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Sumário
Este artigo relata o pano de fundo dos planos da guerra dos Estados Unidos contra o
Afeganistão, por causa do petróleo, do gás e dos pipelines em redor do Mar Cáspio. Para
transportar petróleo e gás a partir do lado este do Mar Cáspio, foram projectados pipelines
através do Afeganistão. Como uma empresa dos Estados Unidos, a UNOCAL, não
conseguiu controlar o itinerário afegão, foi preparada a guerra. Quando o aparelho militar
estava pronto para atacar, os acontecimentos do 11 de Setembro ofereceram a Bush um
pretexto para começar esta guerra e obter o apoio do Congresso, da população dos Estados
Unidos e do resto do mundo. A “Operação 11 de Setembro” revelou-se um crime quase
perfeito. Quase. Todos os crimes deixam pistas.
Conteúdo:
§ Introdução
§ Linha cronológica 1989 – 2000
§ As ideias dos neo-conservadores
§ Os actores ricos e as suas influências
§ As preparações para o 11 de Setembro e a invasão do Afeganistão
§ O 11 de Setembro de 2001
§ Conclusão
§ Introdução
Os nossos políticos formaram a ideia que muitas pessoas têm do nosso mundo. Dividiram-
no em bem e mal. Naturalmente, eles são sempre os bons e os que eles acusam são os maus.
Simples, não e?
Mas, se nos ativermos aos factos e rejeitarmos todas as informações que vêm de fontes não
verificáveis, o nosso mundo parece muito diferente. Esta investigação não tem por
objectivo ofender quem quer que seja. Se está contente com a versão “oficial” da nossa
história, não continue a ler.
Bush dizia que os ataques de 11 de Setembro eram a razão para invadir o Afeganistão. [1]
Este artigo mostra que esta guerra era o resultado lógico das tentativas falhadas dos Estados
Unidos para construir e controlar pipelines através do Afeganistão e que os preparativos
para essa guerra tiveram lugar antes de 11 de Setembro de 2001.
Este artigo mostra como esse acontecimento pôde ter lugar em 11 de Setembro de 2001.
O ataque de 1993
A BBC publicou as palavras de uma testemunha : «Deu a impressão de que um avião tinha
embatido no edifício.» Aparentemente, a explosão tivera como objectivo fazer cair as torres
do WTC. O New York Times descobriu que o FBI estava implicado no ataque. O FBI ter-
se-ia infiltrado num grupo terrorista, estaria ao corrente das suas intenções e, por razões
desconhecidas, tinha permitido que as coisas se passassem. [3] Seis pessoas morreram e
cerca de cem ficaram feridas. [2]
Alguns meses mais tarde, a 9 de Novembro de 1989, caía o Muro de Berlim. A Cortina de
Ferro desmoronava-se. As pessoas do outro lado da cortina, em relação às quais os nossos
chefes tinham afirmado que eram perigosas e ferozes, pareciam ser tão afáveis como nós.
Com o conceito de Guerra Fria, os nossos chefes tinham dividido o nosso mundo e mantido
a angústia no nosso espírito durante mais de quarenta anos. Esse terror, fabricado pelos
nossos próprios governantes, acabou finalmente.
A 25 de Dezembro de 1991, a bandeira soviética no Kremlin era descida pela última vez.
[4] As repúblicas soviéticas tornavam-se independentes. Entre estas estavam os países na
orla do Mar Cáspio, todos ricos em petróleo e em gás. [MAPA:
http://worldatlas.com/webimage/countrys/as.htm ]
Antes, o petróleo e o gás eram encaminhados por pipelines para os seus vizinhos soviéticos
ou exportados para a Europa via Rússia. Agora, cada país podia vender o seu próprio
petróleo e gás e desenvolver novos mercados. De toda a parte chegavam compradores.
No início, os novos chefes ainda não tinham experiência com os negócios de petróleo
mundiais. Uma das primeiras transacções do Turquemenistão foi vender em leilão um poço
de petróleo por apenas $100,00 (cem mil dólares). [5] Chegavam também empresas dos
Estados Unidos.
O maior desafio, em relação ao petróleo e ao gás da região do Cáspio, era transportá-los até
aos mercados mundiais. O problema? A região está inteiramente rodeada de terra. Se não se
confia na Rússia, no lado norte de Mar Cáspio, nem no Irão, no lado sul, há que construir
novos pipelines. [MAPA:
http://europe.mapquest.com/maps/map.adp?formtype=address&country=TM&addtohistory
=&city= ]
Actualmente, do lado oeste do Mar Cáspio o petróleo é bombeado por diferentes pipelines
para o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo, de onde pode ser transportado por barcos.
Os negócios de grande envergadura no lado este são ainda limitados. Para canalizar o
petróleo e o gás deste lado, têm de ser construídos pipelines através do Afeganistão. Aqui,
desde o início dos anos 90, foram projectados dois pipelines, um para o petróleo, outro para
o gás.
O pipeline de petróleo devia ir para sul, em direcção ao Oceano
Índico, terminando no porto de Gwadar, no Paquistão. O pipeline de
gás devia virar para leste, em direcção a Multan, no meio do
Paquistão. Estava projectada uma extensão do Paquistão para
Bombaim (Mumbia, Índia), onde uma empresa dos Estados Unidos
com ligações aos Bush pai e filho, a Enron, construiu uma central
eléctrica. [6] ][MAPA: http://www.worldsecuritynetwork.com/showArticle3.cfm?article_id=12601 ]
Em Abril de 1997, como os trabalhos ainda não tinham começado, os Taliban anunciam
que oferecerão o contrato a quem começar primeiro. Contudo, a UNOCAL exige que,
antes, exista paz.
Os ataques tiveram um grande impacto na imprensa. 258 pessoas foram mortas e cerca de
5000 ficaram feridas. As explosões aconteceram a 7 de Agosto de 1998, aparentemente sem
razão específica. [10]
E, aparentemente, só o presidente Clinton beneficiou com isso. Nos E.U., o caso Mónica
Lewinsky atingia o seu ponto culminante. A imprensa e o público estavam excitados.
Clinton declarara sob juramento que não tinha tido relação sexual com Mónica Lewinsky.
Nesta altura, tinham sido tornadas públicas provas de que essa relação acontecera. Clinton
estava à beira de ser condenado por perjúrio.
Os ataques à bomba desviaram a atenção das pessoas para o drama em África. Finalmente,
a 17 de Agosto, Clinton escapava à acusação de perjúrio argumentando que sexo oral não é
uma relação sexual. [11]
Alguns dias mais tarde, a 21 de Agosto de 1998, militares dos E.U. lançavam bombas sobre
Kandahar e alguns outros alvos no Afeganistão. Só mais tarde Clinton explicaria aos
jornalistas que isso ocorrera por causa de Osama Bin Laden, que era o alegado responsável
pelos ataques contra as embaixadas dos E.U. em África. [12]
A 5 de Novembro de 1998, um Grande Júri dos E. U. acusa Osama Bin Laden. (Não pelos
ataques à bomba contra as embaixadas em África, mas, essencialmente, por considerar os
E.U. como seu inimigo.) [14] & [15]
A UNOCAL retira-se
Aviso de terror
O porta-voz parece não ter qualquer ideia sobre onde se situam estes países, tendo em conta
a estranha ordem pela qual os enumerou. Por outro lado, os únicos países Africanos onde se
registaram incidentes nesse ano, ataques ou tomada de reféns, foram a Serra Leoa, a
Nigéria, o Burundi e a Etiópia. Nenhum destes países figura na lista. [17]
A 4 de Julho de 1999, o presidente Clinton assinava uma ordem que proibia acções
comerciais com os Taliban. [18]
«Como Presidente, ordenarei uma reconsideração imediata do nosso aparelho militar além-
mar – ou seja, em dezenas de países... O meu segundo objectivo é construir as defesas da
América nas fronteiras perturbadas da tecnologia e do terror.»
Mais um dos seus pontos de vista acerca das armas: «No ar, nós devemos ser capazes de
atingir qualquer ponto do mundo com a precisão de um bico de prego – com aviões de
longa distância e, talvez, com sistemas não tripulados.» [19]
Em 2000, houve eleições presidenciais nos E.U. Era tempo de remeter decisões delicadas
para mais tarde.
A 2 de Abril de 2000, Richard Clarke, que fora nomeado coordenador contra o terrorismo
uns meses antes dos ataques contra as embaixadas em África (a 22 de Maio), predizia:
«Eles atacarão no nosso ponto fraco, no nosso tendão de Aquiles, que é bem aqui, nos
E.U.» [21]
Entretanto, no próprio dia em que o Congresso anuncia a lista única TID, a autoridade
federal da aviação (FAA) cria uma segunda lista, separada, para os voos domésticos e põe
somente seis nomes nesta lista. Duas semanas antes do 11 de Setembro, eram acrescentados
seis outros nomes a esta lista, o que elevou o total para doze nomes.
Graças a esta lista separada, os piratas do 11 de Setembro, cujos nomes não constavam
daquela lista de doze, puderam entrar a bordo de voos domésticos sem dificuldade. A 23 de
Agosto de 2001, dois nomes, publicados mais tarde como sendo dois dos piratas, tinham
sido acrescentados à lista TID oficial, que integrava 60 000 suspeitos, mas não era
consultada para voos domésticos. [23]
§ As ideias neo-conservadoras
Este segundo capítulo inicia-se em Setembro de 2000, quando os neo-conservadores
apresentam os seus pontos de vista. As suas ideias espalhar-se-ão pela Administração da
Casa Branca com a eleição de George W. Bush. Mesmo antes de ele entrar na Casa
Branca, duas guerras imperialistas já estão na agenda: o Iraque e o Afeganistão. O
Afeganistão terá prioridade.
Após o 11 de Setembro, para aqueles que não tivessem compreendido os efeitos benéficos
de Pearl Harbour, Bush explicava: «Os quatro anos seguintes transformaram a maneira de
os Americanos fazerem a guerra» e «ainda mais importante, um presidente Americano e os
seus sucessores deram forma a um mundo para além da guerra.» E, para estar seguro de que
as pessoas compreendiam que o 11 de Setembro era comparável a Pearl Harbour,
acrescentou: «O 11 de Setembro – há três meses e muito tempo! – colocou uma outra linha
de divisão nas nossas vidas e na vida da nossa nação.» [27]
Muitos membros do PNAC viriam a ser membros da administração Bush. Esses membros
incluem Dick Cheney, Donald Rumsfeld, I. Lewis "Scooter" Libby e Richard Perle. [26]
Ditador
Alguns dias mais tarde, falando no Capitólio, Bush bazofiava a propósito da sua nova
relação com alguns chefes do Congresso: «Se fosse uma ditadura, seria muito mais
simples... desde que fosse eu o ditador.» [30]
Como poderiam obter o orçamento que pretendiam? Se os E.U. fossem atacados, não
haveria problema. Eles receberiam todos os fundos, o apoio político e a simpatia da
população que eram necessários. Mas, como estava escrito no seu documento, sem um
outro Pearl Harbour as coisas avançariam apenas lentamente. [25]
O Iraque tem a segunda maior reserva de petróleo do mundo. O país estava esgotado. Tinha
tentado conquistar o Irão entre 1990 e 1998, tinha invadido o Kuwait em 1990, tinha
perdido com as forças da coligação na operação Tempestade no Deserto em 1991 e, na
sequência, um embargo das Nações Unidas conduzira a economia à estagnação e a
população à beira da fome.
A partir de 1996, o programa «Oil for Food» (Petróleo por Comida) das Nações Unidas
trouxera algum alívio ao povo iraquiano. O país tinha sido desarmado. Inspecções de
armamento repetidas e extensivas tinham concluído que o país já não constituía uma
ameaça. Isto, no plano militar. Em 2000, Saddam Hussein conseguira um passe de magia
que atingiu o pilar central da hegemonia dos E.U., o dólar. Ele começava a vender o seu
petróleo em euros, em vez de dólares.
[http://www.courtfool.info/fr_Couts_mefaits_dangers_du_dollar.htm , ver “O Iraque”.]
Entretanto, menos de uma semana depois de George W. Bush ter sido declarado vencedor
das eleições, o Afeganistão estava de volta à agenda internacional. A Resolução 1333 do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 19 de Dezembro de 2000, impunha as
sanções que prometera um ano antes se os Taliban não entregassem Osama bin Laden antes
de 14 de Novembro de 1999. (Um bloqueio à aviação afegã e o congelamento dos fundos.)
[33]
Ainda nesse mesmo mês, o Paquistão aceitava oficialmente que um pipeline atravessasse o
seu território em direcção à Índia e, assim, tornava possível a venda de gás iraniano à Índia.
O gás viria do gigantesco campo de South Pars, no Golfo Pérsico, e atravessaria o sul do
Irão de oeste para este através de um pipeline que ainda teria de ser construído. [34]
Com estes dois pipelines via Irão, o pipeline afegão tornar-se-ia mais ou menos inútil. Para
impedir a construção destes dois pipelines, o Congresso dos E.U. decretou o Acto das
Sanções contra o Irão e a Líbia, [35] ameaçando quem quer que ajudasse o Irão a construí-
los e proibindo transacções com o Irão em montantes superiores a 4 milhões de dólares. Isto
em 18 de Junho de 1996.
Com o Acto das Sanções em vigor, uma outra empresa dos E.U., a Enron, aumentava as
suas actividades na região. No Uzbequistão, a Enron obtivera um contrato para 11 campos
de gás. Em Abril de 1997, o próprio George W. Bush interveio para ajudar a Enron a obter
estes contratos uzbequistaneses. [38] A Enron contava com o pipeline afegão para exportar
uma parte do gás uzbequistanês para a central eléctrica na Índia. [39]
Apesar deste Acto de Sanções, a construção do pipeline no Norte do Irão começara no lado
este. Com fundos iranianos, o Irão e o Turquemenistão tinham aberto uma ligação
internacional de 200 km no final de 1997. [36]
Nesse momento, parecia que o projecto de pipeline afegão seria abandonado. Em 1998, a
Enron retirava-se dos seus projectos de gás no Uzbequistão [41] e, em Dezembro, a
UNOCAL retirava-se do consórcio para o pipeline afegão. [8]
As ameaças dos E.U. não tinham impedido que grandes companhias como a Shell e a Total
assinassem contratos com o Irão para a exploração de petróleo e de gás. [42] Contudo, a
Shell retirara-se do seu projecto de pipeline pelo norte do Irão. [43]
O pipeline submarino atravessando o Mar Cáspio estava agora na mesa de desenho, mas,
em relação às águas, os cinco países na sua orla (Azerbeijão, Rússia, Cazaquistão,
Turquemenistão e Irão) ainda não tinha chegado a um acordo sobre as fronteiras de cada
um e, portanto, sobre a propriedade dos campos petrolíferos. Enquanto isso durasse,
segundo um acordo existente desde 1940, a Rússia e o Irão deveriam primeiro estar de
acordo com o projecto de pipeline. E não estavam. [44]
Em 2000, o presidente do Turquemenistão tinha criticado os E.U. pelo atraso no pipeline
transcaspiano e tinha limitado as suas entregas de gás à Rússia. [45] Em Maio de 2000, o
presidente Putin tinha mesmo visitado o Turquemenistão para propor contratos prolongados
por vários anos. [9] Entretanto, no Cazaquistão, o petróleo do campo Tengiz (o sexto maior
campo do mundo) ia ser bombeado via Rússia em direcção ao Mar Negro. [46]
Em 20 de Janeiro de 2001, George W. Bush presta juramento como presidente dos E.U. Ele
é filho do ex-presidente George H.W. Bush. A família vem do Texas e tem ligações muito
estreitas com as empresas de petróleo e de energia. Estas empresas contribuíram
grandemente para a campanha que levou à eleição de Bush.
Enron
A Enron foi quem mais contribuiu para a campanha eleitoral de Bush em 2000. [48] De
facto, a companhia contribuíra generosamente para as campanhas eleitorais tanto do pai
como do filho Bush, desde 1985. O presidente da Enron, Kenneth Lay, tinha contactos
pessoais com os Bush. Ele fora mesmo convidado a passar uma noite na Casa Branca. [49]
Durante esses anos, a Enron crescera da condição de fornecedor regional de energia para a
posição de sétima companhia multinacional dos E.U.
Desde 1933, a Enron investira na Índia 2,9 mil milhões de dólares US na construção da
central eléctrica de Bombaim. Originalmente, a empresa contara com o fornecimento de gás
do Turquemenistão a baixo custo, via pipeline através do Afeganistão. O projecto tornara-
se um pesadelo.
A Enron receber severas críticas pelo seu modo descuidado de fazer negócios. Existira uma
forte oposição da população local, após o que ela contratara os serviços de membros da
polícia para acabar com os protestos dos oponentes. Tinham sido apresentadas queixas por
atentado aos direitos do homem. [39]
Em 1997, a Enron tinha dado início a projectos de gás no Uzbequistão, para os quais
George W. Bush tivera contactos pessoais com o embaixador deste país.
A Enron tinha igualmente ligações com a firma de construção Bin Laden, da Arábia
Saudita, com a qual construía uma central eléctrica na faixa de Gaza. (A central não seria
terminada antes da bancarrota da Enron em Dezembro de 2001.) [57]
A família rica Bin Laden é bem conhecida da família Bush. Em 1978, Salem Bin Laden
fornecia uma parte do dinheiro para a primeira empresa de petróleo de George W. Bush, a
Arbusto. [58] O pai de George W., George H.W. Bush, passou a fazer parte do grupo
Carlyle depois de ter sido presidente [59] e estendeu as suas relações à família Bin Laden.
[60] Teve encontros com esta família em Novembro de 1998 e em Janeiro de 2000. [61]
Bin Laden investia igualmente no grupo Carlyle. H.W. Bush encontrara-se com Shafig bin
Laden, o irmão de Osama, a 10 de Setembro de 2001, na véspera dos ataques, na
conferência anual dos investidores do grupo Carlyle. [62] Tal como a Enron, o grupo
Carlyle crescera imenso.
No começo dos anos 90, o filho Bush fora membro do conselho de uma companhia de
serviço de catering para aviões. [60] O Carlyle comprara a companhia. Embora o serviço
de catering tivesse sido, digamos, um desastre, o grupo Carlyle crescia para se tornar um
fornecedor importante da Defesa dos E.U. [61] Um bando de ex-políticos bem conhecidos,
que incluía o pai de George W. Bush, o ex-primeiro da Grã-Bretanha John Major e o ex-
presidente das Filipinas Mr. Ramos enchiam os bolsos com a «guerra contra o terrorismo».
[59]
Osama
Há uma enorme quantidade de informações disponíveis sobre o filho de Bin Laden, Osama.
No entanto, quase todas provêm de fontes que não podem ser verificadas, como
comentários feitos por desconhecidos que o travaram conhecimento com ele ou o
encontraram. Outras histórias são baseadas em alegações de pessoas que têm interesses em
negócios importantes na guerra contra o terrorismo, como Bush. Um pouco mais adiante,
encontrará comentários de oficiais “convencidos” de que tudo que foi dito sobre Osama é
verdadeiro.
Por que é que Osama Bin Laden se encontrava no Afeganistão? Também neste caso fontes
diferentes dão respostas diferentes. Ele já tinha permanecido no Afeganistão durante os
anos 80, ajudando os mudjahedin a combater a ocupação soviética (do mesmo modo que o
faziam os E.U.). Ao regressar à Arábia Saudita, ele opôs-se à aliança do rei com os E.U.
Quando o seu passaporte foi confiscado, ele começou por fugir, voltando ao Afeganistão, e
depois instalou-se no Sudão, onde todos os muçulmanos eram bem vindos após uma
mudança de regime ocorrida no ano anterior. Em 1994, em virtude do seu apoio aos
movimentos islâmicos fundamentalistas, a Arábia Saudita retirou-lhe a sua cidadania e
congelou os seus fundos. [66]
Neste ponto, saltamos para o Afeganistão. Em Fevereiro de 1996, as coisas iam mal para o
projecto de pipeline dos Estados Unidos. O presidente Rabbani, do Afeganistão, tinha feito
um contrato com a empresa argentina BRIDAS, em lugar da UNOCAL, para a construção e
exploração do pipeline de gás. Para os E.U. porem o projecto de novo nas mãos da
UNOCAL, Rabbani deveria desaparecer. Mas quem poderia ser acusado se Rabbani fosse
morto?
Anos mais tarde, muitas pessoas se questionam, sem compreender por que Osama não foi
preso nessa ocasião.
Isto acabaria por conduzir ao afastamento dos Taliban do poder pelos E.U. Clinton não
atacou o Afeganistão após os ataques à bomba contra as embaixadas em África talvez
graças ao caso Monica Lewinski. Bush encarregar-se-ia de o fazer, após os acontecimentos
«catastróficos e catalisadores» de 11 de Setembro de 2001.
Depois de ter utilizado a presença de Osama Bin Laden no Afeganistão como sua desculpa-
chave para invadir o país, Bush declarava, a 13 de Março de 2002, que não estava
verdadeiramente preocupado com Osama bin Laden. [69]
Karzai
Mas, ainda que o pipeline viesse demasiado tarde para transportar gás do Turquemenistão
para o Paquistão e a Índia, o Afeganistão continuava a ser um espólio de guerra
interessante, pois dispõe do seu próprio campo de gás gigante ao sul do campo
turquemenistanês, perto de Mazar e Sharif, e tem igualmente vários campos de petróleo e
também carvão. Aliás, nos anos 70, geólogos britânicos já tinham encontrado 1600 locais
com minerais.
§ As preparações para o 11 de Setembro e a invasão
do Afeganistão
Como foi referido anteriormente, o momento dos ataques contra as embaixadas em África
ajudou Clinton, desviando a atenção da sua eminente condenação por perjúrio no caso
Monica Lewinsky, ao fixar-se nos inimigos comuns: os terroristas.
As preparações militares
Para os Estados Unidos, invadir o Afeganistão, do outro lado do mundo, era uma operação
delicada. Pouso a pouco, os E.U. tinham aumentado a sua influência nas repúblicas ex-
soviéticas. Companhias dos E.U., de petróleo e de gás, tinham iniciado actividades no
Azerbeijão, Cazaquistão e Turquemenistão. Os militares dos E.U. tinham igualmente ganho
influência na região, desafiando a Rússia e a China no seu jardim das traseiras.
A leste do Afeganistão, a administração dos E.U. mantém relações sólidas com os serviços
de inteligência paquistaneses. O seu director, General Mahmoud Ahmad, estava com
oficiais dos E.U. nas semanas anterior e posterior aos ataques de 11 de Setembro. [75] A
oeste, os F-15 estavam baseados na Arábia Saudita, no Kuwait e na Turquia, e a 5.ª
Esquadra estava estacionada em permanência no Golfo Pérsico. [76]
De 8 de Outubro até ao fim de Outubro de 2001, uma outra operação militar estava
programada no Egipto: a operação da NATO “Bright Star”. Era o exercício de maiores
dimensões em todo o mundo, envolvendo mais de 11 nações e mais de 70 000 homens
(entre os quais 23 000 dos E.U.). [82]
Entre outros movimentos militares “coincidentais” com vista ao Afeganistão, faremos notar
que, a 23 de Julho de 2001, o porta-aviões Carl Vinson é enviado de Bremerton (na costa
oeste dos E.U.) para o Mar Arábico. Ele chegaria exactamente a tempo de lançar os
primeiros ataques aéreos contra o Afeganistão, a 7 de Outubro de 2001. [83]
Preparações diplomáticas.
Na frente diplomática, para impedir que a China se irritasse, a 19 de Junho de 2001 Bush
propôs-se ir à cimeira da APEC em Xangai, onde encontraria o presidente Zemir, entre 15 e
21 de Outubro de 2001. [84] & [85] (O encontro de Bush com os presidentes Zemir e Putin
teve lugar a 20 de Outubro de 2001. [86])
Além disso, a China estava a completar os seus acordos bilaterais com todos os 37
membros da Organização Mundial do Comércio. Há muitos anos que a China estava ávida
de se tornar membro desta organização. Os acordos bilaterais com o México seriam os
últimos e isso deveria completar a adesão da China. [87] Em Julho de 2001, Bush poliria as
suas relações com o México “erguendo-se” contra as restrições desonestas que limitavam as
importações de camiões mexicanos para os Estados Unidos. [88]
Provavelmente, isto não foi somente para pôr os mexicanos de bom humor para assinarem
com a China, mas também porque o México seria membro do Conselho de Segurança (das
Nações Unidas) em 2002 e 2003. A China conseguia os seus acordos bilaterais com o
México e tornava-se membro da Organização Mundial do Comércio em 13 de Setembro de
2001. [89]
No Verão de 1999, um certo número de embaixadas dos E.U. em África estiveram fechadas
durante um longo fim-de-semana, em virtude de indivíduos suspeitos rondarem as suas
proximidades. [16] Alguns dias mais tarde, Clinton assinara uma ordem que proibia trocas
comerciais com os Taliban. [18] E, alguns meses após esses acontecimentos, George W.
Bush apresentara as suas ideias sobre a Defesa «nas fronteiras perturbadas da tecnologia e
do terror.»
Ele dissera : «No ar, nós devemos ser capazes de atingir qualquer ponto do mundo com a
precisão de um bico de prego – com aviões de longa distância e, talvez, com sistemas não
tripulados.» [19]
Em Setembro de 1999, Bush dissera “talvez”. Ele tinha algo em vista. Isto passava-se num
momento em que o mercado dos aviões não tripulados (unmanned aerial vehicles, UAV's)
para a aviação militar e civil se desenvolvia rapidamente. [90] Em 2001, existiam mais de
60 tipos de aviões destes no mundo, desde pequenos modelos a grandes aviões. [91]
Quando Bush fez o seu discurso em 1999, os E.U. desenvolviam o Global Hawk [92], um
avião militar sem tripulação com uma envergadura de asas comparável à de um Boeing
737, que fizera o seu primeiro voo na base da força aérea Edwards (Califórnia) a 28 de
Fevereiro de 1998. [93] Depois de Bush se ter tornado presidente, o Global Hawk fez o seu
primeiro voo de teste histórico para a Austrália, a 23 de Abril de 2001. [94]
§ O 11 de Setembro
Nem todo o material sobre o 11 de Setembro foi tornado público. Algumas das provas
fiáveis foram confiscadas pela CIA. [95] As afirmações oficiais de agentes revelaram-se,
muitas vezes, contraditórias. E, em particular, a Casa Branca confiscou dezenas de
relatórios da Comissão do 11 de Setembro. [96] Isso tornou mais difícil a busca da verdade.
§ A operação Northern Vigilance cria igualmente falsos sinais nos ecrãs dos radares,
pelo menos até ao momento em que o segundo avião embate no World Trade Centre. [99]
§ O presidente dos Joint Chiefs of Staff está em voo sobre o Atlântico em direcção à
Europa. [97]
§ Todos os agentes anti-terroristas do FBI, assim como os agentes do mais alto nível
das operações especiais do FBI, estão reunidos com os membros da unidade anti-terrorista
da CIA para um exercício de treino em Monterrey, na Califórnia. [97]
§ Informados alguns minutos após o início do primeiro acto de pirataria (voo 11),
responsáveis da American Airlines decidem «manter silêncio». [97]
§ Por diferentes razões, só entraram em cena F-16 depois do último avião ter
embatido. [97] & [99]
§ Foi tomada a decisão de fazer aterrar e manter no solo não só os aviões civis, mas
também os aviões militares. [99]
Só mencionei aqui as coincidências que facilitaram o sucesso dos ataques. Se eu tivesse que
construir uma história baseada numa tal série de coincidências, ninguém acreditaria. Pois
bem, eu também não. Mantendo as coisas no seu contexto, é mais sensato encará-las como
factos e não como coincidências.
Além disso, eles não teriam sido suficientemente inteligentes para prever as reacções
induzidas pelas suas acções. Aparentemente, eles tinham tão pouca consciência política que
não estavam ao corrente de que os neo-conservadores esperavam um «acontecimento
catastrófico e catalisador» para acelerar as conquistas dos E.U.
O sucesso dos seus planos dependia de muito conhecimento antecipado sobre a situação
desse dia, como a confusão proporcionada pelos exercícios militares e os cenários que eles
simulavam, a confusão proporcionada pelos falsos sinais de radar, a ausência de imagens de
radar primárias por parte dos controladores aéreos em sectores específicos, a ausência de
numerosos agentes experimentados na cadeia de comando que responde aos actos de
pirataria, a ausência de aviões “caças” preparados para frustrar os seus planos.
Tudo isto parece, mais provavelmente, o trabalho de uma organização com mais influência
e bem treinada, uma organização querendo oferecer a justificação para os planos de
conquista dos neo-concervadores, tendo como primeiro alvo o Afeganistão.
Não me parece provável que uma tal organização deixasse as hipóteses de sucesso da sua
operação depender das capacidades improvisadas dos piratas. É mais sensato supor que os
piratas não tinham o controlo. (Apesar de uma frase escutada na cabine dos pilotos do
quarto avião, que foi traduzida por «Puxa-o para baixo» e interpretada pelos oficiais como
«Faz embater o avião». [102]) Parece mais provável que a operação era conduzida «na
fronteira perturbada da tecnologia e do terror» e que a tecnologia tomara os comandos.
Transmissores
Os dois tipos de avião utilizados, os Boeing 757 e 767 podem ser comandados à distância.
Alguns dias após o 11 de Setembro, Robert Ayling, um antigo chefe da British Airways,
avançava, no Financial Times, que os aviões podiam ser comandados à distância, a partir
do solo, em caso de pirataria. [13] No 11 de Setembro, o comando à distância teria estado
nas mãos de más pessoas.
1. o transmissor do segundo 767 perdeu sinal pouco depois de o primeiro 767 ter
embatido;
2. o transmissor do segundo 757 perdeu sinal pouco depois de o primeiro 757 ter
embatido.
É igualmente reportado que um avião de carga militar C-130 seguia atrás do voo 77 quando
este embateu no Pentágono. Este mesmo C-130 estava atrás do voo 93 quando este
embateu. Desempenhava este avião um papel nos acontecimentos? Ou tratava-se apenas de
um turista acidental, que voava por aqui e por ali enquanto todos os outros aviões tinham
recebido ordem para aterrar? [101], [105], [106]
Os piratas pirateados?
Embora, face à história oficial, seja suposto que nós acreditemos que os piratas queriam
voar para o World Trade Centre e o Pentágono, os excertos de conversas tornados públicos
não dão indicações que suportem esta teoria. Apesar de terem sido publicadas montes de
histórias e contra-histórias sobre os piratas, não encontrei qualquer elemento verificável.
Será que os piratas tinham realmente a intenção de embater no World Trade Centre e no
Pentágono ou ficaram subordinados à organização que os “contratara”? Poderemos vir a
sabê-lo? Segundo a história oficial, todos os contactos via rádio e a escuta das conversas
nas cabines dos pilotos terminaram antes de os aviões iniciarem a sua aproximação final ao
World Trade Centre e ao Pentágono. Se os piratas quisessem criar o maior espectáculo
possível, não teriam gritado uma última acusação contra os E.U.? Ou uma última oração
gloriosa a Alá? Ou será que ficaram surpreendidos e em pânico ao voarem em direcção aos
edifícios?
§ Conclusão
Os pipelines afegãos são apenas um passo no jogo político dos E.U. para uma influência
nas repúblicas ex-soviéticas, ricas em petróleo e gás. Com um consumo de 25 por cento da
produção de petróleo mundial, o seu imperialismo tem como razão, acima de tudo, a
energia. Presentemente, os Estados Unidos já dependem em 60 por cento de petróleo
estrangeiro, uma percentagem que sobe rapidamente. As ideias neo-conservadoras para
transformar os Estados Unidos numa «força dominante» não surgem do nada.
O pensamento de que eles necessitavam de um «acontecimento catastrófico e catalisador»
não era unicamente motivado pelos benefícios financeiros pessoais que alguns deles obtêm
com a indústria de guerra. Foi também o sinal de pânico de uma nação que está perante
poços de petróleo secos e que se prepara para conquistar poços de petróleo estrangeiros até
a última gota ter desaparecido.
[1] http://www.september11news.com/DailyTimeline.htm
[2] http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/february/26/newsid_2516000/2516469.stm
[3] http://www.whatreallyhappened.com/wtcbomb.html
[4] http://news.bbc.co.uk/hi/english/static/in_depth/europe/2001/collapse_of_ussr/timelines/late1991.stm
[5] http://www.washingtonpost.com/wp-srv/inatl/europe/caspian100598.htm
[6] http://www.hrw.org/reports/1999/enron/enron2-4.htm
[7] http://www.hri.org/news/balkans/rferl/1999/99-08-03.rferl.html
[8] http://www.worldpress.org/specials/pp/pipeline_timeline.htm
[9] http://www.gasandoil.com/goc/company/cnc02739.htm
[10] http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/august/7/newsid_3131000/3131709.stm
[11] http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/clinton/stories/clinton081898.htm
[12] http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/africa/155252.stm
[13] http://www.un.org/Docs/scres/1998/scres98.htm
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[15] http://www.fas.org/irp/news/1998/11/indict2.pdf
[16] http://www.fas.org/irp/news/1999/06/990625db.htm
[17] http://www.fas.org/irp/threat/terror_99/appa.html
[18] http://www.fas.org/irp/offdocs/eo/eo-13129.htm
[19] http://www.citadel.edu/pao/addresses/pres_bush.html
[20] http://www.un.int/usa/sres1267.htm
[21] http://web.archive.org/web/20000919212253/http://www.library.cornell.edu/colldev/mideast/terclrk.htm
[22] http://www.fas.org/irp/crs/RL32366.pdf
[23] http://www.cooperativeresearch.org/entity.jsp?id=1521846767-2057
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[26] http://www.sourcewatch.org/index.php?title=Bush_administration:_Project_for_the_New_American_Century
[27] http://www.whitehouse.gov/news/releases/2001/12/20011211-6.html
[28] http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/october/12/newsid_4252000/4252400.stm
[29] http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/november/8/newsid_3674000/3674036.stm
[30] http://www.pbs.org/newshour/bb/politics/july-dec00/trans_12-18.htm
[31] http://www.governing.com/archive/1998/jul/bush.txt
[32] http://seattlepi.nwsource.com/national/32902_bush27.shtml
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[34] http://www.eia.doe.gov/emeu/cabs/chrn1996.html
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[37]
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[38] http://www.publicintegrity.org/report.aspx?aid=104&sid=300
[39] http://www.monitor.net/monitor/0202a/enrontimeline.html
[40] http://www.gasandoil.com/goc/news/ntc03653.htm
[41] http://www.cooperativeresearch.org/entity.jsp?id=1521846767-525
[42] http://www.farsinet.com/news/nov99wk2.html#shell
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[44] http://www.pinr.com/report.php?ac=view_report&report_id=499&language_id=1
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[47] http://www.publicintegrity.org/report.aspx?aid=104
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[58] http://www.cbc.ca/fifth/conspiracytheories/saudi.html
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[97] http://complete911timeline.org/timeline.jsp?timeline=complete_911_timeline&day_of_9/11=dayOf911
[98] http://www.cooperativeresearch.org/entity.jsp?id=1521846767-1683
[99]
http://complete911timeline.org/timeline.jsp?day_of_9/11=dayOf911&timeline=complete_911_timeline&startpos=100
[100] http://www.whatreallyhappened.com/hanjour.html
[101]
http://complete911timeline.org/timeline.jsp?timeline=complete_911_timeline&day_of_9/11=dayOf911&startpos=200
[102]
http://complete911timeline.org/timeline.jsp?day_of_9/11=dayOf911&timeline=complete_911_timeline&startpos=300
[103] http://www.economist.com/science/displayStory.cfm?Story_ID=787987
[104] http://www.9-11commission.gov/report/911Report.pdf
[105] http://www.cooperativeresearch.org/entity.jsp?id=1521846767-2034
[106] http://news.minnesota.publicradio.org/features/2004/05/31_catlinb_airguardmuseum/