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A grande farsa começa a ser desmontada

No aniversário da morte do Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, latrocínio


transformado na marra em crime de mando começa a ganhar musculatura com a
sua federalização.

Latrocínio

Nessa última quinta (24), oito anos depois que o forasteiro e ex-secretário de
segurança do Espírito Santo, campeão em homicídios dolosos, que acabou se
tornando deputado estadual, montou um grande espetáculo pirotécnico em torno
da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, transformando um crime de
latrocínio em um crime de mando, assistimos a primeira derrota da grande
encenação armada .

Agora, por intervenção de uma vendedora de picolé, Maria das Graças Nacort,
Presidente da ONG Associação de Mães e Familiares de Vítimas de Violência do
Espírito Santo, o cenário promete mudanças. Inconformada com a covardia feita a
dois sargentos da PM capixaba (Sgt Ranilson e Sgt Valêncio), colocados na trama
diabólica, tornados intermediários, condenados, execrados pela opinião pública e
pela imprensa corporativa, expulsos da PMES e sem terem nenhum tipo de
participação no crime de latrocínio, ela promete não descansar enquanto a
verdade não vir à tona.

Qualquer estudante de direito em seu primeiro período, ao ler as peças do


inquérito, nitidamente reparará que o espetáculo foi montado para descaracterizar
o assalto orquestrado pelos réus confessos, Odessi Martins da Silva, o Lumbrigão,
e Gilliard Ferreira.

Uma mentira repetida várias vezes...

O receio de que a farsa acabasse sendo desvendada foi tão grande que o então
secretário da (in) segurança pública juntamente com outro juiz, que vivia à sombra
do magistrado assassinado, procuraram o romancista Luiz Eduardo Soares e
resolveram espetacularizar a morte do Dr. Alexandre transformando esse roteiro
falacioso em um livro tendencioso chamado “Espírito Santo” onde reforçam a
“tese” de crime de mando. O governador, macomunado com o Secretário
Midiático, tratou de reforçar a mentirada, “homenageando” o juiz com nome de
Terminal de ônibus e o dia 24 de março acabou virando, por lei, dia estadual de
luta contra o crime organizado no Espírito Santo. Seria cômico se não fosse
trágico...

O período de exceção que assolou o estado do Espírito Santo durante a gestão


das trevas do Imperador, então governador estadual, fez com que as principais
autoridades policiais, da justiça criminal e afins se calassem, mesmo sabendo do
ambiente de picadeiro montado em cima da morte de Alexandre. Ninguém em sã
consciência resolveu contestar. Muito pelo contrário. Alguns se promoveram às
custas da falácia arquitetada. Outros saíram do anonimato e da sombra do Juiz
Alexandre e ganharam holofotes. E todo o dia 24 de março começou a ser
marcado por manifestações, seminários e fóruns que contribuíram para reforçar a
idéia de Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler, autor da frase ”uma
mentira repetida várias vezes torna-se verdade”.

Com os assassinos e os “intermediários” presos e condenados, e sem a


condenação dos supostos “mandantes”, que até hoje não foram julgados, a
“justiça” parecia ter sido feita. Bastava continuar com o espetáculo anual para
reforçar o conceito de Goebbels.

Federalização

Mas, achando que o show já havia consolidado a opinião de todos, em decorrência


dessa soberba acometida aos articuladores do mau, eles acabaram dormindo no
ponto.

Maria das Graças, compadecida pelo sofrimento das famílias e das carreiras
destruídas dos dois sargentos, condenados sem nada dever, entra em cena e na
simplicidade de quem sai às ruas diariamente para trazer o sustento ao lar
vendendo picolé, sem desanimar, vai para fora do Estado buscar socorro para uma
consistente apuração desse crime na instância federal.

Para surpresa dos que estavam acostumados a pairar acima do bem e do mal,
justamente no dia em que a farsa estabeleceu como o dia estadual de luta contra o
crime organizado no Espírito Santo, o Ministério Público Federal lança uma ducha
fria nos pusilânimes, anunciando a federalização do crime, a pedido de dona Maria
das Graças. Todas as cópias do quixotesco processo serão agora encaminhadas
ao Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos. Que se faça a
justiça.

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