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O livro ³Felicidade: diálogos sobre o bem -estar na civilização´ do


sociólogo, economista, professor e escritor mineiro Eduardo Gianetti, PhD pela
Universidade de Cambridge, é um livro que relata encontros criados pelo autor que
abordam questões como a bifurcação pós -iluminista, os indicadores objetivos e
subjetivos de bem-estar, a domesticação do animal humano e a pílula da felicidade
instantânea. A respeito do livro, o professor de Economia e diretor da FAAP, Luiz
Alberto Machado comenta a obra assinalando que:

³ (...) Giannetti extrapola os rígidos e por vezes estreitos limites da análise


econômica tradicional, que se repete monotonamente nas páginas dos jornais
e das revistas, nas entrevistas no rádio e na televisão, e até mesmo nos sites
especializados na Internet, e que habitualmente usam e abusam do
³economês´ ± um jargão fechado, desconhecido para a maioria, e de uma
infinidade de dados estatísticos e gráficos que, no mais das vezes, só servem
para confundir ainda mais o pobre leitor ou ouvinte.
E por que Eduardo Giannetti se diferencia tanto? Em parte, por sua própria
formação. Além de economista, ele se graduou também em ciências sociais,
possuindo diversificada formação cultural, solidificada ao longo de uma vida
caracterizada, entre outras coisas, por uma enorme paixão pelas artes de
uma forma geral, e pela leitura em particular. Não é por outra razão que, em
Felicidade, assim como em outros de seus livros, ele passeia por campos do
conhecimento tão distintos como biologia, sociologia, filosofia, ética, religião,
neurofisiologia e política ± além, é claro, da própria economia.
É a essa reflexão que a leitura de Felicidade nos remete. Reflexão, diga-se
de passagem, feita pelo próprio autor, que escreveu o livro nos quatro meses
em que pôde se beneficiar do rico ambiente do Saint Anthony¶s College, em
Oxford, no fim de 2001, logo após os trágicos atentados de 11 de setembro
às torres do World Trade Center´.

Também fala a respeito do livro Jardel Dias Cavalcanti:

_O tema da felicidade é quase que abandonado por pensadores sérios da


atualidade. Agora temos um que se aventurou no assunto. Eduardo Giannetti
é um escritor corajoso. Quem ousaria, na atual conjuntura das excessivas e
calhordas publicações de auto-ajuda, escrever um livro cujo tema seja a
felicidade? Outra questão interessante: quem ousaria comprar um livro cujo
título, grafado em preto sobre um fundo abóbora, seja Felicidade? Fico
imaginando uma legião de leitores mal-avisados, em busca de uma saída fácil
para suas desgraçadas vidas cotidianas, comprando este livro e se
decepcionando com sua leitura difícil para um leigo. Pois bem... O livro existe
e o que interessa é debater parte de seu conteúdo. Trata-se de Felicidade:
diálogos sobre o bem-estar na civilização, de Eduardo Giannetti, publicado
pela Companhia das Letras. O livro é escrito em forma de diálogos. O termo
Diálogo apresenta-se como uma forma literária na qual o autor procura
transmitir idéias através de uma discussão de viva voz. Os exemplos mais
antigos dessa forma são os diálogos de Platão, seguidos pelos de Xenofonte
e mais tarde pelos de Aristóteles. No período tardio da literatura grega o
escritor Luciano transformou essa forma literária num veículo para suas
sátiras. Na literatura romana os melhores exemplos são os tratados de Cícero
e Tácito (autor de Dialogus de Oratoribus, um diálogo sobre as causas do
declínio da oratória) 
Faz lembrar previsões sobre a conquista do bem -estar (viver
mais próximo do feliz) de Condorcet: "o progresso das artes mecânicas trará um
novo padrão de conforto e felicidade à massa da humanidade".
A relação entre processo civilizatório e o conceito focado neste
estudo em Felicidade, de Eduardo Gianetti. Está no primeiro texto intitulado "A
bifurcação pós - iluminista" apresentado pelo personagem Melo, um erudito
historiador de idéias que leu em demasia e encontra dificuldade em acreditar no que
quer que seja; atualmente desempregado, aos outros três amigos que participam de
encontros para entender melhor e discutir a felicidade.
Enormes avanços civilizacionais aconteceram em todos os
campos de atividade humana nos últimos 300 anos. Novos objetos, amplos
confortos, excelentes facilidades e novos meios de manutenção da vida humana
vieram para ficar, como conquistas civilizatórias irreversíveis, das quais ninguém
mais quer abrir mão.
Constata-se, no entanto, que o índice histórico de satisfação e
de plenitude subjetiva declarado pelas populações permanece, teimosamente,
estacionado em patamar baixo: o aumento acelerado do poder aquisitivo e o acesso
aos bens de consumo e de conforto ha bitualmente não acarretam aumento da
sensação de bem-estar subjetivo. Verifica-se com espanto que o bem-estar não é
função da satisfação de um número maior de desejos ou de preferências.
Há custos e desgastes embutidos no avanço do processo de
enriquecimento, como o aumento da tensão no cotidiano e a vida em competição
profissional constante. E sobretudo inseguranças de natureza variada, a começar
pela incerteza devido à imaturidade pessoal, seguida pela ambigüidade nas relações
afetivas, que se deslocam para a desproteção nas relações de trabalho. Tudo isso é
traspassado pelo estresse em quase todos os momentos do dia, somando-se ao
desgaste de se estar sempre alerta para fazer a escolha acertada e desempenhar a
contento a tarefa. Um açulamento da inveja a o se comparar relativamente à posição
dos demais é outra sub-reptícia fonte de aflição. Uma corrida desenfreada em
direção à conquista de bens, recursos, posições torna -se mais dantesca quando se
passa a disputar insígnias e distinções.
A certa altura da vida, o indivíduo reflete sobre o sentido de tudo
isso e avalia a relativa inutilidade de tanta insensatez. Algo muito precioso faltou
para dar estofo e substância ao âmago de seu ser. Se a obtenção da autonomia
pessoal é o valor principal na vida ética da s pessoas, no Ocidente, por que o
exercício da liberdade, sob a égide da razão e da lei, não conduziu sempre o homem
à felicidade?
O projeto iluminista preconizava que a Razão levaria ao
Progresso que, por sua vez, incentivaria a prática da Virtude, o qu e conduziria as
pessoas ao desfrute da Felicidade. O que falhou?
A ingenuidade de não haver percebido que nossas escolhas
contêm um âmbito estreito de previsibilidade e que, além de certos escopos, nossas
opções têm conseqüências imprevistas.
Falhou porque, aos inquestionáveis avanços na vida prática em
termos de saúde, renda, conforto, condições de trabalho, lazer, segurança pessoal,
meios, modos e locais propícios ao desfrute do prazer, perspectiva de futuro e
aumento em um terço na expectativa de vida, ainda assim, o projeto iluminista não
foi capaz de atender aos caros anseios da subjetividade humana em dispor -se em
situação de bem-estar sustentado. Fracassou também em propiciar o poderoso
sentimento de realização existencial, imprescindível para dar e stofo aos seres
humanos.
O bem-estar objetivo, no campo dos objetos de uso e de
conforto materiais, avançou exponencialmente, mas a um custo dispendioso de
recursos endógenos, sempre escassos.
O bem-estar subjetivo, medido pela maneira como os indivíduos
estão sentindo e avaliando suas vidas, na medida em que o mundo à sua volta delas
exige desempenhos cada vez de maior rendimento e lhes impõe suas
transformações, tem sido sempre percebido, catatimicamente, como desgastante e
desvantajoso para as pessoas.
Verifica-se que, nas populações urbanas, é rara a possibilidade
de se usufruir do sossego necessário para que se possa sentir o bem -estar
subjetivo, que é o fundamento da felicidade.
Viver no mundo moderno tem sido lidar com a discrepância entre
as aspirações variadas da pessoa e a realidade dura, que teima em contingenciar e
reduzir o índice de realização histórica dos sujeitos.
No mundo adulto do capitalismo, quase tudo faz passagem pelo
dinheiro. Custa dinheiro. Então, se dinheiro não traz felicidade, po r vezes, ele manda
buscar. O fato é que, sem dinheiro, o indivíduo se vê privado do acesso aos
sucedâneos adultos de seus objetos infantis de prazer. Vida sem prazeres é vida
tosca, sujeita só a impostos, deveres, obrigações, canseiras e chatices: vida
amarga, infeliz. O acesso aos prazeres legítimos é o tempero da vida e o antídoto
que protege contra os venenos da existência.
Segundo Eduardo Giannetti, há uma ³permuta civilizatória´,
mediante a qual somos cooptados e penetramos pressurosamente pelos meandr os
do processo civilizatório, tendo em vista os enormes benefícios que dele
desfrutamos, mas pagamos o preço de ter de controlar e superar os primitivos
instintos do animal bípede ± o primata ± que somos. Há que nos assenhorear de
nossa bruta natureza, com sua forte propensão a reagir imediata e rigorosamente a
tudo aquilo que nos contraria em uma violenta reação. Passamos, gradativamente, a
ter de esperar, refletir e agir de forma racional, dando resposta adequada aos
estímulos e às circunstâncias, resposta esta protraída, postergada, diferida. Viver
em civilização implica manter em mãos, sob rédea curta, a besta-fera que em cada
um de nós habita.
Supõe-se que essa contenção seja responsável pela perda da
alegre espontaneidade de viver. Por conseguinte, o í ndice de felicidade de um povo
ou de uma nação não aumenta quando há mais riqueza desfrutável.
Tem-se como evidência que as pessoas passam a vida sem
saber o que fazer com elas mesmas. De regra, agarram-se à ' ' de ritos, de
cultos, de deuses, que as alienam e as descentram de si mesmas. Por
conseqüência, as pessoas vivem psiquicamente dependuradas nos galhos da
frondosa árvore da dependência a abstrusos senhores imaginados.
Felicidade é ± como tudo que vale a pena ± confeiçoada. É
buscada, cultivada, cuidada, feita. É atividade que se constrói, conquista -se,
experimenta-se, até poder vir a ser desfrutada. Ela é feita de empenho, persistência,
discernimento, diligência, carinho, edificação e amor.
Felicidade resulta de uma vida bem safada dos empecilhos e
dos embondos corriqueiros, conduzida por entre os encolhos e os arrecifes das
laterais dos canais da vida por todos aqueles que dispõem de visão e mãos de
piloto. Resulta de uma vida bem guiada, fruto das escolhas e dos valores que
definem uma trajetória existencial. Fonte de alegria e de contentamento, felicidade é
júbilo compartilhado. Mais que sorte ou direito, a felicidade é construção, conquista e
adequação.
 ) 

Pesquisa e Cia. Acesso em 18.06.10. Disponível em:


http://pesquisaecia.blogspot.com/2008_02_01_archive.html

Entretenimento uol. Acesso em 18.06.10. Disponível em:


http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2007/09/26/ult4326u389.jhtm

Interpoetica. Acesso em 20.06.10. Disponível em:


http://www.interpoetica.com/a_felicidade_em_clarice.htm

Felicidade é brinquedo que não tem ... (³Boas Festas.´ Assis Valente, 1933.) , de
Marco Aurélio Baggio. Acesso em 20.06.10. Disponível em:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache: BP0ZRAQOs70J:www.mar
coaureliobaggio.com/livros/textos_escalares.doc+Felicidade+A+bifurca%C3%A7%C
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