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COMA COMO UM IMPERADOR, E TENHA O CORPO DE UM SOLDADO

Desde que comecei a escrever para o Treino Pesado, alguns temas sempre
ficaram martelando na minha cabeça. Assuntos mais polêmicos, teorias e
idéias mais radicais, diferentes do que se ensina nas academias e
faculdades dos dias de hoje. Coisas que quase ninguém ouviu falar, seja
porque caíram no esquecimento, em razão do que eu chamo de
"conspiração das academias " (procure nos nossos arquivos essa matéria),
ou simplesmente pela ignorância de quem devia estar ensinando direito,
em vez de repetir os textos da faculdade como um papagaio. Dentro desse
grupo de assuntos, alguns eu já coloquei por aqui, como o caso do
Winstrol, que a muito tempo eu estava querendo publicar, e outros ainda
esperam a hora certa, a inspiração, para que eu escreva com o tratamento
que o assunto merece. Nesses dias, essa inspiração para um deles apareceu.
Na verdade, uma soma de fatores contribuiu para fazer com a minha
cabeça despertasse para relembrar uma pesquisa antiga. O primeiro deles
aconteceu em Recife, em uma viagem que fiz por lá na semana retrasada.

Alguns amigos me levaram a um museu particular, chamado Instituto


Ricardo Brennand - http://www.institutoricardobrennand.org.br - esse
senhor é dono, simplesmente, da segunda maior coleção de armamentos
medievais do mundo. Só isso. Então resolveu construir um castelo, e expor
a sua coleção, que é fantástica. E se o leitor gostar, como eu gosto, de
armas e armaduras medievais, vale a visita. O segundo fator inspirador
veio da estréia, em nossos cinemas, do filme 300 -
http://300themovie.warnerbros.com - que relata a história de uma das
batalhas mais ferozes já travada pelos homens. E contada, brilhantemente,
no livro Portões de Fogo, de Steven Pressfield. Alem disso, o filme está
totalmente baseado na história-em-quadrinhos (outra paixão que tenho) de
Frank Miller, com o mesmo nome, 300. Juntem essas duas razões, e a
vontade de dar uma sacudida na minha rotina, com alguma dieta ou
método novo de treino, e pronto, lá vou eu escarafunchando minha mente
doente em busca de um dos assuntos mais interessantes que já li, voltado
para o bodybuilding.

Antes de começar, é bom que todos tentem responder a seguinte pergunta.


Porque resolvi carregar pesos ? Seja honesto consigo mesmo, e pense com
calma. Posso apostar 50 potes de Whey Protein como a grande maioria dos
leitores vai citar duas razões: mulher e tamanho. No caso da primeira
razão, a vontade de impressionar a gata na rua, e na segunda, a vontade de
intimidar, de saber que os outros te respeitam, que qualquer um vai pensar
algumas vezes antes de te aborrecer. Verdade o não é ? A sensação de um
físico mais desenvolvido deve ser parecida com aquela que a turma das
antigas sentia ao vestirem uma armadura. Uma sensação de proteção, de
imponência, e até mesmo de arrogância. Agora que deixamos isso bem
claro, vamos tratar de falar sobre o que se trata esse artigo. Na verdade, a
dieta que vou apresentar ao leitor do Treino Pesado, tem muito mais a ver
com os conceitos filosóficos que originaram a idéia, do que no método em
si. E por isso mesmo é interessante. Como escrevi acima, a inspiração veio
quase toda de coisas relacionadas a guerreiros, a batalhas. E antes que
alguma alma infeliz diga que estou plagiando algum autor, já adianto que
os conceitos não são meus, e sim de um maluco chamado Ori Hofmekler.
Esse cara foi editor, durante anos, da parte da revista americana Penthouse
que era voltada para saúde e bem estar.

Lá por 1997 ou 1998, um amigo me


emprestou um livro chamado The Warrior
Diet (para você que não ouviu os conselhos
da sua mãe, e não fez um curso de inglês, a
tradução desse título é A Dieta do
Guerreiro). O autor era esse Hofmekler, e
logo que comecei a ler, não consegui parar.
Os conceitos por trás da idéia
aparentemente maluca mostravam uma
lógica, no mínimo, curiosa. E fizeram com
que eu lembrasse de um grande professor
do curso de Educação Física, que tinha
teorias semelhantes ao autor do livro. Para
esse professor, não temos grandes
diferenças para nossos ancestrais, os cro-
magnons e australopitecus do passado. A
estrutura básica ainda é a mesma, os
mesmos músculos, mesmos órgãos, mesmo
esqueleto. A diferença é que hoje somos
atrofiados.
Não andamos a pé, não caçamos, e até pra
ligar e desligar a tv já não levantamos a
bunda do sofá, usamos o controle remoto.
Mas a estrutura do predador carnívoro está
toda aqui, só que como não é utilizada,
origina várias doenças, consideradas
modernas, como os problemas
de pressão, de colesterol, de diabetes, de osteoporose, para citar só alguns.
Para esse professor, a máquina enferrujada, que é o nosso corpo, sem o
desgaste de energia que foi destinada a ter, começa a apresentar defeitos,
que se traduzem nessas doenças. Infelizmente para os vegetarianos, para o
pessoal do zen-qualquer coisa, precisamos do estresse, dos desafios, do
contrário é morte lenta. E quando comecei a ler o Warrior Diet, dei de cara
com princípios bem semelhantes. E como já falei, são esses princípios que
tornam toda a idéia algo que vale a pena ser estudado, mesmo porque
diferem de qualquer outra dieta que algum dos leitores do site já tenha
ouvido falar. Que tal não precisar mais contar calorias ? Poder comer de
tudo, seja carboidrato, seja proteína, seja gordura ? E ainda perder tecido
adiposo enquanto ganha massa magra ? Parece milagre, e a idéia é
tentadora até para que acreditemos nela, só que tem uma cota de sacrifício,
claro.

Segundo Hofmekler, os princípios do seu método são consequência de


anos de estudo, envolvendo antropologia, biologia e história,
principalmente história militar. E aqui é que a coisa começa a ficar bem
interessante. Parem para pensar no modo de vida dos guerreiros antigos,
sejam os cavaleiros medievais, sejam os samurais, os mongóis, os
espartanos, enfim, qualquer um desses, que na verdade era um membro de
uma elite temida e respeitada, a base de qualquer império que precisasse
sobreviver "quem tem as lanças tem o poder", diziam os filósofos europeus
da Idade Média. Esse pessoal, alem do extenso treinamento, aprendiam a
seguir uma ferramenta essencial para a sua sobrevivência, o instinto.
Segundo o livro, os guerreiros se alimentavam com apenas dois objetivos:
saciedade e energia. E as dietas de hoje fogem disso, já que controlam
nosso organismo. Nada de liberdade para escolher o que, como e quando
comer. Você deve controlar tudo, os horários de comer, as quantidades, as
porções dos nutrientes. E assim, as dietas tornam-se mais um meio de
"domesticar" o predador que temos no nosso interior. Mais regras no dia-a-
dia para serem seguidas, o que, para Hofmekler, adormece o instinto
natural que possuímos. Seja qual for a metodologia escolhida, a dieta
Atkins, a Metabólica, Cetogênica, do Grupo Sanguíneo, qualquer uma,
todas tem em comum um ponto, o controle. Na Warrior Diet, o autor
acredita que nosso corpo sabe, naturalmente, o que deve comer, e em qual
parte do dia, e para isso deve-se aprender a ficar em jejum (tava achando
que era moleza a dieta...), e coisas interessantes passam a acontecer nos
momentos em que a pessoa fica nesse estado, incluindo a manipulação
hormonal de GH, Testosterona e Cortisol (ah, agora se interessou né...).

Já estamos cansados de saber que a atividade física pela manhã, em jejum,


estimula muito mais a perda de gordura do que se comermos antes. O
método da Warrior Diet promete disparar a fabricação de hormônios e
enzimas que aceleram a queima de tecido adiposo, durante cerca de 8 horas
do nosso dia.
A única dieta capaz de igualar esse feito é a Cetogênica, popularizada pelo
falecido Dan Duchaine. Mas a grande diferença é que o método de
Duchaine pode ser altamente estressante, já que se baseia em privações e
falta de liberdade na escolha dos nutrientes, ao contrário da Warrior. O
diferencial é que a dieta se baseia em um princípio, atenção nisso, de uma
refeição por dia. Pronto, agora o amigo leitor desiste de assinar o site
"esse Fred destrambelhou de vez" vai pensar...calma amigo, ainda vai
piorar...essa refeição dever ser feita a noite, mesmo que seja logo antes de
dormir. "é, não tem jeito, o Fred pirou mesmo". Calma, calma, vamos
seguir em frente, porque vou começar a explicar o conceito, a filosofia por
trás dessa loucura, e pode acreditar, existe um sentido nela. Mas mantenha
a cabeça fria, e vá lendo com calma, porque a coisa é bem revolucionária.

Lá em cima, no começo do texto, eu citei as similaridades entre alguns


pontos da dieta, e os ensinamentos de um grande professor. O livro de
Hofmekler bate muito na coisa de termos nos tornado uma civilização
adormecida. Ele alega, e com lógica, que nossas mudanças físicas foram
muito poucas, em comparação aos nossos antepassados de milhões de anos
atrás. Só que nos dias de hoje, vivemos em cidades com gente demais, e
para controlar todo esse pessoal, são necessárias regras. E o efeito colateral
desse processo é que nossos instintos mais primitivos são apagados,
esquecidos. E desses, dois são básicos: sobreviver e procriar, que ao serem
diminuídos, tornam as pessoas mansas, controláveis. Viajando mais um
pouco na idéia, podemos reparar que todas as culturas ensinam os mesmo
conceitos básicos, o que é bom, o que é mau, é como devemos nos
comportar no nosso dia-a-dia. Mas dentro dessa cultura, as pessoas mais
perigosas, mais temidas, são justamente as que conseguem se expressar
com independência, exercendo o que diz seu instinto.

O cara que quer pular em cima da boazuda que anda na rua. Aquele que
fala o que vem a cabeça, ou responde, imediatamente, a uma agressão.
Claro, que não falo de tudo isso de uma vez, mas quantos de nós, vez ou
outra, não nos expressamos desse modo ? E porque paramos ? O freio da
cultura da repressão, ou da civilização, como preferirem. E se você agir
desse modo, a maioria das pessoas vai recriminá-lo. O sujeito furou a fila
na sua frente, e você, prontamente, dá-lhe uma mãozada. Que absurdo vão
dizer, que cara grosso, só porque um mal-educado passou a frente dele. E
isso acontece, não pelo ato violento em si, mas porque você ousou romper
com asamarras, e as pessoas não gostam disso.

Em qual o esporte podemos pensar em instinto, puro e simples ? Todos


procuram um objetivo. Você precisa correr ou nadar mais rápido, saltar
mais alto, bater mais forte, senão o adversário vai te ultrapassar. Na
musculação é diferente. Você é sempre o seu rival. Você sozinho. E alem
disso, em qual esporte você "veste" o que faz ? Musculação de novo.
Quando as pessoas olham para um sujeito com 45 cm de braço, com
trapézios pulando acima dos ombros, ou a gata com os glúteos e
quadríceps travados, o que comentam ? Que você joga futebol, volley ou
peteca ? Claro que não, sabem que você levanta pesos. E isso remonta ao
ideal grego e romano de saúde e força "o que é belo é bom, e o que é bom
é forte". Já dá para perceber a ligação do nosso esporte favorito com as
atitudes dos guerreiros antigos ? Com toda essa viagem, Hofmekler conclui
que os bodybuilders, powerlifters e lutadores são o que temos mais
próximo do que ele chama de modern warriors, ou guerreiros modernos.
Ori Hofmekler alega que a junção do treino pesado e intenso, com a dieta
que defende, é capaz de disparar esses instintos adormecidos, sem a
necessidade de ter que ser treinado como um soldado no exército, ou entrar
em um ringue de vale-tudo para espancar o seu oponente, ou ser
espancado, é claro. O lance é combinar os exercícios, o nova rotina de
alimentação, e a suplementação correta.

Voltando a questão de culturas do passado, e nem tão antigas assim,


sabemos que para que um homem fosse considerado um cavalheiro, alem
da boa educação, era necessário que soubesse manejar uma espada, ou uma
pistola.

Se sua honra fosse atacada, sua esposa ou filha ofendidas, você tinha o
direito de chamar o ofensor para um duelo. Todos tinham que estar prontos
para uma situação assim. E para isso, era óbvio que treinavam. Nada de
leis, advogados, polícia. Mexeram com sua mãe, com sua esposa ? Sem
problemas, pode chamar o sujeito para um duelo, e depois de furá-lo com a
espada, volte para casa com sua honra limpa. Nada de processos na
delegacia. Consequência disso ? Os malas pensavam algumas vezes antes
de sair ofendendo um cavalheiro. Obviamente vivemos outros tempos hoje,
e esses costumes já foram esquecidos. Ninguém mais tem interesse em
estar pronto para defender sua honra, em qualquer momento. A não ser a
classe de atletas que foram citadas anteriormente. Ofender a esposa de um
sujeito com 100 kgs e 50 de braço, ou mexer com a mãe de um praticante
de vale-tudo, não deverá acabar em boa coisa para o infeliz autor da atitude
irresponsável.

Hofmekler ficou obcecado com as culturas guerreiras da antiguidade, e cita


várias comparações em seu livro. Por exemplo, os Egípcios e os Minoanos.
Os primeiros foram conhecidos pela riqueza de sua cultura, suas pinturas,
estátuas e monumentos. Mas com exceção dos faraós, o povo era composto
de homens flácidos e magros, e até com um aspecto afeminado, o que já
gerou dúvidas sobre a qual seria o verdadeiro sexo dos faraós, que talvez
fossem mulheres, e não homens. Já os Minoanos, que foram ancestrais dos
gregos, evoluíram para outro aspecto físico, com corpos mais fortes e
definidos, e eram conhecidos pelas horas de práticas no combate corpo-a-
corpo e com armas. Mas alem disso, outro detalhe diferencia essas
civilizações: o uso de grãos nas refeições, especialmente o trigo. As
refeições egípcias eram todas à base de cereais, enquanto os minoanos se
dedicavam a criação de ovelhas, porque gostavam de carne. Egípcios
comiam pães e massas, e os ancestrais dos atenienses e espartanos comiam
carne e azeites. Com isso, o autor começa a traçar diferenças relacionadas
ao que se comia antigamente.

Outra civilização que chama a atenção são os árabes. Embora se fale muito
em gregos, cavaleiros medievais, alguém pode ter alguma dúvida da
ferocidade e habilidade dos filhos de Alá em combate ? Durante séculos
deram enorme trabalho aos ingleses pela posse das terras do Oriente
Médio, e para muitos historiadores modernos, as Cruzadas nunca foram
vencidas pelos ocidentais, e sim por eles, os árabes. E mesmo hoje em dia,
com a invasão dos americanos ao Iraque, temos uma clara mostra do que
significa "raça" e "honra" para esse pessoal. O pessoal do Tio Sam, com
toda a parafernália tecnológica, não consegue intimidar a turma de lá.
Maomé, e seus seguidores, seguiam um hábito antigo, de seus ancestrais, e
permaneciam em jejum durante todo o dia, deixando a noite para suas
refeições. Acreditavam que assim mantinham seus espíritos sempre em
alerta, prontos para uma briga, caso necessário. E podiam ficar em
combate durante horas, sob o sol quente.

Dando um salto até os dias


atuais, Hofmekler estudou
profundamente o modo de
treino e alimentação dos Navy
Seals, unidade da marinha
americana conhecida pelo alto
grau de eficiência. Notou que a
pratica árabe do jejum é usada
por todos, e que apenas fazem
as refeições a noite. Médicos
constataram que isso faz com
que as reservas de glicogênio
permaneçam abastecidas, e que
aconteçam vários picos de
testosterona e gh durante os
exercícios, que acontecem
durante o dia. Um comparativo
entre pessoas normais mostrou
que podemos estocar de 200 a 300 calorias na forma de glicogênio,
enquanto os soldados que participaram do estudo, apresentavam um
estoque de mais de 2.000 calorias na forma de glicogênio muscular,e
alguns chegaram a marca de 5.000 ! A teoria dos médicos envolvidos no
trabalho, é que na medida que seu organismo vai se acostumando a longos
períodos sem refeições, a sensibilidade à insulina e a facilidade na
absorção de proteínas aumentam em mais de 30%, no momento em que se
ingerem os alimentos, à noite. Isso significa que, após o período de jejum
durante o dia, a comida a ser ingerida a noite, desde que rica em proteínas,
pode ser muito melhor metabolizada pelo nosso corpo. Você pode comer
menos, e absorver a proteína com mais eficiência. Traduzindo, mais massa
muscular, e menos gordura.

Não falei que a coisa ia começar a ficar interessante ?

Na Dieta do Guerreiro, o grande tempo de estomago vazio também pode


ser benéfico para o uso de alguns suplementos, como a glutamina, por
exemplo. A ingestão de 3 a 5 gramas, em jejum, pode causar um pico de
GH de 30 a 50 % em menos de uma hora. Como na dieta você ficará em
jejum por mais de 10 horas, pense em quantos picos na produção do seu
GH poderá conseguir com ingestões regulares de glutamina por dia. Sem
contar o acúmulo de ácido lático, que se persistir por um longo período,
também eleva os pulsos de GH. Mas esse período em longo jejum vai
levantar um problema. O cortisol. Sabemos que horas sem comida podem
levar a picos desse hormônio, que é altamente catabolizante. E a saída para
isso será a ingestão de vitamina C durante todo o dia, o que, aliás, deverá
ser feito independente da dieta escolhida.

Mas se falamos tanto em instinto, não seria uma contradição pensar que
isso deveria nos levar a comer toda a hora, e não apenas a noite ? Para
Hofmekler, após 15 dias seguindo a dieta, perdemos a fome durante o dia,
e passamos a ser dominados pelo instinto natural de comer apenas a noite.
E isso vai acontecer por que esse é nosso impulso natural, e não porque
está escrito em um manual de dietas. Essa é a razão da grande dificuldade
em pararmos de comer a noite, porque é para isso que nosso organismo foi
programado, desde que passamos a andar sobre duas pernas.

Isso me levou a pensar em uma reportagem que vi sobre felinos


predadores. Esses animais só caçam e comem quando tem fome, ao
contrário de nós, humanos, que podemos comer o tempo todo. Quando
essas feras são capturadas, ou criados em cativeiro, passam a ter fome o
tempo todo, ficando com o organismo totalmente desregulado, pela falta
do instinto natural.

Deixaram a classe de predadores para virarem presas. Halfmekler acredita


que somos do mesmo jeito. Em tempos passados, quando vivíamos em
alerta, ocupados em estarmos prontos para defender nossa família ou
território, nossa mente trabalhava no máximo, nossos instintos todos em
alerta, os níveis hormonais no alto, nós caçávamos e sobrevivíamos,
éramos fortes e definidos, e a noite, após a tranquilidade de que tudo estava
certo, relaxávamos e comíamos. A dieta é baseada na idéia de que
precisamos estar sempre em alerta. E que quando chegar a hora de sentar e
comer, ainda nesse momento, você mantém seus instintos acordados, sem
precisar fazer força para isso.
Outro exemplo interessante do livro, e que também chamou minha atenção
em razão de usar a raça de cachorros que crio. Pitbulls, cães de 25 a 35
kgs, mas muito mais fortes de que raças com o dobro disso. Nada de
gordura, só músculos. Crie esse cães em um área em que possam se mexer
a vontade, se exercitar, e deixe a vasilha da ração sempre cheia. Eles só
comerão uma vez, e provavelmente a noite.

E agora, estudando a civilização romana, nos áureos tempos de Júlio


César, vamos constatar uma das máquinas de guerra mais perfeitas que já
existiu.

Legionários famosos pelas táticas e disciplinas em combate. Adivinhem


quantas vezes por dia esse pessoal comia. Uma, e a noite. E o curioso é
que, quando chegou o período decadente, quando já quase não havia mais
nada a conquistar, os romanos passaram ao hábito de 3 refeições por dia.
Seus conquistados se revoltaram, tomaram o que perderam de volta,
recuperaram a liberdade, e os romanos, agora gordinhos, viraram história.
Comeram demais, e passaram de predadores a presas.

COMO COMER UMA VEZ POR DIA

Caso você queira tentar a dieta, e não tenha a força de vontade necessária
para começar logo com o jejum do dia, elimine o café, a primeira refeição,
e depois de alguns dias elimine, também, o almoço, e continue até que sua
primeira refeição aconteça por volta das 18:00 hs. Notaram que falei em
primeira refeição ? Isso porque quando a dieta trata de apenas uma
refeição, na verdade ela divide esse período da noite para três refeições.
Por exemplo, a primeira as 18:00, a segunda as 21:00, e a última a 00:00
hs. E não é necessário que sejam respeitados os mesmos intervalos entre
uma e outra. Siga a sua vontade. Se quiser comer de uma em uma hora, até
a hora de dormir, ok. Apenas sigo o seu instinto. Essa fase de jejum, que
começa ao acordar, e segue até o começo da noite, recebe o nome de
undereating, e o período da comilança é chamado de overeating.

Bom, agora que já apresentei a deita, vamos pensar, em detalhes, o modo


de executá-la, afinal, tratamos aqui no site da preocupação com nosso
crescimento muscular, antes de tudo. Como eu, pessoalmente, não acredito
em dietas que sigam sem mudanças por todos os dias da semana, porque
isso causa uma rápida adaptação do organismo, minha dica é que sejam
separados um ou dois dias da semana para quebrar o jejum. Nesses dias,
que podem cair bem no fim de semana, sábado e domingo, você comerá
normalmente, desde de manhã.

Tim Patterson, um jornalista de revistas de bodybuilding, é um apaixonado


pela dieta, e recomenda que durante a fase do undereating você abuse de
vitamina C, glutamina e termogênicos, para acelerar, ao máximo, a queima
de gordura e produção de GH :

- Ao acordar: termogênicos (chá verde, ECA, etc...); 10 gramas de


glutamina, vitamina C
- Meio da manhã: 10 gramas de glutamina;
- Almoço: termogênicos, e caso a fome aperte, um shake de proteínas, sem
carbo;
- A Tarde: 10 gramas de glutamina e vitamina C
- Antes do treino (para quem treina no final da tarde): 10 gramas de
glutamina, termogênicos, vitamina C;

HORA DE JANTAR - Fase do OVEREATING - refeições ricas em


proteínas, com percentuais moderados de carboidratos e gordura.

Espero que nosso leitores tenham gostado dos conceitos filosóficos dessa
metodologia de dieta. Acredito que esse seja, apenas, o primeiro de vários
artigos sobre o mesmo assunto, já que pretendo me aprofundar mais nos
modos de execução da dieta, bem como nos horários e suplementações,
sempre com o objetivo do ganho de massa muscular e força, com o menor
acúmulo de gordura possível.

Poucos artigos geraram tantos emails como esse, aqui no Treino Pesado. O
pessoal adorou, e muita gente escreveu com várias dúvidas sobre o
assunto. E claro, com esse barulho todo, também apareceram algumas
confusões. Nessa sequência do artigo anterior, vou tentar esclarecer
algumas das dúvidas. Li novamente os textos que já havia feito, em cima
do que é dito no livro.

Pesquisei muito pela internet, e mandei alguns emails para o próprio Ori
Hofmekler. Alem do meu interesse pessoal pela dieta, já que resolvi seguir
o método, e até criei uma comunidade no Orkut, relatando a minha
experiência diária - http://www.orkut.com/Community.aspx?
cmm=29680730 - e também de outros leitores que aderiram a experiência.
Então, deixando de lado toda a falação, vamos ao que interessa.

Dando uma revisada, e entrando em mais detalhes sobre a Dieta do


Guerreiro, ela é baseada em um conceito, que segundo o autor do livro The
Warrior Diet, é natural do nosso organismo, que é trabalhar em ciclos
durante o dia, na verdade em duas fases distintas, uma de jejum, ou
undereating, e outra de comilança, ou overeating. Para Hofmekler, não é
da nossa natureza comermos ao acordar, e é nesse período que começa o
underating. Você já vai estar saindo de um período sem comer nada, já que
estava dormindo, então podemos deduzir que o undereating, na verdade, já
está em ação a cerca de 6 a 8 horas atrás. No início, para quem não tem
muita força de vontade, Ori recomenda que se elimine a primeira refeição,
mantendo o jejum até o almoço, durante os três primeiros dias da dieta, no
quarto dia elimine o almoço, e depois de três dias, siga em jejum até as
18:00 hs. Minha dica pessoal é que já inicie no undereating logo de cara.
Desde que você mantenha a cabeça ocupada,e siga algumas dicas que vou
citar no decorrer da matéria, é possível fazer, e até bem interessante, por
causa das reações do nosso organismo. O segundo ciclo, o overeating,
deve começar por volta das 18 ou 19:00 hs, e aqui a recomendação é que
se tente consumir uma refeição a cada 3 horas, até a hora de dormir. E o
ideal, segundo o livro, é que a primeira aconteça após o treino, deduzindo,
claro, que você treina no começo da noite.

UM POUCO DE BIOLOGIA

Na fase de jejum, o objetivo é fazer com que o corpo estimule a secreção


de glucagon, e não de insulina, e que esse hormônio, fabricado pelo
pâncreas, mobilize as reservas de glicose do interior do organismo,
gerando energia. Dando uma relembrada para os leitores, logo após
fazermos uma refeição, o pâncreas libera insulina, e nossos níveis desse
hormônio, obviamente, sobem. Essa ação força o organismo a absorver os
nutrientes dos alimentos, e impede a concentração alta de glicose no
sangue, que tende a ficar constante por algum tempo. O outro lado da
história, é que nos períodos entre as refeições, ou enquanto estamos
dormindo, nosso organismo passa agir como se estivéssemos passando
fome, e as células pedem por suprimentos de glicose para que continuem
trabalhando. Nesses momentos acontecem quedas dos níveis de açúcar, e
isso estimula a liberação do glucagon, o que inibe os picos de insulina.
Todo esse mecanismo tem o objetivo de evitar que aconteçam quedas
drásticas dos níveis de açúcar, o que nos levaria a um estado perigoso de
hipoglicemia. Esse "intercâmbio" entre a insulina e o glucagon, no
decorrer do dia, procuram manter nossos níveis de glicose estáveis no
sangue.

Essa é a razão do porque as dietas procuram por combinações de


nutrientes, carbos, proteínas ou gorduras, na tentativa de trabalhar de um
modo correto a secreção da insulina. E assim, as dietas tradicionais acabam
fazendo com que nos tornemos dependentes desse hormônio, seja para
manter os níveis de energia, seja para conseguirmos mais massa muscular
e menos gordura.
Segundo Ori Hofmekler, no momento em que acontece essa mudança
radical na rotina de alimentação de uma pessoa, deixando de lado 5 ou 6
refeições por dia, os níveis de açúcar caem, e a tendência é que o sujeito
tenha tonturas e dores de cabeça, por causa do repentino estado
hipoglicêmico. Coloque o infeliz em uma selva, sem comida, e pronto, o
cara morre. Por outro lado, o seguidor da Dieta do Guerreiro, que está
adaptado aos períodos de jejum, passa a viver sobre a liberação do
glucagon, e não da insulina. Em vez de depender da insulina para a
metabolização dos carboidratos, e gerar energia, o glucagon é que passa a
ser responsável por isso, mesmo sem a presença de comida. E sem os picos
de insulina, somente com os de glucagon, adivinhem qual hormônio
começa a ser secretado em volume muito maior? O GH,o Hormônio de
Crescimento. E isso todos que estudam o GH já sabem, menos insulina,
mais GH. E ainda tem mais. Estudos já mostram que o treino em jejum
ainda causa um disparo mais forte de GH. Some a isso suas fases de
undereating, e a ingestão regular de glutamina e BCAAs, e pode esperar
que o seu Hormônio suba até a cabeça! Mas existe uma consequência
perigosa, ligada a essa queda de insulina. Isso pode causar um pico no
cortisol, que pode ser altamente catabólico. Mais uma vez, Hofmekler diz
que possui vários estudos que mostram que nosso corpo se adapta
perfeitamente a essa nova condição, e na medida em que a dieta segue, os
índices de cortisol voltam ao normal. Alem do que, um aumento da
secreção de GH, por si só, já deverá ser suficiente para manter os níveis de
cortisol em baixa.
Com essa rápida explicação, já dá para perceber que o negócio é jejum
mesmo, inclusive na hora do treino. Nada de pequenas porções de comida,
ainda que com restrição da carboidratos. Mas alguns suplementos, podem,
e devem, fazer parte do nosso undereating, e logo vou falar disso.

Voltando ao livro, e a alguns emails de Hofmekler, ele diz que os


resultados mais impressionantes devem demorar algumas semanas, aliás
como qualquer dieta. Primeiro acontece um choque no organismo, e nas
duas primeiras semanas deverá acontecer uma grande queda de peso, e
quase todo ele sendo gordura e água. O segundo fator será a fome, que vai
incomodar nas fases de undereating, pelo menos até que o corpo esteja
adaptado a nova rotina de alimentação. Depois dessa adaptação, Ori diz
que a sensação de liberdade que será experimentada será algo muito
diferente, e isso quer dizer que seus instintos já começam a acordar. "Eu
não acredito que nenhuma dieta tradicional nos dê a sensação de saciedade.
E o resultado disso é que voltamos a engordar quando paramos com as
restrições. Mesmo bodybuilders tendem a engordar com o tempo,e uma
das razões disso é porque estão indo, sempre, contra seu ritmo natural de
alimentação." diz Hofmekler.

ADAPTAÇÃO

Essa fase deve durar quinze dias. Não espere milagres, e até devem
acontecer sintomas relacionados a hipoglicemia, como dores de cabeça e
tonturas. Mas mesmo nesse início, a sensação de disposição já vai começar
a aumentar, o que serve de estímulo para que se persista na dieta. Use
termogênicos e estimulantes naturais, como a cafeína. Acordou, levantou
da cama, café para dentro! Chá verde e Iohimbina também podem ajudar
bastante, alem de inibir o apetite. Outra importante arma, logo de manhã, é
a glutamina, de 5 a 10 gramas (o que já foi citado no artigo anterior), e se o
leitor conseguir manipular, porque não se acha pronta para comprar no
Brasil, use l-tirosina também, 5 gramas. Essa soma de glutamina, tirosina,
e jejum, pode causar um ótimo pico de GH. E falando da glutamina, essa
quantidade, 5 a 10 gramas, deverá ser tomada de 2 ou 3 em 3 horas,
durante todo o undereating. Caso a fome se torne algo incontrolável, ou a
perda de peso esteja acontecendo de modo muito rápido, use algum shake
de proteína, com água, e nada de carbo. É sempre bom lembrar que
devemos evitar o pico de insulina. Use de 20 a 40 gramas de proteína
nesses shakes, mas nunca tome pela manhã. Deixe para a hora do almoço,
e tome outro logo antes do treino, mas NUNCA depois! Só coma algo na
fase do pós-treino uma hora depois, e se for possível, que esse seja o início
do overeating.

AS REFEIÇÕES

O autor do livro gosta de chamar os alimentos ideais para a dieta de


alimentos "vivos", talvez seja o mais próximo do termo atual de
"orgânicos". Defende vários tipos de saladas e feijões na primeira refeição.
Na segunda, hora de carnes, vermelhas, brancas, peixes, enfim carnes. E
salada de novo. Deve-se evitar qualquer tipo de alimento que contenha
glúten, porque isso pode elevar as taxas de estrogênio, o hormônio
feminino. Outro elemento são os azeites, que fazem parte de todos os
pratos. O ideal, segundo Hofmekler, é a ingestão de algo entre 3.000 e
5.000 calorias, espalhadas em duas ou três refeições.

MINHA CONCLUSÃO

Como já citei, eu mesmo estou fazendo a dieta. E deixo aqui algumas


recomendações:

1. Use e abuse da glutamina no undereating;


2. Caso seu treino seja feito fora do fim da tarde, como pela manhã ou a
tarde, vá em jejum, mas tome um shake de proteínas, sem carbo, no pós
treino. Mas se quiser mesmo uma solução radical, não coma nada, e tome
vitamina C e BCAAs para evitar o catabolismo e a subida do cortisol;
3. Tente comer as três refeições no overeating, e acredite, não é fácil. Logo
após a ingestão do primeiro prato, a sensação de saciedade é tão grande,
que você pode esquecer de comer e ir para a cama. No meu caso, deixo
uma refeição com ovos e queijo cottage para essa hora, porque é mais fácil
de comer, se eu estiver sem fome.
4. Caso a fome aperte demais durante o dia, procure por um bom prato de
salada, e algum grelhado junto. Isso deve bastar até chegar o overeating. E
como citei no artigo, elimine um dos pratos da noite.
DIETA DO GUERREIRO - Versão
TREINO PESADO
Agora que já apresentei os conceitos por
trás dessa dieta, não vou resistir em dar uns
palpites. Embora a teoria envolvida na
metodologia original seja muito
interessante, alguns pontos podem ser
melhorados, principalmente para quem
procura ganhos de volume muscular e
força (e quem aqui não está??). Para Ori, a
dieta só funciona com 100% de sucesso em
pessoas que treinam no final do dia,
começando depois o overeating. Discordo.
A alguns meses passei a treinar no horário
do almoço, e estou adorando. O treino
ficou muito mais intenso, mais pesado e
mais rápido, e depois desse início na dieta,
ainda melhor. E acredito que outros
também tenham a mesma produtividade
pela manhã. É a mesma questão da
"liberdade" de que trata a dieta. Assim
como nossos instintos nos dizem o melhor
horário para comer, também creio que nos
digam o melhor para treinar. Claro, sempre
aparecem estudos feitos que alegam que
esse ou aquele
determinado horário causa um maior pico de testosterona, e assim seria
melhor carregar pesos naquela hora. Sendo assim, todos deveríamos treinar
por volta das 4:00 da manhã, já que, segundo a medicina, é nessa hora que
a produção de testosterona é maior. Que tal, então, escancarar nos pesos
nessa hora? Pode acreditar, seria um desastre. É a velha questão de teoria
demais onde não precisamos. Voltando a versão do Treino Pesado para a
dieta, acho que podemos adaptar o método para o nosso horário de
treinamento. Vamos lá :

1. Se você prefere treinos pela manhã, procure ir em jejum. Use BCAAs,


vitamina C, termogênicos e glutamina ao acordar, e depois vá para a
academia. Depois do treino, mande um shake combinando mais de uma
fonte de proteínas, como Whey e Albumina, batidos em água, ou se
preferir, uma refeição de saladas e proteínas (ovo, atum, queijos, etc.)
Sempre lembrando que estamos tentando deixar de trabalhar com a
insulina, e sim com o glucagon, então nada de carbo. Mas se o seu
percentual de gordura estiver muito baixo, use algum carbo de baixa
glicemia, como pão ou arroz integral. Depois é jejum, ou undereating até a
começo da noite. Nessa fase, é do jeito que manda a dieta, coma.

2. Caso o treino aconteça no almoço, ou no começo da tarde, como o meu,


vá em jejum. Nesse período do dia você já deve ter tomado suas doses de
glutamina, termogênicos, vitamina C, BCAAs, provavelmente duas ou três
vezes - ao acordar, no meio da manhã, e logo antes do treino. Após o
treino, caso esteja querendo baixar seu percentual de gordura, permaneça
em jejum, e repita os mesmos suplementos da manhã. Caso contrário, use o
mesmo procedimento da item 1, tomando um shake de proteínas, ou uma
refeição de baixíssimo carbo. E o undereating prossegue até o começo da
noite, quando começa a comilança.

3. Se o treino acontece no início da noite, procure seguir a dieta à risca.


Mas se o percentual estiver muito abaixo, use um shake proteico na hora
do almoço, ou uma refeição do mesmo jeito da já citada anteriormente. No
pós-treino, é overeating mesmo, comida para dentro!

E porque eu digo que podemos mandar uma ou duas refeições de baixo


carbo durante o dia? Poderíamos estar quebrando a dieta? Não, e explico
porque. Ao ingerirmos uma refeição, nosso pico de insulina dura cerca de
três horas, quatro no máximo. E é por essa razão que fisiculturistas comem
de três em três horas (e não porque, como insistem os "nutricionistas",
aumenta o metabolismo e queima mais gordura). Assim, se você respeitar
esses prazos, poderá criar uma fase de undereating, mesmo após a ingestão
de alguma refeição. Por exemplo, se ás 9:00 hrs da manhã você tomou um
shake protéico, isso significa que se não ingerir mais nada até as 15:00,
você já terá criado um novo pico de glucagon, pois sua queda de insulina já
terá acontecido até ás 12:00, forçando o seu organismo a entrar no jejum
da dieta a partir dessa hora, e aí começará a subida do glucagon, que é o
que interessa. Com isso na cabeça, é só uma questão de adaptar suas
rotinas de treino e dieta com o método da Dieta do Guerreiro. Mas a minha
dica é que a dieta deve ser seguida obedecendo as fases de undereating e
overeating mesmo. As sensações de disposição e alerta, que acontecem
durante o jejum, mesmo após o treino pesado, são totalmente diferentes do
que qualquer outra dieta consegue proporcionar.

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