão servir como referência comercial e proporcionarão vantagens
ao chamado “cliente positivo”, que poderá obter maior limite de
crédito e juros menores do que os praticados no mercado.

o cadastro positivo em outros países


Segundo dados do Banco Mundial, os países que adotaram o cadastro positivo reduziram seus índices de inadimplência
em até 43% e aumentaram em cerca de 90% a concessão de crédito.

Apenas 40% dos consumidores 80% dos consumidores passam a


EUA
tinham acesso ao financiamento ter acesso ao financiamento

Aumentou o acesso das mulheres


CHILE 2/3 dos empréstimos eram feitos a homens
ao crédito até quase a igualdade

Crescimento na concessão de crédito,


MÉXICO Baixa renda com pouco acesso ao crédito
principalmente para a baixa renda

Crédito chega a ser 3 vezes


ALEMANHA Crédito pouco difundido
superior à média internacional

Exigências de garantias maiores, para créditos caros, Expressivo crescimento econômico,


CHINA
restringindo assim o crescimento da economia crédito atingindo 150% do PIB

saiba +
O QUE É cidir crédito, porque permite o refina- mento disponibilizam para os bure-
O cadastro positivo utiliza informa- mento na apuração do risco. aus de crédito as informações sobre
ções históricas de pagamento do compromissos (contas de serviços,
consumidor, valorizando e motivan- COMO FUNCIONA financiamentos, cartões de crédito,
do a boa reputação no crédito ao tirar O consumidor/cliente, mediante assi- etc.) e pontualidade de pagamento
o foco da generalização das perdas. natura de contrato, autoriza a empre- dos seus clientes.
Seu compartilhamento é determi- sacomaqualfechounegóciosaenviar Os bureaus de crédito organizam as
nante para um eficiente dimensiona- informações sobre seus compromis- informações do cadastro positivo e as
mento do risco, que hoje não é viável sos de pagamento no momento em apresentam em um documento cha-
por conta de um sistema imperfeito que realiza a compra a prazo ou con- mado “relatório de crédito”, que será
de informações. O cadastro positivo é trata o financiamento. consultado pelas empresas durante
a maneira contemporânea de se de- As empresas de serviços ou financia- processo de análise.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {15}

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{ capa }
Divulgação

"o consumidor é o senhor


do fato econômico e ele quer
ter uma vivência do produto
antes de comprá-lo, essa
experiência é que vende."
flávio Corrêa
emPresário, ex-Presidente da ogiLVy e sóCio-fundador
da Brand motion ConsuLtoria e estratégias emPresarias

comprá-lo, essa experiência é que ven- dos compromissos mensais." Fundação Getúlio Vargas e autor do livro
de”, afirma Flávio Corrêa, empresário, Se, por um lado, o aculturamento exigirá “Cadastro Positivo, comentários à Medi-
ex-presidente da Ogilvy e sócio-fun- paciência dos profissionais que já estão daProvisórianº518/2010”,publicaçãoda
dador da Brand Motion Consultoria e trabalhando com o cadastro positivo, Editora Saraiva, ainda no prelo.
Estratégias Empresarias. por outro lado a identificação do con- Edivaldo, do Itaú-Unibanco, também de-
João Paulo Mattos, superintenden- sumidor com um perfil mais justo e ade- monstraotimismo:“Naminhaconcepção,
te do Instituto GEOC, concorda com quado ao seu comportamento e poder oBrasilviveráumgrandesaltoderesulta-
Corrêa e vai mais longe: “Precisaremos de compra ajudará a acelerar o processo dos operacionais quando a população
de uma mudança de cultura. Talvez o deimplantação.“Antigamenteomundo tomar conhecimento de que a informa-
caminho possa ficar mais curto se pro- docréditoecobrançaerapretoebranco, ção circulante no mercado favorecerá
pusermos analogias que expliquem a não havia nuances de cores. Com o ca- a sua imagem, e não ao contrário, como
transição do cadastro negativo para o dastro positivo, eu e meu neto que, hoje, alardeiamalgumaspessoasnosmeiosde
positivo. Por exemplo, no setor de se- temosomesmoperfil,ouseja,umnome comunicação.Seapopulaçãotomaressa
guros, o cliente já está acostumado a limpo,passaremosaterperfisdiferencia- ferramenta como negativa, não teremos
ganhar, a cada renovação de apólice, dos,jáqueospatrimôniosqueadquiriao aderênciaaelaeosresultadosparaoBan-
bônus e descontos por conta da falta longodavidaserãolevadosemconside- coeparaomercadonãomudarão."
de sinistro. No setor de crédito e co- ração, a meu favor, no acesso ao crédito”,
brança, ocorrerá fenômeno parecido, ressaltaCarlosCelsoOrcesidaCosta,pro- solução para Pmes
o cliente acumulará ganhos se apre- fessor do CEAG (Curso de Especialização Asinformaçõespositivas,nocasodepe-
sentar pontualidade no pagamento em Administração para Graduados) da quenos e médios empresários, servem

Cadastro positivo e o
mercado de cartões de crédito
Nos Estados Unidos houve uma re- segundo grupo (20% dos clientes) pa- • 71% dos clientes de cartões de
levante expansão do compartilha- gava entre 16,5% e 17,99%; e somente crédito passaram a ter acesso a
mento de dados positivos entre 1990 6% tinham acesso a 3 categorias de ju- juros menores;
e 2002. De acordo com o estudo do ros mais baixos (menos que 5%; juros • 15% - juros menores que 5%;
PERC, após este período, as compa- entre 5,5% e 10,99%; juros entre 11% • 31% - juros entre 5,5% e 10,99%;
nhias de cartões de crédito aumenta- e 16,49%).
ram de forma expressiva a oferta de Após 2002, com o amplo comparti- • 25% - juros entre 11% e 16,49%;
cartões de crédito com taxas de juros lhamento de informações, a oferta de • 3% passaram a ter acesso a juros
mais baixas. Até 1990, 73% dos clien- taxa de juros passou a ser muito mais entre 16,5 e 17,99%;
tes recebiam cartões com a faixa mais adequada ao risco de inadimplência • 26% passaram a pagar juros
alta de taxa de juros, 18% ou mais; um de cada consumidor: acima de 18%.

Fonte: Serasa Experian

{16} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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Divulgação

"A partir de Compartilhamento


de dados: um mal ou
agora, o arcaico e um bem necessário?
ineficiente modelo A lógica do sistema pressupõe
de informações compartilhamento, acredita
Orcesi da Costa, empresário,
negativas é página advogado e professor do CEAG

virada no País." da Fundação Getúlio Vargas:


“Compartilhar, aliás, é a lógica do
riCardo loureiro próprio mundo cibernético. Veja
Presidente da serasa exPerian a história do Facebook, que está
e exPerian amériCa Latina nos cinemas. Dois esportistas
praticantes do remo tiveram a
como uma garantia, um aval para o seu bretudo os micro e pequenos, que tam- idéia de fazer o compartilhamen-
negócio. Ricardo Loureiro conta o que bémpassamater,viacrédito,umgrande to de informações dentro de uma
aconteceu em Taiwan com a chegada estímulo à formalidade." universidade. Encomendaram
domecanismodeinclusãocreditícia:“As O presidente da Serasa Experian descre- uma solução tecnológica a um
MPEs, em Taiwan, representam 97,3% ve cases de sucesso em outros países: 'nerd', que ampliou a extensão
das empresas locais, empregam 77,6% “Hoje, a quase totalidade dos países do produto e criou uma rede so-
da mão-de-obra, respondem por 31,5% membros da Organização para a Coo- cial monstruosa."
das vendas totais de todas as empre- peração e Desenvolvimento Econômico Para Orcesi, os grandes bancos de
sas e totalizam 24,1% das exportações. (OCDE) conta com as informações posi- dadoscentralizarãoainformação;
Estima-se que 62% dos financiamentos tivas dos micro e pequenos empresários eles é que serão os disseminado-
concedidos às MPEs locais ocorrem por como colateral para seus negócios. A res naturais dos dados positivos.
meio da avaliação do histórico de infor- organização reconhece a importância Edivaldo, do Itaú-Unibanco, re-
maçõespositivasdeseuproprietário,de desse modelo como forma de avalia- conhece vantagens no comparti-
acordo com o Ministério de Assuntos de ção do risco para as MPEs. Vários países lhamento, tais como agilidade no
Estado daquele país. Além de Taiwan, do leste europeu, que já têm o cadastro processo decisório, identificação
Tailândia e Malásia, entre outras econo- positivo implantado, vão nessa direção. de experiência de crédito, iden-
mias, seguem esta realidade. Com isso, Do mesmo modo, no Norte da África, o tificação da capacidade de paga-
ganhamosconsumidores,empresários, Egito já favorece suas pequenas e micro mento e identificação do volume
empregados, os negócios em geral, so- empresas”, complementa. de exposição do proponente.
Mas também aponta desvanta-
Divulgação gens:“Apósumperíododeutiliza-
"Com o cadastro çãodocadastropositivo,omerca-
do todo terá a mesma informação
positivo, os para a tomada de decisão. Assim,

patrimônios que os modelos de escore se tornarão


muitoparecidos,senãoumúnico.
adquiri ao longo da O diferencial que cada instituição
possui para a tomada de decisão
vida serão levados passa a não mais existir, pois, com

em consideração, o cadastro positivo, essa informa-


ção se torna pública. O que fará a
a meu favor, no diferença são as informações que
cada empresa possui do propo-
acesso ao crédito." nente e que não estão disponi-
bilizadas no mercado”, avalia o
Carlos Celso orCesi analista do Itaú-Unibanco.
Professor do Ceag
da fundação getúLio Vargas

C r e d i t P e r f o r m a n C e {17}

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{ caso de sucesso}

acelera, Luiza!
f
Folhapress

az devagar para fazer direito”, ensinavam nossas avós.


Mas, como sabemos, os tempos mudaram, comen-
ta Luiza Helena Trajano Ignácio Rodrigues, superin-
tendente do Magazine Luiza. “Atualmente, a velocidade se
impõe, mas com qualidade e rentabilidade. É impossível
trabalhar no vermelho”, costuma enfatizar a executiva nas
suas disputadas palestras corporativas.
Sem dúvida, a saúde financeira garante a continuidade dos
bons negócios, mas ela não pode prescindir de um clima or-
ganizacional igualmente saudável. “O equilíbrio entre o lucro
e a felicidade é o grande dilema da gestão moderna. Nenhum
presidente de empresa pode dizer que trata bem o consumi-
dor se os funcionários estiverem infelizes. Funcionários feli-
zes geram lucratividade e eficiência, esses são os valores que
precisam estar no DNA da empresa”, é o que Luiza costuma
declarar quando questionada sobre o segredo do seu sucesso.
O Magazine Luiza chega aos 50 anos de mercado, sempre
crescendo em solidez e reconhecimento, que se evidencia
pela satisfação do consumidor, pela alegria de “quem veste a
camisa” da rede e por diversos prêmios corporativos. Empre-
sa varejista genuinamente brasileira, representa um case de
sucesso nacional e internacional.

reinventando a roda
Com um modelo único de gestão e relacionamento com seus
colaboradores, o Magazine Luiza se destaca pelas inovações
ao longo desses anos de estrada, pela percepção do grande
potencial do consumidor das classes C e D, pelas oportunida-
des de crédito que oferece e por priorizar não o bolso, mas o
lado humano dos envolvidos com a empresa.
Há 15 anos, quando pensar em comprar no varejo significava
necessariamente ter que ir até uma loja, o Magazine Luiza rein-
luiza helena trajano ignáCio rodrigues ventouessadinâmicaeinaugurouumalojavirtualquesetornou
suPerintente do magazine Luiza referênciademodelolucrativo.Hojeocomércioeletrônicorepre-

{18} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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Por Christiane brito e Gabriela arruda

se o varejo fosse a Fórmula 1, Luiza helena trajano seria uma campeã com
a mesma coragem e garra do piloto ayrton senna. a superintendente
do grupo Magazine Luiza está sempre na dianteira e já venceu “provas”
importantíssimas, como a da implantação da primeira loja virtual, há 15 anos.
a iniciativa abriu caminho para grandes mudanças não só nas transações
comerciais como no comportamento dos clientes do varejo, que reciclaram
suas preferências, aderindo às facilidades do mundo tecnológico.


sentaumadasprincipaisfontesdefaturamentodacompanhia.
A comunicação é outra das premissas da rede, que possui o
Portal Luiza, a Rádio Luiza, que se consolidou como um veícu-

As melhores práticas lo imprescindível de fortalecimento da cultura da empresa,


e a TV Luiza. Criada em 2005, ela se tornou a maior e a mais

na gestão de pessoas ousada TV corporativa do Brasil.


Recentemente, a empresa entrou na cidade de São Paulo e,

privilegiam o cuidado com sucesso, abriu simultaneamente mais de 40 lojas na ca-


pital, praça em que, até então, não atuava. Porém continua

com os diversos públicos, forte com a venda eletrônica, contando com uma vendedo-
ra virtual muito parceira dos clientes: a “Lu”. No site, sempre

dos colaboradores de bom humor, Lu explica como fazer as melhores compras,


acertando nas escolhas e na utilização da ferramenta virtual.


aos clientes O que virá depois da estreia na capital paulista? Seguramen-
te, alguma novidade surgirá, porque Luiza, como o Senna,
não coloca o pé no freio.

lu explica Para criar mais interatividade e proximidade entre empresa


ecliente,oportalMagazineLuiza(http://www.magazinelui-
za.com.br) disponibiliza os serviços da Lu, uma vendedora
virtual que auxilia o consumidor por meio de vídeos infor-
mativosetextos.ALualimentatambémoBlogdaLu(http://
blogdalu.magazineluiza.com.br)destacandoastendências
da internet, inovações tecnológicas, novidades do merca-
do e, principalmente, conteúdo sobre produtos – além de
sempre postar informações no Twitter da empresa (http://
twitter.com/magazineluiza).Todosostextossãoescritosem
primeirapessoa,comlinguagemsimpleseexplicativa,para
que o cliente que faz compras no portal se sinta cuidado e
tão bem atendido como se estivesse em uma das lojas da
rede, o que facilita a compra e atrai mais consumidores.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {19}

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16 de fevereiro de 2011
15 anos de história
Compartilhamos nossa trajetória vencedora com todos
os clientes e parceiros de negócios que adotaram ou
referendaram nossas soluções.

São 15 anos dedicados ao desenvolvimento de soluções


de automação para os processos de cobrança:
❚ 1996 - SAI - Sistema de Acionamento Informatizado
(vb3 - cliente x servidor)
❚ 1998 - GIRA - Gestão Integrada de Recuperação de Ativos
(vb3 - cliente x servidor)
❚ 2002 - SYSREC - Gestão Integrada de Recuperação de Créditos
(vb5/6 - cliente x servidor)
❚ 2005 - RECUPERA - Recuperação de Ativos
(.net -100% web)

Líder absoluto e referência nacional na automação


dos processos de recuperação de ativos.

www.sysopen.com.br

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{ ideias e tendências}

márCio torres
esPeCiaLista em a náLise de Crédito da serasa e P rofessor de finanças da esPm

Crise ainda impacta


ratings da indústria
e
Divulgação

studo da Serasa Experian re- do consumo interno. As exportações


velou que o setor industrial cresceram em volume, mas foram in-
ainda está com seus ratings feriores em receita, devido à queda da
de crédito abaixo daqueles que tinham cotação internacional da commodity e
antes da crise financeira internacional à trajetória de apreciação do real ante
do final de 2008. O estudo baseia-se no o dólar no segundo semestre do ano.
acompanhamento da saúde financei- Com a crise, as siderúrgicas reduziram
ra das maiores empresas brasileiras, a o volume de produção em razão da re-
partir de uma amostra de 259 compa- dução das encomendas e foram impac-
nhias de vários setores da economia, tadas pelo efeito das dívidas em dólar.
das quais cerca de 80% apresentavam Em 2009, isso se intensificou, diante do
ratings de baixo risco de crédito. menor volume de produção, paralisa-
A crise financeira internacional, que se ção de unidades, motivados fortemen-
intensificou no final de 2008, levou a te pela queda de exportação. O quadro
uma revisão generalizada dos ratings sinalizou melhora, pois o mercado in-
de todas as empresas, provocando terno continuava aquecido ao final de
downgrade de parte dos ratings. 2009, com tímida recuperação ao lon-
Após a crise, o mercado interno teve go de 2010.
destaque positivo, apoiado por deci- De um modo geral, a indústria brasilei-
sões do governo, que devolveram se- ra vem perdendo competitividade no
gurança aos consumidores. Por outro mercado externo, em função da valori-
lado, os segmentos exportadores apre- zação do real frente ao dólar, fato este
sentaram desempenho inferior. frigorífico de bovinos. A redução da mostrado pelo desempenho da ba-
As empresas de baixo risco, que repre- demanda mundial provocou queda lança comercial que apresenta taxa de
sentavam 83% da amostra, agora re- das exportações de carne bovina, tam- crescimento de importações superior
presentam 63%. Houve migração para bém afetadas pela valorização do real ao das exportações.
o médio risco, que passou de 16% para frente ao dólar. Com a intensificação da A melhor gestão de recursos operacio-
29%,reflexodasincertezasnaeconomia. crise, algumas empresas entraram em nais e monitoramento das carteiras de
Alguns segmentos industriais estão recuperação judicial e outras arrenda- clientes pós-crise, alinhados à ligeira
abaixo do desempenho pré-crise, pois ram ou fecharam plantas industriais. recuperação de alguns setores da eco-
ainda não apresentaram recuperação O segmento de fertilizantes também nomia durante o ano de 2010, tendem
plena, destacando-se alimentos, papel foi afetado e esteve em queda duran- a refletir positivamente no compor-
e celulose e siderurgia. te o ano de 2009. O setor, juntamente tamento operacional e financeiro das
No final de 2008, a indústria de alimen- com o de defensivos, foi impactado empresas neste ano, o que resgatará
tos apresentou desaceleração, devido também pelo aumento dos custos, de- seu nível de geração de caixa, fator im-
à redução de consumo, reflexo da alta vido à elevada dependência de impor- portante para que a saúde financeira
dos preços dos alimentos e do compro- tação de matéria-prima. das indústrias retorne a patamares fa-
metimento do orçamento das famílias. Em 2009, a produção de papel e celu- voráveis, refletindo-se positivamente
Um dos segmentos afetados foi o de lose aumentou, devido ao incremento nos ratings de crédito.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {21}

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{ opinião }

jair lantaller
P residente do i nstituto geoC – g estão de e xCeLênCia o PeraCionaL em CoBrança

Bons sinaispara 2011


o
Divulgação
s sinais de que 2011 será compartilham das melhores práticas
um bom ano, assim como de gestão e não temem uma avaliação
foramosanteriores,come- externa. O Selo de Qualidade do IGEOC
çam a ser dados. É evidente que é muito permitiu que as empresas investissem
precoce fazermos uma análise comple- cada vez mais na busca e implemen-
ta com tão pouco tempo percorrido. tação de soluções inovadoras, funda-
Mas os indícios são muito alvissareiros e mentais para o fortalecimento da in-
as perspectivas bastante positivas. dústria de crédito e cobrança.
Em 2010, o superávit primário passou A nova diretoria do IGEOC está total-
dos R$ 10,5 bilhões, em dezembro, gra- mente comprometida com a difusão
ças ao forte crescimento do PIB que foi de novos conhecimentos e pretende
de 7,5%. A dívida líquida do setor públi- fortalecer ainda mais as atividades
co caiu, em 2010, para 40,4% do PIB. Em como fóruns de discussão em RH, TI-
2009 era maior: 42,8%. Uma redução -Telecom, qualidade, benchmarking,
pequena, mas sinalizadora. compras, assuntos jurídicos e basileia.
O setor produtivo do País está a pleno Estamos atentos às atualizações ne-
vapor em inúmeros setores - tanto que cessárias na grade curricular do curso
a Receita Federal estima para o ano um universitário em Crédito e Cobrança
crescimento de 10% na arrecadação. (parceria com a Universidade Anhembi
Segundo o órgão, os principais vetores verá manter a taxa de juros e até voltar Morumbi), de acordo com as mudanças
serão o aumento da demanda domés- a derrubá-la, o que será benéfico para do mercado; já começamos a formar a
tica e da produção industrial. No ano toda a economia. segunda turma do MBA, que tem sido
passado, tivemos um crescimento da A discussão do reajuste do salário mí- um enorme sucesso e planejamos um
produção industrial superior aos 10%, nimo, independentemente do valor Congresso de Crédito e Cobrança ain-
o melhor resultado desde 1986, auge que for acordado, é bastante positiva, da mais promissor. Acreditamos que in-
do Plano Cruzado. já que representa um aumento real e vestir em pessoas é determinante para
No setor automobilístico, os financia- consequentemente a entrada de mais fazer a diferença.
mentos cresceram significativamente e pessoas no crédito. Assim como os bai- As perspectivas de crescimento do País
a ANEF – Associação Nacional das Em- xos índices de desemprego também de forma constante e duradoura, com o
presas Financeiras das Montadoras – fez contribuem para que um grupo maior fortalecimento da economia e a forte
sucessivos anúncios, ao longo de 2010, de pessoas esteja dentro da economia, expansão do crédito, geram, para as
dequedasnastaxasmédiasdejurospra- consumindo e comprando crédito. empresas participantes do IGEOC, um
ticados no financiamento de veículos. Atento a todo esse cenário, o IGEOC desafio ainda maior, que o Instituto as-
De forma geral, um cenário bastante vem se preparando e oferecendo aos sume integralmente em prol do dina-
estável para o começo do ano e otimis- associados oportunidades para a con- mismo que o mercado exige.
ta para o setor de crédito e cobrança. A solidação das empresas dentro de um Não há dúvida que novos produtos
inflação sob controle e a estabilidade País com a economia cada vez mais surgirão e que, além do crescimento
econômica permitiram uma forte ex- robusta, porém bastante competitiva. das carteiras existentes, principalmen-
pansão no crédito nos últimos anos e, A certificação do IGEOC, consolida- te do financiamento imobiliário, tere-
pelos primeiros indícios, continuarão da e que tem servido de modelo para mos grandes eventos que influenciarão
no mesmo patamar ou ainda com mais outros países, é definitivamente uma a nossa indústria, como a Copa do Mun-
oferta. Caso a inflação apresente sinais demonstração para o mercado de do e a Olimpíada. Começamos bem,
claros de controle, o Banco Central de- que as empresas inseridas no Instituto mas é preciso arregaçar as mangas.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {23}

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{novidades}

Portugal telecom
assina parceria altitude recebe
investimento do BBVA
estratégica com a oi A Altitude Software, empresa focada
em soluções para contact centers,
O “namoro” das duas empresas de te- so no desenvolvimento de soluções acaba de anunciar que contará em
lecomunicações começou em julho inovadoras e tecnologicamente avan- seu quadro acionário com o Grupo
de 2010, com o anúncio da parceria. çadas para clientes empresariais, na BBVA,umadasmaioresinstituiçõesfi-
Em outubro, a Portugal Telecom infor- convergência fixo-móvel, na banda nanceirasdaAméricaLatinaeEuropa.
mou ao mercado que assinara o con- larga móvel, na TV por subscrição e no O fundo de ativos privados IBI e o
trato definitivo de compra e venda da triple-play, contribuindo de forma sig- grupomundialdeserviçosfinancei-
Oi com seus acionistas controladores. nificativa para o desenvolvimento ope- ros BBVA adquiriram a maior parte
Com esse investimento estratégico, a racional e financeiro da Oi, empresa em do capital da Altitude Software de
PT continuará sua expansão e diver- ascensão, que consolidou forte presen- seus acionistas atuais (principal-
sificação geográfica em mercados de ça no mercado brasileiro. A Oi indicou mente fundos de capital de risco e
elevado potencial de crescimento. a intenção de adquirir uma posição de investidores privados europeus).
Para alcançar esse objetivo, pretende até 10% na PT. Toda a transação deverá Mas é importante enfatizar que não
alavancar a sua experiência de suces- estar concluída até março. se trata de uma aquisição e, sim, de
um aporte financeiro.
O IBI é um fundo de ativos privados
com investimentos focados na in-
dústria de software. O BBVA é um

Contax e dedic gPti grupo multinacional de serviços


financeiros com um capital de mais

se unem e consolidam a de 557 bilhões de euros, 47 milhões


de clientes em mais de 30 países e é

maior empresa de BPo do Brasil líder de mercado na Espanha. Possui


grande presença em toda a Europa,
A CTX Participações , holding contro- mento de capital na Contax e entrega América Latina, Estados Unidos e
ladora da Contax, incorporou a Dedic das ações emitidas para os atuais acio- Ásia-Pacífico (com presença nos
GPTI para ampliar operações de con- nistas da Dedic GPTI. principais centros financeiros como
tact center, IT e BPO. Esta integração Para realizar a integração entre as duas Hong Kong, Cingapura, Tóquio, Sid-
permitirá a geração de sinergias subs- empresas, a Contax incorporará as nei,MumbaieXangai).
tanciais, beneficiando assim todos os ações de Dedic GPTI entregando ações “Os novos acionistas estão compro-
acionistas das duas empresas e por da Contax à Portugal Telecom, com metidos com o desenvolvimento
parte da Portugal Telecom a cristaliza- base em uma relação de troca proposta do nosso portfólio de soluções e
ção do valor da Dedic GPTI. de 0,0362 Contax ON para cada ação da com a aceleração das iniciativas de
Com a fusão, a Contax, empresa posi- Dedic e de 0,0363 Contax PN para cada marketingevendasemtodoomun-
cionada entre as líderes no setor nacio- açãodaDedic.Essarelaçãolevaemcon- do com o intuito de manter o cresci-
nal de serviços corporativos e serviços sideração um Equity Value de R$ 2.324 mento da participação de mercado
de contact centers, terá crescimento milhões da Contax e R$ 192 milhões da dos produtos da empresa”, explica
em escala, expandindo sua base ins- Dedic GPTI, de modo que esta última Gastão Taveira, CEO da empresa. A
talada e tornando-se a segunda maior representa 8,3% do capital da Contax. Altitude Software tem planos de se
empregadora privada do país. Conta, "Esse é um passo importante na execu- tornar uma líder global na sua área.
hoje, com 54 unidades operativas em 9 ção da estratégia da Contax que é cres- Atualmente, conta com 15 escritó-
Estados e Distrito Federal. A operação cer com solidez e contribuir cada vez rios em todo o mundo e 300 funcio-
de fusão será realizada através de uma mais para o sucesso dos nossos clien- nários que dão suporte a mais de
incorporação de ações da Dedic GPTI tes", afirma Michel Sarkis, presidente 900 clientes em 60 países.
pela Contax, com o conseqüente au- da Contax.

{24} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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{novidades}
agenda 2011
Atualize-se participando dos principais
eventos da CMS no mundo

MArço 28 e 29 de Março
1st International Credit
Management Summit
Panamá l Panamá
MAio 11 e 12 de Maio
1º Congresso Nacional
de Micro Finanças
Bogotá l Colômbia
SuCESSO na primeira edição deste evento
Junho 21 e 22 de Junho

Lisboa sedia segunda edição do 3º Congresso Nacional


de Micro Finanças e

Congresso de Crédito e Recuperações


6º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
Lima l Peru
A CMS – Credit Management Solutions, “Este é o lugar onde os líderes do merca-
28 de Junho
grupo líder na organização de congres- do nacional se reúnem para compartilhar 2º Congresso Nacional
sos e eventos para a indústria Ibero- suas experiências e visões sobre o crédito de Crédito e Recuperações
-Americana de Crédito e Cobrança, esuagestãoderecuperação”,comentouo Lisboa l Portugal

confirmou a realização do 2º Congresso presidentedainstituição,PabloSalamone. Julho 4 e 5 de Julho


9º Congresso Nacional
Nacional de Crédito e Recuperações em Para acompanhar informações deste
e Latinoamericano
Lisboa. O evento ocorrerá no dia 28 de e de outros eventos da CMS, acesse de Crédito e Cobrança
junho no Centro Cultural de Belém. http://www.cmseventos.com Buenos Aires l Argentina
AgoSto 24 e 25 de Agosto
8º Congresso Andino

Crédito ganha primeiro de Crédito e Cobrança


Bogotá l Colômbia

congresso internacional no Panamá 6º Congresso Nacional


de Crédito e Cobrança
Nos dias 28 e 29 de março, o Hotel Riu entre elas, apresentação de boas práti- Santiago l Chile
Panamá Plaza, na cidade do Panamá, cas, compartilhamento de dados para SeteMbro 5º Congresso Nacional
receberá congressistas, expositores e redução de riscos, alianças estratégicas de Financiamento ao
Consumo e Meios de
palestrantes do I Congresso Internacio- entre banco e varejo, o perfil do novo Pagamentos
nal de Crédito. O evento reproduz a fór- profissional de cobrança, desafios e Buenos Aires l Argentina
mula já consagrada mundialmente da capacitação na retenção de talentos e outubro 4º Congresso Nacional
CMS – Credit Management Solutions, o uso da tecnologia como ferramenta de Crédito e Cobrança
Quito l Equador
líder na realização de eventos para pro- que impulsiona o crédito e facilita a ad-
fissionais de crédito e cobrança. ministração de carteiras. 4º Congresso Nacional de
Financiamento ao Consumo,
Esta mais recente investida da CMS Ainda está em tempo de participar. Pagamentos e Recuperações
reunirá a América Central, Caribe e Para inscrição e mais informações, Montevidéu l Uruguai
Panamá em torno de questões funda- acesse http://www.cmseventos.com/ 18 e 19 de Outubro
mentais ao desenvolvimento do setor, panama_2011 7º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
São Paulo l Brasil

Transit Telecom inicia noveMbro 8 de Novembro


3º Congresso Nacional

operação de nova rede óptica de Crédito e Cobrança


Caracas l Venezuela
A operadora Transit Telecom já soma racionalização de uma nova rede de 23 e 24 de Novembro
uma base de mais de 400 mil clientes fibra óptica. O custo de investimento 3º Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança
residenciais e corporativos no Brasil e no projeto foi de aproximadamente R$ Madri l Espanha
agora, em 2011, está ampliando a ofer- 200 milhões e prevê a ampliação do ba-
ta de serviços aos clientes corporativos ckbone próprio para levar aos clientes Informações:
www.cmseventos.com
da capital paulista ao dar início à ope- soluções completas em TI e Telecom.

C r e d i t p e r f o r m a n C e {25}
{indicadores }

os altos e baixos
da nova gestão
o pacote antiinflacionário, já lançado em dezem-
bro, está atendendo às demandas da economia
e agradando à maioria da população, que con-
tinua indo às compras, embora com apetite mais moderado.
As medidas macroprudenciais incluíram elevação da taxa
empréstimoscomrecursoslivres,osbancosestimamexpansão
de17,3%.Aconvergênciaficanaexpectativadeexpansãomaior
dos empréstimos para PJ do que para PF, refletindo a maior de-
manda para projetos de infraestrutura e ampliação de capaci-
dade pelo segmento de micro, pequenas e médias empresas."
básica de juros, aumento dos compulsórios e do requerimen- Outra unanimidade, ainda segundo o economista da Febra-
to de capital para operações de pessoa física de prazo mais ban, “é a manutenção de um ritmo acelerado no crédito dire-
longo – notadamente crédito pessoal (inclui consignado) e cionado em 2011 (BNDES, Imobiliário e Rural), ainda que em
veículos – além do corte de gastos públicos no total de R$ 50 menorritmodoqueoverificadoem2009e2010,tambémpela
bi, segundo divulgado pelo governo. maior demanda para projetos de infraestrutura, tendo em vis-
“A dúvida é se as medidas já adotadas ou precificadas, como taoseventosprogramadosparaospróximosanos,comoCopa
uma elevação da Selic para 12,25% ao ano em dezembro de do Mundo, Olimpíadas, Pré-Sal,entre outros, além de uma ro-
2011, serão suficientes para fazer a inflação convergir para busta demanda por micro, pequenas e médias empresas."
o centro da meta, ainda que em um horizonte mais longo, Outro bom indicador de que a economia nacional vai bem é a
como o ano de 2012. Caso elas não sejam suficientes, o gover- altadaentradadedólaresem2010.Oeconomistaeex-ministro
no deverá elevar a dose dessas medidas”, argumenta Jayme da Fazenda Maílson da Nóbrega mostra otimismo: “O país con-
Soares Alves Neto, economista sênior da Febraban. tinua atrativo para os investidores, que não enxergam riscos de
Com relação ao crédito, Alves Neto acredita que há ainda algu- retrocesso na nova gestão. A percepção é a de que o governo
madisparidadena“magnitudedasprevisões”feitaspelogover- Dilma Roussef vai preservar a responsável política econômica
no e pelo setor privado com relação ao crescimento do setor quevemsendoexecutadadesdeogovernodeFHC.Éóbvioque
em2011.Eexplica:“EnquantooBCesperaexpansãode12%nos parte dos investimentos chegam ao Brasil por causa da baixa

Divulgação

“Com o aumento de renda das famílias,


a expansão da atividade econômica e a
queda da inadimplência, os bancos puderam
expandir suas operações de maneira prudente
e elevar seus lucros. o sistema ficou mais
capitalizado e sólido e isso é bom para todos”
maílson da nóbrega
eConomista

{26} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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Por Christiane brito

Mais aplausos do que críticas estão acompanhando a trajetória de Dilma Roussef em


seu primeiro trimestre no poder. os primeiros comemoram, entre outras iniciativas, a

o
manutenção de um ritmo acelerado de crédito e crescimento, e as segundas contemplam o
necessário combate – ainda insípido - às limitações estruturais que retiram competitividade,
como as “deficiências de infraestrutura, o caos tributário e o anacronismo da legislação
trabalhista”, elenca Maílson da nóbrega. o ex-ministro e o economista sênior da
Febraban, Jayme soares alves neto, apresentam aqui e o cenário atual da economia

Expectativa de Mercado – Resultados Obtidos


2011 2012
02/mar 20/abr 08/jun 20/jul 31/ago 19/out 30/nov dez/2011 dez/2012
Taxa Selic* 11,75 12,25 12,25 12,25 12,25 12,25 12,25 12,25 11,00
Taxa de câmbio** 1,70 1,70 1,70 1,71 1,72 1,73 1,74 1,75 1,80

Nota: *Mediana; **Média

rentabilidade dos ativos financeiros nos países ricos, mas eles lizmente, a China e outros países emergentes têm condição de
não seriam aportados caso os investidores tivessem dúvida em manter certo ritmo de expansão, o que contribui para evitar
relação às intenções da atual administração do Brasil." que a crise dos ricos se transforme em algo mais sério. No Brasil,
o cenário internacional menos favorável do que o prevalente
o mundo na berlinda nos anos Lula vai significar menos crescimento, mas nada pa-
Maílson aproveita para avaliar o cenário mundial pós-crise de recidocomoquevivemosnadécadaperdida”,concluiMaílson.
2008: “A crise mudou de natureza. Passou de uma crise finan-
ceira para uma de crescimento nos países ricos. A situação inadimplência
é preocupante na Europa, onde o excessivo endividamento O recuo registrado em 2010 deve-se, na opinião do econo-
de países como a Grécia e a Irlanda, que se beneficiaram de mista-sênior da Febraban, à normalização das condições eco-
recentes pacotes de ajuda da União Européia e do FMI, cria nômicas após o fim da crise internacional, que havia elevado
obstáculos difíceis de transpor. O ajuste exigido desses paí- substancialmente a inadimplência, especialmente em pessoa
ses é politicamente insustentável, o que vai acarretar, cedo ou jurídica: “A própria melhora do nível de atividade interna, cria-
tarde, uma redução de seu endividamento, com perdas para ção de vagas e aumento da renda ajudaram na recuperação
os credores. Como essa solução não é fácil de ser obtida por da capacidade financeira das empresas e famílias e contri-
negociação, ela vai se impor com o tempo ou por reestrutura- buiu para o recuo da inadimplência. O movimento foi mais
ções desordenadas, o que poderia levar a Europa a mergulhar pronunciado em PF, onde as taxas de inadimplência já estão
em uma crise financeira de grandes proporções. Dificilmente abaixo das observadas antes da crise financeira. Em PJ, porém,
seus bancos estão preparados para as respectivas perdas. As- permanece em nível acima, mas por fatores mais estruturais,
sim, a tendência é de medidas para evitar a insolvência desses na medida em que cresceram os empréstimos para MPME
países – aos quais podem se juntar Portugal e mesmo a Espa- que possuem inadimplência mais elevada, ao passo que as
nha – o que apenas prolonga a crise e adia a solução.” grandes empresas captaram recursos por outras fontes, como
A América Latina, por sua vez, já viveu picos de crises mais agu- mercado de capitais e emissões no exterior, entre outros.
das, como nos anos 80 e princípio dos 90, compara o ex-minis- Para2011,aprevisãoédeestabilidadenosníveisdeinadimplên-
tro: “Esse período ficou conhecido como década perdida." cia “à medida que se espera que a economia brasileira continue
Em relação à economia norte-americana, a recuperação será crescendo entre 4,5% e 5% e não sejam adotadas medidas mais
mais demorada do que se previa, constatam especialistas: “Fe- bruscas que as já atualmente esperadas”, conclui Alves Neto.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {27}

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{ destaques }

mba pioneiro traz


inovações ao setor
Curso abrange conhecimentos de crédito e cobrança

f inalmente a área de formação


em crédito e cobrança tem
acesso a uma especialização
reforçada, que apresenta a prática e a
teoria nos dois segmentos. Resultado
setor, que apresenta um cenário extre-
mamente competitivo e em constante
mudança. A primeira turma do MBA
teve início em agosto de 2010. “A pro-
posta é atender a profissionais com
o mercado cresce. Já fiz diversos cur-
sos de especialização, porém nenhum
com a abrangência deste MBA”, explica
Marcelo de Oliveira Pires, gerente ope-
racional da Localcred.
da parceria do Instituto de Gestão em sólida formação em graduação que Moisés Batista de Souza, diretor do
Excelência Operacional em Cobran- queiram alavancar informações estra- Grupo Aval Toledo Piza e um dos inte-
ça (IGEOC), com o grupo educacional tégicas nas mais modernas técnicas grantes da primeira turma do progra-
Ibmec e a Associação Nacional das de gestão”, explica João Paulo Mattos, ma, acrescenta: “Os módulos que já
Instituições de Crédito, Financiamen- superintendente do IGEOC. foram aplicados têm sido de alta rele-
to e Investimento (Acrefi), o MBA em Nota 10 - Os “graduados” invertem o vância no aperfeiçoamento das minhas
Gestão de Crédito e Cobrança tem um jogo aqui e fazem a avaliação do cur- atividades como executivo em recupe-
conteúdo programático inédito no País so: “Em um mercado de trabalho cada ração de crédito."
porque alia conhecimentos das duas dia mais competitivo, a necessidade Novas turmas em 2011 - Aulas expositi-
pontas operacionais, crédito e cobran- de uma boa colocação faz com que a vas e leitura prévia; recursos audiovisu-
ça, e consegue contribuir com todos busca por especializações e diferen- ais em sala de aula; intranet acadêmica;
os campos profissionais, de indústria a ciais seja cada vez maior entre nós, simulações estratégicas e estudos de
instituições financeiras. profissionais. Este aspecto se acentua caso estão entre as metodologias apli-
A iniciativa, que está sendo muito bem no mercado de crédito e cobrança, cadas durante o programa, que tem
recebida graças ao pioneirismo, visa tendo em vista seu vertiginoso cres- duração de um ano, com carga horária
proporcionar aos profissionais uma cimento dos últimos anos, o que faz de 580 horas/aula. As próximas turmas
base teórica e prática para compre- com que nem sempre os profissionais para o MBA terão início no segundo se-
ensão das práticas organizacionais no se preparem com a velocidade em que mestre de 2011.

Fotos: Divulgação

“Já fiz vários cursos de


especialização, porém nenhum serviço
com a abrangência deste MBA”
marCelo de oliveira Pires mba em gestão de
Crédito e Cobrança
localcred
gerente operacional da
av. Francisco Matarazzo,
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“os conhecimentos são de alta
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relevância para os executivos que - Brasil - Cep: 05001-000
atuam em recuperação de crédito” telefones: 55 11 3666-
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{28} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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{ tendências }
Por elvira Parise

História com
final feliz
Tudo começa na concessão de crédito, quando cliente e agente financeiro se
comprometem num relacionamento contínuo até que a dívida seja quitada. não sendo,
entra em cena a cobrança, antes uma vilã intimidadora, agora uma parceira na negociação
e recuperação de crédito. Conheça aqui o perfil do atual mercado e algumas das mais
modernas ferramentas tecnológicas, metodológicas e estratégicas que ele oferece

a
Divulgação

cobrança porta a porta ainda é uma solução em


mercados de características muito peculiares
como o México, onde está localizada a bem-
-sucedida rede Sebastian de varejo, mas certamente está
com os dias contados diante das inovações na tecnologia e
no marketing que os grandes centros de crédito e consumo
estão empreendendo em todo o mundo.
No atual cenário da cobrança, técnicas agressivas e ul-
trapassadas podem ir parar nas redes sociais, blogs ou
mesmo em sites do tipo “reclame ao bispo”, afinal, o bispo
moderno é o grande público virtual, conectado por meio
de celulares e internet. Por isso mesmo, a transparência
corporativa ganhou relevância nas últimas duas décadas,
consagrando a internet como elemento revolucionário na
comunicação entre os mais diversos públicos, inclusive
cliente e cobradora.
Líder na América Latina em melhores práticas de cobrança,
o Brasil navega muito bem na rede, oferecendo, por meio
dela e também por outras formas inovadoras de contato,
negociações amigáveis e condições especiais para quitação
de dívidas em atraso.
Na área de campanhas de incentivo, que chegam a propor-
cionar até mesmo happy hours e brindes-surpresa aos que
quitam suas pendências, os bancos foram pioneiros, como
arthur guitarrari Itaú e Bradesco, protagonistas de cases internacionais de
gerente de noVos negóCios da ziPCode sucesso na área.

{30} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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Divulgação

área de atendimento da dígitro, emPresa genuinamente BrasiLeira Com mais de 30 anos de merCado no setor de teLeComuniCações

abordagem te acessíveis por meio de tecnologia de ponta, como a tão


Utilizando equipe própria ou terceirizada, conforme o caso, a aclamada computação em nuvens, que leva mais agilidade
financeira chega ao cliente com propostas irrecusáveis, que às respostas e inteligência à operacionalização de serviços.
resolvem as dificuldades passageiras, facilitando o pagamen- O trabalho, assim, se torna mais qualificado e assertivo”, es-
to de parcelas em atraso. Para quem olha de fora, parece uma clarece Guitarrari.
solução “pensada” caso a caso, mas quem está dentro da área O gerente garante que a tecnologia irá propiciar, otimizar e
de cobrança sabe que a personalização é uma estratégia de acelerar processos tanto no acesso à informação quanto na
marketing e só pode ser aplicada por pessoal treinado, sen- tomada de decisão desde a liberação de crédito, passando
sível ao que escuta do cliente endividado. pela localização e a negociação de dívidas entre as empresas
Essa mediação amigável traz benefícios múltiplos: diminui ín- e o consumidor final. O resultado final será maior qualidade
dicedeinadimplência,colaboracomarecuperaçãodecrédito, não só nos processos, mas na gestão, nos controles e na re-
previne o superendividamento e até contribui para o “consu- dução de custos.
mo consciente”, porque o cliente inadimplente tem, assim, a Os avanços e o crescimento na demanda de cobrança es-
oportunidade de conversar com especialistas que o orientam tão fazendo com que empresas de múltiplos focos, como
quantoàmelhormaneiradeadministrarnãosóasdívidas,mas os fornecedores da indústria de call center, migrem para o
também o acesso ao crédito. Por toda essa versatilidade ope- setor, intensificando ainda mais a modernização. Anilton
racional, a cobrança está sendo considerada uma ferramenta Valverde, diretor comercial da Dígitro, começou a “surfar
de inserção social, de conscientização do devedor. essa onda” há mais de dez anos, disponibilizando uma
experiência de mais de 30 anos em tecnologia: “Acredi-
diálogo é a alma do negócio tamos que seja possível alcançar metas de cobrança com
Todas estas conquistas do setor de cobrança se apoiam em inovações como as tecnologias de processamento de voz
dois pilares, segundo Arthur Guitarrari, gerente de novos e o Interact, solução de contact center. O Interact integra
negócios da ZipCode: pessoas e tecnologia. Esses pilares re- várias mídias de contato (voz, SMS, chat e e-mail), por meio
atam o elo rompido da comunicação entre devedor e credor, de uma gestão unificada de filas de atendimento e a dis-
restabelecendo o fluxo de informação: “O mercado de crédi- tribuição de chamadas de acordo com o skill (habilidades)
to e cobrança necessita de informações precisas, facilmen- do atendente."

C r e d i t P e r f o r m a n C e {31}

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{ tendências }
Divulgação

mercado livre
Em novembro de 2010, durante o VI Congresso Nacional
de Crédito e Cobrança, promovido pela CMS Brasil, foram
apresentadas soluções inteligentes aos contact centers.
São produtos que prometem agilizar os processos de co-
brança, gerenciar as forças de trabalho, aumentar a pro-
dutividade e aperfeiçoar a relação com os clientes.

Nice Perform eXpress


A israelense NICE Systems levou ao mercado um pro-
duto completo, o Perform eXpress. Ele inclui recursos de
gravação de voz e tela, com módulos de qualidade que
atendem às regulamentações vigentes, além de análise
completa das interações e uma solução específica de Back
Office. A solução, dirigida ao segmento Small Medium Bu-
siness (SBM), representa a estreia da NICE no mercado de
pequenas e médias empresas. O novo software pode ser
instalado, configurado e gerenciado pela web. A solução
possibilita a gravação total das interações entre agentes
e clientes; seja para o cumprimento de regulamentações
legais ou para o controle da qualidade do atendimento.

Interact
O sistema disponibilizado pela Dígitro Tecnologia permite
o acesso tanto por voz como por correio eletrônico, SMS anilton valverde
e Chat. O monitoramento das chamadas provenientes de diretor ComerCiaL da dígitro teCnoLogia
qualquer desses canais é feito por meio de uma única inter-
face de gerenciamento. Essa ferramenta possibilita a cria- universo em expansão
çãodeperfisdeatendimento,chamadosde“skill”,quecon- O gerente da ZipCode apresenta outras vantagens da tecno-
siste em efetuar a distribuição automática das chamadas
logia na cobrança: “As ferramentas de TI estão mostrando
para a posição mais adequada de atendimento, levando
que serão fundamentais para que as empresas de crédito e
em conta níveis de competência e especialidade temática.
Segundo o diretor comercial da Dígitro, Anilton Valverde,
cobrança consigam ter melhores retornos em relação às con-
“o primeiro impacto da solução é a redução da espera, cessões de crédito e nas negociações com inadimplentes. O
proporcionada, principalmente, pela disponibilidade de avanço da TI nesse setor favorece todas as partes da econo-
diversos canais de atendimento. Além disso, buscamos mia, traz o retorno a quem concede crédito e oportunidade
favorecer o relacionamento com o cliente, utilizando o di- ao próprio inadimplente, que recupera seu nome para maior
recionamento por skill, que relaciona a dificuldade especí- credibilidade junto ao mercado."
fica ao atendente mais apto a resolvê-la, evitando estresse Guitarrari faz referência também ao avanço nas metodolo-
e transferência da ligação para mais de duas pessoas em gias: “Como exemplo, posso citar a árvore genealógica, mé-
uma mesma chamada." todo que identifica parentes e, consequentemente, amplia as
possibilidades de contato das empresas de cobrança.”
ZipOnline
A Dígitro, que já contabiliza cerca de 130 clientes no segmen-
O lançamento da ZipCode permite a consulta a milhões de
to, acredita no crescimento desse número em 2011, afinal o
informações de consumidores e empresas de abrangên-
cia nacional, identifica margens disponíveis para oferta de
mercado está ampliando o volume de crédito, que se restrin-
crédito consignado, automatizando processo de busca e giu com a crise de 2008: “Os clientes que utilizam a solução
consolidando informações qualificadas, que irão propor- de call/contact center para crédito e cobrança são de vários
cionar maior assertividade e permitir pesquisas online e segmentos, como telemarketing ativo, televendas, cobran-
respostas em tempo real, aumentando assim a produtivi- ças e telemensagens, entre outros”, conta Anilton Valverde,
dade e a redução de custos das empresas. apostando na pluralidade de perfis para multiplicar o portfó-
lio de clientes e serviços.

{32} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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{ pelo mundo }
Por Gabriela arruda

bons negócios
no paraíso
Banhado pelas águas do Caribe e do
Pacífico, o Panamá é um destino cada vez
mais atraente ao público executivo

C
om uma economía estável e lo- bucólicos, como Veraguas, que fica na
calização privilegiada, o Pana- região central do país e é atravessada
má tem atraído cada vez mais pela Cordilheira Central, ou El Valle de
turistas, que se deslocam dos quatro Anton, que oferece muitas atividades
cantos do mundo para conferir a plura- esportivas e atrativos turísticos, como
lidade geográfica e cultural do peque- poços de água termal e sítios arqueoló- CresCente agenda de eVentos
no país situado na América Central. gicos de antigas culturas indígenas. atrai turistas Para o Panamá
Destino de muitos executivos em função O mundialmente famoso Canal do
do crescente número de eventos que se- Panamá tem uma área reservada aos de crédito recuperaram o ritmo de
dia,oPanamáéopaísmaisinternacionali- turistas, que podem observar, dali, os crescimento. “Em dezembro, as en-
zadodaAméricaLatina,segundooÍndice enormes transatlânticos na grandiosa tidades financeiras disponibilizaram
deGlobalizacãodasNaçõesUnidas.Entre obra de engenharia. 6.8 milhões de dólares de crédito, um
janeiro e dezembro de 2010, o Aeropor- total 70% maior em relação a 2009”,
to Internacional de Tocumen recebeu ventos favoráveis conta a gerente.
1.162.713 visitantes, 10,2% a mais do que O setor de crédito no Panamá tem um Eofuturopromete:norankingdeoportu-
nomesmoperíodoem2009. comportamento estável há mais de 50 nidadesdenegóciosdoBancoMundial,o
O Panamá possui 2.857 km de costa, ba- anos, segundo Luz María Salamina, Ge- “Doing Business 2011”, que compara o
nhada ao norte pelo Mar do Caribe e ao rente Geral da Associação Panamenha perfil econômico de 183 países, o Pana-
sulpeloOceanoPacífico.OCaribeéodes- deCrédito(APC).Mesmoem2009,anode má subiu seis pontos em relação ao ano
tino mais procurado pelos turistas que pico na crise global e de pequena queda de2010,passandoà72ªposição.
querem usufruir da beleza natural aliada na concessão de crédito, as instituições Para Luz María, 2010 foi o ano de estabe-
aoconfortoeluxo.Emsuaspraiasdeareia financeiras desembolsaram 4 milhões de lecer as bases de um desenvolvimento
brancaeáguasclarasemornaslocalizam- dólaresemoperaçõescomerciais,apenas mais expressivo. A ampliação do Canal e
-seosresortsmaisprocuradosdaregião. 7% menos do que o volume transaciona- da infraestrutura de transporte, a lei de
Jáosamantesdeesportesradicaisencon- doem2008,contaLuzMaría. incentivos fiscais para empresas estran-
tramnaspraiasdoPacíficopaisagensege- Por outro lado, a crise influenciou a prá- geiras se fixarem no País e a eficiência
ografia exóticas, além de grandes ondas. tica de políticas menos flexíveis de cré- do sistema bancário são conquistas que
SantaCatalinaéapreferidadossurfistas. dito, com mais exigências ao consumi- estãoalavancandoaaltanocrescimento:
Em Bocas Del Toro, conjunto de ilhas dor, como por exemplo, a de um tempo “Mais de 50 multinacionais anunciaram
paradisíacas, o turista pode nadar com maior de estabilidade no emprego. Luz sua entrada no país e esperamos que vá-
golfinhos, além de conferir corais gran- María garante: “Medidas como essa rias empresas nacionais sejam compra-
des e coloridos, que contrastam com a atuaram preventivamente contra a das por investidores estrangeiros." Para
clareza das águas. inadimplência, que não aumentou de a executiva de crédito, o principal desa-
Os visitantes que preferem o clima fres- forma preocupante." fio do Panamá é aumentar exportações,
co da montanha ao calor dos trópicos, A atitude moderada se manteve até o prioridade estratégica nas agendas do
podemoptarporconhecerlugaresmais início de 2010, quando as operações governo em 2011 e 2012.

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{ sofisticação & luxo }
Por Gabriela arruda

os insaciáveis
amantes da cerveja
não é só o clima neste verão brasileiro que está pegando fogo:
o consumidor de cervejas busca produtos para matar sua sede por novidades

n as mais baixas temperaturas do inverno ou em ple-


no verão tropical, a cerveja – bebida alcoólica mais
antiga do mundo - continua imbatível na preferên-
cia nacional. O consumidor brasileiro, por sua vez, tem aper-
feiçoado seu paladar, tornando-se cada vez mais exigente e
fatores que pode impulsionar este segmento. “Em mercados
desenvolvidos, o setor representa de 15% a 20% do total de
consumo de cervejas, pois com o aumento de renda, o pú-
blico passa a ter interesse em experimentar novos rótulos”,
complementa Limaverde.
interessado em sofisticação. Mas nem só das grandes indústrias vem o crescente fatura-
Para suprir essa demanda comportamental, mento do setor. As microcervejarias se mul-
as cervejarias têm investido no segmento tiplicam como oportunidade de negócio
premium e cada vez mais marcas artesa- e as artesanais vão, assim, virando mania.
nais surgem para ampliar este mercado Há oito anos em atividade nas regiões Sul
de cervejas especiais. e Sudeste do Brasil, as cervejas Schmitt
“O segmento premium nacional repre- já conquistaram importantes nichos de
senta 5% do mercado total de cervejas. mercado. Gustavo Dal Ri, um dos sócios
Há dez anos, este índice representava da marca, ressalta que poderia haver
2% do mercado”, diz André Limaverde, maior consumo se o custo de fabrica-
gerente de comunicação da Bohemia, ção fosse menor: “Aqui a tributação das
primeira cerveja do Brasil e líder do seg- cervejas artesanais é maior que a das
mento premium. grandes cervejarias. Em outros países a
A Ambev, precursora no setor por meio tributação é inversamente proporcional
da Bohemia, possui entre suas marcas à quantidade produzida. Desta forma,
premium as uruguaias Nortenã e Patrí- quem produz menos pode crescer para
cia; a Quilmes, argentina; e a Franziskaner pagar mais no futuro”, diz Dal Ri.
Weissbier, da Alemanha, entre outras . Mas Outro destaque das artesanais é Wolken-
as opções dos consumidores “premium” burg, que nasceu na estância climática de
vão além e envolvem preciosidades como Cunha (SP). Com variações como a Fit, que
uma trapista belga, por exemplo. é low carb e tem influência positiva sobre o
Entre as tops de linha, também conhecidas sistema imunológico, digestivo e cardiovas-
como “rainhas”, estão a Budweiser, pilsen cular, a marca já pegou a estrada para Paraty,
Premium que é um ícone norte-americano; cidade histórica que está servindo de trampo-
a alemã Erdinger, campeã entre as cervejas lim para novos vôos dos fabricantes. Prova de
de trigo; a Witte Trappist, holandesa fabrica- que as artesanais são dinâmicas e possuem
da num mosteiro, como todas as trapistas; enorme potencial de crescimento.
a Strong Suffolk Vintage, inglesa de aroma Os adeptos das cervejas seguem fazendo
frutado; e a Duvel, requisitada belga com alta suas descobertas, infiéis por amor à arte da
fermentação. degustação, mas fiéis à bebida que elegeram
De acordo com Limaverde, o aumento do como preferida nas rodas sociais, sejam bo-
poder de compra da população é um dos tecos da vida ou requintadas cervejarias.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {35}

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{progresso e desenvolvimento}
Por elvira Parise

América Latina
retoma fôlego
para crescer
superada a crise global de 2008, que alterou a estratégia de crescimento
de países e empresas, o ano de 2011 chega com muitas novidades e
desafios para o segmento de crédito e cobrança na américa Latina

o

futuro em curto prazo é muito animador! Esta é
a convicção de Luciano Nícora, presidente da
ASARCOB (Associação Argentina de Empresas de
Cobranças e Estudos Jurídicos). O país que atravessou crises
econômicas gravíssimas planeja expandir operações para vi-
otimização de
zinhos, como Paraguai ou Peru, e investe na consolidação de
leis que facilitem o desempenho do setor. recursos humanos
Menos otimista, Jorge Humberto Pazos Chaves, um dos sócios
fundadores da Associação de Profissionais de Serviços de Co- e tecnológicos
serão determinantes
brança e AC Legal (APCOB) – sediada no México –, acredita que
oanode2011serádedesafios:“Vaiserdifícilesquecerasdificul-
dades econômicas dos últimos seis meses. No setor bancário, a
alta da inadimplência, particularmente no setor de cartões de
crédito, foi ainda pior que em outros segmentos."
para atingir metas
de crescimento


Ofortalecimentodomercadointernocomoaumentodepostos
de trabalho e a inclusão de novos consumidores é uma deman-
da política urgente quase que na totalidade dos países latino-
-americanos. Concretizado este esforço, entra a colaboração
do setor de crédito e cobrança. Nicora explica como ela já está
reconfigurando o cenário financeiro na Argentina: “As facilida-
desdeacessoaocréditopermitiramqueosbancosretomassem
volumes de negócios do mesmo porte da década passada." jorge humberto Pazos Chaves
Os resultados satisfatórios na Argentina foram obtidos graças sóCio-fundador da aPCoB

{36} C r e d i t P e r f o r m a n C e

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nosso principal projeto
para 2011 é desenvolver
um espaço interativo de
cobranças em outros
países, para obter custos
mais competitivos

à menor flexibilidade nas políticas de crédito, o que evitou au-


mentos significativos nos indicadores de inadimplência.
luCiano níCora
fundador e Presidente da Vn gLoBaL BPo ”
dústria de C&C perante a comunidade financeira, bancária e
comercial,consumidoresemeiosdecomunicação,comaregu-
lamentação e legislação da atividade: “Na Argentina, estamos
novos paradigmas pleiteando nova regulamentação fiscal para o setor financeiro,
ÀfrentedaVN GLOBALBPO, empresaque fundoue preside, Ní- que já está em discussão no Congresso da nação”, declara.
cora já está com o planejamento anual em andamento: “Nosso
principal projeto para 2011 é desenvolver um espaço interativo sobrevoando o mau tempo
de cobranças em outros países com o objetivo de conseguir Tanto Nícora quanto Chavez integram o corpo executivo da La-
umacombinaçãodeestruturadecustosoffshore–onshoreque tinCob, uma das maiores instituições de cobrança do continente
nos permita oferecer preços mais atrativos que os praticados americano:ela reúne13paísesemaisde35grandesempresas. A
hoje na Argentina." julgar por seus porta-vozes, a LatinCob está particularmente em-
Pazos Chaves, que também dirige empresa própria no Méxi- penhadaemafastarasnuvensnegrasquenublaramocéuaberto
co, a Chávez Law Offices Pazos (ASECON), não foca projetos de possibilidades no setor latino-americano de cobranças. “Os
em particular e prefere definir a estratégia da virada: “Otimi- patos só fazem barulho e queixam-se, as águias sobem acima do
zação de recursos humanos e tecnológicos serão determi- grupo."Comestafraseopresidente,JohnJairoAristizabalRamirez,
nantes para atingir objetivos, bem como a especialização no espelhou a filosofia da LatinCob hoje: nada de reclamar, a saída é
conhecimento dos diferentes produtos. O ganho em vanta- voaracimadasintempériesdoclimasombrioemtemposdecrise.
gens competitivas dependerá do controle de custos opera- Eparavoaralto,valediversificarmercados,comofazNícora:sua
cionais e da qualidade do serviço”, avalia. empresa, com mais de 15 anos na prestação de serviços de BPO
Como toda realidade tem dois lados, o legado positivo da crise (BusinessProcessOutsourcing),operanãosónaArgentina,mas
é a mudança e reinvenção de modelos: “A crise fincará os fun- também no México (offshore) e Espanha (offshore).
damentos de novos paradigmas, desenvolvidos a partir dos Chavez,porsuavez,ressaltaaimportânciadasegmentaçãona
desafios a superar. Além disso, a experiência fortalecerá o co- carteira de clientes. Indústria automobilística e setor imobiliá-
nhecimento,ferramentafundamentalparaoreaquecimentoda rio, segundo o executivo, estão no alvo dos principais players
indústria e das transações de crédito”, acredita Chavez. no crédito, como bancos. Mas para todo o plano dar certo, a
Nícora,queémembrodoboarddaEndeavor,certamenteapos- tecnologia precisa evoluir: “Na Argentina, a eficiência nos pro-
ta no empreendedorismo como remédio contra o insucesso, cessos de cobrança deixou a desejar nos últimos três anos em
enquanto faz a defesa de novas leis para embasar o desejado funçãodaineficiênciatecnológica.Ocontroleeficientedepro-
crescimento. O executivo preside a entidade (ASARCOB) que cesso exige hoje ferramentas bem mais sofisticadas do que os
pleiteia para seus membros um órgão representativo da in- CRM e PBX do passado”, conclui Nícora.

C r e d i t P e r f o r m a n C e {37}

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{ ponto de vista }
ériCo sodré quirino ferreira
Presidente da a ssoCiação n aCionaL das i nstituições de Crédito finanCiamento e i nVestimento (aCrefi)

boas vindas
aos consumidores
o “
Divulgação
s excepcionais anos de
crescimento do volume
do crédito não vão se re-
petir agora. Estamos em uma fase de
ajustes. Com o aumento da demanda,
o aumento
que implica alta da inflação, o Banco
Central decidiu conter o ritmo de con-
da renda do
cessões de empréstimos, adotando as
medidas macroprudenciais ao final do
brasileiro é
ano passado. Porém, as perspectivas
continuam positivas. Se o crédito não o grande
crescer proporcionalmente aos anos
anteriores, acima de 20%, chegaremos impulsionador
do crédito.
à casa dos 10%, o que, ainda assim, é
uma das maiores taxas do mundo.
O aumento da renda do brasileiro é
o grande impulsionador do crédito.
Entre 2003 e 2010, os financiamentos
Entre 2003
voltados para pessoas físicas cresce-
ram a uma média de 24% ao ano. A
e 2010, os
propensão a consumir continua ele-
vada, diante da continuidade do vigor continuidade desse processo, apesar
financiamentos
do mercado de trabalho e da ascensão
de milhões de brasileiros à classe mé-
dos primeiros sinais de moderação já
serem sentidos no mercado, em espe- voltados para
dia. São pessoas que não costumavam
financiar suas compras e agora têm
cial no segmento de financiamento de
veículos, um dos mais sensíveis às va- pessoas físicas
cresceram a
acesso a diversas linhas de crédito. Tal riações do mercado e diretamente afe-
movimento dá força à continuidade do tado pelas medidas macroprudenciais.
ciclo de expansão no setor. Enquanto A força do aumento da renda tem se
isso, a taxa de desemprego no Brasil em
2010 atingiu a baixa recorde de 6,7% (a
mostrado mais forte que os impactos
contrários. Os consumidores continu-
uma média de
24% ao ano.


menor da série histórica do IBGE). Em arão demandando crédito e as insti-
dezembro, também foi registrado re- tuições financeiras estão dispostas a
corde para medições mensais: 5,3%. financiar seus sonhos. Mas com uma
De acordo com os dados do Ministério diferença: hoje, todos se preocupam
da Fazenda, até 2014, mais da metade em consumir e financiar esse consu-
da população brasileira estará na classe mo com a responsabilidade, o que
C, o equivalentea 113 milhões de pesso- torna sustentável o crescimento de
as. Sendo assim, ainda acreditamos na todo o mercado.

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