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2010
Curso de Aperfeiçoamento de Sargento PM - Gestão de Logística 2
Elaborada pelo TC Clóvis Fernandes Dias Ramalho
Elaborada por:
ÍNDICE
1
O Council of Supply Chain Management Professional (CSCMP) é a principal associação mundial de
profissionais de gestão de cadeias de abastecimento. A CSCMP é uma associação sem fins lucrativos que
fornece a liderança no desenvolvimento, na definição e aperfeiçoamento nas profissões que lidam com
logística e gestão de cadeias de abastecimento. Tem como principal objectivo estar na vanguarda dos
avanços e desenvolvimentos de profissionais nas áreas de gestão de cadeias de abastecimento fazendo
com que os conhecimentos de difundam pela comunidade.
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considerado como o "pai da logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra Mundial a
Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este período, com o
avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística
passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis.
Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, as primeiras
atividades logísticas desenvolvidas pelos militares brasileiros remontam a época imperial.
Em 1821, durante a regência de D. Pedro I, foram efetuadas as primeiras incumbências
referentes ao rancho da tropa, ao fardamento, ao equipamento, ao material de
acampamento, ao arreamento e aos utensílios usados no Exército.
Nas Forças Armadas do Brasil, a logística é parte integrante do Serviço de
Intendência – criado em 1920 com a vinda da Missão Militar Francesa. As atividades
logísticas desenvolvidas nas organizações militares do Brasil trabalham, tal qual nas
empresas, no sentido de desenvolver um planejamento eficaz e o provimento adequado,
nos locais especificados e nas devidas quantidades.
Já no meio empresarial, Martins e Alt (2003, p. 251) relatam que: “No Brasil, a
logística apareceu nos anos 1970, por meio de um de seus aspectos: a distribuição física,
tanto interna quanto externa[...]”. Ao perceberem que, em um país de dimensões
continentais como o Brasil as empresas deveriam ter um gerenciamento logístico eficaz,
os empresários atentaram definitivamente para a logística como um elemento que poder
gerar vantagem em relação à concorrência.
Após a Segunda Guerra Mundial, observou-se um grande avanço nas questões
ligadas a logística. Mendes (2000, p. 15-16) diz que algumas condições econômicas e
tecnológicas contribuíram também para o desenvolvimento da logística, como: “Alterações
nos padrões e atitudes da demanda dos consumidores, [...] pressão por custo, [...]
avanços na tecnologia de computadores, [...] experiência militar”.
A logística, através do Serviço de
Intendência, evoluiu muito dentro das Forças
Armadas. Hoje, este setor deixou de ser apenas
um serviço de apoio ao combate, mas sim, um
elemento de suma importância que pode definir
o curso de uma guerra. Em um recente conflito
da era Contemporânea, a Guerra do Golfo, pôde-se observar que o papel da logística foi
preponderante para a vitória das forças americanas – prevendo e provendo os recursos
de maneira eficaz e na hora certa.
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2) CONCEITOS BÁSICOS:
Para o estudo desta disciplina, imperioso se faz o conhecimento dos termos e
definições aplicáveis à Gestão de Logistica pública, como se ver abaixo:
AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO: Todo agente que participa da administração do
patrimônio público.
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA: Conjunto de operações que viabilizam a prática dos
atos e fatos administrativos resultantes da ação dos agentes da administração, em todos
os níveis considerados.
CADEIA DE SUPRIMENTO: Conjunto de órgãos de direção e execução que,
articulados entre si, acionam o sistema de suprimento.
CARGA: Conjunto dos bens patrimoniais da OME, permanentes e de consumo,
devidamente incorporados e escriturados.
COMANDANTE: Designação genérica equivalente a Chefe, Diretor, Ajudante Geral
ou outra denominação dada a bombeiro militar que, investido de autoridade legal, for
responsável pela administração, emprego, instrução e disciplina de uma OME.
COMISSÃO: Atribuição temporária de serviço a um agente, não catalogada na
estrutura organizacional de uma OME.
COMPRA: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente.
CONTRATAÇÃO: Toda despesa efetuada com recursos do tesouro estadual, ou
decorrentes de convênios, sejam compras, serviços ou obras de engenharia.
FASES DO SUPRIMENTO: São as etapas que compõem a atividade logística de
suprimento, em número de quatro, como se segue: Determinação e cálculo das
necessidades; Obtenção; Armazenagem; e Distribuição.
GESTÃO: Tempo de permanência do agente em um cargo; gerência ou
administração de recursos (humanos, financeiros, materiais); ação do agente como
administrador.
LOGÍSTICA DE MATERIAIS: Conjunto de atividades relativas à previsão e provisão
dos meios necessários à realização das missões da organização, obedecendo aos
princípios básicos de flexibilidade, continuidade, economia, segurança, unidade de
direção e prioridade. Tem como base, os sistemas de suprimento, armazenamento,
transporte e tecnologia da informação de comunicação.
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3.2) Assessoria Jurídica: exame e aprovação de minutas dos editais de licitação, contratos,
acordos convênios ou ajustes, elaborados pelas respectivas Comissões, nos termos do parágrafo
único do artigo 38 da Lei Federal nº 8.666/93; emissão de pareceres e despachos nos processos
de dispensa e inexigibilidade de licitação ou quando solicitado pelo Presidente da Comissão
Central, em matéria referente às licitações e contratos administrativos.
3.3) Diretoria de Apoio Logístico: coordenação e controle da execução, no âmbito das comissões,
das atividades relativas a material, patrimônio e serviços, e todos os demais atos de competência
normativa.
A Diretoria de Apoio Logístico da PMPE (DAL) apóia a supervisão do Comandante Geral,
como também: planeja, coordena, fiscaliza, e controla as atividades de logística da Corporação,
além de propor padronização de normas, prioridades, distribuição, e critérios para aquisição de
diversos materiais e serviços.
A Diretoria de Apoio Logístico é composta pelos seguintes setores:
DAL/1 – Seção de Suprimentos.
DAL/2 – Seção de Patrimônio.
DAL/3 – Seção de Materiais.
DAL/4 – Seção de Expediente.
Os órgãos de Apoio Logístico subordinados à DAL, têm a seu cargo o atendimento das
necessidades de suprimento e manutenção de todas as OMEs, em observância as diretrizes e
políticas baixadas pelo Comandante Geral, sendo também responsável pela aquisição de
materiais, contratação de serviços, controle dos materiais fornecidos como também na prestação
dos serviços de logística, inclusive o de processamento eletrônico de dados.
São os seguintes os órgãos que compões a cadeia de apoio logístico da PMPE:
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3.4) Diretoria de Finanças: coordenação e controle da execução, no âmbito das Comissões, das
atividades relativas a finanças e todos os demais atos de competência normativa.
4.1) COMANDANTE:
Gerenciar todas as atividades administrativas da OME.
Fazer cumprir a fiscalização sobre todos os processos administrativos relacionados a
gestão de materiais e serviços, exigindo os relatórios e prestações de contas.
Adotar medidas administrativas cabíveis e necessárias sobre os resultados apontados nas
investigações e relatórios gerenciais.
Designar comissão específica para procedimentos de exame e aceitação de materiais e
serviços.
Designar comissão específica para os procedimentos do inventário de materiais.
Designar comissão específica para exame e descarga de materiais.
Designar encarregado para apurar através de Inquérito Técnico danos causados aos bens
da OME.
Zelar para que sejam procedidos os registros contábeis dos bens móveis e imóveis da
OME, de acordo com os preceitos deste regulamento e das instruções que regulam o assunto.
Zelar para que os recursos gerados ou recebidos na OME, como resultado da exploração
econômica de bens móveis e/ou imóveis, por indenização e por motivos indicados em outras
instruções, sejam, de imediato, recolhidas à conta bancária específica, obedecidas as instruções
sobre o assunto.
Orientar e supervisionar o recebimento e o exame de material destinado a OME.
Solicitar ao Comandante, sempre que julgar necessário, a presença de técnicos ou peritos,
para exame qualitativo de material especializado a ser recebido pela OME.
Assistir, sempre que puder, ao fornecimento de material e a prestação de serviços à
frações da OME, diligenciado para a execução oportuna e de acordo com as tabelas em vigor.
Prestar informações e pareceres sobre assuntos de sua competência.
Participar, quando determinado, das reuniões de prestação de contas e ficar em condições
de apresentar as variações patrimoniais ocorridas.
Ter sob sua coordenação a redação dos atos e fatos administrativos que devem ser
publicados em boletim da OME.
Fiscalizar e orientar os trabalhos desenvolvidos pelas Comissões de Exame e
Recebimento de bens e das Comissões de Exame e Descarga de bens.
Acompanhar e orientar os trabalhos desenvolvidos pelos encarregados dos Inquéritos
Técnicos, de sorte a ser obtido resultado concreto das investigações.
Fazer cumprir as disposições referentes aos processos de Inventário, fiscalizando os
trabalhos desenvolvidos pelas Comissões designadas, e propondo ao Comandante a adoção de
mediadas administrativas relacionadas as alterações ocorridas.
Distribuir aos setores da OME o material mandado fornecer mediante ordem em boletim ou
pedido regulamentar, após o mesmo ter sido submetido ao Fiscal Administrativo.
Receber, passando recibo nos documentos que lhe forem apresentados, o material
destinado à unidade, cuja entrega lhe seja feita diretamente pelos Órgãos Provedores, assumindo,
individualmente, toda responsabilidade, quer sob o ponto de vista quantitativo, quer sob o aspecto
qualitativo.
Possuir relação de todo o material distribuído sem responsável direto e permanente, com
designação dos lugares em que esse material se encontre.
Dirigir o armazenamento do material que deva ser remetido a qualquer setor ou a outro
destino, remetendo uma guia dentro do próprio volume e outra com o ofício de remessa.
Estar em dia com a legislação e ordens referentes ao material distribuído aos setores da
OME, a fim de que possa manter a contabilidade e escrituração respectivas dentro das normas
em vigor.
Zelar pelas boas condições de armazenamento todo o material da OME, agindo nas
necessidades de reparação ou substituição dos bens estragados ou extraviados, e certificar-se se
os serviços de limpeza e conservação do material obedecem às prescrições regulamentares.
Participar ao Fiscal Administrativo, logo que se verifique, a avaria ou a falta de qualquer
artigo sob sua responsabilidade, prestando-lhe os necessários esclarecimentos e indicando os
responsáveis, se for o caso.
Dirigir os trabalhos do rancho da OME, de acordo com os preceitos regulamentares,
executando ou fazendo executar a escrituração respectiva.
Receber, guardar, conservar nas melhores condições e distribuir os gêneros alimentícios
de conformidade com as tabelas em vigor.
Receber todo o material do rancho e zelar pela sua guarda e conservação.
Fiscalizar os serviços de rancho e zelar pela disciplina e higiene do pessoal das cozinhas,
copas e refeitórios.
Submeter ao Fiscal Administrativo, para verificação ou conferência e conseqüente
aposição do visto ou conferido conforme o caso, os documentos organizados no Setor de
Aprovisionamento.
Proceder, na forma de instruções específicas, ao controle dos gêneros alimentícios
existentes no almoxarifado.
Examinar, fazendo pesar, medir ou contar os gêneros alimentícios recebidos.
Cumprir e fazer cumprir, quando for o caso, as instruções específicas no tocante às
aquisições dos gêneros alimentícios.
Prestar informações e dar pareceres sobre assuntos de sua inteira competência.
Adotar providências para processamento do inventário, conforme regulamento específico.
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5.1) GENERALIDADES:
A responsabilidade dos agentes da administração decorre do princípio da
prevalência total do interesse público ou coletivo sobre o particular, além da previsão
constitucional elencada no art. 37, § 6º.
Todo servidor, militar ou civil, investido em função, cargo ou encargo, que vier a
causar prejuízos ao patrimônio público, às pessoas físicas e/ou jurídicas ou ao serviço,
terá sua responsabilidade administrativa, civil e/ou criminal, vinculadas às omissões ou
atos ilegais em que incorrer ou praticar.
A responsabilidade será civil quando ocorrer prejuízos para o Estado ou para
pessoa física ou jurídica.
A responsabilidade civil não isenta o responsável da sanção administrativa e/ou
criminal relativa ao evento.
A responsabilidade civil imputada ao agente ou auxiliar culpado acarretará o
ressarcimento dos danos ou prejuízos causados ao Estado ou a terceiros, com as
cominações legais, em decorrência da respectiva ação regressiva promovida pelo Estado.
Os débitos resultantes de responsabilidade civil não se anulam pela absolvição
administrativa ou criminal do agente, exceto quando, em última instância, a ação civil
correspondente for julgada improcedente.
O ressarcimento dos danos sob responsabilidade do agente público (civil ou militar)
se dará de for administrativa ou judicial.
Os auxiliares dos agentes da administração respondem perante os respectivos
chefes diretos.
A responsabilidade que resultar de perda, dano ou extravio de recursos, valores ou
outros bens entregues aos auxiliares do agente, será a este imputada, exceto se ficar
comprovada a culpa de seu chefe ou de outrem.
O Estado responderá pelos danos que os agentes da administração causar a
terceiro, cabendo-lhe ação regressiva contra os responsáveis, nos casos de culpa ou
dolo.
2
Adaptado do Regulamento de Administração do Exército Brasileiro, Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de
1990.
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6.1) RACIONALIZAÇÃO:
A racionalização é a luta contra o desperdício, sendo a simplificação sua principal
técnica para eliminar o desnecessário. Racionalizar é o melhor caminho para utilização
dos recursos, aplicando logicamente os elementos funcionais, para diminuir o nível de
desperdício de tempo, energia, material e oportunidade, a fim de se conseguir eficácia
(fazer a coisa certa), através da eficiência (uso racional dos recursos – fazer mais
gastando menos), aumentando a produtividade para alcançar a efetividade (mudança no
ambiente externo). Diminuir o desperdício.
6.2) SIMPLIFICAÇÃO:
A simplificação é a técnica organizacional que consiste em analisar o trabalho para
identificar o nível de participação de cada fase ou etapa de um fluxo ou uma rotina, para
consecução do propósito, objetivando classificá-las para eliminar as desnecessárias e
integrar logicamente as imprescindíveis, constituindo seqüências ou ciclos mais
produtivos e menos dispendiosos, para fazer incidir as energias e os recursos disponíveis
nas partes do conjunto que podem melhor aproveitar os investimentos. Eliminar o
desnecessário.
6.3) PADRONIZAÇÃO:
Análise de materiais a fim de permitir o seu intercâmbio, possibilitando a não-
entocagem de quantidade excessivas.
A padronização é conhecida pelos compradores como a melhor base para a
eficiência das compras, pois tende a obter para todas as necessidades similares o artigo
que a necessidade indica ser o melhor. Permite ao comprador adquirir em grandes
quantidades o que é possível somente quando o item deve ser adquirido para todas as
Unidades de serviço; facilita a permuta de artigo entre as mesmas, a manutenção dos
estoques pela eliminação de variedades desnecessárias e a concentração de atenção,
fazendo, portanto, que os itens de estoque prontos para uso etc. Similitude e reiteração
documentada.
A padronização pode ser de métodos, processos e critérios; tipos; dimensões;
qualidade; desempenho de performance.
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3
Art. 37, XXI CRFB/88.
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4) Deve ser exigido os laudos de conformidade com normas de qualidade e/ou construção,
tais como: INMETRO, Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego, CE,
ISI, NFPA, OSHO, IMCI, dentre outros.
5) Usar termos técnicos adequados e usuais e critério de qualidade para determinado uso.
6) A denominação deverá, em princípio, ser sempre no singular.
7) A denominação deverá prender-se ao material especificamente e não a sua forma ou
embalagem, apresentação ou uso;
8) Utilizar, sempre que possível, denominações únicas para materiais da mesma natureza.
9) Utilizar abreviaturas devidamente padronizadas.
Exemplo:
Grupo ---> 35 - Maquinas e Equipamentos para Serviços Gerais
Classe ---> 3520 - Equipamentos para Acondicionar e Embalar
Material ---> 3999 - 3 - Maquina para Embalagem
Item de Material ---> 27597 - 2 - Confeccionada em chapa de aço com
pintura Epoxi, utilizada para Embalagem de alimentos, 110/220 volts
com seletor de voltagem, pesando 6kg, peso c/ embalagem 6,5 Kg,
cubagem de 0,03m cúbicos, dimensão 300mm x 150mm.
7.3) CADASTRAMENTO:
O cadastramento de bens e serviços consiste em registrar em sistema informatizado ou fichas
de estoque, as especificações e códigos dos materiais.
Nos órgãos da Administração direta do Estado de Pernambuco, o cadastramento é efetuado
através do Sistema E-Fisco, na Gestão do Banco de Preços (GBP).
No sistema de Gestão de Banco de Preços (GBP) do E-FISCO, os materiais e serviços são
divididos em GRUPOS,
7.4) CATALOGAÇÃO:
Consiste em ordenar, de forma lógica, as informações relativas aos materiais cadastrados, de
forma a facilitar a consulta pelas diversas áreas da instituição.
As principais características da catalogação são
Oferecer diversas opções de na localização de informações.
Facilitar a procura correta do material desejado.
Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais.
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encaminhadas às OMEs, ou, quando for o caso, formalizado pela própria Diretoria de
Finanças da Corporação ou Divisão de Finanças do CASIS.
As hipóteses de Dispensas de Licitação previstas nos Incisos I e II do Artigo 24 da
Lei Federal nº. 8.666/93, e suas alterações, poderão ser formalizadas pelas diversas
OMEs da Polícia Militar, através de seus respectivos Setores de Fiscalização
Administrativa.
Os órgãos e unidades que integram a Corporação, e não possuam Comissões
Permanentes de Licitação, deverão encaminhar suas requisições de bens e serviços para
a SUBCHEFIA DO ESTADO MAIOR GERAL, observando sempre a necessidade de
compilar os objetos idênticos e de mesma natureza para instauração de um único
procedimento licitatório, com conseqüente ganho de economia de escala.
No caso das unidades requisitantes serem integrantes do Sistema de Saúde da
Corporação, suas requisições deverão ser encaminhadas diretamente à CHEFIA DO
CENTRO DE APOIO A SISTEMA DE SAÚDE, que tomará as providências legais no
sentido de atender o pleiteado.
As requisições de despesas serão verificadas, observado sua conveniência e
finalidade, além da legalidade, formalidade da requisição e compatibilidade orçamentária
e financeira.
Quando o objeto pretendido não houver sido cadastrado no E-FISCO, deverá ser
feito previamente a elaboração do Termo de referência, na condição de cadastro de
material ou serviço, ou item de material ou serviço, conforme o caso.
Termo de Referência está para o Pregão, assim como o Projeto Básico está para
as modalidades licitatórias ditas clássicas ou convencionais4, especialmente cujo objeto
seja obra e serviços de engenharia.
Tanto o Termo de Referência quanto no projeto básico, têm por objetivo, conter a
especificação do objeto, de forma clara, concisa e objetiva, o prazo de execução, prazo e
forma de pagamento, as sanções aplicáveis, as obrigações do contratado e do
contratante e demais elementos essenciais à execução do contrato5.
8.4) LICITAÇÃO:
Licitar é um comando constitucional, previsto no art. 37, inc. XXI, que preconiza,
ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
No Brasil, a Lei nº 8.999/93 estipula as regras gerais sobre licitações e contratos no
âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, dos poderes executivo,
legislativo e judiciário. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração
e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos
que lhes são correlatos.
São modalidades de licitação prevista na lei de licitação, convite, tomada de
preços; concorrência, concurso e leilão. São aplicados de acordo com o tipo e o valor do
objeto a ser pretendido contratar.
A lei 10.520/2002 criou uma nova modalidade de licitação, o Pregão, que pode
ocorrer na forma eletrônica ou presencial. Este tipo de modalidade, que é utilizado para
4
Previstas no art. 22 da Lei nº 8.666/93.
5
Art. 13, § 1° do Decreto Estadual n° 32.539/08. Dispõe sobre a modalidade de licitação, denominada
pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns no âmbito do Poder Executivo
Estadual, e dá outras providências.
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licitar pretensões contratuais cujo objeto sejam bens e serviços comuns, independente do
valor, trouxe celeridade, transparência, economia e eficiência aos procedimentos
licitatórios.
No Estado de Pernambuco o pregão é regido, além das previsões da lei nº
10.520/2002, nos termos da Lei n° 12.986, de 17 de março de 2006, e regulamentado
pelos Decretos n° 32.539/2008 (pregão eletrônico) e Decreto nº 32.541/2008 (pregão
presencial)
Quando se tratar de Sistema de Registro de Preços, observar-se-á o disposto nos
Decreto n° 34.314, de 27 de novembro de 2009.
6
Art. 3° da Lei n° 8.666/93.
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II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva
do serviço”.
materiais de saída pouco freqüente. Quanto a freqüência de expedição, maior será o envolvimento
de homens, máquinas e principalmente dos materiais contendo grande fluxo de operações com:
Desacomodação.
Carregamento.
Movimentações internas do local.
Movimentações externas do local.
Descarregamento.
10.9) APROVISIONAMENTO:
Tipo de almoxarifado que se encarrega pelo recebimento, armazenamento e distribuição dos
gêneros alimentícios, além do gerenciamento do sistema de rancho e cozinha da instituição.
O armazenamento de cosmetíveis líquidos apresentados de latas ou frascos de vidro será
sempre preferível escolher áreas de temperatura baixa, porém não alcançando o ponto de
congelação, bem arejada e com a mínima exposição aos raios do sol.
Os gêneros alimentícios sólidos, como farinha, pastas alimentícias etc, não sujeitos a
congelação devem estocar-se em áreas sem calefação ou, em último caso, em áreas o menos
quente possível.
Os locais destinados ao armazenamento de comestíveis não poderão ter goteiras que
permitam a passagem d’água e, conseqüentemente, da unidade. Os gêneros alimentícios jamais
devem estar em contato com os muros e as paredes, quer sejam divisórias ou não.
Os gêneros alimentícios deverão ser colocados em recintos fechados, fora do alcance dos
insetos ou roedores.
As instruções do fabricante e os prazos de validade sempre devem ser observados e
controlados.
Os técnicos em conservação de alimentos recomendam a existência das seguintes zonas de
estocagem:
Área seca comum: espaços onde o controle da temperatura se mantém pela ventilação e
circulação de ar.
Área de calefação: onde se pode aplicar calor, para evitar o esfriamento ou a congelação.
Área fria – aquela em que se poderá manter a temperatura abaixo de 20º C.
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Permanentes: é todo aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua
identidade física, e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos, devendo ser tombado.
Quanto à situação patrimonial, um bem é classificado como:
Baixa por sinistro dar-se-á quando da ocorrência de assalto, roubo, acidente, incêndio ou
catástrofe. Devidamente comprovada por laudo pericial. Este tipo de baixa é autorizado pelo
gerencia geral de patrimônio do Estado.
Baixa por determinação dar-se-á da ocorrência de extravio, avaria, acerto de cadastro e
outras decisões de interesse do Estado, sendo autorizado pelo Gestor Central. No caso de
extravio e avaria a baixa por determinação somente ocorrerá após a reposição ou ressarcimento
do bem, ou ainda no caso de prejuízo ter sido imputado ao Estado.
A baixa de bens patrimoniais será conduzida por comissão formalmente designada, composta
no mínimo de 03 (três) membros, e deverá elaborar o Termo de Avaliação e Descarga, constando
os seguintes dados:
Descrição do bem e número de tombamento.
Valor estimativo no período de descarga.
Laudo técnico de servibilidade ou inservibilidade.
Parecer favorável ou não à baixa do bem.
Os bens a serem descarregados serão previamente avaliados através de laudo técnico, que
comporá o processo, onde será informada a característica da inservibilidade (ocioso
antieconômico ou irrecuperável).
Concluído o processo, a Comissão o remeterá ao Detentor da Carga para efetivação da baixa
patrimonial.
Para fins de atualização de cadastro no sistema de patrimônio, o Detentor da Carga deve
encaminhar o Termo de Avaliação e Descarga ao órgão de controle logístico, anexando os
seguintes documentos:
Portaria de nomeação da Comissão, para avaliação e descarga do material inservível.
Documentos que auxiliaram na avaliação do bem (Cotações de preços, laudos técnicos de
profissionais habilitados, etc).
Demais documentos, que comprovem os gastos anteriores com o material (Notas fiscais,
empenhos, fichas do bem, etc).
Só após a atualização no cadastro no sistema, pelo órgão de controle logístico e publicação
em Boletim, o bem será considerado descarregado.
O material descarregado será transferido para local especifico dentro da OME, denominado
de Depósito de Bens Inservíveis (DBI), e continuará sob a guarda e responsabilidade da OME, até
que seja recolhido ao depósito da Secretaria de Administração do Estado.
A plaqueta fixada no bem, no ato de tombamento após a aquisição, não poderá ser removida
por hipótese alguma, mesmo após a descarga.