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Leonard de Araújo Carvalho

Direito Administrativo
D.Administrativo Disciplina IV

LIMITES DA DISCRICIONARIEDADE DAS DECISÕES DOS AGENTES PÚBLICOS

Antes de iniciar a discussão dos limites da discricionariedade das decisões dos agentes
públicos é importante a apresentação dos conceitos e consequentemente das diferenças entre
poder vinculado e poder discricionário.

O poder vinculado, segundo MEIRELLES, “é o poder que o Direito Positivo – a lei – confere à
Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e
requisitos necessários à sua formalização”, ou seja, o ato e a motivação estão expressamente
previstos na Lei, cabendo o agente publico o dever de agir, não havendo nenhuma margem de
liberdade.

O poder discricionário vem da impossibilidade do legislador prever, na lei, todas as situações e


possíveis ocorrências dos processos e atividades sob responsabilidade da Administração
Pública, ou seja, o agente público tem liberdade para escolher a mais adequada dentre as
condutas possíveis, contudo tal escolha deve ser motivada e traduzir maior interesse e
economia para a Administração Pública.

a prerrogativa concedida aos agentes administrativos


de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que
traduz maior conveniência e oportunidade para o
interesse público.(CARVALHO, 2002)

Ressalta-se que a discricionariedade é aplicável somente quando permitida pela lei. Neste
sentido cita-se DI PIETRO.

quando a lei expressamente confere à administração


[...]; quando a lei é omissa porque não lhe é possível
prever todas as situações supervenientes ao momento
de sua promulgação, hipótese em que a autoridade
deverá decidir de acordo com os princípios extraídos
do ordenamento jurídico e, quando a lei prevê
determinada competência, mas não estabelece a
conduta a ser adotada (DI PIETRO, 2004)

Pela exposição acima se observa que a existência do poder discricionário advem da


impossibilidade do legislador prever na Lei todos os atos necessários a Administração não
bastando, portanto, apenas o poder vinculado para plena prática da Administração Pública,
sempre em estrito interesse das suas respectivas finalidades.

o ideal seria que a lei regulasse minuciosamente a


ação administrativa, modelando cada um dos atos a
serem praticados pelo administrador; mas, como isto
não é possível, dadas a multiplicidade e diversidade
dos fatos que pedem pronta solução ao Poder Público,
o legislador somente regula a prática de alguns atos
administrativos que reputa de maior relevância,
deixando o cometimento dos demais ao prudente
critério do administrador. (MEIRELLES, 2004)

Contudo, também, deve se ter pleno conhecimento que o poder discricionário deve ser utilizado
sempre observando os critérios de economia e interesse da Administração, bem como
cumprindo a legislação vigente.

Resta claro que é dever do agente público utilizar-se do poder discricionário estritamente em
acordo com a lei, devendo sempre praticar e aplicar os atos que se demonstrem os mais
adequados para dada circunstância, devidamente motivados e embasados nos critérios de
conveniência e economicidade.

Segundo MELLO os limites à discricionariedade são delineados pelo próprio ordenamento


jurídico: são regras, princípios ou teorias que delimitam o campo de atuação do administrador
público de modo a impedir que este se desvie da lei (princípio da legalidade), da finalidade
específica prevista no comando normativo (desvio de poder), que fundamente sua conduta com
motivos inexistentes ou incompatíveis com a decisão adotada (motivos determinantes) ou que
utilize via jurídica incompatível com os pressupostos fáticos ou jurídicos justificadores de sua
decisão (causa do ato administrativo).

Observa-se que os deveres são, na verdade, limites da discricionariedade das decisões dos
agentes públicos, uma vez que não se trata de decisões que atendam a interesses particulares
ou favoreçam determinada parte em detrimento de outra. Trata-se, na realidade, de estrito
cumprimento das leis vigentes e aos princípios da administração, a saber: legalidade,
impessoalidade, moralidade, proporcionalidade e eficiência.

Importante ressaltar que hoje se observa, na jurisprudência, que já se admite apreciação, pelo
judiciário, do mérito das decisões administrativas, inclusive, reforma das referidas decisões
pelo magistrado, quando não observados, principalmente, os critérios apresentados no
presente texto.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Alinaldo Guedes. Discricionariedade administrativa: limites e controle jurisdicional.


Jus Navegandi, Teresina, a. 9, n. 645, 14 abr. 2005. Disponível em:
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6587 Acesso em 11 fev. 2011.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 9.ed. rev., ampl. e
atual. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2002.
MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 14. ed. rev. e atual. São
Paulo: Malheiros, 2002.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Discricionariedade e Controle Jurisdicional. 2.ed. São
Paulo: Malheiros, 2003.

PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 16. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2003.

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