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Unifesp, SP
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Co-editor / Co-editor
Unifesp, SP
Indexações / Indexations
Rev Neurocienc 2007;15/3 176Data de efetiva circulação deste número / Actual date of
circulation of the present number
Setembro de 2007
1993, 1: 1 e 2
1994, 2: 1, 2 e 3
1995, 3: 1, 2 e 3
1996, 4: 1, 2 e 3
1997, 5: 1, 2 e 3
1998, 6: 1, 2 e 3
1999, 7: 1, 2 e 3
2000, 8: 1, 2 e 3
2001, 9: 1, 2 e 3
2002, 10: 1, 2 e 3
2003, 11: 1
2004, 12: 1, 2 , 3 e 4
2007, 15: 1, 2, 3 -
Revista Neurociências — vol 15, n.3 (2007) — São Paulo: Grámmata Publicações e Edições
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Reabilitação / Rehabilitation
Doenças Cerebrovasculares/
Cerebrovascular Disease
UNIVILLE, SC
UFBA, BA
Oncologia / Oncology
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Doenças Neuromusculares /
Neuromuscular disease
Líquidos Cerebroespinhal /
Cerebrospinal Fluid
Neurologia do Comportamento /
Behavioral Neurology
Neurocirurgia / Neurosurgery
Unifesp, SP
Neuroimunologia / Neuroimmunology
Interdisciplinaridade e história da
History of Neuroscience
Neuropediatria / Neuropediatrics
Marcelo Gomes, SP
Os pontos de vista, as visões e as opiniões políticas aqui emitidas, tanto pelos autores quanto
pelos anunciantes, são de responsabilidade única e exclusiva de seus proponentes.Rev
Neurocienc 2007;15/3 180
índice
Revista Neurociências 2007
editoriais
originais
Avaliação de diferentes pacientes neurológicos por meio do Teste de Functional Reach 190
Camila Torriani, Eliane Pires de Oliveira Mota, Claudia Regina Sieburth, Danielle Arcanjo
Barcelos, Maurycio La Scala,
Paloma Pereira Gregoraci, Théo A. Costa, Thatiana C. Baldini Luiz, Juliana L. Hayashi
Reabilitação por meio da dança: uma proposta fisioterapêutica em pacientes com seqüela de
AVC 195
Rehabilitation through dance: a physical therapeutic proposal to patients with stroke sequel
Suleima Ramos Calil, Talimãn Aparecida Bertelli Pinheiro dos Santos, Douglas Martins Braga,
Rita Helena Duarte Dias Labronici
Laiz Helena de Castro Toledo Guimarães, Mitchelly Dehone Lima, Juliana Aparecida de Souza
Possível associação entre a fadiga física e o grau de força dos músculos respiratórios na
Esclerose Múltipla 207
Possible association between physical fatigue and strength of respiratory muscles in Multiple
Sclerosis
Analysis of body image and scheme in patients with amyotrophic lateral sclerosis
Cíntia Citelli de França, Vanessa Rodrigues de Queiroz, Letícia Moraes de Aquino, Sonia Maria
Pereira
Thrombolysis for acute ischemic stroke in a Public Hospital: the experience of Porto Alegre
Clinical Hospital
Sheila Cristina Ouriques Martins, Rosane Brondani, Alan Christmann Frohlich, Raphael
Machado Castilhos, Cleber Camilo Dallalba,
Jéssica Brugnera Mesquita, Márcia Lorena Fagundes Chaves, Luiz Antonio Nasi
revisões
Rinaldo Siqueira
Functional and clinical scales in management of individuals with Traumatic Injuries of Spinal
Cord
Marco Antonio Orsini Neves, Mariana Pimentel de Mello, Reny de Souza Antonioli, Marcos R.G
de Freitas
Spinal metastases
Andrei Fernandes Joaquim, Francisco Alexandre de Paula Maturana, Diogo Valli Anderle,
Hélder José Lessa Zambelli, Marcos Vinícius Calfat Maldaun
relatos de caso
Marcela Ramos de Oliveira, Diogo Fernandes dos Santos, Sheila Bernardino Fenelon, Nilson
Penha-Silva
indivíduos sadios. É bem conhecida sua associação com fenômenos neoplásicos, auto-imunes,
inflamatórios e infecciosos, assim como a influência causada por outros sintomas, como dor,
distúrbios do sono, alterações do humor e distúrbios cognitivos. Nos pacientes com doenças
neurológicas, a fadiga
é diferente daquela relatada por outros doentes, levando a um maior impacto na vida diária.
causas de desemprego entre os portadores de EM, porém é ainda muito pouco compreendida.
Vários estudos vêm sendo realizados visando elucidar
melhor os diversos aspectos desse sintoma, sendo difícil compará-los em função das diversas
metodologias e definições utilizadas. Nos portadores de EM,
Uma das maiores dificuldades é estabelecer o que significa fadiga para os pacientes,
cuidadores, médicos e pesquisadores. É um conceito complexo e multidimensional, com
repercussão física, emocional, cognitiva e social. O termo fadiga é utilizado para descrever
qualquer fenômeno de declínio
de função, medido por diversas variáveis fisiológicas, como duração, freqüência, intensidade,
excitabilidade, entre outras. Podemos, desta forma, nos
referir à fadiga muscular, visual, auditiva, de receptor, não sendo possível comparar as
informações obtidas. Ela pode ser entendida como um fenômeno
subjetivo ou um sintoma referido pelos pacientes ou como um sintoma objetivo, com sinais
mensuráveis. Outros a compreendem dentro de um contexto
Nos pacientes com EM, a fadiga é definida como “uma sensação subjetiva de perda de energia
física e/ou mental, que é percebida pelo paciente ou por seus familiares, e interfere com a
vontade e com as atividades diárias”, sendo denominada fadiga primária da esclerose múltipla.
É um sintoma freqüente, de grande intensidade,
os surtos da doença, ou estar associada a eles, podendo estar presente mesmo com graus
mínimos de incapacidade
ela tenha sido observada em até 87% dos pacientes quando avaliadas também as formas
progressivas da doença. A idade, o sexo e o tempo de doença
são fatores que não influenciam no aparecimento desse sintoma, embora possam estar
relacionados à sua intensidade
1-3
fez sugerir que, nos pacientes com maior incapacidade física, a fadiga muscular assume papel
importante na patogênese deste sintoma. No relato de Araújo,
Rebouças e Fragoso, a maior intensidade da fadiga física correlacionou-se com menor idade e
incapacidade, sendo postulada uma maior demanda energética
por parte desses pacientes. Esse aparente desacordo nos achados apenas nos remete à
questão central relacionada à sua avaliação: a dificuldade para mensurá-la.
Enquanto alguns instrumentos avaliam a sua intensidade, outros avaliam as causas que
determinaram o seu aparecimento, ou o efeito na vida diária, cabendo
lembrar que as escalas utilizadas, embora necessárias em estudos científicos, nem sempre são
o melhor método de avaliação na prática clínica.
anemia, entre outros, são contemplados dentro desses protocolos, porém fatores relacionados
à própria doença geralmente não são considerados.
Existem poucos estudos brasileiros que avaliam estes fatores. Pavan et al.
isométrico são semelhantes nos pacientes com EM e nos indivíduos normais. Lebre et al.
Os autores, ao avaliar a força respiratória dos pacientes com EM e fadiga, observaram valores
abaixo da normalidade na pressão inspiratória e
referida seja causada pela fadiga física. O estudo de Araújo, Rebouças e Fragoso, sugerindo
redução da força dos músculos respiratórios, abre uma importante possibilidade de
intervenção clínica, a qual deverá ser futuramente testada em ensaios clínicos randomizados.
O conjunto desses achados nos remete a uma outra abordagem deste sintoma, que não a
medicamentosa. Eles sugerem que, em algumas situações,
embora necessárias em estudos científicos, nem sempre são o melhor método de avaliação na
prática clínica. Antes de instituir a terapêutica para a fadiga, é
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Neuropsiquiatr 2000;58(2b):467-70.
1.
2.
3.
4.
5.
editorial
editorial
O tratamento do acidente vascular cerebral (AVC), após a aprovação do emprego do rt-PA pelo
FDA (Food and Drug Administation) em 1996, ganhou novo enfoque, e maiores cuidados
específicos têm sido administrados. A possibilidade de redução da morbimortalidade dessa
temível doença é entusiasmente e tem sido a tônica mundial nos últimos anos. O tratamento
da fase aguda do AVC
é imperativo e muda o curso da doença, com conseqüente redução das suas sérias
complicações. O AVC deve ser visto como uma
1,2
O presente trabalho, de Martins e colaboradores, é bastante interessante e útil, tanto por mais
uma vez chamar a atenção para
o problema do tratamento da fase aguda do AVC, como por mostrar resultados otimistas e
principalmente por apresentar um modelo
benefícios. Este estudo mostra um caminho que possibilita atingir essas metas e que poderá
ser adotado por outros serviços. A taxa de
elegibilidade que os autores conseguiram (15%) é muito boa, acima das médias internacionais.
Isso seguramente se deve à boa organiza-
ção do serviço, à capacidade de trabalho dos seus membros, estrutura hospitalar e facilidade
de acesso ao pronto socorro. Contribuem
para esses resultados as campanhas que têm sido feitas, como as organizadas pela Sociedade
Brasileira de Doenças Cerebrovasculares
(SBDCV) e a Academia Brasileira de Neurologia (ANB), por exemplo o “Dia do AVC”, que
auxiliam nestas metas. Orientam a popula-
ção leiga para aprender como detectar precocemente um AVC e como agir para melhor
eficácia do tratamento, além de como prevenir
onde os cuidados preventivos não são adequados. É sempre oportuno ressaltar a importância
da prevenção na abordagem do AVC, com
uma tendência geral e todos os serviços devem ter os seus. São chaves fundamentais para o
bom atendimento, pois agilizam o tratamento e aprimoram os cuidados, além de permitirem a
formação de um banco de dados de grande significado para a constante revisão dos
resultados. É feita menção, neste trabalho, que o protocolo para trombólise segue as
recomendações da Americam Stroke Association,
sem dúvida uma das mais abalizadas entidades internacionais que se definem a esse respeito.
Deve, entretanto, ser mencionado que,
em nosso meio, por iniciativa e esforço da SBDCV/ABN, foram até o momento realizados dois
Consensos nacionais e uma reunião de
“Opinião Nacional”, que analisaram esse assunto, definiram regras, estabeleceram conceitos e
foram divulgados através de publicações
específicas
1-3
indicações específicas que poderão envolver diferentes tempos limites para a aplicação, doses
e vias de acesso, ampliando o leque de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Galiardi RJ, Raffin CN, Fabio SRC e demais participantes do Consenso da SBDCV. Primeiro
Consenso Brasileiro do Tratamento da Fase Aguda
GJ. Intravenous alteplase for stroke. Beyond the guidelines and in particular clinical situations.
Stroke 2007;38:2612-8.
1.
2.
3.
4.
RESUMO
Introdução. A insônia é uma queixa muito comum e a acupuntura tem sido empregada em seu
tratamento por milhares de anos,
evidências que comprovem sua eficácia. Objetivo. Identificar estudos clínicos de valor
científico sobre os efeitos da acupuntura no
artigos nas bases de dados: MEDLINE, Cochrane Library, BioMed Central, BMC Complementary
and Alternative Medicine,
(41,90%) para falha. Conclusão. Os resultados encontrados sugerem que a acupuntura pode
ser uma intervenção eficaz para insones, no entanto trabalhos com melhores e mais rigorosos
métodos,
Transtornos do sono.
Introduction. Insomnia is very common complaint and acupuncture has been used for its
treatment for thousands of
years, however until now there are no scientific studies following the principles of the
Evidence Based Medicine, that
the effects of acupuncture on the treatment of insomnia. Method. Systematic review with
search in data base: MEDLINE,
Medicine. The key words used were “Acupuncture”, “Auricular”, and “Insomnia”, in English,
Spanish, and French.
Results. 180 papers have been found, but only 31 have fulfilled the inclusion criteria. A total of
3,574 patients were included, but only 1,359 have taken part of controlled studies,
(21.96%) for cure, 264 (36.82%) e 232 (36.14%) for improvement e 41 (5.72%) e 269 (41.90%)
for failure. Conclusion.
The results suggest that acupuncture can be an efficient intervention for insomniac patients,
however researches with
better and more rigorous methods, such as randomized clinical trials, controlled, single-blinded
and with a larger sample
Sleep disorders.
Citation: Silva-Filho RC. The effects of acupuncture on insomnia treatment: systematic review.
Trabalho realizado no Setor de Neuro-Sono das Disciplinas
Evidências da UNIFESP.
Rua Tié, 94
E-mail: regis@ciefato.com.br
original
INTRODUÇÃO
de medicamentos, ambiente inadequado (muito barulho, local quente demais, colchão ruim,
claridade
Brasileiro de Insônia
Em 2004, Edinger et al
2
, propuseram novos
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) possui uma visão bastante peculiar do corpo humano,
de
mesmo
causadas, principalmente, por fatores externos e fatores internos, fatores estes que impedem
o funcionamento adequado dos Órgãos e Vísceras (Zang Fu) e a
circulação de Qi e de Sangue (Xue) pelo corpo, principalmente através dos Canais e Colaterais
(Jing Luo),
Segundo Xu et al
e Liu
, a insônia, para a
MTC, dentre outros fatores causais, está relacionada com excesso de ansiedade e de trabalho
prejudicando as funções do Coração (Xin) e do Baço (Pi);
Xie
e Liu
citam uma obra clássica Chinesa escrita em 1624, o Jing Yue Quan Shu (Trabalhos
repouso, noite, sono, enquanto que o Yang está associado com calor, movimento, claridade,
atividade,
dia, vigília
ser tratado direta ou indiretamente. Além disto, pontos que estimulam a Mente (Shen) devem
ser sempre
A acupuntura e suas variantes, como acupuntura auricular e acupuntura craniana, têm sido
empregadas com grande freqüência para o tratamen-185 Rev Neurocienc 2007;15/3:183–189
original
9-14
ticas
15-17
5,6,9,17
menor freqüência. Na seqüência abaixo são apresentadas as Síndromes, desde as mais citadas
até as menos citadas:
Liang Xu)
5,6,18,19
5,6,18,19
He)
5,6,18
18,19
Shen Bu Jiao)
17
19
Sheng)
19
O objetivo principal deste trabalho é a verificação dos efeitos da prática da acupuntura como
este trabalho visa comparar, quando possível, a acupuntura com outros recursos terapêuticos
empregados nos estudos analisados.
MÉTODO
Para realização deste estudo, foi empregado
de Medicina Chinesa.
Para a realização das buscas dos artigos científicos, conduzida entre Abril e Outubro de 2005,
foram utilizadas diversas bases de dados, com destaque
para o sistema MEDLINE; a Cochrane Library, BioMed Central; BMC Complementary and
Alternative Medicine; SciELO (Scientific Electronic Library
Neste trabalho foram realizadas buscas de artigos científicos com a utilização das seguintes
palavras-chaves: “ACUPUNTURA”, “AURICULAR” e
e francês.
estudo, os mesmos deveriam possuir um caráter experimental, seja ensaio clínico, seja estudo
ou série
sido publicados entre 1975 e 2005, tendo como principal desfecho a melhora, piora ou
manutenção da
Para cada um dos artigos científicos analisados, alguns dados relevantes foram analisados e
verificados pelo investigador principal. Dentre os dados
RESULTADOS
inclusão, já descritos, sendo que a maioria dos artigos foi excluída por não apresentar a
acupuntura
Com relação à revista científica onde os artigos científicos foram publicados, ficou
evidenciadoque estes se concentravam em duas revistas, Journal
desde uma amostra de apenas 28 pacientes, em contraste com um artigo que apresentou uma
amostra
de 291 pacientes.
pacientes por estudo realizado. E, mesmo que diversos artigos tenham falhado em informar
adequadamente a quantidade de homens e mulheres, houve
ofereceram esse tipo de informação, sendo um total de 1.014 mulheres em relação a apenas
635 homens.
revisados neste trabalho, temos que a grande maioria deles adotou um critério bastante
simplificado de
eficiência do sono sem a utilização de medicamentos. Ineficácia foi descrita como nenhuma
melhora
evidente.
DISCUSSÃO
51,52
e um publicado em
chinês
53
Além disso, este é o trabalho que apresenta uma maior quantidade de artigos científicos
revisados, trinta e um. Comparando esses artigos de .
revisão é possível perceber que houve conclusões similares no fato de indicar a acupuntura
como um
mais adequado.
Além dos artigos revisados na elaboração deste trabalho, outros artigos foram analisados, com
54
Lin em 1995
55
Do ponto de vista da MTC, foi possível perceber que os trabalhos empregaram, em sua grande
extras Anmian, cuja tradução significa “sono tranqüilo”, além de pontos auriculares, como
Shenmen, Coração, Occipital e Subcórtex. Todos pontos clássicos
original
N° % N° % N° % Nº
Ban et al
20
Chen et al
21
Chen et al
22
Cui et al
23
Da Silva et al
24
Feng et al
25
acupuntura auricular 37 55,2 28 41,8 2 3 67
Gao et al
26
Kim et al
27
controle
15
Lee et al
28
Li et al
29
Lian et al
30
Lin et al
31
Liu et al
32
acupuntura e transfixação 35 34,65 54 53,47 12 11,88 101
Lorna et al
33
acupuntura auricular 10 17 39 65 11 18 60
Piao et al
34
Ren et al
35
Shao et al
36
Shen et al
37
Shi et al
38
Sui et al
39
Wang et al
40
injeção em pontos, eletroacupuntura 22 55 17 42,5 1 2,5 40
Wang et al
41
Wu et al
42
Wu et al
43
Xie et al
44
Yao et al
45
Zhang et al
46
Zhang et al
47
48
Zhang et al
49
Zhao et al
50
acupuntura tradicional 216 74,23 50 17,18 25 8,59 291o sistema nervoso central, resultando
em uma diminuição da atividade simpática
14,56
15-17
57
Depression Scale (EPDS), sendo este um possível mecanismo pelo qual os paciente com insônia
beneficiamse dos tratamentos por acupuntura.
58-60
CONCLUSÃO
A acupuntura, assim como outras modalidades terapêuticas da MTC, pode ser de grande valia
para a população de modo geral, sendo amplamente indicada para uma grande variedade de
doenças
61
62
essas doenças.
os médicos das mais diversas especialidades, deveriam ter mais informações sobre os possíveis
efeitos
ensaios clínicos randomizados, controlados, simplescego, e com amostras maiores devem ser
realizados
tratamento da insônia.
AGRADECIMENTOS
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12.
13.
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53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
original
ABRASPI
associação sem fins lucrativos criada para dar suporte a pacientes e promover
E-mail: sindromedaspernasinquietas@gmail.com
Functional Reach
Camila Torriani
, Maurycio La Scala
Théo A. Costa
, Juliana L. Hayashi
2
RESUMO
Introdução. O Functional Reach (FR) é um teste clínico muito conhecido não só para mensurar
o equilíbrio, mas também o controle
o alcance máximo anterior, na posição ortostática, enquanto mantém uma base de suporte
fixa. Objetivo. O objetivo do trabalho foi
FR nos diferentes tipos de doenças. Porém, ao comparar os pacientes com os valores normais,
os pacientes apresentam déficit na realização do FR, denotando então, alteração no equilíbrio.
Conclusão.
Citação: Torriani C, Mota EPO, Sieburth CR, Barcelos DA, Scala ML,
Gregoraci PP, Costa TA, Luiz TCB, Hayashi JL. Avaliação de diferentes pacientes neurológicos
por meio do Teste de Functional Reach.
SUMMARY
test that not only measures the balance but also the postural
control. This test measures the distance between the arm length and the anterior maximum
reach, in the standing position,
while it keeps a fixed base of support. Objective. The purpose
included following the criteria: to present independent standing position; without severe
cognitive dysfunction; to present
extension of elbow. The distance was measured and compared with the normal patterns
associated with the age and kind
normal pattern.
Citation: Torriani C, Mota EPO, Sieburth CR, Barcelos DA, Scala ML,
Gregoraci PP, Costa TA, Luiz TCB, Hayashi JL. Neurological patients
Camila Torriani
Email: camilatorriani@uol.com.br
originalINTRODUÇÃO
Balance é um termo genérico utilizado para descrever a postura dinâmica do corpo a fim de
prevenir
controle de forças gravitacionais para manter o controle postural e o controle das forças de
aceleração para
manter o equilíbrio
que envolve estabilidade e mobilidade, sendo imprescindível para manter uma posição no
espaço ou moverse de modo controlado e coordenado
3
O equilíbrio é .
como tônus postural. Eles estão presentes para controlar estes desequilíbrios, manter o corpo
sobre sua base
base de suporte
estabilidade é composto pela área envolvida pelas bordas externas dos pés, sem alterar a base
de apoio, e leva
5-8
.
O equilíbrio requer interações que incluem os
10
11
1,2
12
mensurar o limite de estabilidade anterior, a partir do qual é possível inferir sobre o equilíbrio
eo
controle postural
10
3,4
fixa
13-15
extensão
10,16
brio estático diminui, e a pessoa deve aumentar tanto o torque quanto o equilíbrio para se
manter em
de reagir rapidamente para frente a forças desestabilizadoras de forma eficiente para retomar
a estabilidade
16
.
Além disso, o FR é sensível à idade, indicando
1,15
posição ortostática
14
sendo encontradas alterações nas mais diversas topografias lesionais, já que vários são os
sistemas que
o influenciam. Desta forma, faz-se necessário confirmar tais alterações, comparando-as com
valores
original
original
MÉTODO
ções cognitivas graves, apresentar habilidade de realizar e manter flexão de ombro a 90º com
extensão
do membro superior.
O estudo foi realizado na Clínica de Fisioterapia do UniFMU e foi aprovado por Comitê Ético
interno da Instituição, sendo que foram respeitados os
e esclarecido.
postural
14
em pé com os pés separados e alinhados, com o ombro e o braço elevado a 90º de flexão. O
sujeito devia
16
A distância percorrida .
idade
14-16
RESULTADOS
à idade e tempo de doença estão na tabela 1. Dessa forma, a média de idade da amostra é de
48,16
mielopatias.
houve diferença.
de doença (meses).
Mediana 52 48
Tamanho 25 25
apresentada.
Tipo de Doença n %
Ataxias 5 20,0%
Mielopatias 5 20,0%
Parkinson 2 8,0%
elevado a 90 graus de flexão. b) O indivíduo deve alongar o corpo para frente o máximo
8,17,18
determinar qual destes fatores e sistemas ocasiona maior impacto no equilíbrio de tais
pacientes,
destas desordens.
17
relação a idade.
Homem Mulher
Existem três sistemas sensoriais que promovem informações relativas ao balance. Esses
sistemas são: o sistema vestibular, o sômato-sensorial e
no controle postural
8,19
não existem muitos estudos clínicos que caracterizem tais alterações ou que topografem se as
alterações encontram-se no sistema somato sensorial,
vestibular ou proprioceptivo
8,19
e ombro
17,18
do deslocamento.
10,16,18
Em nosso estudo, não foram avaliadas as estratégias compensatórias adotadas por cada
paciente, o que impede discussão destes achados.
FR (cm)
Tipo de Doença
Tamanho 5 8 3 2 5 2
p-valor 0,462
original
equilíbrio.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
original
, Douglas
Martins Braga
RESUMO
Introdução. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode limitar
Citação: Calil SR, Santos TABP, Braga DM, Labronici RHDD. Reabilitação por meio da dança:
uma proposta fisioterapêutica em pacientes
Introduction. Stroke can significantly limit the functional performance of individuals leading to
impairment of motor features,
personal, family or social relationships, and quality of life. Objective. The aim of this study was
to evaluate dance as a contribution to rehabilitation of patients with stroke sequels. Methods.
A controlled and randomized study was conducted at multidisciplinary Unasp Clinic, where 20
stroke patients were divided
Both groups were evaluated through Ashworth Scale (spasticity), Rivermead Scale (functional
mobility), Barthel Scale (daily
that the dance and kinesiotherapy groups showed homogeneity regarding functional mobility
after treatment. Both groups
differences in the following domains: functional capacity, vitality, social aspects, and emotional
aspect. Conclusion. The dance
with stroke sequels. In addition to the physical and psychological contribution, dance can
provided an improvement in these
Citation: Calil SR, Santos TABP, Braga DM, Labronici RHDD. Rehabilitation through dance: a
physical therapeutic proposal to patients with
stroke sequel.
Trabalho realizado no Centro Universitário Adventista de
Rehabilitation through dance: a physical therapeutic proposal to patients with stroke sequel
original
INTRODUÇÃO
AVC (Acidente Vascular Cerebral) é clinicamente definido como sendo uma disfunção
neurológica aguda, de origem vascular, seguida da ocorrência súbita (em segundos) ou rápida
(horas) de
Só no município de .
No .
a faixa de idade entre 20 e 49 anos, o AVC correspondeu a pouco mais de 80% das internações
pelo
SUS em 2004
adaptação no ambiente
Os métodos utilizados na .
da fisioterapia anterior a essa década. Estes métodos foram elaborados sob observação e
experiências
teorias científicas
6
:Dentre as diversas técnicas utilizadas na fisioterapia neurofuncional, encontram-se .
humanas significativas, tais como alimentação, casamento, trabalho, arte e sabedoria. A dança
sempre
.
A dançaterapia é um método que fornece
prios limites
10
MÉTODO
com diagnóstico médico de seqüelas de AVC, oriundos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e
dos hospitais da região (Campo Limpo, Regional Sul, Pedreira),
Dos 198 prontuários, foram identificados aqueles que preencheram os critérios de inclusão do
protocolo proposto. Os critérios de inclusão foram: pacientes com hemiparesia, com idade
máxima de 70 anos,
11
mobilidade)
12
13,14
, Inventário de depressão de
15
e SF-36 (avaliação de
qualidade de vida)
16
original
analisados por meio do teste de Wilcoxon. Os resultados do SF-36 foram analisados por meio
do teste
de Barthel) e com graus diferentes de depressão (Escala de Beck) foram analisadas por meio
do teste do
RESULTADOS
tratamento, uma média 1,89 ± 1,27 de tônus e, após o tratamento, uma média de 0,78 ± 0,83
de tônus (p = 0,008).
do tratamento, uma média de 11,50 ± 2,83 de mobilidade funcional e, após o tratamento, uma
média de 13,25
± 1,67 de mobilidade funcional, não sendo estatisticamente diferente. Quando comparados os
resultados referentes ao Índice de Mobilidade de Rivermead entre os
e seis com dependência moderada para AVDs e, ao término do tratamento, quatro pacientes
independentes,
diferente estatisticamente.
O grupo de dança apresentou, antes do tratamento (figura 3), quatro pacientes depressivos e
cinco
Figura 1. Escores das escalas de Ashworth e de Rivermead, de pacientes com seqüelas de AVC
submetidos à dança ou à cinesioterapia, antes
* Diferenças estatisticamente significativas após tratamento dentro de cada grupo (p < 0,05).
grupos.
original
DISCUSSÃO
Nos últimos anos, têm sido muitas as discussões e preocupações, no meio fisioterapêutico, a
respeito da inserção e participação da pessoa portadora
Aspectos Motores
A espasticidade é uma alteração caracterizada por uma perda do equilíbrio entre a contração
antagonistas
17
Qualquer que seja sua etiologia, procura-se potencializar as funções preservadas, a fim .
Ashworth, observa-se que os grupos de dança e cinesioterapia não eram semelhantes, ou seja,
os pacientes
Tabela 1. Valores de média ± desvio-padrão dos escores obtidos com o questionário SF-36
(qualidade de
Dança Cinesioterapia
Capacidade Funcional 51,1 ± 29,9 60,6 ± 25,6 41,3 ± 21,2 68,8 ± 25,0*
Aspectos Físicos 69,4 ± 37,0 52,8 ± 38,4 53,1 ± 41,1 81,3 ± 34,7
Estado Geral 59,4 ± 25,0 76,2 ± 28,9* 58,5 ± 16,1 82,3 ± 33,9
Vitalidade 60,6 ± 31,8 72,8 ± 29,4 53,1 ± 19,3 78,8 ± 26,6*
Aspectos Sociais 71,1 ± 26,5 75,1 ±33,7 55,0 ±16,4 78,4 ± 20,7*
Aspecto Emocional 89,0 ± 16,5 48,1 ± 44,5* 41,5 ± 38,9# 91,6 ± 23,7*#
Saúde Mental 60,9 ± 28,1 72,0 ± 26,8 69,0 ± 25,2 78,5 ± 29,9
original
18
, que utilizou Rivermead para avaliar 30 pacientes que praticavam esporte adaptado,
observando somente a manutenção da
motora, o que já se esperava, pois todos eram portadores de doenças crônicas, com o quadro
estabilizado.
18
, no qual
independentes. Braga
19
Índice de Barthel, os pacientes apresentaram melhora nos itens vestuário, locomoção e ato de
subir escadas, mantendo-se inalteradas nas demais atividades.
nos dois grupos se deva ao fato de ambos os tratamentos promoverem a facilitação do gesto,
aprimorando
a função motora e permitindo a realização das AVDs
20
Segundo esses .
músculo-esquelético obtidos com a dança, foram os fatores responsáveis por essa facilitação
na realização das
usados em suas atividades motoras, desde as mais simples até as mais complexas, permitindo
a realização
21
22
,Dessa forma .
desses pacientes tenham sido determinantes nos resultados encontrados. No presente estudo,
observouse que houve uma melhora significativa de tônus,
que eram adaptados e independentes em sua maioria. Calasans e Alouche não relatam se os
pacientes
Aspecto Psicológico
15
,Porém .
valoriza muito mais a categoria dos sintomas cognitivos do que os sintomas psicológicos.201
Rev Neurocienc 2007;15/3:195–202
original
AVC, encontra-se uma relação entre o prejuízo cognitivo e a depressão e, ao longo de seis
meses, há um aumento desta relação. O prejuízo cognitivo, entretanto,
um paciente com depressão leve, um paciente com depressão moderada e dois paciente com
depressão grave,
23
obter um maior número de pacientes não depressivos, porém, dos pacientes que continuaram
depressivos após o tratamento, observamos que o paciente
foi o fator mais fortemente associado à baixa qualidade de vida dos pacientes num período de
um a três
Aspecto social
Os instrumentos de avaliação genérica de qualidade de vida e saúde, que estão disponíveis até
o
16
6
Em seu estudo, conclui .
que a fisioterapia em grupo pode trazer grandes benefícios na qualidade de vida desses
pacientes. Fontes acredita que a interação social, propiciada pela
todos os domínios da SF-36, porém, no aspecto emocional, essa diferença foi estatisticamente
significante.
geral, como também influencia no aspecto de se sentir saudável, sendo que as atividades
físicas aeróbias
24
Quase todos .
os domínios do SF-36 sugerem uma redução da qualidade de vida em pacientes com AVC. Com
relação
original
de postura mais comum, ou ainda, com maior facilidade para a passagem de um movimento
para outro
26
A.
em aula, possam ser utilizados em outras ocasiões, principalmente nas atividades de vida
diária.
mostrou eficaz.
No grupo da dança, observamos que houve diminuição nos componentes emocionais e físicos.
Acreditamos que se deva ao fato de a dança apresentar movimentos com maior complexidade
do que a cinesioterapia.
qualidade de vida (SF36), nos domínios: capacidade funcional, dor, vitalidade, aspectos sociais
e saúde mental.
havia um medo muito grande de não conseguir executar alguns movimentos com o corpo e
que tentar executá-los causava muita ansiedade, pois cada tentativa mal
conseqüentemente, frustração
CONCLUSÃO
Este estudo conclui que a dança proporcionou melhora em aspectos motores (diminuição da
que pretendam abordar aspectos relacionados à qualidade de vida de pacientes com AVC.
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11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.original
de idosas sedentárias
, Juliana
Aparecida de Souza
RESUMO
Introdução. A medida que o indivíduo envelhece, o sono se constitui cada vez mais em motivo
de queixas. Existem porém, fortes
TTS antes do programa de atividade física foi de 7 hora e 48 minutos e 9 horas após o
programa (p=0,01). A média dos escores da
SUMMARY
Introduction. The older the individual grows the more he complains about his sleep. Empirical
evidences exist, however, that
women such as preventing diseases, decreasing falls, and improving both mood and sleeping.
Objective. To assess the Total
Sleep Time (TST) and the sleep quality in sedentary aged who
Twelve female volunteers aging at least 60 were invited to participate in this research work. Six
remained. They were supposed
to fill in The Sleep Diary and the sleep quality Analogical Visual
Scale (AVS) for 30 days straight. After that the participants were
joined in a twice-a-week four-month group physical activity. Results. The TST means was 7
hours and 48 minutes before, and
9 hours after the program (p=0.01). AVS scores means was 7.1
– UNILAVRAS
– UNILAVRAS.
2. Fisioterapeuta.
laizunilavras@hotmail.com
original
INTRODUÇÃO
1-6
.
Não existem evidências definitivas de que a
quantidade necessária de sono diminua com o envelhecimento, mas os idosos parecem ter,
em geral, um
3,5,7
entre o tempo que a pessoa consegue realmente dormir e o tempo despendido no leito com o
objetivo de
8,9
1,10-12
e qualidade do sono
6,9,11,13-15
em indivíduos idosos.
Embora haja um consenso de que a atividade física melhora o sono dos idosos, realizamos o
presente estudo para verificar os efeitos da atividade física sobre o tempo total do sono e a
qualidade
MÉTODO
Amostra
10 minutos contínuos, por pelo menos 1 ano; voluntárias que não apresentavam suspeita de
depressão
(pontuação abaixo de 5 na Escala Geriátrica de Depressão) e voluntárias com o IMC menor que
35
Kg/m2
o termo de consentimento.
Procedimento
Na fase inicial do estudo, 12 idosas foram avaliadas através da Escala Geriátrica de Depressão,
Lavras, MG.
dezembro de 2004.
A atividade física foi realizada 2 vezes na semana, no período da tarde, em local coberto e
supervisionada pelas autoras do estudo. As sessões apresentavam duração de 60 minutos e
constavam das
relaxamento (5 minutos).
Ao final dos 4 meses de atividade física, as idosas foram orientadas a preencher novamente o
Diá-
Instrumentos
14
Essa escala .
consta de 15 questões dicotômicas (sim x não) referentes à satisfação com a vida, sensação de
inutilidade, desinteresse, aborrecimento, felicidade, entre
16
17
O diário do sono .
de informações que poderiam não ser lembradas se o diário de sono fosse preenchido em um
único momento durante o dia.
ário de sono.
13,18
.
Análise dos dados
consideramos apenas o sono principal, ou seja, o período de sono noturno, definido pelo idoso
como o
zero até o local marcado pela idosa. A EVA de qualidade do sono para cada participante foi
somada em
sono de qualidade quando a pontuação na EVA fosse superior a 8 e classificamos o sono das
voluntárias,
Análise estatística
para compararmos as médias nos grupos. Consideramos significantes valores de p < 0,05.
RESULTADOS
média de EVA de qualidade do sono de 7,1 ± 0,6 antes do programa de atividade física e 8,6 ±
0,4 após o
rio de classificação, 16,6% das idosas foram consideradas good sleep antes do programa de
atividade física
DISCUSSÃO
atividade física em grupo. A melhora no TTS e qualidade do sono pode estar relacionada a dois
fatores:
Sabemos que esses dois fatores são importantes marcadores do ritmo circadiano e que a
atividade física, ainda que não tenha sido o único fator
19,20
11,12,14,15
idosas.
ter influenciado nossos resultados, pois estudos relatam que ocorre melhora no sono com os
exercícios
1,13
próximo ao local de realização do programa. Devemos destacar que, uma vez envolvida no
estudo, não
original
deu, pois,diante das desistências iniciais, não acreditávamos que isso aconteceria.
Outros trabalhos com amostras mais significativas são necessários para confirmar os achados
deste
estudo.
CONCLUSÃO
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14.
15.
16.
17.
18.
19.
original
, Fabíola Rebouças
2
RESUMO
(grupo 2, G2), não relacionadas entre si. A Pimáx encontravase no limite inferior da
normalidade e a Pemáx era abaixo da
normalidade em G1. Em G2, a Pimáx e a Pemáx foram significativamente mais baixas do que o
normal comparado aos casos
SUMMARY
patients with multiple sclerosis (MS). Method. 20 patients complaining of fatigue underwent
evaluation by physical therapists
determine the presence of physical fatigue and manovacuometry to assess the Maximum
Inspiratory Pressure (Pimax)
fatigue was confirmed in all patients who underwent respiratory physical therapy evaluation.
Ten patients presented only
was below normal in G1. For G2, both Pimax and Pemax presented significantly lower values
than those obtained in G1.
of these muscles.
Citation: Araújo FR, Rebouças F, Fragoso YD. Possible association between physical fatigue and
strength of respiratory muscles in Multiple
Sclerosis.
de São Paulo
e-mail: yara@bsnet.com.br
original
INTRODUÇÃO
Não existe na atualidade um tratamento específico para a fadiga referida em pacientes com
EM.
, L-carnitina
ou modafinil
vem trazendo
resultados frustrantes. Embora certos autores confirmem a relação entre a fadiga referida e
parâmetros
, outros não
referida
8
e da existência de uma correlação entre a
fadiga referida e a fadiga física, sendo esta associada diretamente a disfunções de grupos
musculares
específicos
já vem sendo sugerido como uma possibilidade terapêutica para fadiga na EM10,11
O uso de escalas de .
12
MÉTODO
Vinte pacientes portadores de EM (17 mulheres e 3 homens, com idade média de 42 anos)
com
-A consulta especí .
EM. Incapacidade física foi avaliada pelo uso da Escala de Kurtzke (expanded disability scale —
EDSS)
14
Física de Chalder
15
, composta de oito afirmações especificas sobre fadiga física, com três opções distintas de
sendo atribuídas as notas 0, 1 e 2 pontos, respectivamente, a cada uma delas. Essa escala
apenas confirma
O), fadiga
(-40 a -25 cm de H2
O,
O.
RESULTADOS
14
, variou entre
10 pacientes com fadiga física e dispnéia (G2). Um resumo dos resultados é apresentado nas
tabelas 1 e 2.original
H2
15
foi significativamente maior (p < 0,05) no grupo 2 (11,9 ± 1,37) quando comparados ao grupo 1
pacientes foi bastante misto, com diferentes tratamentos, não permitindo comparação e
correlação.
DISCUSSÃO
Poucos estudos têm sido realizados correlacionando a fadiga física a alterações de força dos
músculos respiratórios. Os artigos que tentam relacionar a
fadiga física a outros parâmetros clínicos têm resultados por vezes contraditórios
3,4
e a própria mensuração
10
Nossos resultados sugerem que existam subgrupos de pacientes cuja fadiga referida seja
causada
16,17
12,18
CONCLUSÃO
18
Sexo F F M F F F F M F F
Idade 39 47 21 55 57 39 32 47 53 38 43 11,2
Etnia C C C C C C C A C C
Forma clínica RR RR RR RR RR RR RR SP RR SP
EDSS 2,0 2,0 4,5 1,5 1,0 2,0 4,0 6,5 1,5 6,0 3,1 2,13
Pimáx -80 -80 -75 -80 -80 -75 -75 -75 -80 -85 -79,5 3,69
Sexo F F F M F F F F M F
Idade 19 53 43 46 59 38 39 51 16 44 41 14,65
Etnia C C C A C C C C C C
Forma clínica RR RR SP RR RR RR SP SP RR SP
EDSS 3,0 1,0 6,0 1,5 1,5 1,0 5,5 6,5 1,0 6,5 3,4 2,29
Pimáx -40 -40 -30 -35 -25 -25 -30 -25 -35 -25 -31,1 6,15
Pemax 50 25 20 40 20 30 45 20 45 15 31 12,86
original
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16.
17.
18.original
amiotrófica
, Letícia Moraes de
Aquino
3
RESUMO
o grau de consciência permanece intacto, fazendo com que o individuo se veja conectado ao
meio ambiente e prisioneiro do seu
56 4,19 anos, através do Teste da Figura Humana, que foi avaliado de forma qualitativa e
quantitativa, individual e em grupo. Resultados. As principais alterações observadas nos
desenhos foram
imagem corporal é útil como mais uma forma de avaliação e proposta de tratamento em
programas de reabilitação.
Desenho.
Citação: França CC, Queiroz VR, Aquino LM, Pereira SM. Análise
amiotrófica.
SUMMARY
Introduction. The Amyotrophic Lateral Sclerosis (ALS) is fatal a neuromuscular disease marked
by the committal of the
causing progressive muscle atrophy. In these patients the degree of conscience remains intact,
making the individual see
in the plan and body image. Objective. The aim of this study
of drawings of the human figure. Methods. We analysed 10 patients with ALS diagnosed, 80%
male, 56 4.19 years old, with
in rehabilitation programs.
Citation: França CC, Queiroz VR, Aquino LM, Pereira SM. Analysis of
Email: ci_citelli@hotmail.com
Revisão: 15/04/2007
Analysis of body image and scheme in patients with amyotrophic lateral sclerosisRev
Neurocienc 2007;15/3:211–218 212
original
INTRODUÇÃO
espinhal
1-3
Esta pode ser classificada como ELA suspeita, possível, provável ou definida, de acordo com
os .
sinais de lesão de neurônios motores superior e inferior apresentados, através dos critérios do
El Scorial
2,5
Sua .
inúmeros mecanismos, como morte celular por agressão autoimune dos canais de cálcio e
incremento do cálcio
7-9
-A degeneração das cé .
de morte
10-13
Não existe nenhuma terapia que possa estacionar ou levar à cura da doença, porém há um
grande
12,14
O tratamento interdisciplinar visa prevenir as .
15,16
relações estabelecidas com o meio físico e social através da percepção que o indivíduo tem do
seu corpo
17-20
as ações motoras
21,22
23
23-25
As vivências psicomotoras .
têm como objetivo estimular os indivíduos a conhecerem e utilizarem seu corpo, percebendo o
quanto ele
ções
20
uma vez que grande parte desses indivíduos permanece conectada ao meio ambiente, vivendo
literalmente
MÉTODO
Rating Scale
26
.
O teste do desenho da figura humana foi aplicado uma única vez em cada indivíduo. Durante a
aplicação, com os dados recolhidos com os indivíduos (nome, idade, sexo) eram acessados os
prontuá-
da UNIFESP. Como recursos para sua aplicação foram utilizadas folha cor branca, prancheta e
caneta
uma prancheta com a caneta hidrográfica. Os sujeitos deveriam estar sentados em cadeira
com apoio
ou na própria cadeira de rodas com apoio da prancheta sobre uma mesa fixa.
figura humana, sendo avaliado de modo quantitativo (tabela 1), por uma pontuação entre 0 e
1027, e
28
27
Pontuação Desempenho
figura rica em detalhes; semelhança com o real; orientação espacial; diferenciação dos sexos,
vestimentas
figuras em movimento.
algumas distorções; tronco muito longo, falta de delineamento onde começam as pernas e os
braços.
humana.
RESULTADOS
Dados demográficos
10% não possuíam vida profissional ativa anteriormente à doença. 40% dos indivíduos relatam
apenas
cuidados e 20% relataram não realizar atividade alguma. Em relação aos tratamentos, 70%
realizam
alguma terapia além do tratamento médico ambulatorial, sendo que destes, 40% fisioterapia,
l0%
grande, centralizada à esquerda e inferior, com tracejado não contínuo, sem expressão de
movimento,
com ausência de partes do corpo (braços e rosto) e
com a classificação utilizada; qualitativa: figura grande, centralizada, com traçado contínuo,
com expressão de movimento, com ausência de partes do corpo
Realizado em 3 minutos.original
Realizado em 2 minutos.
inferior à direita, com traçado contínuo e rebuscado, sem expressão de movimento, com
ausência de
em 4 minutos e 45 segundos.
segundos.
com a classificação utilizada; qualitativa: figura pequena, superior à direita, com traçado
contínuo, sem
3 minutos.
grande, centralizada, com traçado contínuo, sem expressão de movimento, com ausência de
partes do
sem expressão de movimento, com ausência de partes do corpo (cabelo e orelhas), e com
presença do
centralizada inferior, com traçado contínuo, sem expressão de movimento, com ausência de
partes do
em 3 minutos e 10 segundos.
são grandes, 30% médias e 20% pequenas; apresentando 70% dos traçados contínuos, 20%
contínuos
não; 90% das figuras apresentam ausência de partes do corpo enquanto 10% não apresentam.
90%
cadeira de rodas, apenas 40% demonstraram alguma dificuldade durante a realização, 50% do
grupo
a.Fala
4.Normal 3.Disartria leve 2.Disartria moderada, fala inteligível 1.Disartria grave, necessita
comunicação não verbal 0.Anartria
b.Salivação
d.Escrita
4.Normal 3.Lentificada, todas as palavras são legíveis 2.Algumas palavras são ilegíveis 1.Capaz
de manipular caneta mas incapaz de escrever
0.Incapaz de manipular
f.Vestuário e higiene
4.Normal 3.Independente para todas as atividades, mas com dificuldade e eficiência diminuída
2.Necessita assistência intermitente ou para
ajustar roupa sem auxílio, mas com grande dificuldade 1.Pode iniciar
de auxilio total
h.Marcha
i.Subir escadas
4.Normal 3.Lento 2.Perde equilíbrio ou fadiga 1.Necessita assistência
0.Incapaz
Respiração.
ventiladororiginal
DISCUSSÃO
em homens e a forma bulbar em 20% dos casos condizem com os dados descritos na literatura
2,10
e7
dé-
2,9
22
11,14
16
nenhum tratamento; entre os 70% restantes são realizadas terapias nutricionais, fisioterapia e
fonoaudiologia, o que se vê descrito como uma busca de tratamento multiprofissional. Há,
também, freqüente procura
13,27
15,27
A pontuação na ALSFRS .
Quanto à perda de força muscular, os dados condizem com a literatura, pois segundo esta
em 90% dos
28
22
A motricidade é importante na .
original
35
presença de câimbras
36
36
localização na parte central da folha. C.A.H. (figura 7) apresenta em seu desenho calvície, que
associa
a apresentada por ele mesmo, e desvio da cabeça à
direita, com hemicorpo direito menor do que o esquerdo, indicando instabilidade e/ou
equilíbrio precário
33
35
32
O único desenho onde não se encontra alteração do esquema e imagem corporal foi o
realizado
-O indiví .
o que pode justificar que, apesar do seu compromese dá através das sensações que nos são
percebidas.
17, 29
pode ser realizada a partir do desenho da figura humana, demonstrando através dele a
maturidade conceitual do indivíduo em relação ao corpo humano e o
próprio corpo
30
31
23,32
Um traço gráfico isolado nada .
30,33
humana favorece uma avaliação rápida e é um recurso que permite comparação de amostras
futuras
34
de maneira contínua. Já o desenho de E.F.S. (figura 2), com movimentação ativa proximal e
distal e
minutos e 45 segundos, uma vez que ele possui melhor habilidade motora e realizou o
desenho lenta-original
A presença da doença modifica não somente a percepção do modelo postural do corpo, mas
21
,Com isso .
falecem mantendo íntegras as funções cognitivas, gerando uma situação chocante para o
indivíduo, que
12,13
A fisioterapia pode-se valer dessa noção de esquema e imagem corporal para enriquecer sua
terapia com os pacientes com ELA.
corporal encontradas em pacientes com ELA. Sabese que indivíduos com limitações físicas
projetam
em seus desenhos qualquer distúrbio apresentado
37
CONCLUSÃO
Os resultados da análise dos desenhos demonstram haver, na maioria deles, uma distorção no
esquema e imagem corporal. Os indivíduos estudados, apesar de em pequeno número,
apresentam as principais
imagem corporal através de sua avaliação e como proposta de tratamento de integração, pode
ser uma ferramenta adicional à fisioterapia para oferecer melhor
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original
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34.
35.
36.
, Rosane Brondani
,
Raphael Machado Castilhos
, Jéssica Brugnera
Mesquita
RESUMO
foi de 12; 61% dos pacientes apresentaram-se com escore NIH 0–1
total foi de 8%. Tempo porta tomografia foi de 28 minutos e portaagulha de 74 minutos.
Conclusão. A trombólise com rtPA foi efetivamente realizada em um hospital escola público,
onde existe um
Saúde pública.
Citação: Martins SCO, Brondani R, Frohlich AC, Castilhos RM, Dallalba CC, Mesquita JB, Chaves
MLF, Nasi LA. Trombólise no AVCI agudo
de Porto Alegre.
SUMMARY
emergency room staff and the neurology residents were trained and the rtPA was
standardized at the Hospital. Results.
was 12. In 3 months, 61% of the patients had NIH 0–1 and
hemorrhage occurred in 4 patients (1 fatal). The total mortality rate was 8%. The door to
Computed tomography time
Conclusion. The thrombolysis was effective in a public schoolhospital, which assist a great
number of patients, usually with
Dallalba CC, Mesquita JB, Chaves MLF, Nasi LA. Thrombolysis for
acute ischemic stroke in a Public Hospital: the experience of Porto Alegre Clinical Hospital.
de Deus (HMD).
Thrombolysis for acute ischemic stroke in a Public Hospital: the experience of Porto Alegre
Clinical Hospital
original
INTRODUÇÃO
As doenças vasculares são a terceira causa de hospitalização na rede pública (10% das
hospitalizações)
Vascular (UV) em dezembro de 2005, com cinco leitos ocupando um espaço físico específico,
destinada
atendimento agudo do AVC isquêmico nesta unidade, além de sua estruturação e organização
dentro
MÉTODO
Antes de iniciarmos o tratamento dos pacientes com AVC isquêmico com trombólise, medidas
protocolo de AVC.
equipe de AVC passou a contar também com os residentes do serviço de neurologia, que
começaram
desde o atendimento agudo até a alta hospitalar, sendo seguidos depois ambulatorialmente.
Padronização do rtPA
do protocolo hospitalar.
leitos, com um Serviço de Emergência que atende aproximadamente 6.000 pacientes do SUS
por
em 2005 a emergência passou por uma reestruturação física, com a criação de uma Unidade
Vascular (figura 2), e por uma reestruturação logística,
com a criação de um novo método de triagem baseado em critérios de risco visando diminuir
dentro da emergência os pacientes que poderiam ser
ço de 2007 no 11
o atendimento do paciente com doença vascular aguda: AVC, síndrome coronariana aguda,
síndromes aórticas agudas e tromboembolismo pulmonar. Os pacientes são triados pelo
enfermeiro
e, se houver suspeita de doença vascular, são classificados como de alto risco (identificados
pela cor
A equipe de enfermagem foi treinada para reconhecer os principais sinais de alerta do AVC:
fraqueza ou dormência súbita na hemiface, na perna ou no
original
original
de início dos sintomas e encaminhado para Unidade Vascular. Todo paciente com AVC
isquêmico agudo é considerado um potencial candidato à terapia trombolítica
Unidade Vascular
hemograma e bioquímica),
pacientes mais graves, que não recanalizam ou apresentam complicações, são transferidos
para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Protocolo de Tratamento
o AVCI dentro de 3 horas do início dos sintomas segue as recomendações da American Stroke
Association
e NINDS
3
projeto de seguimento dos pacientes com AVC isquêmico numa coorte foi aprovado pelo
comitê de
ética do hospital.
RESULTADOS
fibrilados, 35% cardiopatas, 36% tinham AVC isquêmico prévio e 70% tinham doença
ateroscleró-
tica grave. O subtipo de AVC mais comum foi aterotrombótico de grandes vasos (50%), seguido
pelo
O tempo do início dos sintomas até o tratamento com rtPA foi de 169 ± 43 minutos. O tempo
entre a chamada e a chegada do neurologista vascular foi de 16 ± 11 minutos, o tempo porta-
tomografia
da chegada ao hospital).
2,6 ± 5. Em 3 meses, 61% dos pacientes apresentaram-se com mínimo ou nenhum déficit
neurológico
(NIHSS 0–1) e 67% tinham independência funcional (Rankin modificado 0–2). Dos pacientes
que chegaram ao hospital com escore NIHSS baixo (entre
0 e 5), 100% ficou sem déficit neurológico enquanto, daqueles que chegaram com NIHSS alto
(acima
O tempo de internação foi de 8,5 dias (mediana), variando de 1 a 119 dias. Apenas 7 pacientes
(19%)
necessitaram transferência para o CTI. Os demais foram tratados na Unidade vascular durante
a fase aguda
funcional em 3 meses). Apenas 1 paciente teve sangramento cerebral sintomático (não fatal) e
1 paciente foi a
DISCUSSÃO
Com a modificação dos critérios de triagem dos paFigura 3. Independência funcional (escore
de Rankin modificado 0–2) em 3 meses de acordo com o NIH da chegada.original
cientes com AVC, identificamos uma demanda reprimida de pacientes que chegavam na janela
terapêutica mas eram perdidos dentro da rotina de espera do
outras séries
4-6
, com maior freqüência de diabete, fibrilação atrial, cardiopatia, AVC prévio e doença
aterotrombótica grave. Nenhum paciente tratado teve
menos acesso aos cuidados ambulatoriais preventivos de doenças crônicas (por exemplo,
hipertensão e
dislipidemia)
7,8
9,10
base, uma proporção significativa ficou funcionalmente independente em 3 meses (67% dos
casos) com excelente resposta ao tratamento. A taxa de sangramento sintomático foi maior
que a do estudo NINDS (sem
diferença estatística), mas semelhante ao subgrupo de
nicos
11
nicos (8% versus 17%). Em um estudo americano publicado recentemente, pacientes com AVC
isquêmico sem seguro saúde têm uma chance maior de sair
12
dos idosos apresentaram-se com independência funcional em 3 meses, confirmando que esse
grupo não
4-6
, o que
para o domicílio (42%), demonstrando que a melhora mais rápida dos pacientes com AVC
diminui a necessidade de hospitalização prolongada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
para tratar esses pacientes sem medo e com a mesma convicção de quem trabalha hoje para
divulgar a
trombólise no Brasil.
Seguimos na luta para que mais hospitais possam ser preparados para oferecer tratamento
trombolítico aos pacientes, vencendo o preconceito com
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7.
8.
9.
10.
11.
revisão
Rinaldo Siqueira
RESUMO
Lesões de nervos periféricos são comuns, mas o sucesso no tratamento irá depender de alguns
fatores como: idade, a ferida propriamente dita, reparo do nervo, nível da lesão, e período
transcorrido
entre lesão e reparo. As lesões são classificadas em três tipos descritas
funcionais e o axônio passa por um processo de degeneração, seguido por uma tentativa de
regeneração. Um cone de crescimento é
seus alvos, que vão desde suturas simples até enxertos. A busca por
SUMMARY
Peripheral nerve injuries are common, but the treatment success will only depend on some
factors such as: age, the wound
A growth cone is formed so that the axon grows towards leading targets by neurotrophics
growth factors. Several studies
targets that undergo from simple sutures to grafting. The search for better techniques of
surgical repair has been a challenging to clinical area aiming the optimal performance at
undergoes changes.
UNIMEP.
Rinaldo Siqueira
E-mail: rinaldo_siqueira@yahoo.com.br
na Segunda Guerra Mundial, em que Mitchell resumiu suas observações clínicas a respeito das
lesões
nervosas periféricas e incluiu suas descrições de causalgia, ou dor em queimadura. Sir Herbert
Seddon e
após a Segunda Guerra Mundial, Sir Sidney Sunderland resumiu a anatomia interna detalhada
dos
nervos
2,3
Walleriana
com espaços entre cotos maiores do que 5 cm, fazse necessária a utilização de reparos
cirúrgicos. O
1,5,6
A lesão .
7,8
9,10
funcional após uma lesão nervosa periférica, diferentes estudos têm sido conduzidos para
melhor obter
MÉTODO
anos e indexados nas seguintes bases de dados: Medline, PubMed, Scielo, Lilacs e Bireme.
revisão
227 Rev Neurocienc 2007;15/3:226–233
REVISÃO DA LITERATURA
Os .
axônios dos nervos periféricos são agrupados em feixes paralelos, conhecidos como fascículos,
revestidos
cada axônio individualmente é o endoneuro, possui matriz de colágeno frouxo, onde as fibras
de colágeno irão formar as paredes de proteção dos tubos
todo o tronco nervoso e que tem como função proteger os fascículos de tramas externas é
denominado
2,11
células provindas da crista neural, que são conhecidas como células de Schwann. Essas células
possuem
a função crítica de suporte axonal regenerativo, servindo de via de crescimento para as fibras
nervosas
12
Os nervos periféricos .
11,12
Tipos de Lesão
13
, as lesões nervosas
— lesão leve com perda motora e sensitiva, sem alteração estrutural; b) Axonotmese — é
comumente
distal. Nesse tipo de lesão não ocorre perda de célula Rev Neurocienc 2007;15/3:226–233 228
revisão
2,3
13
ção de Sunderland
14
Seddon dividindo-a em cinco tipos ou graus. A neuropraxia foi classificada como tipo I; já a
axonotmese
o grau da lesão, enquanto que a neurotmese foi classificada como tipo 5. É raramente possível,
através da
ção de sua integridade. Os axônios do coto proximal degeneram de maneira retrógrada até
chegar ao
próximo nódulo de Ranvier do local da lesão, criando uma pequena área de degeneração
4,15
As fibras .
irão crescer
7,16
7,11
No 2
ou no mais tardar do 4
ao 7
dia, os
macrófagos se acumulam no coto distal para realizar a remoção dos restos mielínicos em
degenera-
15
ocorre em 3 dias após a agressão axonal. Essa proliferação está associada com a produção de
algumas
11
terminais, que irão competir entre si em busca de substâncias tróficas fornecidas pelos órgãos-
alvo, que estão
ricos em actina, de onde surge uma protuberância chamada cone de crescimento. Devido ao
excesso de brotos
11,17
tipo neurotmese e de 3,0 a 4,5 mm/dia nas do tipo axonotmese. Em humanos, a taxa de
crescimento axonal
de aproximadamente 1 a 2 mm/dia
11
.
Para que ocorra o crescimento do cone, fazse necessária a presença de substâncias que
auxiliem
18
que possui em sua família, denominada de neurotrofinas, outros fatores como: BDNF, NT-3,
NT-4/5,
4,19,20
a diminuir de volume já na primeira semana, apresentando uma atrofia progressiva das fibras
e uma
suas reinervações
8 dias com o axônio já regenerado e sendo inicialmente envolvido pelas células de Schwann e
seus
16
Logo que .
retornam aos seus alvos, os axônios regenerados podem formar novas terminações nervosas
funcionais.
21
Conseqüências da Lesão
Lesão no tronco do nervo pode ter conseqüências funcionais e mudanças de vida para o
indivíduo
8,9
.
serão possíveis
10
16,22
11
de intervenção cirúrgica
Reparo Cirúrgico
Segundo Robinson
3
, a reconstrução cirúrgica
No geral, não há necessidade de realizar enxerto em lesões com espaço entre os cotos menor
que
1,5 cm. Em humanos, os enxertos são sempre indicados em espaços entre cotos maiores que 5
cm5
O método clássico de reparo do nervo é a sutura, que pode ser reparo epineural, reparo de
grupos fasciculares, reparo fascicular ou uma mistura
desses métodos
11
11
4,10
23
especialmente para se construir uma ponte sobre lesões curtas ou quando os autoenxertos de
nervos não
10
Atuação da Fisioterapia
revisão
para se iniciar o tratamento fisioterapêutico, entretanto alguns estudos mostram que uma
intervenção
ção funcional e para se evitar atrofia muscular, neuromas, alterações no mapa cortical etc
24
Millesi preconiza que após 8 dias do reparo cirúrgico deve-se iniciar uma cuidadosa
mobilização e
10
24
, em um
25
26
, em estudo com
Lee e Wolfe
músculo e leva a uma fibrose. Uma cuidadosa bandagem protege e limita a congestão venosa
e o edema.
25
realizaram um estudo
dia pós-operatório (1
fase após o esmagamento) e seguiu por 24 dias, sendo os animais induzidos ao treinamento
por 24 horas. Os animais foram divididos
de latência (intervalo entre a lesão axonal e a resposta de brotamento), e que foi possível
adquirir retorno
periférico lesado.
A fim de fornecer um retorno funcional, pesquisas apontam para o uso da estimulação elétrica
no processo de acelerar a reinervação. Brushart et al.
27
recuperar massa e força, mas a estimulação elétrica durante o período de denervação pode
permitir a recuperação da função motora de acordo com a reinervação.
elétrica para manter massa e força do músculo denervado do rato. Os autores concluíram que
protocolos de
estimulação com contrações diárias de 200 a 800 mantiveram força, massa e tamanho de fibra
iguais aos do
24
femurais de ratos, com o objetivo de validar o uso da estimulação elétrica como método
clínico na recuperação
29
realizou
relatou que ainda existe uma falta de consenso, devido ao fato de o músculo denervado ser
complexo,
as comparações difíceis. A atrofia muscular é a mudança mais drástica encontrada após a lesão
e varia
sóleo do rato e, para estes, diversas freqüências e tempo de estimulação foram usadas nos
estudos. Nem todos os padrões de estimulação são igualmente efetivos
incluem: amplitude do estímulo, duração do estímulo, freqüência do pulso, duração dos trens
de pulso e
ção para previnir atrofia muscular. Apesar das divergências quanto ao uso da estimulação,
ainda se pode
O laser de baixa freqüência é um dos métodos estudados para tentar acelerar o processo de
rios efeitos na função do nervo, crescimento e regeneração do tecido neural in vitro e in vivo.
Anders et
al.
30
regeneração do nervo periférico após reparo cirúrgico, nos quais observa-se uma resposta
positiva ao
Após os reparos cirúrgicos dos principais troncos de nervo, há uma reorganização funcional
rápida
do cérebro caracterizada por uma mudança no mapeamento cortical, devido a uma incorreta
reinerva-
8,9,31
revisão
para estímulo acústico estereofônico. Com isso, torna-se possível treinar localização de
diferentes dedos,
que fibras de nervos em regeneração ainda não alcançaram seus alvos periféricos
31
Rosén e Lundborg
32
físico
, os princípios atuais
através do uso dos filamentos de Frey ou SemmesWeinstein. Para a função motora, é usado o
dinamô-
CONCLUSÃO
ampliação dos conhecimentos das melhores atividades com exercício, dos padrões e
parâmetros de eletroestimulação e dos meios de reabilitação sensorial
pelos profissionais, facilitando, dessa forma, a seleção
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31.
revisão
, Reny de Souza
Antonioli
RESUMO
medula espinhal é consenso nas sociedades médicas e entidades especializadas de áreas afins.
A dificuldade, entretanto, é selecionar
Avaliação.
Citação: Neves MAO, Mello MP, Antonioli RS, Freitas MRG. Escalas
SUMMARY
The use of profiles, measures and standardized pointers of evaluation in the evaluation and
accompaniment of individuals
spinal marrow is consensus in the medical societies and specialized entities. The difficulty,
however, is selecting a classification that allows an objective evaluation of neurological deficit
life.
Citation: Neves MAO, Mello MP, Antonioli RS, Freitas MRG. Functional and clinical scales in
management of individuals with Traumatic
Neurologia da UFF
E-mail: orsini@predialnet.com.br
Spinal CordINTRODUÇÃO
da medula espinal vem aumentando consideravelmente nos últimos anos devido aos acidentes
automobilísticos e episódios de violência, principalmente
1,2
A medula espinhal .
conduz impulsos para o encéfalo e que dele se originam. As várias vias aferentes e eferentes
proporcionam um elo vital no controle do sistema nervoso
e função sexual
O traumatismo raqui-medular .
por projétil de arma de fogo (PAF) ou objetos perfurantes, acarreta lesões geralmente
associadas a um
4-6
, levando
nervosos
7,8
A.
profissionais e pesquisadores envolvidos com o paciente, têm sido reconhecida há pelo menos
duas
décadas
9,10
11
12,13
saúde classificar a lesão medular dentro de uma extensa variedade de tipos, auxiliando-os a
determinar
o prognóstico e o estado atual dos pacientes. Apresenta dois componentes (sensitivo e motor),
além de
11,12
11,12
As lesões medulares .
11,12
A zona de preservação parcial (ZPP) referese aos dermátomos e miótomos localizados abaixo .
inervados
11,12
com sensibilidade e função motora normais em ambos os lados do corpo. Torna-se importante
ressaltar
que os segmentos com função normal podem ser freqüentemente diferentes em termos de
sensibilidade
11,12
enquanto o toque leve é testado com algodão. O esfíncter anal externo também é testado
para auxiliar
revisãorevisão
11,12
achados do exame neurológico para classificar os tipos de lesão dentro de cinco categorias: A =
Lesão
Completa. Não existe função motora e sensitiva nos
motora abaixo do nível neurológico; C = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo
do ní-
de força muscular menor que 3; D = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do
nível da
6,9,11,14-16
A escala .
11,17-19
20
Cada dimensão é .
7,20
Segundo alguns .
17,21-24
A MIF faz parte do Sistema Uniforme de Dados para Reabilitação Médica (SUDRM) e é
amplamente utilizada e aceita como medida de avaliação
funcional internacionalmente
25
Riberto et al
26
Sua natureza é multidimensional, podendo ser utilizada para trazer resultados quanto ao .
arma de fogo.
MÉTODOS
estagiários da área da saúde e foram treinados previamente para a aplicação das escalas. As
demais informações necessárias para a pesquisa foram obtidas
paciente.
CASO
casa noturna, relata que em julho de 2002, após envolver-se em uma discussão, foi atingido
por 3 projé-
teis de arma de fogo, sendo que um atingiu a região
Hospital Estadual localizado na Zona Norte do Município do Rio de Janeiro, onde se constatou
uma
estabelecidos pela Classificação Neurológica Padrão das Lesões Medulares, concluiu-se que o
nível
marcado pela presença de anestesia (tátil e dolorosa) associada a uma paralisia dos miótomos
correspondentes à escala.
RESULTADOS
O escore total apresentado relativo à sensibilidade superficial (tátil e dolorosa) foi 104/224,
enquanto que a pontuação motora foi 50/100. O nível
DISCUSSÃO
24
atividades sociais que antes realizava de forma independente, após o trauma tornaram-se
dificultadas ou
mesmo impossíveis.
as principais causas de lesão medular são as traumáticas e que a maioria da população atingida
é
27
revisão
revisão
Um dos principais fatores envolvidos no prognóstico dos pacientes com lesão medular é a
apresentação clínica na admissão, com as lesões completas
mais elevado
4,5,28
possui menor suprimento sanguíneo e as lesões geralmente se apresentam como uma secção
completa
Embora a versão brasileira validada da Medida de Independência Funcional (MIF) tenha sido
26
pelo paciente nos forneceu uma idéia clara das deficiências e incapacidades apresentadas e do
potencial
incapacitante da lesão.
A escassez de estudos entre medidas de observação do profissional e a percepção que não seja
a
29
apontaram, por
níveis mais baixos de incapacidade do que as análises subjetivas fornecidas pelos pacientes.
Seel et al
30
que ambos concordaram nas seis categorias do instrumento por eles utilizados, no caso a MIF.
Houve
percepção do familiar.
mais seguras, seja por fonte direta ou mesmo indireta. Os critérios descritos pelos
instrumentos e seu
pesquisas, tanto para comparar a evolução dos pacientes quanto para confrontar os resultados
com os
de outros autores.
O paciente relatou que, a partir dos resultados fornecidos pelas escalas, passou a interpretar,
conhecer e gerenciar com mais especificidade algumas
de reabilitação.
CONCLUSÃO
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24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
revisão
revisão
1
, Hélder José Lessa Zambelli
Maldaun
RESUMO
SUMMARY
when causing cord compression. The incidence of spinal metastases continues to increase,
probably as result of increasing
emphasized the most important aspects on clinical presentation, investigation, indications for
surgical therapy and the role
Citation: Joaquim AF, Maturana FAP, Anderle DV, Zambelli HJL, Maldaun MVC. Spinal
Metastases.
E-mail: andjoaquim@yahoo.com
Spinal metastasesINTRODUÇÃO
metástases ósseas
na coluna
2
Epidemiologia
3,4
coluna. Pode ser causada tanto pela compressão tumoral direta quanto pelo colapso de um
corpo vertebral por invasão tumoral
permanente
curso da doença
6,7
,Entre as causas de CM, as metástases são mais freqüentes do que os tumores primários. As
neoplasias primárias adquirem maior expressão epidemiológica em adultos jovens e crianças .
mieloma múltiplo
9-13
A maior freqüência dessas neoplasias pode ser explicada por possuírem maior prevalência na
população geral e também pela maior .
14
15
pela coluna cervical (10–30%) e, por fim, pela coluna lombo-sacra (20–30%)
5,14
, provavelmente pelo
16
Em 17–30% dos casos há múltiplas metástases vertebrais demonstradas pela RNM, em vários .
17
QUADRO CLÍNICO
(CMN) estão na história e no exame físico do paciente, atráves da identificação de alguns sinais
de
de câncer
nas costas ou no pescoço devem ser avaliados rigorosamente quanto à suspeita de metástase
na coluna
,
o que pode prevenir, minimizar ou reverter graves
complicações neurológicas
14,16
18
19
Caso .
A CMN pode estar presente em qualquer momento durante a história natural do câncer. Os
sinais
de invasão tumoral
14
revisão
revisão
ou plegia
Dor
com CMN16
5,14
erroneamente a outras causas, como artrite, problemas musculares, hérnia de disco, entre
outras
16,20
ou radicular
14
A dor localizada costuma ser constante, aumenta quando o paciente está deitado em .
14
manobra de Valsalva, com a tosse e durante a pesquisa dos sinais de Lasègue, Kernig e
Brudzinski
5,16
3. Dor Referida: pode ser vista em compressão medular epidural lombar, com metástases em
16
Alterações Motoras
16
Alterações Sensitivas
dedos, que podem ascender até o nível da compressão, também em intervalo de tempo
variado
As queixas sensitivas .
16
Alterações Autonômicas
14
com paraparesia/plegia
16
.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
considerados são:
Meningite carcinomatosa;
Mielite transversa;
Síndrome paraneoplásica;
Malformações vasculares;
EXAMES COMPLEMENTARES
Bence Jones, frente à suspeita de mieloma, e dosagem do PSA, frente à hipótese de câncer de
próstata.
A) Radiografias simples
De baixo custo e não invasivas, com alta disponibilidade na maioria dos serviços, as
radiografias em incidência antero-posterior e perfil podem demonstrar lesões
14
.B) Mielografia
com severa escoliose, implantes ferromagnéticos, pacientes grandes, com clips de aneurismas
ou marcapassos cardíacos
14
C) Tomografia Computadorizada
planejamento cirúrgico.
D) Cintilografia óssea
14
de CMN21
21
já conhecidas
19,21-24
14
veis com o exame neurológico podem predizer a presença e o nível da CMN, porém a RNM
fornece dados
TRATAMENTO
13,25-27
O tratamento de níveis assintomáticos é controverso. Cerca de 16% dos pacientes com CMN
têm
um segundo episódio
28
com sintomatologia, incidência similar aos dos pacientes com CMN em um único nível na
apresentação inicial
29
sintomático ou não nem sempre é possível, sendo recomendado o tratamento dos demais
níveis de compressão desde que os pacientes tenham razoável expectativa
de tratamento
16
mielopatia
16,30
14
30
Desta forma, seleciona-se a melhor forma de analgesia a ser utilizada, bem como o perfil mais
adequado
revisão
revisão
31,32
3) Radioterapia
CMN17
acometido
14,16
27,33
34
Há boa resposta à radioterapia em 30% dos casos de CMN, mesmo frente a tumores mais
radioresistentes como o carcinoma de mama e o melanoma
35
4) Cirurgia
36,37
17,38
7,39,40
41
, Tomita
42
e Bunger
43
.
previamente irradiada;
descompressão medular
16,34
com CMN na junção crânio-cervical ou lombo-sacral podem não ser candidatos à intervenção
cirúrgica devido à alta morbidade associada a esses procedimentos. As órteses podem ser úteis
para o controle
da dor e dar maior segurança ao paciente.O prognóstico dos pacientes com CMN é
13,44-46
bons resultados.
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35.
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37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
revisão
Múltipla
, Sheila Bernardino
Fenelon
, Nilson Penha-Silva
RESUMO
EDSS (Expanded Disability Status Scale) era igual a 6,0. Após 6 meses de tratamento, ela
apresentava boa evolução no quadro neurológico, passando a deambular distâncias maiores e
a praticar
SUMMARY
agents. Since statins presents antiinflammatory and immunomodulator actions, they may
constitute an alternative therapy
use of rosuvastatin by a 34 years old woman with relapsing-remitting MS. The patient initiated
treatment with interferon-beta
1A, but after reclaims of adverse effects she refused to follow this
Uberlândia (UFU).
Múltipla (CETEM).
Nilson Penha-Silva
E-mail: nspenha@ufu.br
Revisão: 05/12/2006
relato de casoINTRODUÇÃO
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória desmielinizante que afeta o sistema
nervoso
central
1
A base anatômica comum das doenças desmielinizantes do SNC é representada por alterações
.
A etiologia .
EM3
não seqüelas, não havendo progressão das deficiências entre os surtos. A forma
secundariamente progressiva (EMSP) apresenta uma fase precedente de
períodos de melhora. Por fim, há a forma progressiva recorrente (EMPR), que também se
caracteriza
desde o início por doença progressiva, porém intercalada por surtos, com ou sem recuperação
total,
.
As manifestações clínicas dessa doença desmielinizante são inicialmente muito variáveis. Às
vezes
elas são muito drásticas, mas outras vezes elas são tão
fraqueza em um ou mais membros, visão turva devido à neurite óptica, distúrbios sensoriais,
diplopia e
em 2001
da medula espinhal
uma revisão desses critérios a fim de tornar mais sensível e específico o diagnóstico da doença
dos sintomas
A terapêutica convencional da EM .
rias
sintase (NOS
ase
) e citocinas pró-inflamatórias
9
, justificando seu uso como terapia alternativa em doenças
A região do .
ase
ase
implique
óxido nítrico tem-se mostrado tóxico para oligodendrócitos e responsável por induzir
degeneração do
A utilização de lovastatina .
14
e sinvastatina
15
14,15
CASO
relato de caso
durante internação com perda de sensibilidade dolorosa e tátil desde 4 cm abaixo da fúrcula
esternal até
diplopia e nistagmo.
O exame do líquido cefalorraquidiano revelou líquor incolor e de aspecto límpido, com nível
totais (46 mg%). Ainda durante a internação, a paciente iniciou corticoterapia (prednisona a 1
mg/kg).
membros inferiores, além de referir retorno da sensibilidade dolorosa. Quatro meses depois,
houve reagudização do quadro neurológico e, além disso, a
RMN (figura 1) mostrou lesões múltiplas na substância branca cortical do parênquima cerebral
e cerebelo, infratentoriais, supratentoriais, justacorticais e
periventriculares.
interferon-beta 1A (6.000.000 UI, uma vez por semana), durante um mês, porém relatou
efeitos adversos
submeter ao tratamento convencional, foi-lhe proposta uma nova terapia baseada no uso de
rosuvastatina. Antes de iniciar a nova terapêutica, sua avalia-
do início do tratamento.
creatina-quinase (CK).
a praticar exercícios físicos e não necessitar continuamente de sonda vesical. Não ocorreram
surtos durante o tratamento. Após seis meses de tratamento,
o uso de rosuvastatina.
DISCUSSÃO
critérios de McDonalds
16
,Os surtos tiveram duração maior que 24 horas e foram intercalados por um intervalo de
tempo .
proposto para a paciente pelo fato de apresentar diagnóstico definido de EMRR, além de
evidências clínicas da atividade da doença através da presença de um
14,15
com EM. Provavelmente, esses benefícios são decorrentes da capacidade das estatinas de
diminuírem a
relato de caso
11,17,18
como rabdomiólise
19
20
efeitos pró-inflamatórios foram descritos para a sinvastatina, que induz um aumento dose-
dependente
gama e a interleucina 12
21,22
(meses) (mg/dl)
0 6,0 322,0
3 5,0 186,8
relato de caso
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16.
17.
18.
19.
20.
21.
relato de caso
e atualização
, Marcos RG de Freitas
RESUMO
A Atrofia Muscular Juvenil Distal de Membro Superior ou Doença de Hirayama (DH) atinge as
células da ponta anterior
Doenças neuromusculares.
Citação: Neves MAO, Antonioli RS, Freitas MRG. Doença de Hirayama: relato de caso e
atualização.
SUMMARY
The Juvenile Muscular Atrophy of the Distal Upper Extremity or Hirayama Disease (HD) affects
the spinal cord’s
of other Benign Monomelic Amyotrophy (BMA). It is important new research that can become
the diagnosis more
certain.
diseases.
Neurológica, FESO.
Neurologia,UFF.
E-mail: orsini@predialnet.com.br
relato de caso
INTRODUÇÃO
1-3
à DH: infecções virais, insuficiência vascular da medula espinhal, atividade física de alto
impacto e atrofia
3,6
CASO
auxiliar de controladoria, relata que há 4 anos deuse início quadro de fraqueza na mão
esquerda e dificuldade para realizar a preensão de instrumentos
mão, quando comparados ao lado oposto. No primeiro semestre de 2003, procurou auxílio no
Serviço
superior esquerdo. Na figura 2, mostramos o paciente com acentuada atrofia dos músculos do
antebraço
e da mão à esquerda.
DISCUSSÃO
movimento de flexão
neutra
4,8
Figura 1. Atrofia da medula cervical nos últimos segmentos. Figura 2. Atrofia no membro
superior esquerdo.desvio anterior, compressão do plexo venoso anterior
7,9
Em .
reinervação crônica
10
7,11
Essa afecção é .
caracterizada por ser uma forma rara de doença do
12
13
14-16
Entretanto, há relatos de pacientes com manifestações clínicas típicas da DH, mas que não
apresentam qualquer anormalidade da coluna cervical .
da medula espinhal
17
Acreditamos .
relato de caso
vamento do quadro
18
foi submetido a técnicas de alongamento e movimentos ativos livres para o membro superior,
e recebeu
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17.
18.NORMAS DE PUBLICAÇÃO
Revista Neurociências.
http://www.revistaneurociencias.com.br
informativos.
a instituição em que foi feita a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação
acadêmica, títulação máxima e vínculo
do trabalho. Para os Artigos Originais o resumo deve ser estruturado em objetivos, métodos,
resultados e conclusões. Não exceder 200 palavras.
comerciais e marcas registradas devem ser utilizadas com parcimônia, devendo-se dar
preferência aos nomes genéricos.
de ordem e legenda, devem ser encaminhadas em outro arquivo com nome do autor e do
artigo. Ilustrações reproduzidas de
que sua publicação seja autorizada pela editora. O material recebido não será devolvido aos
autores. Manter os negativos destas.
Rev Neurocienc 2007;15/3 254do artigo. Todos os autores e trabalhos citados no texto devem
por ordem de sua citação no texto, utilizando-se números arábicos sobrescritos segundo o
estilo Vancouver (www.icmje.org). Por
infância e adolescência
6-12,14,15
“.
Ex.: Wagner ML, Walters AS, Fisher BC. Symptoms of attention-deficit/hyperactivity disorder in
adults with restless legs
1995, 253p.
primeira. Tradutor(es), se for o caso. Local de publicação: editora, ano, página inicial e página
final.
Ex.: Stepanski EJ. Behavioral Therapy for Insomnia. In: Kryger MH; Roth T, Dement WC (eds).
Principles and practice of
2000, p.647-56.
d) Resumos: Autor(es). Título. Periódico ano; volume (suplemento e seu número, se for o
caso): página(s). Quando não publicado em periódico: Título da publicação. Cidade em que foi
26(Suppl):A135.
2004, 75p.
(8000 palavras).
informativos.
a instituição em que foi feita a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação
acadêmica, títulação máxima e vínculo
do trabalho. Para os Artigos Originais o resumo deve ser estruturado em objetivos, métodos,
resultados e conclusões. Não exceder 200 palavras.
bibliográficas.
qualificada sobre um tema na área de neurociências, nota curta, crítica sobre artigo já
publicado na Revista Neurociências ou
palavras).
Deverão conter: título em inglês e em português ou espanhol,
sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não
excedendo 90 caracteres. A Revista
Interesse: http://www.revistaneurociencias.com.br