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FRACOLLI, L.A. et al. Enfermagem em doenças transmissíveis: como abordar esse tema na graduação em enfer magem?
Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n.4, p. 395-400, dez. 2000.
RESUMO
Este trabalho relata o esforço da Disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva coin enfoque nas Doenças
Transmissíveis (ESC-DT) para reorganizar seu objeto de ensino, seu o conteúdo teórico-prático e suas estratégias
pedagógicas, tendo como finalidade contribuir para a formação de um profissional de enfermagem comprometido com
a Saúde Coletiva. Para tanto, busca-se descrever o contexto em que se inscreve a Saúde Coletiva, bem como o perfil do
profissional de saúde que se faz necessário para a implementação do Projeto Sistema Único de Saúde. Relata-se o
conteúdo e as estratégias de desenvolvimento da experiência de ensino e faz-se uma análise crítica das
potencialidades e limites da mesma para a obtenção da finalidade proposta.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Ensino-aprendizagem. Doenças transmissíveis. Saúde coletiva.
ABSTRACT
This study relates the attempts of the discipline Collective Health Nursing with focus in transmissible diseases to
reorganize its teaching object, its theorical and practical content, and its pedagogical atrategics, as a contribution to
the formation of a nursing professional comnpromissed with Collective Health. It descrybes the context of Collective
Health in Brazil and the characteristics needed to improve the implementation of the Unified Health Care System in
the Country. It also reports the content and the padagogical strategics used in the discipline and makes a critical
analysis of its potentialities and limitations to the porposed goal
deterioração do espaço urbano, a intensificação da essas motivações e movimentos? como se busca hoje
violência e o desrespeito aos direitos humanos. compreender e transformar os processos coletivos de
(PAIM; ALMEIDA FILHO, 1998) adoecimento?
Na saúde, ampliou-se o debate sobre as Esse mesmo autor afirma ainda que aplicar em
relações entre o desenvolvimento econômico e o social larga escala os avanços da tecnologia biomédica é
que marcaram a década de 60 para, a partir dos anos tão pouco potente para resolver os problemas de
70, sustentar uma discussão sobre a extensão da saúde na sua dimensão sanitária, quanto insistir que
cobertura dos serviços públicos de saúde. O só com mudanças sociais profundas conseguir-se-á
reconhecimento do direito à saúde e a respon- transformar a realidade de saúde no Brasil.
sabilidade da sociedade em garantir os cuidados AYRES (1997) aposta que a potência para essa
b á si co s de s aú de , e st a be l e ci d o a p a r ti r d a transformação encontra-se na estimulação dos
Conferência de Alma-Ata, foram questionados pelos movimentos microssociais como forma de tecer e
grandes centros hegemônicos da economia mundial. sustentar mudanças efetivas na saúde da população.
Estes revalorizam o mercado como o mecanismo Considera ainda que a tarefa da Saúde Pública neste
p r i v i l e g i a do p a r a a al o c aç ão de re cu rs o s e final de século deveria ser identificar, compreender
questionam a responsabilidade estatal na provisão e ressocializar as motivações e os movimentos
de be n s e se rvi ço s pa r a o a te n di me n to da s microssociais dos sujeitos, configurados mediante a
necessidades sociais, inclusive a saúde. experiência compartilhada e cotidiana da saúde e do
Nos anos oitenta, a ordem mundial que se adoecimento.
instaurou inspirada no neoliberalismo provocou uma Diante dessa concepção e das dificuldades para
marcante fragilização dos esforços públicos para o superar o baixo impacto das tradicionais intervenções
enfrentamento coletivo dos problemas de saúde. da Saúde Pública, PAIM; ALMEIDA FILHO (1998)
Particularmente nos países de economia capitalista questionam qual deve ser o perfil do profissional de
dependente, a opção pelo "Estado Mínimo" e o corte saúde para atuar nesse contexto em transformação.
de gastos públicos comprometeram em muito o campo Que conteúdos devem ser privilegiados na sua
social conhecido como Saúde Pública. (PAIM; formação? Se o campo de conhecimento da Saúde
ALMEIDA FILHO, 1998) Pública é tão amplo que não comporta um tipo único
de profissional para atuar nas instituições de saúde,
Esse contexto inaugurou um período de "crise"
qual o núcleo básico de conhecimentos e habilidades
da Saúde Pública, percebida de modo diferente pelos
que devem compor o novo perfil profissional. Tendo-se
distintos sujeitos que atuam nesse campo social. Para
em vista um contexto de saúde que incorpora a cada
a superação dessa crise, diferentes aportes sociais
dia novos atores para o seu âmbito de ação, exigindo
têm sido propostos, cada um deles indicando novos
cada vez mais capacidade de negociação, agir
paradigmas para a "Saúde Pública". Segundo PAIM;
comunicativo e administração de conhecimentos, quais
ALMEIDA FILHO (1998), dentre os diferentes
são os requisitos para conduzir um trabalho cada vez
sujeitos sociais que têm formulado propostas para a
mais coletivizado?
superação da crise da Saúde Pública estão os
defensores da Saúde Coletiva. Se gundo RODRIGUES (apud PAIM;
ALMEIDA FILHO, 1998), o avanço em direção a uma
Para EGRY (1996), a Saúde Coletiva vem se
prática de saúde semelhante à acima descrita
configurando como campo de saber e prática de saúde
necessita de profissionais que sejam capazes de
em nosso país desde a década de 70 e caracteriza-se
cumprir distintas atribuições. Estas variam desde
por entender o processo saúde-doença como social e
uma função histórico-política de "resgatar, do próprio
historicamente determinado, por incorporar o
processo histórico de construção social da saúde, os
método materialista-dialético e as ciências sociais no
conhecimentos, êxitos e fracassos da humanidade em
estudo dos fenômenos da saúde e por se preocupar
sua luta pela cidadania e bem estar"; até uma função
com a Saúde Pública como a saúde do público, sejam
agregadora de valor, através da produção e da gestão
indivíduos, grupos étnicos, gerações, castas, classes
do conhecimento científico-tecnológico. Em outras
sociais ou populações.
palavras, profissionais que possam assumir desde a
AYRES (1997) considera que toda situação de função estratégica de gerência de recursos escassos,
crise constitui-se em uma possibilidade favorável de mediador estratégico das relações entre as
para a revisão de valores, conceitos e práticas. Assim, necessidades e os problemas de saúde e as decisões
frente à "crise" do setor público de saúde no Brasil, políticas, até uma função de "advocacy", utilizando
este autor aproveita para questionar alguns aspectos o conhecimento como um instrumento de denúncia,
fundamentais que tem direcionado o pensar/agir em para promover a mobilização crescente da sociedade
Saúde Pública como, por exemplo: onde está o público em direção à realização do seu potencial de saúde e
hoje? como é construído? quem são e onde estão seus pelo exercício do direito de cidadania.
sujeitos? o que os motiva e move no cotidiano? que As instituições acadêmicas e de serviços de saúde
relações guardam os diversos agravos à saúde com não podem ignorar o movimento que se engendra em
torno da formulação de uma política global de saúde. Dessa maneira, o ensino de saúde desenvolvido
Ao contrário, devem buscar dialogar e fazer alianças dentro do campo de conhecimento da Saúde Coletiva
c o m a s i n s t i t u i çõ e s g o ve rn a me n t ai s e n ã o deve buscar superar o biologicismo dominante, a
governamentais para o enfrentamento dos problemas naturalização da vida social, a submissão à clinica e
de saúde, aproveitando seus espaços de atuação para a dependência do modelo médico-hegemônico (PAIM;
produzir novos conceitos, teorias e práticas que, num ALMEIDA FILHO, 1998).
processo de "interfertilização", poderão influir nas
políticas e práticas de saúde, numa dimensão mais
geral. (PAIM; ALMEIDA FILHO, 1998). O CASO DA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM
Nesse sentido, a idéia é que se desenvolvam EM SAÚDE COLETIVA COM ENFOQUE NAS
p r o ce s so s de fo r m a ç ão p ro fi ss i o n al q u e se DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS (ESC-DT) E
caracterizem por serem sistemáticos, criativos e
inovadores e cujos eixos fundamentais sejam a SUA INSCRIÇÃO NO CAMPO DA SAÚDE
investigação e a articulação com os serviços de saúde. COLETIVA
Para PAIM; ALMEIDA FILHO (1998), o marco
Segundo TAKAHASHI e cols (1997), as doenças
conceitual que tem orientado o ensino, a pesquisa e
infecciosas situam-se entre os temas mais complexos
a extensão em Saúde Coletiva, no caso brasileiro,
e diversificados da clínica e da epidemiologia, além
baseia-se nos seguintes pressupostos :
de conformarem um panorama epidemiológico cuja
• a saúde como estado vital (setor de produção e disseminação configura a sua persistente associação
campo do saber), está articulada à estrutura da com as condições de vida das populações.
sociedade através das suas instâncias econômica e Para essas autoras, a expansão para outros
politico-ideológica, possuindo portanto historicidade; segmentos sociais das epidemias, antes restritas aos
• as ações de saúde (promoção, proteção, bolsões de pobreza, pôs em cheque as formas de
recuperação, reabilitação) constituem práticas interpretação e intervenção a elas dirigidas. As
sociais e trazem consigo as influências das relações diretrizes ministeriais recomendando a abolição das
entre os grupos sociais; unidades específicas de isolamento e a exigência de que
• o objeto da Saúde Coletiva é construído nos limites as normas de biossegurança fossem incorporadas no
do biológico e do social e compreende a investigação cotidiano do trabalho em saúde nos diferentes níveis
dos determinantes da produção social das doenças e de assistência e em quaisquer instituições para toda a
da organização dos serviços de saúde, bem como o clientela também tiveram uma expressiva parcela
estudo da historicidade do saber e das práticas sobre explicativa na mudança radical dos paradigmas de
os mesmos. Nesse sentido, o caráter interdisciplinar ensino/pesquisa/intervenção que direcionam o trabalho
desse objeto sugere uma integração no plano do voltado às Doenças Transmissíveis (DT) .
conhecimento e não somente no plano da estratégia Segundo TAKAHASHI e cols (1997), as ações
de reunir profissionais com múltiplas formações ; de pre venção , co ntro le e tratamento das D T
• o conhecimento não se dá pelo contato com a competem ao conjunto dos trabalhadores da saúde,
realidade, mas pela compreensão das suas leis e pelo que contribuem cada qual com seus conhecimentos
comprometimento com as forças capazes de e habilidades específicos para a finalidade do
transformá-la. Processo de Produção de Serviços de Saúde. As
O desenvolvimento desse núcleo conceitual intervenções junto aos indivíduos, grupos ou
pressupõe a realização de estudos relativos: comunidades acometidos por DT têm como finalidade
• ao fenômeno saúde/doença como processo social; última a transformação dos perfis epidemiológicos
• à investigação da produção e da distribuição das da população no que tange à essas doenças.
doenças na sociedade, como resultado de A enfermagem, ao integrar o processo de
processos de produção e de reprodução social; trabalho em saúde para assistir aos pacientes
• à analise das práticas de saúde (processos de portadores de DT, desenvolve intervenções
trabalho), na sua articulação com as demais práticas i n di vi du al i z a d as , ao a te n de r às a l te r açõ e s
sociais; biopsicossociais desencadeadas pelo processo saúde-
• à compreensão das formas como a sociedade doença na dimensão singular' . Desenvolve ainda
identifica e explica suas necessidades e problemas i n te rvenções de moni to ramento do processo
de saúde e organiza-se para enfrentá-los. infeccioso e dos perfis referentes aos processos de-
adoecer e morrer dos grupos e comunidades,
intervenções centradas mais especificamente nas
dimensões particular e geral do processo saúde-
doença, articuladas à Vigilância Epidemiológica.
1 A dimensão singular diz respeito aos indivíduos e suas famílias, a dimensão particular aos grupos sociais e a dimensão estrutural, aos
processos mais gerais de estruturação da sociedade. (EGRY, 1996)
práticas são as que mais impactam para seu processo emenfermagem, no que tange às DT, visto que os
de ensino/aprendizagem. conteúdos relativos à assistência de enfermagem em
Um outro limite da experiência de ensino hospitais são amplamente trabalhado durante os anos
desenvolvida foi a dificuldade, por parte dos docentes, de graduação da EEUSP. Além disso, em termos de
de equacionarem com segurança os contornos (em biossegurança, não existe mais a conceituação da
termos de quantidade e qualidade) da disciplina no Unidade de Isolamento como o único local capaz de
conjunto das que integram o Departamento de receber com segurança pacientes portadores de DT.
Enfermagem em Saúde Coletiva e no currículo do curso Hoje, com as precauções padrão e as precauções
de graduação da EEUSP-SP. baseadas nas formas de transmissão, vê-se que
qualquer serviço e qualquer profissional de saúde pode
As possibilidades dessa experiência residem na
(e deve) apropriar-se e aplicar os conhecimentos de
oportunidade de organização de um processo de ensino/
biossegurança na sua prática assistencial.
aprendizagem que obtém como produto alunos mais
críticos, criativos e capazes de conhecer e identificar A disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva
algumas expressões das determinações do processo de com Enfoque nas DT entende que cada vez mais
trabalho em saúde e a especificidade da enfermagem deve buscar conteúdos teóricos e práticos
no conjunto dos trabalhadores de saúde, podendo assim que lhe possibilitem construir saberes para intervir
tornarem-se agentes ativos das transformações sociais. no processo saúde-doença das DT nos coletivos, dada a
A mudança de enfoque no objeto de ensino da necessidade de construção de intervenções eficazes,
disciplina de DT, privilegiando a estratégia da sendo que o campo das intervenções individuais e
Vigilância Epidemiológica e não especificamente a voltadas ao corpo biológico encontra-se bem mais
fisiopatologia das DT, oportuniza a criação de um organizado.
espaço potencial para a construção de um olhar menos No âmbito da Saúde Coletiva, vem-se discutindo
"biológico", menos dependente da clínica, mais centrado a VE como uma ação que incorpora o registro e
nos coletivos e, consequentemente, com maior potencial acompanhamento não só das doenças de notificação
para a superação do biologicismo e da submissão à compulsória, mas dos agravos de saúde que acometem
clínica que tradicionalmente tem marcado a prática os sujeitos, ou seja as doenças crônico-degenerativas,
de enfermagem . o tabagismo, entre outros. Enfatiza-se ainda, a
Tomar as DT dentro do trabalho de VE como eixo necessidade de uma descentralização e regionalização
de ensino da disciplina de ESC-DT, pressupõe uma da VE, convocando os municípios a participar mais
revisão das estratégia de intervenção de enfermagem efetivamente dessas ações no seu território geo-social,
em saúde coletiva e aponta para a necessidade de sugerindo aos mesmos a assunção do planejamento e
construção de novas tecnologias analíticas, a implementação de ações de saúde consensuadas com
interpretativas e interventivas que, incorporadas à VE, as diversas instâncias governamentais que atuam na
possam colaborar significativamente para a construção VE.
de saberes e técnicas no campo da Saúde Coletiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS ARA NT ES, C. I. S. Saúde C oletiva : os ( des)c aminhos da
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processo que se articula à capacitação docente, à BR AS IL. Mi ni st éri o da S aúde. Cen tr o de Vig il ân ci a
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EGRY, E.Y. Saúde Coletiva: construindo um novo método em
Considerando que a realidade estrutura-se fora enfermagem. São Paulo, Ícone, 1996.
do âmbito de intervenção do conhecimento científico,
existe a necessidade de uma constante revisão destes PAIM, J.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde coletiva: uma "nova saúde
pública" ou um campo aberto a novos paradigmas? Rev. Saúde
eixos epistemológicos, buscando garantir que os
Públ., v.32, n.4, p. 299-316, 1998 .
mesmos sempre possibilitem uma apreensão práxica
MERHY, E.E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do
do real. Assim, as alterações construídas na disciplina trabalho vivo em saúde. In: MERHY, E.E.; ONOCKO, R.(org)
de Enfermagem em Saúde Coletiva com Enfoque nas Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo.
Doenças Transmissíveis sinalizam a pertinência e HUCITEC,1997.
atualidade dos eixos escolhidos pela mesma.
TAKAHASHI, R.F. et al. Intervenções de enfermagem
A diminuição de atividades práticas em campos em infectologia. In: VERONESI, R.; FOCACCIA, R.
hospitalares não se constitui em um fator que prejudica Tratado de Infectologia. São Paulo, ATHENEU,
a formação do aluno no curso de graduação 1997. Cap 126, p. 1535
OSINAGA, V.L.M. et al. Trabalhando com histórias de vida de familiares de pacientes psiquiátricos. Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n.4,
p. 401-6, dez. 2000.
RESUMO
Este texto contém o relato de uma experiência prática, de pesquisa, utilizando-se a teoria e as técnicas de
história oral. As autoras apresentam os fundamentos teóricos e metodológicos da técnica, a escolha do tema que
focalizou o paciente psiquiátrico e sua relação familiar, o local da pesquisa e a caracterização dos colaboradores.
Apresentam cada passo desta metodologia desde a entrevista, leituras, transcrição, limpeza do texto, leitura flutuante,
transcriação, identificação do tom vital e das categorias de análise. Finalmente, destacam as categorias
subtraídas do relato, comentando os temas referentes a cada uma. A técnica mostrou-se eficaz para apreensão de
categorias subjetivas e como fonte de compreensão das relações pessoais e sociais, no cotidiano da enfermagem em
saúde mental.
PALAVRAS-CHAVE: História (Teorias). Técnica de pesquisa. Pacientes. Enfermagem Psiquiátrica.
ABSTRACT
This text contains the account of a practical research experience which uses the theory and techniques of oral narratives.
The authors present the theoretical and methodological framework of the technique, the choice of the ,topic,
which focused on the psychiatric patient and his/her family relationship, the research site and the
characterization of collaborators. They also present each step of this methodology, starting from the interviews
and following on to the reading, transcription, text correction, floating reading, trans-creation, identification of the
vital tone as well as that of analysis categories. Finally, they point out the categories that have been removed
from the account by making comments on the topics referring to each one. The technique was shown to be effective for
the apprehension of subjective categories and as way to understand personal and social relationships in the
everyday practice of nursing in mental health.
CONSIDERAÇÕES GERAIS