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1. Introdução.

O conceito de função que hoje pode parecer simples é o resultado de uma lenta e longa
evolução histórica iniciada na Antiguidade quando, por exemplo, os matemáticos Babilônicos
utilizaram tabelas de quadrado e de raízes quadradas e cúbicas ou quando os Pitagóricos
tentaram relacionar a altura do som emitido por cordas submetidas à mesma tensão com seu
comprimento. Nesta época o conceito de função não estava claramente definido.
Só no séc. XVII, quando Descartes e Pierre Fermat introduziram as coordenadas
cartesianas, se tornou possível transformar problemas geométricos em problemas algébricos e
estudar analiticamente funções.
A Matemática recebe assim um grande impulso a partir de observações ou
experiências realizadas, a procurar e determinar a fórmula ou função que relaciona as
variáveis em estudo. Por outro lado, a introdução de coordenadas, além de facilitar o estudo
de curvas já conhecidas permitiu a “criação” de novas curvas, imagens geométricas de
funções já definidas por relações entre variáveis.
Fermat deu conta das limitações do conceito clássico de reta tangente a uma curva
como sendo aquela que encontrava a curva num único ponto, para determinar uma tangente a
uma curva num ponto P considerou outro ponto Q sobre a curva; considerou a reta PQ secante
à curva, obtendo deste modo retas PQ que se aproximavam duma reta t a que Fermat chamou
a reta tangente à curva no ponto P.
Estas idéias constituíram o embrião do conceito de derivada e levou Laplace a
considerar Fermat “o verdadeiro inventor do Cálculo Diferencial”. Contudo, Fermat não
dispunha de notação apropriada e o conceito de limite não estava ainda claramente definido.
Só no séc. XIX Cauchy introduzia formalmente o conceito de limite e o conceito de derivada,
a partir do séc. XVII, com Leibniz e Newton, o Cálculo Diferencial torna-se um instrumento
cada vez mais indispensável pela sua aplicabilidade aos mais diversos campos da ciência.
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2. A Reta Tangente e a Derivada.


2.1 – Reta Tangente.
Sejam f uma função e p um ponto de seu domínio. Limites do tipo

( )– ( )
lim
→ −

ocorrem de modo natural tanto na geometria como na física.


Consideremos, por exemplo, o problema de definir a reta tangente ao gráfico de f no
ponto (p, f(p)). Evidentemente, tal reta deve passar pelo ponto (p, f(p)); assim a reta tangente
fica determinada se dissermos qual deve ser seu coeficiente angular. Consideremos, então, a
reta que passa pelos pontos (p, f(p)) e (x, f(x), conforme figura 2.1.

y
f

sx
f (x)
f(x) - f(p)

f(p)
x-p

Figura 2.1 – Reta Secante ao gráfico de .

( ) ( )
Coeficiente angular de = ∙

Quando x tende a p, o coeficiente angular de tende a f’(p), onde

′(
( )– ( )
) = lim ∙
→ −

Observe que f’(p) (leia: f linha de p) é apenas uma notação para indicar o valor do
limite acima. Assim à medida que x vai se aproximando de p, a reta vai tendendo para a
posição da reta T da equação

− ( )= ′( )( − ). (1)
3
y
f

p x x
Figura 2.2 – Reta Tangente ao gráfico de .

É natural, então, definir a reta tangente em (p, f(p)) como sendo a reta de equação (1).

Suponhamos, agora, que s=f(t) seja a equação horária do movimento de uma partícula
vinculada a uma reta orientada na qual se escolheu uma origem. Isto significa dizer que a
função f fornece a cada instante a abscissa ocupada pela partícula na reta. A velocidade média
( ) ( )
da partícula entre os instantes e t é definida pelo quociente ∙

A velocidade (instantânea) da partícula no instante é definida como sendo o limite


( )– ( )
v(t ) = lim ∙
→ −

Esses exemplos são suficientes para levar-nos a estudar de modo puramente abstrato
as propriedades do limite

( )– ( )
lim ∙
→ −

2.2 - Derivada de uma Função.


Sejam f uma função e p um ponto de seu domínio. O limite
( )– ( )
lim
→ −
quando existe e é finito, denomina-se derivada de f em p e indica-se por f’ (p) (leia: f linha de
p).

Assim,
′(
( )– ( )
) = lim ∙
→ −
Se f admite derivada em p, então diremos que f é derivável ou diferenciável em p.
Dizemos que f é derivável ou diferenciável em A ⊂ se f for derivável em cada p ∈ A.
Diremos simplesmente, que f é uma função derivável ou diferenciável se f for derivável em
cada ponto de seu domínio.
4

Observação: Segue das propriedades dos limites que

( )– ( ) ( + ℎ) − ( )
lim = lim ∙
→ − → ℎ

Assim,

( )– ( ) ′
( + ℎ) − ( )
( ) = lim ( ) = lim ∙
→ − → ℎ

Conforme vimos na introdução a reta de equação − ( ) = ′ ( )( − )é, por


definição,a reta tangente ao gráfico de f no ponto (p, f(p)). Assim, a derivada de f em p, é o
coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abscissa p.

Exemplos.

1 - Seja f(x) = . Calcule:

a) f’ (1)
b) f’ (x)
c) f’ (-3)
Solução:
( )– (1) −1
) f ′ (1) = lim = lim = lim( + 1) = 2.
→ −1 → −1 →

Assim,
f’(1) = 2.
(A derivada de f(x) = , em p=1, é igual a 2.).

( + ℎ )– ( ) ( + ℎ) −
) ′( ) = lim = lim ∙
→ ℎ → ℎ

Como
( + ℎ) − 2 ℎ+ ℎ
= = 2 + ℎ, ℎ ≠ 0
ℎ ℎ

Segue que
′( )
= lim(2 + ℎ ) = 2 .

Portanto,
f(x) = ⟹ f’(x)=2x.
Observe que f’(x) = 2x é uma fórmula que nos fornece a derivada de f(x) = , em todo
x real.
)Segue de ( )que
f’(-3) = 2 (-3) = -6.
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2 - Seja f(x) = . Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f no ponto:

a) (1, f(1)). b) (-1, f(-1)).

Solução:

a) A equação da reta tangente em (1, f(1)) é

y – f(1) = f’ (1) (x –1)

( 1) = 1 = 1
( ) = 2 (exemplo 1, item b) ⇒ (1) = 2

Substituindo em (1), vem


y– 1 = 2(x – 1) ou y = 2x –1.

Assim y = 2x –1 é a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = , no ponto (1 ,


f(1)).

b) A equação da reta tangente em (−1, f(−1)) é y – f(−1) = f’(−1) (x-(−1)) ou


y – f(−1) = f’(−1) (x+ 1)

f(−1) = (−1) = 1

f’(p) = 2p ⟹f’ (−1) substituindo esses valores na equação vem

− 1 = −2( + 1) = −2 − 1 Que é a equação da reta tangente pedida.


y
y = 2x - 1

(1, f(1))

-1 1 x

y = - 2x - 1
Figura 2.3 – gráfico das retas tangentes de nos pontos (1, (1)) e (−1, ( (−1)).
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3 - Seja f(x) = k uma função constante. Mostre que f’(x) = 0 para todo o x. (A derivada de uma
constante é zero).

Solução:

′(
( + ℎ )– ( )
) = lim .
→ ℎ
Como f(x) = k para todo x, resulta f (x + h) = k para todo x e todo h, assim

′(

) = lim = lim 0 = 0.
→ ℎ →

4 – Calcule a derivada de f(x) = e use-a para determinar a inclinação da reta tangente à


curva y = no ponto x = -1. Qual é a equação da reta tangente nesse ponto?
Solução:
A inclinação da reta tangente à curva y = f(x) no ponto (c, f(x)) é dada por = f’(c). De
acordo com a definição de derivada,

′(
( + ℎ )– ( ) ( + ℎ) −
) = lim = lim
→ ℎ → ℎ


( +3 ℎ + 3 ℎ +ℎ )−
( ) = lim = lim (3 +3 ℎ+ℎ )
→ ℎ →

( )=3 ∙

Nesse caso, a inclinação da reta tangente à curva y = no ponto x = -1 é f’ (-1) =


3(−1) = 3.

Para determinar a equação da reta tangente, precisamos também da coordenada y do


ponto de tangencia, y=(−1) = -1. Assim, a reta tangente passa pelo ponto (-1, -1) com
inclinação três. Usando a forma ponto-inclinação da equação de uma reta, temos:

− (−1) = 3 [ − (−1)]

y =3x + 2.

( + ℎ) − ( ) ( + ℎ) − ( )
= ⇒ = ∙
( +ℎ− ) ℎ
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5 - Encontre a equação da reta normal à curva y =√ − 3 que seja paralela à reta 6x + 3y – 4


= 0.

Solução:

Seja a reta dada. Para encontrarmos a declividade de, escrevermos sua equação na forma
reduzida, que é y =− + . Portanto, a declividade de é −2, e a declividade da reta
normal procurada também é −2, pois suas retas são paralelas.

Para encontrarmos a declividade da reta tangente à curva dada em qualquer ( , ),


aplicamos a fórmula

( +Δ )− ( )
( ) = lim
Δ → Δ

Com f(x) = √ − 3 obtemos

+Δ −3− −3
( ) = lim ∙
Δ → Δ
Para calcularmos esse limite, racionalizamos o numerador.

+Δ −3− −3 ( +Δ −3+ − 3)
( ) = lim
Δ → Δ ( +Δ −3+ − 3)

Δ
( ) = lim ∙
Δ → Δ ( +Δ −3+ −3

Dividindo numerador e denominador por Δ , desde Δ ≠ 0, obtemos

1
( ) = lim
Δ → +Δ −3+ −3

1
( )= ∙
2 −3

Conforme mostramos acima, a declividade da reta procurada é -2. Assim, resolvemos


a equação −2 − 3 = -2 resultando = 4. Portanto, A reta procurada é a reta que passa
pelo ponto (4, 1) sobre a curva e tem uma declividade –2. Usando a forma ponto-declividade
da equação da reta obtemos y –1 = −2(x−4) ou 2x + y −9 = 0.

Veja a figura 2.4, que mostra um esboço da curva junto com a reta normal PN em (4,
1) e a reta tangente PT em (4,1).
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N
y
T

90°

P(4,1)

Figura 2.4 – Gráfico da Reta Normal a curva = √ − 3.

6 - Calcule a derivada de ( ) = √ e use o resultado para determinar a equação da reta


tangente à curva y = √ no ponto x = 4.

Solução:

A derivada de = √ em relação à x é dada por:

( + ℎ) − ( ) √ +ℎ−√
√ = lim = lim
→ ℎ → ℎ

√ + ℎ − √ (√ + ℎ + √ )
√ = lim
→ ℎ(√ + ℎ + √ )

+ℎ− ℎ
√ = lim = lim
→ ℎ(√ + ℎ + √ ) → ℎ(√ + ℎ + √ )

1 1
√ = lim = ∙
→ √ +ℎ+√ 2√

Para x = 4, a coordenada correspondente y no gráfico de y = √ é y = √4 = 2; então,


o ponto de tangência é P(4, 2). Como f’(x) = 1/2√ , a inclinação da reta tangente à curva de
f(x) no ponto P (4, 2) é dado por f’(4) = = . Usando a forma ponto-inclinação da

equação de uma reta, descobrimos que a equação da reta tangente no ponto

Pé − 2 = ( − 4) ou = + 1.
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7 - Seja ( ) = ( ) = √ . Calcule f’(2).

Solução:

′(
( )– (2) √ − √2
2) = lim = lim ∙
→ −2 → −2
Assim,

′( √ − √2 1 1
2) = lim = lim = ∙
→ √ − √2 (√ + √2) → √ + √2 2√2

Isto é,

′(
1
2) = ∙
2√2

3. Regras de Derivação.

3.1. Derivada da Função Constante.

Se c é um número constante e é a função constante definida por ( ) = , então f é


diferenciável para todo número e ’ é a função definida por ’( ) = 0.

Prova:

′(
( +Δ )− ( ) −
) = lim = lim = lim 0 = 0.
Δ → Δ Δ → Δ Δ →

Exemplos.

1 - Seja f uma função constante definida pela equação ’( ) = 5 + . Calcule ’.

Solução:

Pela regra da Constante, ’ é a função definida pela equação ’( ) = 0.

2 - Calcule 5 + √3 .

Solução:

Pela regra da Constante, (5 + √3) = 0.


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3.2. Derivada da Função Potência.

Seja n um número inteiro maior que 1 e seja f a função definida por ( ) = ’’. Então
f é diferenciável para todo número e ’ é a função definida por
′( )= .

Prova:

A prova se processa por indução matemática, iniciando com n = 2. Para n = 2 temos, pelas
regras do produto e da identidade,
′( )= ( )= ( . ) = .( )+( )
′( )= + =2 =2 ;

Assim o teorema é válido quando n = 2. Agora, assumindo que n é maior que 2 e que
o teorema seja válido para expoentes menores que n, os Teoremas 4 e 2 implicam que
′( )= ( )= ( . )= .( )+( ).

′( )= + [( − 1) ]. = + ( − 1)
( )= .

Exemplos.
1 - Seja ( ) = 4 √ encontre ’( ).
Solução:

( )=4

( )=4.

8 8 8
( )= = = ∙
3 3 3√

2 - Seja ℎ( ) = √2 − 4 + 5, encontre h’(x).


Solução:

ℎ( ) = (2 − 4 + 5)
1
ℎ ( ) = (2 − 4 + 5) (6 − 4)
2
3 −2
ℎ( )= ∙
√2 −4 +5
11

3.3. Derivada da Soma.


Sejam f e g funções diferenciáveis em um número x, e seja h = f + g. Então h é
diferenciável em e
ℎ( )= ( )+ ( ).
Prova:
ℎ( + ∆ )– ℎ( )
ℎ ( ) = lim
∆ → ∆
[ ( +Δ )+ ( + Δ )] − [ ( ) + ( )]
ℎ( ) = lim
∆ → ∆
( +Δ )− ( )+ ( +Δ )− ( )
ℎ( ) = lim
∆ → ∆
( + Δ ) − ( ) g(x + Δx) − g(x )
ℎ( ) = lim +
∆ → ∆ Δx

( +Δ )− ( ) ( +Δ )− ( )
ℎ( ) = lim + lim
∆ → Δ → Δ
ℎ( )= ( )+ ( ).

Exemplos.
1 - Seja ( ) = 3 +8x+5. Calcule a derivada.
Solução:
( ) = 3(4 ) + 8.1 + 0
( ) = 12 + 8.

2 – Seja ( ) = 7 −2 + 8 + 5, ( ).
Solução:
( )= (7 −2 + 8 + 5) = (7 )+ (−2 )+ (8 ) + ( 5) =
= 28 −6 +8.
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3.5. Derivada da Função Produto.


Sejam f e g funções ambas diferenciáveis em um número , e seja ℎ = ∙ g. Então h
também é diferenciável em e
ℎ ( ) = ( ). ( )+ ( ). ( ).

Prova:

ℎ( + ∆ ) − ℎ( )
ℎ ( ) = lim
∆ → ∆

( + ∆ ). ( + ∆ ) − ( ). ( ).
ℎ ( ) = lim
∆ → ∆

Usaremos agora um curioso, mas eficiente artifício algébrico – a expressão


( + ∆ ). ( ) é subtraída do numerador e depois adicionada de novo (o que, é claro,
mantém o valor do numerador sem alteração).

O resultado é

ℎ( )=
( + ∆ ). ( +∆ )− ( + ∆ ). ( ) + ( + ∆ ). ( ) − ( ). ( )
= lim
∆ → ∆
( + Δ ). ( + ∆ ) − ( + ∆ ). ( )
ℎ( ) = lim
∆ → ∆
f(x + Δx). g(x ) − f(x ). g(x )
+
Δx

( + Δ ) − ( ) f(x + Δx) − f(x )


ℎ ( ) = lim ( +∆ ) + g(x )
→ ∆ Δx

g(x + Δx) − g(x ) f(x + ∆x) − f(x )


ℎ ( ) = lim ( + ∆ ) ∙ lim + lim
∆ → ∆ → Δx ∆ → ∆x
∙ lim g(x )
∆ →

ℎ( ) = lim ( +Δ ) . ( )+ ( ) lim ( ) ∙
→ ∆ →
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Desde que, f é diferenciável em ela é contínua em .

Assim,

lim ( + ∆ ) = lim ( ) = ( )
∆ → →

Também desde que g( ) é uma constante,

lim ( )= ( )
∆ →

Segue que,

ℎ ( ) = ( ). g (x ) + f (x ). g(x ).

Exemplos.

1 - Calcule [(3 + 1)(7 + )] pelo uso da regra da multiplicação.

Solução:

[(3 + 1)(7 + )] = (3 + 1)[ (7 + )] + [ (3 + 1)](7 + )

= (3 + 1)(21 + 1) + (6 )(7 + )

= (63 + 24 + 1) + (42 +6 )

= 105 + 30 + 1.

2 - Suponha que f e g são funções diferenciáveis no número 2 e que f (2) = 1, g(2) = 10, f’(2)
= e g’(2) = 3. Se h= f . g, calcule h’ (2).

Solução:

ℎ( ( ). ( )+ ( ). ( )

Então:
ℎ (2) = (2). (2) + (2). (2)
Ou
ℎ (2) = (1)(3) + (10) = 8.
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3.4. Derivada do Quociente.


Sejam f e g funções ambas diferenciáveis em um numero e suponha que ( ) ≠ 0.
Então, se ℎ = segue que h é diferenciável em e

( ). ( ) − ( ). ( )
ℎ( )= ∙
[( )]

Prova:
Note que h = f(1/g); assim pelas regras do produto e da inversa aritmética,
− ( ) 1
ℎ ( ) = ( ). + ( ).
[ ( )] ( )
− ( ). ( ) ( ). ( )
ℎ( )= +
[ ( )] [ ( )]
( ). ( ) − ( ). ( )
ℎ( ) = .
[ ( )]

Exemplos.

1 - Sendo ( ) = ∙ Calcule ’( ).

Solução:
( − 5 + 3). (2.4 − 0) − (2 − 3)(2 − 5)
( )=
( − 5 + 3)
( − 5 + 3)(8 ) − (2 − 3)(2 − 5)
( )= ∙
( − 5 + 3)

2 - Calcule ’( ) da função = ∙

Solução:
( )′( + 7) − ( + 7)′
( )=
( + 7)

2 ( + 7) − (3 )
( )=
( + 7)

14 −
( )= ∙
( + 7)
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4. Derivada da função composta (Regra da Cadeia).

Suponhamos que = ( + 5 ) e que desejamos determinar dy/dx. Uma saída é


expandir ( + 5 ) e então diferenciarmos o polinômio resultante.

Assim,

=( +5 ) = + 15 + 75 + 125 , então =6 + 75 + 300 + 375 .

Outro método é fazermos,

= + 5 , tal que = , dy/Du = 3 , du/dx = 2 + 5 .

Então,

= =3 (2 + 5) = 3( + 5 ) (2 + 5) = 6 + 75 + 300 + 375 .

O último cálculo produziu a resposta certa, mas existe um detalhe nele. As expressões
são apenas símbolos para as derivadas nas quais os “numeradores” e “denominadores”
ainda não tiveram nenhum significado quando vistos separadamente, logo não estávamos
realmente seguros em supor que = . De fato, a legitimidade desse cálculo é garantida
por uma das mais importantes regras de diferenciação em cálculo – a regra da cadeia.

4.1 - A regra da cadeia.

Se y é uma função diferenciável de u e se u é uma função diferençável de x, então y é


uma função diferenciável de x e

= ∙

É claro, a regra da cadeia pode ser escrita na notação de operador como

=( )( ).

Se fizermos y = f(u), onde u é uma função de x, faremos

( )= ( ) .
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Exemplos.

1 - Calcule ( +5 ) .

Solução:

Aqui = + 5 e n = 100, assim

( +5 ) = 100( +5 ) ( + 5 ) = 100( + 5 ) (2 + 5).

2 - Se ( ) = , calcule ( ).
( )

Solução:

Aqui ( ) = (3 − 1) , então

( )= ( )= (3 − 1) = (−4)(3 −1) (3 − 1)

( ) = (−4)(3 −1) (3) = −12(3 − 1) .

3 - Calcule .

Solução:

3 3 3
= 10
+7 +7 +7

3 3 ( + 7)(3) − (3 )(2 )
= 10
+7 +7 ( + 7)

3 (3 ) (210 − 30 )
= ∙
+7 ( + 7)

4 - Calcule ( ) ( ) = (2 − 5 + 1) .

Solução:

35 − 28
( ) = −7(2 − 5 + 1) (4 − 5) = ∙
(2 − 5 + 1)
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5 - Calcule [( + 6 ) (1 − 3 ) ].

Solução:

[( + 6 ) (1 − 3 ) ] = [ ( + 6 ) ](1 − 3 ) + ( +6 ) [ (1 − 3 ) ]

[( + 6 ) (1 − 3 ) ] = [10( + 6 ) (2 + 6)](1 − 3 ) +

+( + 6 ) [4(1 − 3 ) (−3)]

[( + 6 ) (1 − 3 ) ] = ( + 6 ) (1 − 3 ) [10(2 + 6)(1 − 3 ) − 12( + 6 )]

[( + 6 ) (1 − 3 ) ] = ( + 6 ) (1 − 3 ) (−72 − 232 + 60).

No cálculo de derivadas algumas vezes é necessário usar a regra da cadeia


repetidamente. Por exemplo, se y é uma função de v, v é uma função de u, e u é função de x,

Então,

= e = , e daí = .

6 - Seja =( 1+ ) . Use o fato de que √ = e a regra da cadeia para determinar



.

Solução:

Seja =1+ , =√ = , tal que = (√ ) = (1 + ) .

Assim,

1
= = (3 ) (2 ) = 3(√ ) =3 √ =3 1+ .
2√ √

7 - Calcule [1 + (1 + ) ] .

Solução:

Usando a regra da cadeia repetidamente, temos

[1 + (1 + ) ] = 7[1 + (1 + ) ] [1 + (1 + ) ]

[1 + (1 + ) ] = 7[1 + (1 + ) ] [6(1 + ) (1 + )]

[1 + (1 + )
) ] = 7[1 + (1 + ) ] 6(1 + ) (5

[1 + (1 + ) ] = 210 [1 + (1 + ) ] (1 + ) .
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A regra da cadeia é realmente uma regra para a diferenciação da composta f ° g de


duas funções. Para ver isso, seja y = f(u) e u = g(x), tal que = ( ) = [ ( )] =
( ° )( ).

Desta forma, pela regra da cadeia, = = ( ) ( ) = ′[ ( )] ( ).

Denotando a composta f ° g por h, podemos escrever a regra da cadeia como a seguir:

Se h = f ° g, então h’(x) = (f ° g)’(x) = f’[ ( )] ( ).

Aqui, é claro, estamos assumindo que g é diferenciável no número x e f é diferenciável


no número g(x).

8 - Seja ( ) = 4 − + − √2 , ( ) = . Calcule (f ° g)’ (x).

Solução:

( )=4 ( )=2 −4 + 1 ; assim, pela regra da cadeia

( ° )( )= [ ( )] ′( ) = 4[ ( )] ( )

1 2
( ° )( )=4 − + − √2 .
4 3

5. Derivada da Função Inversa.

Seja = ( ) uma função que admite inversa = ( ). Como = , ou


seja,

( )= ,

Aplicando a regra da cadeia, temos

1
( )( )=
( )

Portanto,

1
( )( )= ∙
( )

Desde que ( ) ≠ 0.
19

Exemplos.

1 – Seja = ( ) = 5 . Obtenha ( ) (40) ( ) invertendo a função, e ( ) utilizando a


regra da derivada inversa.

Solução:

(a) =5 ⟹ = ( )= = .

Logo,

1 1 1
( )( )= . = .
3 5 5 15 5

Portanto,

(b) = 40 =5 ⟹ = 2. Como ( ) = 15 , usando a regra da função teremos

1 1
( ) (40) = = ∙
(2) 60

2 – Seja ( ) = para > 0. Determine ( ) ( ).

Solução:

Já que é definida e diferenciavél no intervalo aberto (0, ∞), e como ( ) = 2 ≠ 0


para todos os valores de no intervalo, segue do teorema da função inversa que é
inversivél, é diferenciável e

1 1
( )( )= = ∙
[ ( ) 2 ( )

Válido para todo no domínio de . Desde que ( ) = para > 0, segue que
( ) = √ . Então ( )( )= simplismente significa que √ = .
( ) √
20

6. Derivada da Função Exponencial.

6.1. Derivada da Função Exponencial Composta.

Exemplos.

1 - Determine a derivada da função ( ) = ∙

Solução:

De acordo com a regra do quociente,

( )=( + 1)(−3 ) − (2 ) − (2 )

−3( + 1) − 2 −3 − 2 − 3
( )= = ∙
( − 1) ( + 1)

2 - Determine a derivada da função ( ) = .

Solução:

De acordo com a regra da cadeia, ( )= ( + 1) = 2 .

3 - Determine a derivada da função ( ) = .

Solução:

De acordo com a regra do produto,

( )= ( )+ ( ) = (2 )+ (1) = (2 + 1) .

6.2. Derivada da Função Exponencial Logarítmica.

Exemplos.

1 - Determine a derivada da função ( ) = ln .

Solução:

Combinando a regra do produto com a expressão da derivada de ln x, temos

1
( )= + ln = 1 + ln .
2
21

2 - Determine a derivada da função.


( )= ∙

Solução:

Como √ = , temos, de acordo com a regra da potência para logaritmos

2

( )= = =3 ∙

Aplicando a regra do quociente para derivadas, obtemos:

3 ( ) −( )′
( )=
2 ( )

1
2 −4
( )=
3

2 1−4
( )= ∙
3

3 - Determine a derivada da função ( ) = ( + ln ) .

Solução:

A função tem forma ( )= , onde u = t + ln t aplicando a regra da potência para


derivadas, obtemos:

3
( )= =
2

( )= = ( + ) aplicando a regra da potência para derivadas, obtemos:

3
( )= =
2
3
( )= ( + ) ( + )
2
3 1
( )= ( + ) 1+ .
2
22

7. Derivada das Funções trigonométricas.

Antes de calcular as derivadas das funções trigonométricas, observemos que

cos − 1 −1
lim = lim
→ → (cos + 1)

cos − 1 −
lim = lim
→ → (cos + 1)

cos − 1
lim = lim − ∙
→ → cos + 1
cos − 1 0
lim = −1 ∙
→ 1+1
cos − 1
lim = 0.

7.1. Derivada da Função Seno.

O quociente de Newton da função sen x é

( + ℎ) −


Para calcular seu limite, desenvolvemos sen (x+h) usando a fórmula do seno da soma
de dois arcos.

Então temos,

( + ℎ) − ∙ cos ℎ + ℎ . cos −
= lim
ℎ→0 ℎ → ℎ
( + ℎ) − ∙ (cos ℎ − 1) + sen ℎ ∙
= lim
ℎ→0 ℎ → ℎ
( + ℎ) − cos ℎ − 1 ℎ
= lim + ∙ cos
ℎ→0 ℎ → ℎ ℎ
( + ℎ) −
= ∙0+1∙
ℎ→0 ℎ
( + ℎ) −
= cos .
ℎ→0 ℎ

Logo,

( ) = cos .
23

Exemplos.

1 - Determine a derivada da função = ( ).

Solução: = .

= , =

= cos . 2

= 2 . cos( ).

( )
2 – Determine a derivada da função = ∙
( )

Solução:

( ) − ( )′
’( ) =

(3 + ) +
’( ) =

3 + ( + )
’( ) =

3 +
’( ) = ∙

3 – Calcule a derivada da função h(x) = ∙ (3 ).

h’(x )= ( ) (3 ) + [ (3 )]′

h’(x) = 3 (3 ) + 3 (3 )

h’(x) = 3 [ (3 ) + cos (3 )].

7.2. Derivada da Função Cosseno.

Se y = cos x, então y’ = − sen x.

Prova:

Seja y = aplicando a definição

cos( + ∆ ) − cos
= lim
∆ → ∆
24

aplicaremos a fórmula trigonométrica:

Cos p – cos q = − 2 sen . sen ∙

Então,

+∆ + +∆ −
−2 2 . 2
= lim
∆ → ∆
2 +∆ ∆ /2
y = lim −2 . lim
∆ → 2 ∆ → ∆
2. 2

1
= −2. . .1
2

=− .

Exemplos.

1 - Determinar a derivada da função = cos (1/x).

Solução: = .

y= cos u, u = (1/x)

y’ = (− sen u ) . u’

y’ = [− (1/ )]. −1/

y’ = sen (1/x).

2 – Determinar a derivada da função = cos (1/x).

Solução:

y= cos u, u = (1/x) = .

y’ = (− sen u ) . u’

y’ = [− (1/ )]. −1/

y’ = sen (1/x).
25

3 - Determine a derivada da função =2 ( − ). ℓ ( ) , no ponto = .

Solução:

( ) = 2 cos( − ) . ℓ ; =

( ) = 2[(cos ( − )) . ℓ + cos( − ) . (ℓ )′]

1
( )=2 − ( − ). ℓ + cos( − ) .

1
( ) = 2 −ℓ . ( − )+ . cos ( − )

1
( ) = 2 −ℓ . ( − )+ . cos ( − )

1 2
( ) =2 0+ = ∙

7.3. Derivada da Função Tangente.

Usando a relação t g = obtemos

( )’ =

. − . (− )
( )’ =

+
( )’ =

1
( )’ =

( )’ = .

Logo,

( )’ = .
26

Exemplos.

1 – Calcule a derivada da função ( ) = ∙


ℓ ( )

Solução:

1
( − 2 ). (5 − 2) . ℓ − ( −2 )∙
( )=
(ℓ )

(5 − 2) ℓ ( −2 )− ( −2 )
( )= ∙
(ℓ )

2 – Calcule / se = 4 .

Solução:

Como = 4 =( 4 ) , a regra da potência dá

= 3( 4 ) ∙ 4 .

Pela fórmula (1) com =4 ,

4 =( 4 )(4),

E, juntando os vários pedaços, obtemos

= 12 4 4 .

7.4. Derivada da Função Cotangente.

Usando a relação =

Obtemos,

. (− )− .
( )’ =

− −
( )’ =

−1
( )’ =

( )’ = − .

Logo,

( )’ = − .
27

Exemplos.

1 - Calcule ⁄ se = (1 − 3 ).

Solução:

Pela fórmula

=−

com = 1−3 ,

=− (1 − 3 ). (−3) = 3 (1 − 3 ).

7.5. Derivada da Função Secante.

A partir de sec = obtemos

. 0 − 1 . (− )
( )’ =

( )’ =

1
( )’ = .

( )’ = . .

Logo,

( )’ = . .

Exemplos.

1 - Determinar a derivada da função = sec ( + 3 + 7).

Solução:

= , = +3 +7

’ = . . ’

’ = [ ( + 3 + 7) . ( + 3 + 7)]. (2 + 3)

’ = (2 + 3) ( + 3 + 7). ( + 3 + 7)
28

7.6. Derivada da Função Cossecante.

De = vem,

.0 − 1 .
( )’ =

( )’ = −

1
( )’ = − .

( )’ = − . .

Logo,

( )’ = − . .

Exemplos

1 - Dada a função = . Calcule sua derivada.

Solução:

+1
= , = .
−1
’ = − . . ’

+1 +1 −2
’ = − . .
−1 −1 ( − 1)

2 +1 +1
’ = . . .
( − 1) −1 −1

2 – Dada =4 (−6 ). Calcule ⁄ .

Solução:

= 4. (− (−6 ). (−6 ). (−6))

= 24 (−6 ). (−6 ).
29

8. Derivada das Funções trigonométricas Inversas.

8.1. Derivada arc seno.

A função arc seno é, a inversa da função seno. Para que a função seno se tornasse
inversível, tomamos o intervalo − , para seu domínio e [−1 , 1] para contradomínio.
Assim a função arc seno x é a inversa da função f : − , → [−1 , 1] dada por y = f (x) =
sen x.

Usemos então, a letra y para indicar a variável da inversa de f que é a função g(y) = arc
seno .

Assim, desde que ’( ) = ≠ 0 ,ou seja , ∈ − , , temos

1
( )=
( )

1
( )= ∙
cos

Como = , temos cos = ± 1− . Sabendo que ∈ − , ,


devemos ter > 0 , o que exige cos = 1− . Conseqüentemente ’( ) =
ou

( )’ = . Usando novamente a letra x para representar a variável da função


arco-seno, temos

1
( )= ∙
√ −

Exemplos.

1 – Dada = encontre .

Solução:

Aplicando a fórmula ( )= , obtemos


1 2
= (2 ) = ∙
1−( ) √1 −
30

8.2. Derivada arc cosseno.

Relembrando: a função f: [0, ]→ [−1 , 1] dada por y = f(x) = cos x é a inversa da


função

g(y) = arc cos y.

Logo,

desde que f’(x) = −sem x ≠ 0 , ou seja , x ∈ (0 , ),

Temos,

1
’( ) =
( )

1
( )= ∙

Como = , temos = ± 1− , e sabendo que ∈ [0 , ] , temos,

= 1− .

Assim, ( )= , ou (arc cos y)’= − ∙

E usando novamente a letra x para indicar a variável da função arc cos, temos

(arc cos x)’ = − ∙


Exemplos.

1 – Dada ( ) = √ , encontre .

Solução:

( )=

1 1
=− .
√1 − 2√
1
=−
2√ . √1 −
1
=− ∙
2√ −
31

8.3. Derivada arc tangente.

Como a função f: − , → ℝ dada por y = f(x) = tg x é a inversa de g(y) = acr tg y ,


temos,

1
’( ) =
( )

1
’( ) = . Como = ,

Temos,

=1+

=1+ .

Logo,

’( ) = , ou ( )’ = , ou , ainda ,(arc )’ = ∙

Exemplos.

1 – Dada ln( + ) = encontre .

Solução:

Derivando, implicitamente, os dois membros da equação dada em relação a , obtemos

1 1 −
(1 + ) ∙ ∙
+
1+

Ou

1+ −
= ∙
+ +

Ou

+ +( + ) = + −( + ) .

Ou


= ∙
2 + +
32

8.4. Derivada arc cotangente.

A função : (0 , ) → ℝ dada por = ( ) = é a inversa de ( ) =


.

Logo,

1
’( ) =
( )

’( ) = ∙ De = , vem = 1+ .

Portanto,

’( ) = − ou ( )’ = − ou, ainda,

1
( )’ = − ∙
1+

Exemplos.

1 – Dada = encontre .

Solução:

1 −1 1
= 3 + ∙ ∙
3 1 3
1+
9

1 3
=3 − ∙
3 9+

8.5. Derivada arc secante.

Como = , temos = ∙

Logo,

1
( )’ =

1 1
( )’ = − .
1
1−
33

1 1
( )’ = − . −
1
1−

1
( )’ =
−1

1
( )’ =
√ −1
| |

1
( )’ = ∙
| |.√ −1

8.6 Derivada arc cossecante.

Como = , temos a = ∙

Assim,

1
( )’ =

1 1
( )’ = . −
1
1−

1
( )’ = −
−1

1
( )’ = −
√ −1
| |

1
( )’ = − ∙
| | .√ −1
34

9. Derivadas Sucessivas ou de Ordem Superior.

De um modo geral, se é uma função diferenciável em algum intervalo aberto, então a


derivada de é novamente uma função definida neste intervalo aberto e podemos perguntar
se é diferenciável no intervalo. Se o for, então sua derivada( ) é escrita, por simplicidade,
como "(leia-se “ duas linhas”). Denominamos " de derivada de segunda ordem, ou
simplesmente de derivada segunda da função . Por exemplo, se uma partícula se move ao
longo de uma reta orientada de acordo com a lei de movimentos = ( ), então são
representados na notação simplificada.

= ( ), = ( ) = "( ).

Não existe nada que prove, ao se tomar, sucessivamente, derivadas de uma função
tantas vezes quantas forem necessárias, que as funções derivadas permaneçam diferenciáveis
em cada estagio. Desta forma, se e uma função e se , "são diferenciáveis num
intervalo aberto, nós podemos formar a derivada de terceira ordem, ou derivada terceira, =
( ) ; se, tambem é diferenciável no intervalo, podemos obter a derivada de quarta
ordem, ou derivada qurta, = ( ) , e assim por diante. Se pode ser sucessivamente
diferenciavel vezes desta forma, dizemos que é vezes diferenciável.
( )
Visto que e uma função constante,todas as derivadas subseqüentes são nulas,

isto é,
( )( )=0 para ≥ 5.

Assim como para a derivada primeira, nós freqüentemente ignoramos deliberadamente


a distinção entre a função derivada de ordem -ésima ( ) ( )e o valor desta função ( ) no
ponto x, e ambas são referidas como “a -ésima derivada”.

A notação operacional para derivadas de ordem superior é auto-explicativa; sem


dúvida, D ( ) significa ( ) ( ). A correspondente notação de Leibniz é induzida como se
segue: Se = ( ) tal que = ( )= ( ),

Então a segunda derivada é dada por

= ( )= ( ).

O símbolo ⁄ para a derivada segunda é incômodo. O tratamento algébrico

formal, como se fosse fração real, converte-se em ( )


. Os parênteses do denominador

são, na prática, omitidos, e a derivada segunda é escrita como . Notação análoga é


empregada no das derivadas de ordem superior com se constata pela tabela 1.
35

= ( ) Notação simplificada Operador Leibniz

1. derivada = ( ) = ( )
primeira
= ( )
2. derivada ( ) = = ( ) ( )= = ( )
segunda

= ( )
3. derivada ( ) = = ( ) ( )= = ( )
terceira

= ( )

⋮ ⋮ ⋮ ⋮
( ) ( )
=
.derivada ( ) ( )= = ( )
= ( )
-ésima
= ( )

Tabela 9.1 – Tabela de derivadas de ordem .

Exemplos.

1 – encontre todas as derivadas de ordem superior da função polinomial ( ) = 15 −


8 + 3 − 2 + 4.

Solução:

( ) = 60 − 24 + 6 − 2,

( ) = 180 − 48 + 6,

( ) = 360 − 48,

( )= ( )
( )= ( ) = 360,

( )= ( )= ( ) = 0.
36

2 – Se = 2 + , ache:

(a) . (b) . (c) .

Solução:

(a) = 2 + =4 −

(b) = 4 − =4 +

(c) = 4+ = − ∙

3 – Seja ( ) = . Ache:

(a) (0). (b) (1).

Solução:

(3 + 2)(2) − (2 − 1)(3) 7
( )= = ∙
(3 + 2) (3 + 2)

7 −42
( )= =7 [(3 + 2) ] = −14(3 + 2) ( 3 + 2) = ∙
(3 + 2) ( 3 + 2)

Portanto,

7 7
( ) (0) = =
[3(0) + 2] 4
−42 −42
( ) (1) = =
[3(1) + 2] 125

−42 −42 21
( ) (0) = = =− ∙
[3(0) + 2] 8 4
37

10. Diferenciação Implícita.

Exemplos.

1 – Dada ( + ) − ( + ) = + encontre .

Solução:

Diferenciando implicitamente em relação a , temos 2( + )(2 + 2 ) −2 +2 +


(2 − 2 ) = 4 +4 ∙ do qual obtemos,

2 + 2 + (2 + 2 ) − 2 + 2 + (2 − 2 ) =4 +4

(4 − 4 )=4 −4


= ∙

2 – Encontre a equação da reta tangente à curva + = 9 no ponto (1, 2).

Solução:

Diferenciando implicitamente em relação a , obtemos 3 +3 ∙ =0

Portando,

=−

Portanto, no ponto (1, 2), = − . Então a equação da reta tangente é:

1
− 2 = − ( − 1)
4

3 – Dada a equação + = 9, encontre: (a) por diferenciação implícita; (b) duas


funções definidas pela equação; (c) a derivada de cada uma das funções obtidas na parte (b)
por diferenciação implícita; (d) verifique se o resultado obtido na parte (a) concorda com os
resultados obtidos na parte (c).

Solução:

(1) Diferenciando implicitamente, encontramos 2 + 2 = 0 e assim =− ∙

(2) Resolvendo a equação dada para , obtemos


= √9 − e = −√9 − .
38

Seja a função para a qual

( )= 9− .

a função para a qual ( ) = −√9 − .

(3) Como ( ) = (9 − ) usando a regra da cadeia obtemos

1
( ) = (9 − ) (−2 ) = − ∙
2 √9 −

Analogamente, obtemos

( )= ∙
√9 −

(4) Para = ( ) onde ( ) = √9 − , temos da parte (3)

( )=− =− ∙
√9 −

Que é coerente com a resposta n aparte (1). Para = ( ), onde ( ) = −√9 − , temos
da parte (3)

( )= =− =− ∙
√9 − −√9 −

Que também está de acordo com a resposta (1).


39

11. Teorema de L`Hospital.

As regras de L`Hospital, que vamos enunciar a seguir, aplicam-se a cálculos de limite


que apresentam indeterminações do tipo e ∙

11.1 - 1ª Regra de L`Hospital:

Sejam e derivaveis em ]p - r , p[ e em ]p , p + r[ ( r > 0), com g`(x) ≠ 0 para 0 < I


x - p I < r. Nestas condições, se

lim ( ) = 0, lim ( ) = 0.
→ →

( ) ( )
lim existir( inito ou in inito), então lim existirá e
→ ( ) → ( )

( ) ′( )
lim = lim ∙
→ ( ) → ′( )

Observamos que a primeira regra de L`Hospital continua valida se substituirmos “ x


→ ” ou “ x → “ ou “ x → ±∞” .

11.2- 2ª Rregra de L`Hospital:

Sejam e deriváveis em ] m, p [ , com g’ (x) ≠ 0 em ] m, p [ . Nestas condições, se

lim ( ) = +∞ , lim ( ) = +∞
→ →

′( ) ( )
lim existir ( inito ou in inito) então lim existirá e
→ ′( ) → ( )

( ) ′( )
lim = lim ∙
→ ( ) → ′( )

Observamos que a 2ª regra de L`Hospital continua válida se substituirmos “ → “


por “ → ” ou por “x→p ” ou por “x→± ∞” . A regra permanece válida se substituirmos
um dos símbolos +∞, ou -∞.
40

Exemplos.

− 6 + 8 − 3
− Calcule lim ∙
→ − 1
Solução:

− 6 + 8 − 3 0
lim = .
→ − 1 0
Temos,

( − 6 + 8 − 3)′ 5 − 18 + 8 −5
lim = lim = ∙
→ ( – 1) ′ → 4 4

Pela 1ª regra de L`Hospital

−6 +8 −3 ( − 6 + 8 − 3)′ 5
lim = lim = − ∙
→ −1 → ( – 1)′ 4

Ou seja,

−6 +8 −3 5
lim = − ∙
→ −1 4


− calcule lim = .
→ ∞
Solução:

Pela 2ª regra de L`Hospital,

( )′
lim = lim = lim = +∞ .
→ → ( )′ →

Assim,

lim = +∞ .

41

− Calcule lim ln = [0 . (−∞)].



Solução:

Note que é uma indeterminação que poderá ser colocada na forma ou ∙ É mais
interessante aqui passá-la para a forma , que nos permitirá eliminar o ln x.

ln −∞
lim ln = lim = .
→ → 1 ∞

1
ln (ln )′
lim = lim = lim = lim (− ) = 0
→ 1 → 1 → 1 →
′ −

Ou seja,

lim ln = 0 .

42

12. Diferencial.

Até então, a derivada de uma função real = ( ) foi vista como uma simples
notação. Interpretaremos, a partir da definição de diferencial, a derivada como um quociente
de acréscimo.

12.1 - [Acréscimos e decrescimento] Um acréscimo (decréscimo) é feito a um valor x se


somarmos (subtrairmos) um valor ∆ ∈ ℝ∗ .

12.2 – [Diferencial da variável Independente] Seja = ( ) uma função derivável. O


diferencial de , denotado por , é o valor do acréscimo ∆ , isto é, =∆ .

12.3 – [Diferencial de Variável Independente] O diferencial de , denotado por , éo


acréscimo na ordenada da régua tangente , correspondente ao acréscimo em .

Figura 12.1 – Interpretação Geométrica da Derivada .

Considere a reta tangente ao gráfico da função = ( ) no ponto . Seja o ângulo


de inclinação de .

De acordo com a figura 12.1, podemos observar que = ( ). Mas, ( )=


( ), pois esta é a interpretação geométrica da derivada. Logo,

= ( ).

O acréscimo pode ser visto como uma aproximação para ∆ . Esta aproximação é
tanto melhor quanto for o valor de → 0, então ∆ − → 0.

Segue que podemos considerar ≈ ∆ se for suficientemente pequeno. Como


∆ = ( + ) − ( ), ( + ) ≈ ( ) ∙ . Segue que

( + ) ≈ ( )+ ( )∙ .
43

Exemplos.

1 – Encontre aproximadamente o volume de uma concha esférica cujo raio interior é 4 cm e


cuja espessura é cm.

Solução:

Consideremos o volume da concha esférica como o incremento do volume de uma esfera.

Sejam,

= Ao número de centímetros no raio de uma esfera;

= Ao número de centímetros cúbicos no volume de uma esfera;

∆ = Ao número de centímetros cúbicos de uma concha esférica.

4
= .
3
Logo,

=4 .

Substituindo =4 = nas expressões anteriores, Obtemos

1
= 4 ( 4) =4
16
Portanto,
∆V ≈ 4π, e concluímos que o volume da concha esférica é aproximadamente 4π cm .

2 – o raio de uma esfera de aço mede 1,5 centímetros e sabe-se que o erro cometido na sua
medição não excede 0,1 centímetros. O volume da esfera e calculado a partir da medida de
seu raio usando-se a fórmula = 4 3 . Estime o erro possível no calculo de seu volume.

Solução:

O valor real do raio é 1,5 + ∆ , onde ∆ é o erro de medida. Sabemos que |∆ | ≤ 0,1. o
valor verdadeiro o volume é4 3 (1,5 + ∆ ) , enquanto o valor do volume do raio calculado
medido é 4 3 (1,5) . A diferença∆ = 4 3 (1,5 + ∆ ) − 4 3 (1,5) , representa o erro
no cálculo do volume. Colocamos = ∆ e estimamos ∆ por como se segue. Observe
que

4
= =4 .
3
Conseqüentemente,
44

∆ ≈ = = ∆ =4 ∆ = 4 (1,5) ∆ = 9 ∆ .

Portanto, |∆ | ≈ |9 ∆ | = 9 |∆ | ≤ 9 (0,1) = 0,9 , e então o erro possível é


limitado em valor absoluto por cerca de 0,9 ≈ 2,8 .

3 – Use diferenciais para achar o volume aproximado de uma camada cilíndrica circular de 6
cm de altura cujo raio interno mede 2 centímetros e cuja espessura e de 1 10 í .

Solução:

O volume de um cilindro circular reto é igual à sua altura vezes a sua área da base. Se V
.
denota o volume de um cilindro (sólido) de altura 6 centímetros e raio r, então = 6 .A
diferença∆ no volume desses dois cilindros é o volume procurado da camada. Fazemos
= e usamos a aproximação

12
∆ ≈ = = (6 ) = 12 = 12 (2) 1 10 = .
5

Assim, o volume da camada é aproximadamente ≈ 7,5 centímetros cúbicos.

13. Taxa de Variação.

Suponhamos que uma partícula se desloca sobre o eixo com função posição
= ( ). Isto significa dizer que a função fornece a cada instante a posição ocupada pela
partícula na reta. A velocidade média da partícula entre os instantes e + ∆ é definida pelo
( ∆ ) ( )
quociente entre ∆
, onde ∆ = ( + ∆ ) − ( ) é o deslocamento da partícula no
instante e + ∆ . A velocidade da partícula no instante é definida como sendo a derivada
(caso exista) de em , isto é:

( )= = ( ).

Assim, pela definição de derivada,

( +∆ )− ( )
( ) = lim ∙
∆ → ∆

A aceleração no instante é definida como sendo a derivada em da função ( ) = = ∙

Pela definição de derivada,

( +∆ )− ( )
( ) = lim ∙
∆ → ∆

( ∆ ) ( )
O quociente é a aceleração média entre os instantes +∆ .

45

Exemplos.

1 – Uma escada de 5 metros de altura está apoiada numa parede vertical. Se a base da escada
é arrastada horizontalmente da parede a 3 m/seg, a que velocidade desliza a parte superior da
escada ao longo da parede, quando a base se encontre a 3 m da parede?

Solução:

Seja,

= Ao número de segundos transcorridos desde que a escada começou a deslizar na parede.

= Ao número de metros desde o piso até a parte superior da escada em t seg.

= Ao número de metros desde a base da escada à parede em t seg.

Como a base da escada é arrastada horizontalmente da parede a 3 m/seg. = 3. Queremos


encontrar quando = 3.

Do teorema de Pitágoras, temos

= 25 − (1)

Como são funções de , derivamos ambos os membros da eq. (1) em relação a


e obtemos

2 = −2 .

Dando-nos

=− (2)

Quando = 3, segue da eq. (1) que = 4. Como = 3, temos de (2)

3 9
] =− ∙3=− ∙
4 4

Portanto, a parte superior da escada está deslizando na parede à taxa de 2 m/seg,


quando a base está a 3 m da parede. ( O significado do sinal menos é que decresce quando
cresce.
46

2 – Dois carros, um dirigindo-se para o leste à taxa de 72 km/h e o outro para o sul à taxa de
54 km/h estão viajando em direção ao cruzamento de duas rodovias. A que taxa os carros se
aproximam um do outro, no instante em que o primeiro estiver a 400 m e o segundo estiver a
300 m do cruzamento?

Solução:

Seja,

= Ao número de metros que o primeiro carro está distante de P em seg.

= Ao número de metros que o segundo carro está distante de P em seg.

= Ao número de metros que indica a distancia entre os dois carros em .

Desde que o primeiro carro se aproxima de P à taxa de72km/h = 72 / = 20m/seg e


que decresce quando t cresce, temo0s conseqüentemente = −20. Analogamente, como
54 km/h = 54 ∙ m/s = 15 m/s, = −15.

Queremos encontrar quando = 400 = 300.

Do teorema de Pitágoras, temos

= + (3)

Derivando os dois membros da eq. (3) em relação a t, obtemos

2 =2 +2 .

E assim,

= ∙ (4)

Quando = 400 = 300, com base na eq. (3) temos que = 500. na eq. (4)
substituindo-se = −20, = −15, = 400, = 300 = 500 obtemos

(400)(20) + (300)(−15)
] = = −25.
500

Portanto, no instante em questão os carros aproximam-se um do outro à taxa de -25


m/seg.
47

3 – Um empresário calcula que quando unidades de um certo produto são fabricadas,a


receita bruta associada ao produto é dada por ( ) = 0,5 + 3 - 2 milhares de reais.qual é
a taxa de variação da receita com o nível de produção quando 3 unidades estão sendo
fabricadas? Para esse nível de produção, a receita aumenta ou diminui com o aumento da
produção?

Solução:

Como representa o numero de unidades fabricadas, temos necessariamente ≥ 0. O


quociente – diferença de ( ) é

( + ℎ) − ( )
=

[0,5( + 2 ℎ + ℎ ) + 3( + ℎ) − 2] − [0,5 + 3 − 2]
= =

ℎ + 0.5ℎ + 3ℎ
= = + 0,5ℎ + 3.

14 – Intervalos de Crescimento e Decrescimento.

14.1 – Teorema.

Seja uma função definida no intervalo fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto
(a, b).

(i) Se ( ) > 0, para todo ∈ ( , ), então é crescente em [ , ];


(ii) Se ( ) > 0, para todo ∈ ( , ), então é decrescente em [ , ];

Em ambos os casos é dita monótona.

14.2 – Interpretação geométrica.

Observe na figura 14.1, que quando a inclinação da reta tangente for positiva, a função
será crescente e quando a inclinação da reta for negativa, a função será decrescente. Como
( ) é a inclinação da reta tangente à curva = ( ), é crescente quando ( ) < 0.

Figura 14.1 – Representação Gráfica da inclinação da reta Tangente.


48

Exemplos.

1 – A função ( )= é crescente em ℝ, pois sua derivada é ( )=3 ≥ 0,


∀ ∈ ℝ;

Figura 14.2 – gráfico da função ( ) = .

2 – A função ( ) = é decrescente em qualquer intervalo que não contenha o zero, pois


sua derivada é ( )=− < 0, ∀ ∈ ℝ∗.

Figura 14.3 – Gráfico da função ( ) = ∙

15. Máximos e Mínimos.

Freqüentemente nos interessamos por uma função definida num dado intervalo e
queremos encontrar o maior ou o menor valor da função no intervalo. Discutiremos esta
questão a seguir.
49

15.1 – Definições:

Sejam : → ℝ uma função e ∈ . Dizemos que é ponto de:

15.1.1 – Máximo relativo.

Se existir um intervalo aberto contendo tal que

( ) ≤ ( ), ∀ ∈ ∩ .

15.1.2 – Máximo absoluto.

Se ( ) ≤ ( ), ∀ ∈ ;

15.1.3 – Mínimo Relativo.

Se existir um intervalo aberto contendo tal que

( ) ≥ ( ), ∀ ∈ ∩ .

15.1.4 – Mínimo absoluto.

Se ( ) ≥ ( ), ∀ ∈ .

Figura 15.1 – Gráfico de uma Função , contendo Máximo e Mínimo local.

A figura 15.1, mostra o esboço de parte do gráfico de uma função, tendo um valor mínimo
local em = e um valor máximo local em = .

Em geral, um ponto de máximo ou de mínimo é chamado de ponto extremo.


50

Exemplos.

1 – Dada ( ) = 2 encontre os extremos.

Solução:

A figura 15.1, apresenta um esboço do gráfico de em [1,4).

A função tem um valor mínimo absoluto de 2 em [1,4). Não existe um valor


máximoabsoluto de em [1, 4), pois
lim ( ) = 8,

Mas ( ) é sempre menor que 8 no intervalo dado.

Absolutos de no intervalo [1, 4) se existirem.

y
8

1 4
x

Figura 15.2 – gráfico de em [1,4).

2 - Dada ( ) = − encontre os extremos absolutos de em (−3, 2] se existirem.

Solução:

A figura 15.3, mostra um esboço do gráfico de em (-3, 2].


A função tem um valor máximo absoluto de 0 em (−3, 2]. Não existe valor mínimo
absoluto de em(−3,2], pois
lim ( ) = −9,

mas ( ) é sempre menor que −9 no intervalo dado.
y
-3 2
o
x

-4

-9

Figura 15.3 – Gráfico de em (-3, 2]


51

+1 <1
3 - Dada ( ) = encontre os extremos absolutos de em [−5,4]
−6 +7 1≤
se existirem.
Solução:
A figura 15.4, mostra um esboço do gráfico de em [−5, 4].
O valor máximo absoluto de em [−5,4] ocorre em 1 e (1) = 2; o valor mínimo absoluto
de em [−5,4] ocorre em −5, e (−5) = −4. Note que tem um valor máximo relativo em
1 e um valor mínimo relativo em 3. Note também que 1 é um numero crítico de , pois ′
não existe em 1, e 3 é um numero crítico de , pois (3) = 0.

o x

Figura 15.4 – Gráfico da Função em [-5, 4]

4 - A função ( ) = 3 − 12 tem um máximo relativo em = 0, pois existe o intervalo


(−2,2) tal que (0) ≥ ( ) para todo ∈ (−2,2).

Em = −√2 = +√2, a função dada tem mínimos relativos, pois (−√2) ≤


( ) para todo ∈ (−2,0) (√2) ≤ ( ) para todo ∈ (0,2), conforme figura 15.5.

-2 - 2 2 2
X

-12

Figura 15.5 – Gráfico da Função ( ) = 3 − 12 .


52

15.2 – Teorema de Weirstrass.

Se f for continua em [a, b], então existirão e em [a, b] tais que f( ) ≤ f(x) ≤
f( ) para todo x em [a,b].

Demonstração:

Sendo f continua em [a, b], f será limitada em [a, b], daí o conjunto A = {f(x) / x Є
[a,b]} admitirá supremo e ínfimo.

Sejam,

M = Sup {f(x) / x Є [a, b]}.

m = Inf {f(x) / x Є [a, b]}.

Assim, para todo x em [a, b], m ≤ f(x) ≤ M.

Provaremos, a seguir, que M = f( ) para algum em [a, b]. Se tivéssemos f(x) < M
para todo x em [a, b], a função g(x) = ( )
, x Є [a,b] ( veja observação na outra página).

Seria continua em [a, b], mas não limitada em [a, b] que é uma contradição (Se g
fosse limitada em [a, b], então existiria um β > 0 tal que para todo x em [a, b]

0<= <β
( )

e, portanto, para todo x em [a, b],

f(x) < M -

E assim,

M não seria supremo de A).

Segue que f(x) < M para todo x em [a, b] não pode ocorrer, logo devemos ter M =
f( ) para algum em [a, b]. Com raciocínio análogo, prova -se que f( ) = m para algum
, em [a, b].

Observação: A idéia que nos levou a construir tal função g foi a seguinte: Sendo M o
supremo dos f(x), por menor que seja r > 0, existirá x tal que M – r < f(x) < M; assim, a
diferença M – f(x) poderá se tornar tão pequena quanto se queira e, portanto, g(x) poderá se
tornar tão grande quanto se queira.
53

15.3 – Teorema de Fermat.

Seja : → ℝ uma função derivável, um intervalo e ∈ tal que:

1. é um ponto de máximo ou de mínimo local;


2. é um dos extremos do intervalo , isto é, se = [ , ], então ≠ ≠ ;
3. é derivável em ;

Então ( ) = 0.

15.3.1 – Definição.

O ponto pertencente ao domínio de tal que ( )=0 ( ) não existe, é


chamado de ponto crítico de .

Portanto, uma condição necessária para a existência de um extremo relativo em um ponto


é que seja um ponto crítico de .

15.4 – Teorema (Critério da primeira derivada).

Seja ∶ [ , ] → ℝ é uma função contínua e derivável em (a, b) exceto possivelmente em


∈ ( , ).

I. Se ( ) > 0, ∀ < ( ) < 0, ∀ > , então c é um ponto de máximo local


de .
II. Se ( ) < 0, ∀ < ( ) > 0, ∀ > , então c é um ponto de mínimo local
de .

Esse teste estabelece essencialmente que se for contínua em c e ( ) mudar de sinal


positivo para negativo quando cresce através de c, então será um valor máximo relativo
em c, e se ( ) mudar o sinal de negativo para positivo enquanto x cresce através de c, então
terá um valor mínimo relativo em c.

Observe a Figura 15.6, ela mostra que, numa vizinhança de um ponto c de máximo local,
as retas tangentes a curva passam de coeficiente angular positivo (à esquerda de c) para
negativo (à direita de c). E o coeficiente angular é justamente a derivada de .

Enquanto que, na 15.7, temos uma vizinhança de um ponto c de mínimo local, onde as
retas tangentes à curva passam de coeficiente angular negativo (à esquerda de c) para (à
direita de c). Note que em ambos os casos ( ) existe e é igual a zero.
54

Figura 15.6 Figura 15.7

Resumidamente, este teste estabelece essencialmente que se for contínua em c e


( ) mudar de sinal positivo para negativo quando cresce através de c, e se ′( )
mudar o sinal de negativo para positivo enquanto cresce através de c, então terá um
valor mínimo relativo em c.

Exemplos.

1 – A função ( ) = ( − 2) , esboçada na Figura 15.8, mostra, que mesmo tendo um


ponto crítico, nesse caso em =2 ( ) > 0 quando > 2 ou seja, não tem um
extremo relativo em 2.

Figura 15.8
55

2 – A figura15.9, mostra um esboço de gráfico de uma função , que tem um valor máximo
relativo num número c mas ( ) não existe, contudo ( ) > 0 quando < ( )<0
quando > .

Figura 15.9

Em suma, para determinar os extremos relativos de :

(1) Ache ( );
(2) Ache os números críticos de ( ), isto é, os valores de para os quais ( ) = 0, ou
para os quais ( ) não existe;
(3) Aplique o teste da derivada primeira

3 – Dada ( ) = − 12 + 9 + 1 ache os extremos relativos de , aplicando teste da


derivada primeira. Determine os valores de nos quais ocorrem extremos relativos, bem
como os intervalos nos quais é crescente e aqueles onde é decrescente. Faça um esboço
do gráfico.

Solução:

Temos que ( ) = 3 − 12 + 9 e ( ) existe para todos os valores de por se tratar


de um polinômio. Portanto, resolve-se a equação ( ) = 0, ou seja, 3 − 12 + 9 =
3( − 3)( − 1) = 0. Segue que: = 3 = 1 são números críticos de . Pra determinar
se possui extremos relativos nesses números, aplicaremos o teste da primeira derivada,
conforme o tabela 15.1, e Figura 15.10.

Tabela 15.1 Figura 15.10


56

15.5 – outro teste para o cálculo de máximos e mínimos.

Com o teste da primeira derivada, podemos determinar se uma função tem valor
máximo ou mínimo relativo num número crítico c, verificando o sinal de ′ em números
contidos em intervalos à direita e à esquerda de c. Veremos a seguir, outro teste para extremos
relativos envolvendo somente o número crítico c.

15.5.1 – critério da segunda derivada.

Sejam : [ , ] → ℝ uma função contínua e derivável até segunda ordem em =


( , ), com derivadas ′′ também contínuas em e c ∈ tal que ( ) = 0.

Então,

(1) Se ( ) < 0, c é ponto de máximo local;


(2) Se ( ) > 0, c é ponto de mínimo lolcal.

Percebe-se, facilmente, nas Figuras, que exibiremos a seguir, que o teste falha quando
f (c) = 0, nada se pode concluir quanto aos extremos relativos. Deve-se, portanto, utilizar
somente o teste da derivada primeira.

Figura 15.11 Figura 15.12 Figura 15.13

Considerando as funções = , = − e = , notemos que cada uma delas


possui a segunda derivada nula em = 0. Em = 0, a função = possui um mínimo
relativo, e = − possui um máximo relativo, no entento, para y = x não tem máximo e
nem mínimo relativo.
57

15.6 – Teorema de Lagrange.

Se ∶ [ , ] → ℝ é uma função contínua em [a, b] e derivável em (a, b), então existe pelo
menos um ponto ∈ ( , ) tal que

( )− ( )
= ( ).

15.6.1 – Interpretação geométrica do Teorema de Lagrange.


( ) ( )
Num esboço do gráfico da função , conforme Figura 15.14, é a inclinação do
segmento de reta que liga os pontos A( , ( )) e B( , ( )). O Teorema de Lagrange afirma
que existe um ponto sobre a curva entre A e B, onde a reta tangente é paralela à reta secante
( ) ( )
por A e B, ou seja, existe um ∈ ( , ) tal que ( )= = ( ).

Figura 15.14

16. Concavidade e ponto de inflexão.

Seja derivável no intervalo e seja um ponto de . A reta tangente em ( , ( )) ao


gráfico de é

− ( )= ( )( − ) ou = ( )+ ( )( − ).

Deste modo, a reta tangente em ( , ( )) é o gráfico da função T dada por

( ) = ( )+ ( )( − ).
58

Definições.

1 – Dizemos que tem a concavidade para cima no intervalo aberto , conforme as Figuras
16.1 e 16.2, se quaisquer que sejam e em , com ≠ .

y f y
f

P X x x
Figura 16.1 Figura 16.2

2 – Dizemos que tem a concavidade para baixo no intervalo se

( ) < ( ).

Quaisquer que sejam e em , com ≠ .

3 – Sejam uma função e ∈ , com contínua em . Dizemos que é ponto de inflexão


de se existirem números reais e , com ∈ ] , [ ⊂ , tal que tenha concavidade de
nomes contrários em ]a, p[ e em ]p, b[, como podemos perceber nas Figuras 16.3 e 16.4.
Y

f
p X

Figura 16.3 Figura 16.4


59

Teorema.

Seja uma função que admita derivada até a 2ª ordem no intervalo aberto .

(i) Se ( ) > 0 em , então terá a concavidade voltada para cima em .


(ii) Se ( ) < 0 em , então terá a concavidade voltada para baixo em I.

Exemplos.

1 – Seja ( )= . Estude com relação à concavidade e determine os pontos de


inflexão.
Solução:

( )=− ∙

( )=( − 1) ∙

Como > 0 para todo , o sinal de ( ) é o mesmo que o de − 1.

Figura 16.5

( ) > 0 em ] − ∞, −1[ e em ]1, +∞[.

( ) < 0 em ] − 1, 1[.

Então, conforme a Figura 16.5,

tem a concavidade voltada para cima em ] − ∞, −1[ e em ]1, +∞[ ;

tem a concavidade voltada para baixo em ] − 1,1[ ;

Pontos de inflexão: −1 1.
60

2 – Dada a função de inida por ( ) = − 6 + 9 + 1 ache o ponto de inflexão do


gráfico de , caso tenha, e determine onde o gráfico é côncavo e convexo.

Solução:

Temos que ( ) = 3 − 12 + 9 e ( ) = 6 − 12. ( ) existe, para todos valores


de . ( ) = 0 ⟺ 6 − 12 = 0 ⇔ = 2. Para determinar se existe ou não um ponto de
inflexão em = 2, precisa verificar se ( ) muda de sinal; ao mesmo tempo, determinamos
a concavidade do gráfico para respectivos intervalos, conforme Tabela 16.1 e Figura 16.6.

Tabela 16.1 Figura 16.6

3 – Dada ( ) = − 5 − 3 verifique que a hipótese do teorema do valor é satisfeita


para = 1 = 3. Então, encontre todos os números no intervalo aberto (1,3) tais que

(3) − (1)
( )= ∙
3−1
Solução:

Como é uma função polinomial, é continua e derivável para todos os valores de .


Portanto, a hipótese do teorema do valor médio é satisfeita para qualquer .

( )=3 − 10 − 3

(1) = −7 (3) = −27

Logo,

(3) − (1) −27 − (−7)


= = −10.
3−1 2
Determinando ( ) = −10, obtemos

3 − 10 − 3 = −10

Ou

3 − 10 + 7 = 0
61

Ou

(3 − 7)( − 1) = 0

Que resulta:

7
= = 1.
3

Como 1 não pertence ao intervalo aberto (1,3), o único valor possível para é
7

3

4 – Dada ( ) = ⁄ trace um esboço do gráfico de . Mostre que não existe número no


intervalo aberto (−2,2) tal que
(2) − (−2)
( )= ∙
2 − (−2)

Que condição da hipótese do teorema do valor médio não é verificada para quando =
−2 =2?

Solução:

Um esboço do gráfico de é mostrado na figura 16.7.

-2 -1 0 1 2
x

Figura 16.7 – Gráfico da Função ( ) = .

2 ⁄
( )= .
3
Portanto,
2
( )= ⁄
3
62

(2) − (−2) 4 ⁄ ⁄
−4
= = 0.
2 − (−2) 4

Não existe número para o qual 2⁄3 = 0.

A função é continua no intervalo fechado [−2,2]. Contudo, não é derivável no


intervalo aberto (−2,2), pois (0) não existe. Portanto, a condição (ii) da hipótese do
teorema de valor médio não é verificada para quando = −2 = 2.

17. Assíntotas.
17.1 – Assíntotas Horizontais.
A reta = é uma assíntota horizontal de do gráfico de uma função = ( ) se ocorrer:

( ) lim ( )= .

Ou
lim ( )= .

Exemplos.

1 – As reta =1e = −1 são assíntotas horizontais do gráfico de

= ∙
√ +2

Porque,

lim =1 lim = −1.


→ √ +2 → √ +2

-1

Figura 17.1 – Gráfico da Função =√ ∙


63

2 – A reta = 1 é uma assíntota horizontal da função

−1 −1
= , pois lim = 1.
1+ → 1+

Figura 17.2 – Gráfico da função = ∙

17.2 – Assíntotas Verticais.

A reta = é uma assíntota vertical do gráfico de uma função = ( ) se ocorrer


pelo menos uma das situações:

( ) lim ( ) = +∞

( ) lim ( ) = −∞

( ) lim → ( ) = +∞

( ) lim ( ) = −∞

Exemplos.

1 - A reta = 0 é uma assíntota vertical da função = ln ( ), pois

lim ( ) = −∞.

Figura 17.3 – = .
64

2 – Reta = 1 é uma assíntota vertical de função = , pois


( )

1
lim = +∞ ∙
→ ( − 1)

Figura 17.4 – Gráfico da =( )


17.3 – Assíntotas Oblíquas.

A reta = + é uma assíntota oblíqua do gráfico de uma função = ( ), se ocorrer:

( ) lim [ ( ) − ( + )] = 0 ou

( ) lim [ ( ) − ( + )] = 0

É possível se mostrar que

( )
= lim .

E uma vez determinado o k, que

= lim [ ( ) − ].

(1) Substituindo-se → −∞, obtem-se, analogamente, as expressões de k e de b para


outra possível assíntota oblíqua.
(2) Em ambos os caso, se não existir um dos limites acima de inidas para k e b,
não existe a assíntota oblíqua.
(3) As assíntotas horizontais são casos particulares das assíntotas oblíquas, ocorrendo
quando = 0.
(4) Uma função pode ter no máximo duas assíntotas oblíquas, incluindo as horizontais.
65

18. Esboço Gráfico de Funções.

Para obtermos o esboço gráfico de uma função, devemos seguir os seguintes passos:

1. Determinar o domínio de .
2. Calcular os pontos de intersecção do gráfico com os eixos coordenados;
3. Determinar os pontos;
4. Determinar os pontos de Máximos e Mínimos;
5. Estudar a concavidade;
6. Determinar os pontos de inflexão;
7. Determinar as assíntotas;
8. Esboçar o gráfico.

Exemplos.

1 - Esboçar o gráfico da função ( ) = ( − 1) .

Solução:

1) Domínio: ( ) = ℝ;
2) Intersecções com os eixos coordenados: se = 0, então = −1 e, se = 0 então
( ) ( ) ( )
± 1; a curva passa pelos pontos 1, 0 , −1, 0 e 0, −1 .
3) Pontos críticos de : ( ) = 6 ( − 1 ) . Logo, resolvendo a equação ( ) = 0,
obtemos = 0, = 1 e = −1, que são os pontos crítico de .
4) Máximos e mínimos relativos de : ( ) = 6( − 1)(5 − 1). Logo, (0) > 0 e 0
é o ponto mínimo relativo de . (±1) = 0 e o teste da segunda derivada não nos diz
nada. Usando, então, o teste da primeira derivada para analisar a mudança de sinal
temos: ( ) < 0, para > 0, então = 1 não é ponto extremo de .

5) Concavidade ( ) = 6( − 1)(5 − 1) = 0 implica que = ±1 e =± ∙
√ √
( ) > 0 se ∈ (−∞, −1) ∪ − , ∪ (1, +∞).
√ √
( ) < 0 se ∈ −1, − ∪ .
√ √
Conclusão: : tem C.V.C. nos intervalos (−∞, −1), − , e (1,+∞).
√ √
tem C.V.B. nos intervalos −1, − e ,1 .

6) Ponto de inflexão: As abscissas dos pontos de inflexão de são = ±1 e ± .
7) Assíntotas de : A curva não possui assíntotas;
8) Esboço do gráfico de .
66

Figura 18.1 – Gráfico da Função ( ) = ( − 1) .

2 – Esboçar o grá ico da função ( ) = −7 + 12 − 3 −2 .

Solução:

1) Domínio: ( ) = ℝ;
2) Intersecção com os eixos coordenados: = 0, então = −7 = 0, = 1
= −7
2;
′( )
3) í : = 12 − 6 − 6 . , −
′( )
çã = 0, í = −2, = 1 .
′′ ( ) ′′ ( )
4) á í : = −6 − 12 . , 1 <0 1
′′(
é á . 2) > 0 2 é ponto de mínimo.
′′ ( ) = −6 − 12 = 0 ′′ ( )>0
5) : =− . <−
′′ ( ) < 0 se >− .
Conclusão: o grá ico de tem C. V. C. em −∞, − e tem C. V. B. Em − , +∞ .
6) Ponto de in lexão: A abscissa do ponto de in lexão de é − .
7) Assíntotas de : A curva não possui assíntotas.
8) Esboço do gráfico de .

Figura 18.2 – Gráfico da Funçãof(x) = −7 + 12x + 3x − 2x .


67

19. Problemas de Otimização Envolvendo máximos e Mínimos.

Exemplos.

1 - No planejamento de uma lanchonete foi estimado que se existem lugares para 40 a 80


pessoas o lucro semanal será de R$ 70,00 por lugar,contudo a capacidade de assentos esta
acima de 80 lugares,o lucro semanal em cada lugar será reduzido em 50 centavos pelo numero
de lugares excedentes.qual devera ser a capacidade de assentos para se obter o maior lucro
semanal?

Solução:

Sejam x= o numero de lugares que a lanchonete comporta;

P= o numero de cruzeiros no lucro total semanal,

O valor de p depende de x e é obtido ao multiplicarmos x pelo numero de cruzeiros


obtido no lucro por lugar. Quando 40 ≤ ≤ 80, o lucro por lugar é $ 70,00 e por tanto
= 70 .contudo,quando > 80 o lucro de cruzeiros por lugar é [ 70 – 0,5( – 80 )],ou
seja, = [70 – 0,5( – 80 )] = 100 – 0,5 . Assim, temos

70 40 ≤ ≤ 80
( )=
110 − 0,5 80 ≤ ≤ 220

O extremo superior de 220 para é obtido notando que 110 – 0,5 =0 quando =
220 e 110 − 0,5 é negativo para > 220.

Embora x seja um inteiro, por definição, para termos uma função continua devemos
tomar x para todos os valores reais no intervalo [40, 220]. Notemos que p é continua em 80,
pois

lim ( ) = lim 70 = 5.600.


→ →

lim ( ) = lim (110 − 0,5 ) = 5.600.


→ →

De onde resulta que


lim ( ) = 5.600 = (80).

68

Logo, é continua no intervalo fechado [ 40, 220] e o teorema do valor extremo


garante a existência de um valor Máximo absoluto de neste intervalo.

Quando 40 < x < 80, p’(x) = 70 e ′(80) = 30. Determinando ’( ) = 0,

Temos,

110 – = 0

= 110.

Logo, os números críticos de p são 80 e 110. Calculamos ( ) nos extremos do


intervalo [40, 220] e nos números críticos, temos

(40) = 320, (80) = 5.600, (110) = 6050 (220) = 0. Então, o valor Maximo
absoluto de p é 6050 e o corre quando x = 110. A capacidade de assentos deve ser de 110
lugares, que da um lucro semanal total de $ 6050,00.

2 – Um fabricante deseja construir caixas de papelão sem tampa e de base regular, dispondo
de um pedaço retangular de papelão com 8 cm de lado e 15cm de comprimento.Para tanto,
deve-se tirar de cada canto quadrados iguais,em seguida viram-se os lados para
cima.determine o comprimento dos lados dos quadrados que devem ser cortados para a
produção de uma caixa de volume Maximo.

Solução:

A altura da caixa é x; a largura é (8 – 2x) e o comprimento é (15 – 2x), observando que 0 <
x < 4.

Logo, devemos maximizar:

V(x) = x (8 – 2x)(15 – 2x) = 4 - 46 + 120x.

Derivando-se e igualando a zero:

V’( ) = 12 - 92 + 120 = ( − 6)(12 − 20) = 0,

Obtemos = 6 ou = . Mas, 6 <∉ (0,4); então, = é o único ponto critico de v.


logo, estudando o sinal de V’, é o ponto Maximo. Então 1,6 v= 90,74 .
69

19.3 – Um tanque sem tampa em forma de cone é feito com material plástico, tem capacidade
de 1.000 . Determine as dimensões do tanque que minimiza a quantidade do plástico usada
na sua fabricação.

Solução:

A área do cone √ + ℎ , em que a última igualdade usamos o teorema de Pitágoras.


Por outro lado, o volume do tanque é de 1.000 logo,

1.000= = r h.

.
Eℎ = . Substituindo ℎ na expressão da área. Temos:

3.000
= + ∙

Como antes minimizaremos =( ) . Logo:

( )= +

Em que = (3.000) . Derivando-se e igualando a zero, obtemos que é aproximadamente,


8,733 ℎ é aproximadamente, 12,407 .

Conseqüentemente, é aproximadamente, 418,8077 .

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