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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA _____ VARA DO

TRABALHO DE JUIZ DE FORA - MG

DANIEL GOUVEA DE OLIVEIRA, brasileiro,


solteiro, inscrito no CPF sob nº 011.801.516-82, CTPS nº 0973142 série 002-
0/MG, residente e domiciliado à Avenida Independência, 1566, apto 102,
Centro, Juiz de Fora – MG, CEP: 36.016-320, por seus procuradores
devidamente constituídos pelo incluso instrumento de mandato, vem,
respeitosamente, à presença deste Juízo, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de LUMINA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM


TELECOMUNICAÇÕES LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº. 10.846.704/0001-
33, Rua Viscondessa Cavalcante, 75, 2° Andar, Poço Rico, Juiz de Fora, MG,
CEP: 36020-070, e, subsidiariamente, de TIM CELULAR S.A., inscrita no
CNPJ sob o nº. 04.206.050/0044-10, com sede na Rua Fonseca Teles, nº. 18
à 30, São Cristóvão - Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20940-200, pelos fatos e
motivos de direito a seguir expostos:
DA ASSISTENCIA JUDICIÁRIA GRATITUTA:

Preliminarmente, vem a Autora requerer o pálio da


assistência judiciária gratuita, por ser pobre na concepção legal, conforme
prevê a Lei 1060/50, fazendo-se juntar a declaração em anexo.

I – PRELIMINARMENTE

DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA TOMADORA DE SERVIÇOS

1. O recte fora contratado, diretamente, pela primeira


recda, prestadora de serviços da segunda recda, exercendo a
função de supervisor e coordenador de vendas (coordenador do
núcleo de apoio ao cliente), comercializando produtos ligados à
telefonia móvel e internet sem fio (3G) da TIM (segunda recda),
sendo remunerado à base de salário fixo acrescido de comissões e
ajuda de custo.

2. O recte, portanto, apesar de contratado pela


primeira recda, executava serviços que beneficiavam diretamente a
segunda recda, devendo esta, então, responder subsidiariamente
por eventuais créditos trabalhistas do obreiro.

3. Nesse sentido, a responsabilidade subsidiária


emerge da chamada culpa in contrahendo, nas suas modalidades
específicas in eligendo e in vigilando. A culpa in eligendo decorre da
má escolha da empresa prestadora de serviços, que se afere não
apenas no momento da celebração do contrato, mas, também,
durante o curso de sua execução.

4. Além disso, competia à contratante fiscalizar o


cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias pela
empresa contratada referentes aos empregados envolvidos na
execução do contrato, o que não ocorreu, incorrendo, assim, na
chamada culpa in vigilando.

5. Por todo o exposto, admitir a exclusão da


responsabilidade da tomadora dos serviços, beneficiária direta dos
serviços prestados pelo rece, pelos encargos trabalhistas na
hipótese de inadimplência da efetiva empregadora, importaria em
colocar os interesses dessa acima daqueles dos trabalhadores que
lhes tenham prestado serviços. Haveria, assim, atribuição de
privilégio do capital em detrimento do trabalho, o que constituiria
violação aos princípios preceituados nos artigos 1o, IV e 170, caput,
ambos da Constituição da República.

6. Além disso, observa-se que a Súmula n. 331, item


IV, do Colendo TST é clara ao dispor que o inadimplemento das
obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto
àquelas obrigações.

7. A todos esses fundamentos, soma-se, ainda, o


princípio da função social do contrato que não se coaduna com a
pretendida hermetização do contrato celebrado entre as
reclamadas, já que o contrato de prestação de serviços, sob a ótica
desse princípio, não pode constituir instrumento de exclusão de
responsabilidades, frisando-se, ainda, que o contrato de trabalho
não é hermeticamente fechado entre as partes respectivas,
lançando efeitos e responsabilidades aos terceiros que dele se
beneficiam.

8. Aplica-se, portanto, na esfera trabalhista, a norma


esculpida no art. 421, CC/02, que positiva o princípio da função
social aos contratos de trabalho e aos contratos que literalmente
eliminam, reduzem ou mitigam a rede de segurança do trabalhador.

9. Admitir a exclusão da responsabilidade trabalhista


através de contratos subjacentes ao contrato de trabalho colocaria
o Direito do Trabalho na contramão da evolução do direito das
obrigações e em linha de choque com o princípio da dignidade da
pessoa humana.
10. Isso porque, se nos contratos em geral a
responsabilização não se limita às partes que constam formalmente
no contrato, muito mais se deve dizer em relação ao contrato de
trabalho celebrado em função de outro contrato. O contrato entre
empresas e os contratos de trabalho dele decorrentes são, portanto,
inexoravelmente interligados, amalgamando-se as
responsabilidades das partes que pactuaram entre si a contratação
de trabalhadores ou a execução de serviços em que é
imprescindível a contratação de trabalhadores.

11. Desta feita, a segunda reclamada responde


subsidiariamente por culpa in eligendo e in vigilando pelas
verbas trabalhistas relativas ao período em que foi
beneficiária dos serviços do recte. Nesse sentido:

F.___ *00604200900803007* PODER


JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO " 3ª REGIÃO
TRT/00604-2009-008-03-00-7-RO F.____
Recorrentes: J.A. REZENDE ASSESSORIA EM RECUPERAÇÃO
DE CRÉDITO LTDA. E OUTROS BANCO SIMPLES S.A.
Recorridos: OS MESMOS SIMONE DE PAULA AGUILAR
BANCO BMG S.A. í EMENTA: RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA. TOMADORA DE SERVIÇOS. Restando
evidenciado que a tomadora de serviços se
beneficiou diretamente do trabalho prestado pela
reclamante, deve ela ser responsabilizada de forma
subsidiária pelo inadimplemento das obrigações
trabalhistas pela empregadora, nos termos da
Súmula n.º 331, IV, do colendo TST. (publicação:
08/03/2010. Relator: Bolívar Viégas Peixoto. 3ªT).

01090-2009-042-03-00-8-RO *01090200904203008*
01090-2009-042-03-00-8-RO RECORRENTE: (1) FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. RECORRIDOS: (1) CASSIANO
FERES RODRIGUES (2) GARDINER MG
SEGURANÇA LTDA. í EMENTA: RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA " TOMADORA DE SERVIÇOS "" SÚMULA 331,
IV, DO C. TST. Beneficiando -se a tomadora da força
de trabalho do empregado da empresa prestadora
dos serviços, deverá responder subsidiariamente
pelos créditos trabalhistas inadimplidos. Inteligência
da Súmula 331, item IV, do Colendo TST. (publicação:
05/03/2010. Relator: Sebastião Geraldo de Oliveira. 2ªT).

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO " 3ª


REGIÃO TRT 3ª R. - 9ª T. - 00572-2009-075-03-00-1
F._____ RECURSO ORDINARIO RECORRENTE: UNIÃO
QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S.A. RECORRIDOS:
JÚLIO CÉSAR BRITO (1) PLANTÃO SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA
LTDA. (2) í EMENTA: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
TOMADORA DE SERVIÇOS . A tomadora de serviços
responde de forma subsidiária pela condenação
havida em relação ao contrato de trabalho firmado
entre o empregado e a prestadora de serviços, por
aplicação das teorias da culpa in eligendo e in
vigilando , sendo responsável pela quitação das
parcelas salariais deferidas aos empregados da
empresa prestadora de serviços. (publicação:
10/03/2010. Relator: Convocado Ricardo Marcelo Silva. 9ªT).

II – DOS FATOS

a) DAS COMISSÕES E DA AJUDA DE CUSTO

12. O recte fora contratado pela primeira recda em


04/11/2009, exercendo a função de supervisor e coordenador
de vendas (coordenador do núcleo de apoio ao cliente),
comercializando produtos ligados à telefonia móvel e internet sem
fio (3G) da TIM (segunda recda), recebendo remuneração
composta pelas seguintes parcelas: salário fixo (registrado na
CTPS) de R$1.200,00; comissões variáveis de acordo com o
produto comercializado (cf. documentos em anexo – R$691,00 em
novembro e R$1.499,90 em dezembro) e ajuda de custo no valor
de R$600,00 mensais, as duas últimas não registradas na CTPS.

13. A primeira recda, entretanto, em manifesta má-


fé, apesar de efetuar o pagamento da parcela fixa registrada na
CTPS do recte, omitiu-se no pagamento das parcelas acordadas
entre as partes e não registradas em referido documento, quais
sejam, comissões e ajudas de custo, tornando-se devedora do
obreiro.
14. Frisa-se, ainda, que a primeira recda quitou,
mesmo que extemporaneamente, o valor referente à ajuda de custo
do mês de novembro/09 – R$600,00, mantendo-se em débito em
relação aos meses de dezembro/09 e janeiro/10 (proporcional aos
19 dias laborados ).

MÊS LABORADO VALOR DA AJUDA DE


CUSTO
Dezembro/09 R$600,00
Janeiro/10 R$380,00 (proporcional
aos 19 dias laborados)

TOTAL DO DÉBITO R$980,00

15. O mesmo, entretanto, não ocorreu com os valores


atinentes às comissões, não havendo quitação de nenhum dos
meses laborados. A seguir:

MÊS LABORADO VALOR DA COMISSÃO


Novembro/09 R$691,30
Dezembro/09 R$1.499,00

TOTAL DO DÉBITO R$2.190,30

16. Ante à inadimplência de empregador, o recte se viu


obrigado a rescindir o contrato de trabalho firmado com a primeira
recda, pedindo demissão no dia 19/01/2010.

17. Por todo o exposto, REQUER a condenação da


primeira recda e, subsidiariamente, da segunda recda, ao
pagamento dos valores devidos ao recte a título de
comissões (R$2.190,30) e ajuda e custo (R$980,00),
devidamente corrigidos.

18. PLEITEIA, ainda, na esteira do exposto no art.


457, §1º, CLT, o reconhecimento da habitualidade no pagamento
de referidas comissões e, consequentemente, de sua integração
ao salário do obreiro, devendo, então, incidir no cálculo das
verbas rescisórias.

b) DA MULTA DO ART. 477, §8º, CLT


19. O recte pediu demissão no dia 19/01/2010, fazendo
jus, então, ao recebimento das parcelas rescisórias, quais sejam,
férias proporcionais + 1/3, 13º salário proporcional e saldo salarial
no prazo de 10 dias a contar da rescisão (art. 477, §6º, CLT), o que
não foi feito.

20. Diante do exposto, REQUER a condenação da


primeira recda e, subsidiariamente, da segunda recda, ao
pagamento da indenização prevista no art. 477, §8º, CLT.

d) Da rescisão indireta

21. O recte laborou para a primeira recda no período de


04/11/2009 à 19/01/2010, recebendo remuneração à base de
salário fixo, comissões variáveis e ajuda de custo.

22. A primeira recda, entretanto, apesar de


empregadora direta do recte, descumpriu com suas obrigações
contratuais, não cumprindo todos os ajustes do contrato de trabalho
firmado com o obreiro, omitindo-se no pagamento das comissões e
da ajuda de custo ajustadas.

23. Nesse sentido, a primeira recda, apesar de efetuar


o pagamento do salário fixo de forma pontual, não pagou os valores
devidos a título de comissão e ajuda de custo, levando o recte,
então, pela insustentabilidade de referida situação, a requerer a
rescisão de seu contrato de trabalho.

24. O recte, apesar de ter solicitado a rescisão de seu


contrato de trabalho, o fez por justa causa, coagido pela
inadimplência da recda, já que necessitava da integralidade de seus
vencimentos para prover sua subsistência e de seus filhos.

25. Perceba-se, pois, que a rescisão ocorreu por culpa


exclusiva do empregador, vez que não cumpriu com suas
obrigações contratuais, deixando de pagar mais da metade dos
valores integrantes da remuneração do recte. A seguir:

NOVEMBRO/2009: SALÁRIO FIXO: R$1.200,00


COMISSÃO: R$691,30
AJUDA DE CUSTO: R$600,00
VALOR A RECEBER: R$2.491,30
TOTAL PAGO: R$1.700,00
TOTAL DEVIDO: R$691,30

DEZEMBRO/09 SALÁRIO FIXO: R$1.200,00


COMISSÃO: R$1.499,00
AJUDA DE CUSTO: R$600,00
VALOR A RECEBER: R$3.299,00
TOTAL PAGO: R$1.200,00
TOTAL DEVIDO: R$2.099,00

JANEIRO/10 SALÁIO FIXO PROPORCIONAL:


R$760,00
AJUDA DE CUSTO PROPORCIONAL:
R$380,00
VALOR A RECEBER: R$1.140,00
TOTAL PAGO: R$ 760,00
TOTAL DEVIDO: R$380,00

26. O recte, diante de tal situação, na tentativa de


diminuir seus prejuízos financeiros, viu-se obrigado a rescindir o
contrato de trabalho que possuía com a primeira recda,
ingressando, uma semana depois, como funcionário de outra
empresa.

27. Nesse sentido, considerando o exposto no art. 483,


alínea d, CLT (Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido
o contrato e pleitear a devida indenização quando: (...) d - não
cumprir o empregador as obrigações do contrato), REQUER a
conversão da rescisão indireta de seu contrato de trabalho
para rescisão por justa causa por culpa do empregador,
determinando-se, em conseqüência, a liberação do FGTS
acrescidos da multa de 40%.

III. DOS PEDIDOS

28. Diante do exposto, requer:

a) o pagamentos dos valores devidos ao recte a título de comissões e


ajuda de custo, devidamente corrigidos;
b) o reconhecimento da natureza salarial das comissões e sua
utilização no cálculo das verbas rescisórias devidas ao recte;
c) o pagamento da indenização prevista no art. 477, §8º, CLT;
d) a conversão da rescisão indireta, sem justa causa, pelo obreiro para
rescisão por justa causa por culpa do empregador, com a
conseqüente liberação, em favor do recte, do FGTS + 40%;
e) a total procedência dos pedidos, com a condenação das recdas ao
pagamento das custas e honorários sucumbenciais;
f) a citação das recdas para, querendo e podendo, contestarem a
presente ação, sob pena de revelia e confissão quanto aos fatos
aqui alegados, devendo tais advertências constarem
expressamente do mandado;
g) a produção de todos meios legais, bem como os moralmente
legítimos, para prova da verdade em que se funda a ação,
notadamente prova documental e testemunhal, cujo rol será
oportunamente oferecido, além do depoimento pessoal do
representante legal da primeira recda, dentre outras que se fizerem
necessárias.

Finalmente, requerer o requerente sejam as intimações


publicadas em nome da advogada Flávia Braga Gomes, OAB/MG 116.961,
sob pena de nulidade.

Dá-se a causa o valor de R$3.170,30,00 (três mil, cento e


setenta reais e trinta centavos).

Termos em que,
Pede deferimento.

Juiz de fora, 12 de maio de 2010.

Flávia Braga Gomes


OAB/MG 116.961

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