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Você consegue
identificar as situações que o faz sentir raiva? Quando a sente, em geral você a expressa de alguma
maneira ou a reprime? Como foi a última vez que teve um acesso de raiva? Caso tenha consciência do
que gerou seu último acesso de raiva, será que era mesmo esse o motivo? Sabemos que a "raiva" deseja o
que quer, quando quer e nas condições que quer, como se não houvesse o menor controle sobre ela.
Descobrir a raiva em si pode indicar descobertas muito maiores e que devem ser reveladas, mas se não for
explorada pode se tornar um grande obstáculo para investigar outras emoções mais profundas. A maioria
das pessoas que fica zangada com freqüência pensa que conhece bem suas emoções, principalmente por
causa de seus acessos.
Quem sente raiva quase sempre acredita que a raiva em si seja um sentimento genuíno, o que nem sempre
corresponde à verdade. Nem sempre sabem o que estão realmente sentindo além da raiva facilmente
perceptível, que em geral devasta tudo que está no caminho, como se fosse um furacão, deixando apenas
como conseqüência os prejuízos. Os acessos de raiva são experiências muito dolorosas, tanto para quem
as sente, como para quem é alvo dela. Porém, em muitos casos, a raiva acaba por ser tornar uma fortaleza
de defesa para quem se sente sem poder e faz o possível para enfrentar um mundo que para ela é
assustador.
Algumas situações de frustração podem fazê-lo querer provar de quem foi a culpa ou jurar vingança,
quando na verdade podem ser expressões de desespero e desamparo. Lembre-se de alguma situação em
que alguém o tratou assim, jurando que você iria pagar pelo que fez. Será que essa pessoa não estava se
sentindo desamparada?
Uma pessoa muito zangada, na verdade, está amedrontada e assim, ataca. Toda hostilidade tem origem no
medo, no desespero, em não saber como agir e como defesa, acaba por atacar. A raiva parece gerar uma
coragem além do que acredita ter, podendo se tornar tão compulsiva que resulta quase sempre em
violência. A pessoa irada parece estar sentindo qualquer sentimento, menos medo, mas não só está com
medo, como apavorada. Pavor de perceber que não é capaz de controlar tudo. E sentindo-se assim,
também deve sentir muita dor, porém essa dor é negada. Ou seja, sob a raiva há a dor e sob essa dor há o
medo.
A dor pode ter sido causada por diversos motivos, a morte de alguém querido, a perda de um emprego, a
falta de dinheiro para pagar as contas, um processo perdido, uma injustiça contra sua pessoa, o
diagnóstico de uma doença, ter sido maltratado e quem o tratou assim não sentiu arrependimento, ou
outros tantos fatores.
Como essa dor foi desprezada e negada, acaba por ficar reprimida e necessita ser manifestada de alguma
forma, sendo muitas vezes expressa em forma de raiva. A raiva pode ser uma dor que foi reprimida e, por
ser tão intensa, se torna mais fácil ficar irado do que entrar em contato com a dor.
Mas é preciso lembrar-se que a dor não desaparece com um acesso de raiva, muito pelo contrário, pode
gerar mais dor pelas conseqüências que essa expressão pode causar. Quanto mais a dor é negada, maior e
mais freqüente será a raiva, que é duplamente dolorosa. A dinâmica interior não é sua raiva, mas a causa
da sua raiva. Essa é sua dor. Buscar essa causa é o que diminuirá de senti-la. Nem sempre quem o faz
sentir raiva coincide com a causa da sua dor. A raiva é muito mais uma fuga dos próprios sentimentos.
A raiva também se manifesta em situações de impotência, a qual faz com que você se considere sem
valor, incapaz de fazer diferença para alguém. Se a dor perante os fatos for profunda, poderá ser
encoberta pela raiva, que o faz agredir por não se sentir capaz de amar e assim rejeita o amor dos outros -
e que tanto necessita - por não acreditar ser merecedor desse amor.
A raiva impede o amor e isola a pessoa que a sente. É uma tentativa de afastar o que mais deseja:
companhia e compreensão. No fundo acredita não ser capaz de ser entendido ou que não merece tal
compreensão, tornando-se o primeiro a rejeitar qualquer possibilidade disso acontecer. O amor não
ameaça forma alguma de vida, mas alimenta, apóia, busca acima de tudo a harmonia.
Como lidar com a raiva
Na próxima vez que sentir raiva, procure identificar se há medo ou dor por algo que aconteceu. Entre em
contato com seus sentimentos, sem negar ou fazer que não os sente. Use sua raiva para descobrir mais
sobre si mesmo. Ao se sentir com raiva, zangado por algo que ocorreu, pare o que estiver fazendo,
falando ou pensando, opte por não gritar, atirar um objeto ou reagir com violência impulsiva, e volte sua
atenção para o que estiver sentindo.
Isso não será fácil, mas valerá o esforço. Canalize sua energia em sua consciência, que o impedirá de agir
por impulso e busque explorar seus sentimentos, incluindo a dor que está sentindo. Nesse momento
perceberá que ter um acesso de raiva irá desviar sua atenção da verdadeira causa: sua dor. Mas ao se
confrontar com sua dor perceberá ser o caminho mais seguro para deixar de senti-la.
Gerir a Raiva (anger management) é destinada especialmente a todos os indivíduos que sentem uma ira
desmedida e descontrolada afectando de uma forma negativa a sua vida pessoal, familiar, social e
laboral.
Uma vez que a ira ou raiva se manifesta de formas diferentes de indivíduo para indivíduo o plano
terapêutico do tratamento em VillaRamadas é totalmente personalizado.
Raiva Passiva
Raiva Agressiva
Em VillaRamadas, o tratamento para apreender a Gerir a Raiva (anger management) baseia -se em o
indivíduo adquirir a consciência do problema, ter a noção do impacto negativo que o mesmo tem nas
outras pessoas ao seu redor. Tem ainda de fazer uma aprendizagem para lidar com as várias situações da
vida que o enfurecem e, efectuar uma mudança na forma como se relaciona e fala com os outros.
É ok ter raiva.
Apostaremos em que o indivíduo desenvolva uma assertividade, aumento da auto estima, valor próprio e
utilização diária da regra dos três Rs:
A raiva não é, em si, um sentimento bom nem mau. É indicadora de que é preciso agir ou reagir diante de
uma situação. O problema está em alimentá-la e não ser capaz de a exprimir de uma forma adequada ou
controlada. As pessoas que têm um problema com a raiva, utilizam-na como um meio de fuga à
incapacidade que possuem para dar volta a vicissitudes embaraçosas, como se de um anestésico se
tratasse.
Um indivíduo em raiva está sempre descontente com tudo e todos, mas, ao invés de tentar alterar a ordem
das coisas, rebela-se e reage; ou passivamente, colocando-se no papel de vítima das circunstâncias, numa
clara atitude de autopiedade (raiva passiva), ou arremessando a sua agressividade contra tudo o que se
mova e não mova em seu redor (raiva activa). Muitos destes questionamentos furiosos, apontando para
tudo e para nada com uma maquilhagem zangada com a vida, acabam por não pretender questionar, mas
simplesmente atacar. Nesses momentos, superabunda a escravidão das certezas, e a reabilitação da
esperança fica comprometida pelas declarações de impossibilidade de fazer o que quer que seja, o que se
afigura muito confortável, porque permite protestar inconsequentemente.
Numa época, como esta, de grande turbulência exterior, em que a violência fala mais alto, é natural que as
pessoas não saibam muito bem o que fazer ou sentir. Toda a violência, física ou psicológica, assim como
entra, sai. Contra os demais, sob a forma de agressão, física ou verbal: intransigência, irritabilidade,
intolerância, ironia, …; ou contra o próprio: fechando-se nas suas razões, remoendo uma vez e outra os
seus argumentos, optando pela autocomiseração que desculpa tudo, deixando a depressão tomar conta do
leme da sua vida, ou corroendo o estômago com úlceras, entre outras alternativas.
A questão é que a violência entranha-se na vida e mina as relações e os comportamentos. De facto, a raiva
e a hostilidade não resolvidas produzem efeitos devastadores na auto-estima, para além de depressão,
dores de cabeça, aumento da tensão arterial, insónias e problemas de estômago.
É possível que o indivíduo tenha muita dificuldade em expressar os seus sentimentos de raiva ou, pelo
contrário, se mostre invariavelmente zangado. Esta raiva pode advir da realização das actividades diárias
ou da ocorrência de algo extraordinário. Um adicto à raiva usa-a como “combustível” para conseguir dar
resposta às solicitações de que é alvo, chegando a um ponto em que já não faz nada fora da raiva. Aqui,
urge procurar ajuda, porque a raiva não recua; pelo contrário, é susceptível de crescer até uma explosão
emocional de proporções incalculáveis, com prejuízos pessoais e profissionais incomensuráveis.
Tratamento da Ira
Quando não expressada abertamente, a raiva é reprimida e cresce dentro da pessoa que a alberga. Há
sintomas físicos associados a esse desenvolvimento e o indivíduo recorre, não raras vezes, à comida ou ao
consumo de substâncias para aplacar um sentimento que aprendeu a negar que existia dentro de si.
Embora “mastigada” ou inebriada, essa raiva não desaparece, podendo conduzir a comportamentos
destrutivos.
A raiva não é o problema em si, mas sim o que se faz com esta emoção. Um tratamento da raiva ajuda a
reconhecê-la, aceitá-la e tratá-la, com o intuito de melhorar a relação do indivíduo consigo mesmo e, por
conseguinte, com os que o rodeiam. O contacto com os demais apresenta, após tratamento, francas
melhoras e, pouco a pouco, vai-se conquistando a tão famigerada serenidade.
O tratamento da raiva propicia a entrada em contacto com os próprios sentimentos de raiva e adianta
modos de os expressar de forma apropriada e saudável, propondo princípios a aplicar nas actividades
diárias, de forma a coligar a pessoa consigo própria e com os seus sentimentos. Ela aprende, no
tratamento, que a raiva é resultado da frustração com os outros ou com a respectiva condição de vida, e
enceta um processo de aceitação das coisas que não pode modificar, tentando mudar apenas aquelas que
pode.
A consciência adquirida no tratamento da raiva permite ao paciente saber como realmente se sente a cada
momento, começando a lidar intuitivamente com situações que o costumavam deixar desorientado.
Quando a pessoa ganha experiência nesta nova maneira de manusear a raiva e os ressentimentos que foi
acumulando ao longo de uma vida, permite-se sentir a emoção, para se deixar viver o sentimento durante
somente o tempo adequado. Querer recalcá-lo é meio caminho andado para o fazer regressar ainda com
mais força.
O paciente descobre, no tratamento para a raiva, que antes de agir deverá falar sobre o que o desassossega
com uma pessoa neutra que, desapaixonadamente, lhe dará uma visão imparcial da situação e,
eventualmente, dicas úteis para a resolver da melhor maneira. Assim, e tendo a possibilidade de se
libertar da raiva e de acatar sugestões, ele está apto a assumir a responsabilidade pelos seus sentimentos
sem necessidade de os negar ou reprimir, aprendendo a estar atento a quaisquer que sejam estes
sentimentos, de uma forma benéfica para si e para todos os que consigo interajam.
Bem direccionada, a imensa energia contida na raiva é passível de jogar a favor do indivíduo, sob a égide
de um estímulo que o impulsiona e que contagia o ambiente onde ele se move.
Na infância, a expressão da raiva é vulgarmente confundida com falta de educação e, como consequência,
reprimida. Em acréscimo, numa tentativa de agradar aos adultos ou por medo de represálias, as crianças
aprendem a não manifestar abertamente a raiva, a fim de evitar críticas ou a reprovação. Forma-se, com o
passar dos anos, uma bola de neve, e às tantas a raiva acumulada já sai por todos os poros,
comprometendo seriamente a vida normal de quem tem um grave problema de raiva para resolver.
Uma das soluções mais eficazes para o tratamento desta adição à raiva é o internamento. O adicto
internado fica surpreendido ao ouvir o relato dos pacientes com o mesmo problema, ou outros, numa
descrição perfeita de sentimentos que ele pensava serem só seus. À medida que o tempo for passando, ele
vai perdendo o espanto, pois começa a aperceber-se de como é parecido com os demais, e experimenta o
conforto de estar entre iguais.
No internamento para a raiva, o anonimato é respeitado e não são feitas perguntas. Cultiva-se uma
atmosfera de amor e aceitação, independentemente do que cada um dos pacientes tenha feito no passado;
é a pessoa que interessa e não o que ela fez. Não há julgamentos nem críticas nem discussões. Também
não se trata de rebobinar infinitamente as desgraças e dificuldades, mas, pelo contrário, de se libertar
delas. O adicto compreende que é perfeitamente possível viver em paz com problemas não resolvidos, ou
seja, que a serenidade pode ser uma realidade. Ele aprende, igualmente, na interacção com os colegas, a
desmistificar os assuntos e a rir-se de si próprio, o que tem inúmeras vantagens.
Rir activa a circulação, promove maior oxigenação do cérebro, exercita vários músculos faciais e
abdominais e estimula a libertação de endorfinas que contribuem para amenizar a dor, potenciar a
sensação de prazer, o efeito anestésico e o sistema imunitário. Não obstante, rir, sobretudo de si mesmo,
não acontece simplesmente; resulta, isso sim, do que cada um faz por isso. Não teria qualquer sentido
dizer «Agora vou rir!», porque não funcionamos com botões que basta ligar para accionarmos o
comportamento desejado. Felizmente o ser humano é mais complexo...
Tanto que, na maior parte do tempo tende a complicar tudo muito, quando lhe bastaria preocupar-se em
ser carinhoso, amigo. Isto e muito mais é ensinado no internamento para a raiva. A paciência, a
tolerância, a humildade, a capacidade de pedir e de receber perdão constituem outras poderosas
ferramentas de controlo de uma emoção tão arrebatadora e impulsiva, facultadas durante o período de
internamento da raiva. Efectivamente, em “ambiente protegido”, muitas são, no decorrer desse processo,
as situações de “ensaio” da prática do que se vai assimilando, o que aporta inegáveis benefícios ao
paciente para quando sair de tratamento e tiver de enfrentar, por si mesmo, determinadas provas e
obstáculos.
Raiva e meditação
Porque o Caminho se faz dia após dia, momento após momento (e até ontem me doía a lombar, após um
injustificado acesso de raiva):
Se tenho um sentimento de raiva, como meditaria nisso? Como eu lidaria com isso: como um Buda ou
como uma pessoa inteligente? Não olharia a raiva como uma coisa exterior a mim, contra a qual tenho
que lutar, fazer uma cirurgia para extirpá-la. Eu sei que a raiva sou eu e eu sou a raiva. Não-dualidade,
não-2. Tenho que lidar com minha raiva com muito cuidado, com amor, com ternura, sem violência. Por
que a raiva sou eu, tenho que olhá-la com cuidado, como olharia para um irmão ou irmã mais jovem;
com amor, com carinho, porque eu mesmo sou a raiva, eu estou nela, eu sou ela. No budismo não
consideramos a raiva, o ódio, a ganância... como inimigos, contra os quais temos que lutar para
destruir, para aniquilar. Se aniquilamos a raiva estamos aniquilando a nós mesmos. Lidar dessa forma
com a raiva seria transformar você num campo de batalha; seria como parti-lo em dois, uma parte
tomando o lado de Buda, a outra tomando o lado de Mara*. Lutar desse jeito é fazer violência contra si
mesmo. Se você não é capaz de ter compaixão de si mesmo, não será capaz tampouco de ter pelos
demais. Quando ficamos com raiva, o que temos a fazer é despertar nossa consciência: Estou com raiva;
a raiva sou eu; eu sou a raiva. Essa é a primeira coisa a fazer.
[...] Meditar em sua raiva é antes de tudo tomar consciência da raiva – Eu sou a raiva – e então olhar
profundamente a natureza da raiva. A raiva nasce da ignorância e é sua forte aliada.
*Nos textos budistas tradicionais, Mara às vezes é personalizado como uma divindade, alternadamente
conhecido como o Tentador, o Demônio, ou o Matador. Mara representa o oposto da natureza de Buda.
Thich Nhat Hanh, Caminhos para a paz interior, tradução de Odete Lara, Editora Vozes, Petrópolis,
1989
Para quem quiser ler mais, e sobretudo aprender a praticar, recomendo dois livros -- igualmente valiosos,
só diferem no estilo:
A Arte de lidar com a Raiva, o Poder da Paciência, Sua Santidade o Dalai Lama, Editora Campus, Rio
de Janeiro, 2001
Aprendendo a lidar com a Raiva, Sabedoria para a Paz Interior, Thich Nhat Hanh, Editora Sextante,
Rio de Janeiro, 2003
Exercício 1
Imaginemos uma situação na qual alguém que conhecemos muito bem, alguém que
nos seja íntimo e querido, esteja em circunstâncias nas quais ele tenha um
acesso de raiva.
Podemos imaginar essa ocorrência num relacionamento muito cáustico ou numa
situação em que esteja acontecendo algo que seja perturbador em termos
pessoais.
A pessoa está tão furiosa que perdeu toda a serenidade mental, está gerando
vibrações muito negativas e até mesmo chegou ao ponto de se ferir ou de
quebrar objetos.
Portanto, uma vez que tenhamos tomado essa decisão, durante os últimos
minutos da meditação, concentremos nossa mente nessa conclusão, sem maiores
análises, apenas permitindo que nossa mente se detenha na resolução de não
se deixar influenciar pela raiva ou pelo ódio."
Exercício 2
"- Vamos fazer outra meditação com o recurso da visualização. Comecemos por visualizar alguém que
não nos agrade, alguém que nos irrite, que nos cause muitos problemas ou que nos dê nos nervos.
Imaginemos, então, uma situação na qual essa pessoa nos aborreça, ou faça alguma coisa que nos ofenda
ou perturbe. E, em imaginação, quando visualizarmos essa parte, deixemos que nossa reação natural se
manifeste; que ela flua espontaneamente. Depois vejamos como nos sentimos, vejamos se isso provoca
uma aceleração do ritmo dos nossos batimentos cardíacos, entre outras coisas. Analisemos se nos
sentimos à vontade ou constrangidos; vejamos se imediatamente retornamos à serenidade ou se
desenvolvemos algum desconforto mental. Julguemos por nós mesmos; investiguemos. Portanto,
durante alguns minutos, talvez três ou quatro, vamos investigar e
experimentar. E então, ao fim da nossa investigação, se descobrirmos que 'Sim, de nada adianta permitir
que a irritação cresça. De imediato, eu perco minha paz de espírito', vamos dizer a nós mesmos 'No
futuro, não agirei mais desse modo.' Vamos desenvolver essa determinação. Finalmente, durante os
últimos minutos do exercício, fixemos nossa mente com atenção concentrada nessa conclusão ou
determinação. Essa é a meditação."
O primeiro passo ao lidar com os sentimentos desagradáveis é reconhecer cada sentimento no instante em
que ele surge. O meio para isso é a plena consciência.
O segundo passo consiste em se tornar uno com o sentimento. Não adianta negar: vá embora, não gosto
de você, você não sou eu, etc. Mais eficaz é aceitar e conversar com ele.
O quarto passo é largar o sentimento desagradável, soltá-lo. Este passo será apenas a cura do sintoma.
A respiração é a forma mais poderosa à nossa disposição para nutrir e fortalecer a transformação das
emoções em sentimentos positivos e afetividade. As filosofias orientais dominam esse conhecimento e
fazem uso dele há milênios. Bons exemplos são os exercícios de alongamento, equilíbrio e respiração do
yoga e a entoação dos mantras. Por meio da respiração, é possível entrar rapidamente em contato com os
“sentires da mente” e observá-los por uma ótica mais clara e oxigenada e, dessa maneira, administrá-los;
discernir, fazer escolhas e tomar decisões com mais facilidade; eliminar os gases ácidos na expiração,
para alcalinizar mente e corpo; alterar a frequência das ondas cerebrais e desacelerar a mente, para senti-
la de outra maneira, mais desacelerada e pacífica.
Se a respiração for leve e tranquila – resultado natural da respiração consciente –, a mente e o corpo irão
lentamente se tornando leves, tranquilos e lúcidos. E do mesmo modo os sentimentos.
Na cura dos sentimentos desagradáveis é necessário ter cuidado, amor e não violência. Não acredite em
transformações sem medo e sem amor. Quando os sentimentos desagradáveis são observados de forma
consciente, eles podem ser muito esclarecedores e proporcionar revelações e mais compreensão a respeito
de nós mesmos e da nossa sociedade.
A respiração é um indicador do estado emocional e mental. Quando as emoções estão agitadas, a mente
estará agitada, e a respiração CERTAMENTE. Se a respiração acalmar, tudo o mais se acalmará.
Quando observamos nossa respiração, descobrimos que a nossa mente e o nosso corpo estão nurn
contínuo estado de agitação e desconforto. Com o simples ato de observar a respiração, podemos sentir
um relaxar da intensidade das causas, das imagens e refluxos dos nossos sofrimentos.
A prática desse contato consciente com a respiração, por si só, elimina as impurezas das emoções e da
mente. Assim, cada vez mais, vamos sentindo um alívio e nossas pre-ocupações deixam de existir. O
novo AR trás consigo novas visões, óticas, soluções.
A esse respeito, quando nos aprofundamos na investigação da verdade, verificamos que essa agitação e
este desconforto estão presentes nos níveis mais sutis.
A observação da respiração é uma meditação universal, que se baseia na descoberta desta verdade: a de
cada momento, tal como ele realmente é.
Ao respirar lenta e pausadamente procure observar, sem reação, seus sentimentos e pensamentos. Se você
for dominado por alguma emoção muito forte ou sentir dores no corpo, tente apenas observá-las; permita
a manifestação de acordo com as leis da natureza; assim como surgiram, desaparecerão; apenas observe
com paciência e serenidade.
Observe a sua respiração, cada vez mais serena e tranquila, mais profunda e ritmada, sem criar
reatividade, apenas observar, observar e observar...
Sinta-se confortável. Feche os olhos e tente observar sua respiração. Vá relaxando as partes do corpo que
estiverem tensas, apenas observando a respiração e percebendo seu corpo, sensações e sentimentos.
Quando vierem os pensamentos, você provavelmente esquecerá da respiração. Não se preocupe, ela é
instintiva e você não vai morrer, apenas desidentifique-se dos pensamentos e volte a observar a
respiração, calma e serenamente. Pratique este exercício diariamente por 5, 10 ou até 15 minutos.
Este teste foi desenvolvido pelo Centro Psicológico de Controle do Estresse, que segundo eles apresenta
basicamente três níveis: passageiro, intermediário e agudo.
Para todos eles é fundamental providenciar uma atividade física adequada, uma alimentação mais
vitalizante e balanceada, assim como providenciar tratamentos alternativos como os descritos em Dicas
para driblar o estresse e a ansiedade.
Nível 1 : Passageiro - Afeta a produtividade com pontos de bloqueio principalmente no pescoço e nuca.
Fundamental praticar exercícios de alongamento e relaxamento.
Nível 2 : Intermediário - Afeta o sistema imunológico com pontos de bloqueio nas costas e quadris.
Fundamental colocar limites e não carregar o mundo nas costas.
Nível 3 : Agudo - Risco de acidentes pelo sistema reflexo retardado, com pontos de bloqueio nas pernas,
joelhos, calcanhar e batata das pernas. Fundamental movimentar a vida e aprender a lidar com a força das
próprias pernas.