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A História de Mendel
Gregor Johann Mendel nasceu a 20 de Julho de 1822, na Silésia, sendo batizado a 22
de julho de 1822, o que gera uma confusão em relação ao dia de seu nascimento.
Segundo consta, era pobre, e aos 21 anos de idade entrou para um convento da Ordem
de Santo Agostinho, de onde seus superiores o enviaram a Viena a fim de estudar
história natural. Indicado depois para professor-substituto dessa matéria, jamais
conseguiu, entretanto, a aprovação nos exames para se tornar efetivo no cargo. Seu
trabalho genial, colocou-o no nível dos maiores cientistas da humanidade. Sua
obra Experiências com hibridização de plantas, que não abrange mais de 30 páginas
impressas, é um modelo de método científico. O que descobriu, e vem sendo ensinado
desde 1900, se tornou absolutamente imprescindível para a compreensão
da Biologiamoderna.
O estudo
Vamos chamar de linhagem os descendentes de um ancestral comum. Mendel
observou que as diferentes linhagens, para os diferentes caracteres escolhidos, eram
sempre puras, isto é, não apresentavam variações ao longo das gerações. Por
exemplo, a linhagem que apresentava sementes da cor amarela produziam
descendentes que apresentavam exclusivamente a semente amarela. O mesmo caso
ocorre com as ervilhas com sementes verdes. Essas duas linhagens eram, assim,
linhagens puras. Mendel resolveu então estudar esse caso em especifico.
A flor de ervilha é uma flor típica da família das Leguminosae. Apresenta cinco pétalas,
duas das quais estão opostas formando a carena, em cujo interior ficam os órgãos
reprodutores masculinos e femininos. Por isso, nessa família, a norma é
haver autofecundação; ou seja, o grão de pólen da antera de uma flor cair no pistilo da
própria flor, não ocorrendo fecundação cruzada. Logo para cruzar uma linhagem com a
outra era necessário evitar a autofecundação.
Resultados em F¹
Todas as sementes obtidas em F¹, foram amarelas (por serem dominantes e as verdes
recessivas), portanto iguais a um dos pais.
Uma vez que todas as sementes eram iguais, Mendel plantou-as e deixou que as
plantas quando florescessem, autofecundassem-se, produzindo assim a geração F².
Resultados em F²
As sementes obtidas na geração F² foram verdes e amarelas, na proporção de 3 para 1,
sempre 3 amarelas para 1 verde. Inclusive na análise de dois carácteres
simultaneamente, Mendel sempre caía na proporção final de 3:1.
Assim, existiria um fator que condiciona o caráter amarelo e que podemos representar
por A(maiúsculo), e um fator que condiciona o caráter verde e que podemos representar
por a(minúsculo). Quando a ervilha amarela pura é cruzada com uma ervilha verde
pura, o híbrido F¹ recebe o fator A e o fator a, sendo portanto, portador de ambos os
fatores. As ervilhas obtidas em F¹ eram todas amarelas, isso quer dizer que, por ter o
fator A (maiusculo), esse se manifestou, sendo assim chamado de "dominante".
Mendel chamou de "recessivo" (a)(minúsculo) o fator que não se manifesta em F¹.
Utiliza-se sempre a letra do caráter recessivo para representar ambos os caráteres,
sendo maiúscula a letra do dominante e minúscula a do recessivo.
Esse fato não seria possível se a geração desse origem a gametas com fatores iguais
aos deles (Aa). Isso só seria possível se ao ocorrer a fecundação houvesse uma
segregação dos fatores A e a presentes na geração F¹, esse fatores seriam misturados
entre os fatores A e aprovenientes do pai e os fatores A e a provenientes da mãe. Os
possíveis resultados sendo:AA, Aa, aA (a letra que representa o dominante deve vir
sempre a frente da letra que representa o recessivo, asim ficaria Aa) e aa.
Esse fato foi posteriormente explicado pela meiose, que ocorre durante a formação dos
gametas. Mendel havia criado então sua teoria sobre a hereditariedade e da
segregação dos fatores.
Co-dominância
Alelos múltiplos
Genes Letais