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FLORIANÓPOLIS
2001
SUMÁRIO
1 A CRIATIVIDADE...................................................................................................... 1
1.1 CRIATIVIDADE NOS INDIVÍDUOS...................................................................... 3
1.2 O PROCESSO CRIATIVO......................................................................................... 4
2 ORGANIZAÇÕES CRIATIVAS............................................................................... 6
2.1 GERINDO A CRIATIVIDADE................................................................................. 7
2.2 O AMBIENTE EMPRESARIAL ............................................................................... 9
2.3 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.................................................................. 11
2.4 AÇÕES PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE............................................... 12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 16
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1 A CRIATIVIDADE
indivíduo terá sua percepção de mundo, que será mais ampla ou mais estreita
dependendo não só de quanto deste mundo conhece, mas também de seu
posicionamento frente a ele.
Não existe fórmula certa para ser criativo. Não existem regras a seguir, a não
ser a de questionar as regras existentes. É preciso aceitar e propor mudanças –
mudanças de mentalidade, mudanças de rumo, de comportamento. Mudar é aceitar
novos desafios, descobrir novos caminhos, se arriscar, sair do estado de inércia para o
desconhecido.
atual, existem tantas culturas diferentes que o reconhecimento de uma idéia como sendo
criativa depende do lugar em que ela surge. Não se pode falar em uma criatividade
universal. O que é considerado criativo varia no decorrer da história, muitas vezes
devido a modismos. Fora de contexto algo considerado criativo pode não sê-lo e idéias
comuns podem se mostrar de muita
engenhosidade. Por exemplo, as obras de J. S.
Bach e de Van Gogh só foram reconhecidas e seus
autores imortalizados anos depois de suas mortes.
2 ORGANIZAÇÕES CRIATIVAS
Onde entra a criatividade nas organizações? Mas antes disso, o que é uma
organização?
garantido e a culpa sempre será de quem sugeriu mudar, ameaçando carreiras e, muito
pior, a auto estima do criador.
Ao contrário do que o nome indica, grande parte das organizações não são
organizadas. As idéias e soluções que aparecem acabam por desaparecer em relatórios
padronizados que se contradizem em todos os aspectos, nas estatísticas dos especialistas
que podem provar qualquer coisa que se queira e no excesso de intermediários em nível
hierárquico que impedem a comunicação entre quem faz e quem diz o que deve ser
feito. O isolamento é tanto entre chefes e subordinados e entre setores que executam
tarefas diferentes que nenhuma informação consegue sair de sua célula original.
Pinchot faz uma boa analogia das organizações. “Considere o corpo humano,
por exemplo: a inteligência para formar células não está
concentrada no cérebro. Ao contrário, a inteligência para
formar o cérebro está em cada uma das células. E a
inteligência do cérebro também não está em nenhuma
célula específica – tal inteligência é uma propriedade
emergente dos relacionamentos entre as células”.
dentro não se sabe. E talvez não se consiga saber – entrar em um túnel enquanto um
trem passa por dentro dele é um tanto perigoso. Assim, tentar gerenciar ou controlar
uma pessoa criativa pode ser até contra-produtivo.
organização, gerando resistência à sua implementação. É por isso que muitas vezes a
criatividade não é estimulada ou colocada como uma meta das empresas. Para superar
essa resistência são necessários outros atos criativos que ajudarão a nova idéia a
percorrer a organização.
Sem alguém que valorize o trabalho que se está realizando, que apoie e aceite
as mudanças que são apresentadas, a criatividade deixa de ser algo estimulante de se
perseguir. O ser humano como ser social busca o reconhecimento dos que o circundam
e dificilmente se mantém interessado por muito tempo em um projeto que o distancia
dos demais.
Durante esta implementação, para que idéias criativas possam ser identificadas,
avaliadas e estimuladas, a administração deve buscar características como simplicidade,
mensurabilidade e responsabilidade.
Algumas intervenções são possíveis por parte de quem coordena grupos e até
de quem se considera simplesmente um executor de ordens. Independente de cargo ou
posição na hierarquia, o poder de criar um ambiente de estímulo à criatividade e de
colocá-la a seu favor está em todos que assumirem essa responsabilidade.
Política. Ações criativas são julgadas por múltiplos domínios sociais – “criadores que
podem ser tecnicamente astutos não são necessariamente politicamente astutos”. Para
manter uma idéia criativa viva e conseguir implementá-la é necessário que criadores e
gerentes sejam treinados na política da criatividade e da inovação.
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de algo importante e se beneficiar dos resultados positivos. O grupo deve ser associado
à imagem da família, onde as pessoas estão ligadas umas às outras, devendo confiar nos
outros e buscar a evolução do grupo como um todo.
Todos estão acostumados a aceitar o que vem sem perceber que têm inúmeras
sugestões de alternativas. Os cérebros são músculos que se acomodam se não
exercitados; e a criatividade é um dos melhores e mais divertidos exercícios que
existem. Dentro de cada organização estão as idéias de como exercer melhor suas
funções, atingir os resultados esperados e de satisfazer aos que trabalham nela.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS