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Garantias Constitucionais Individuais

INTRODUÇÃO
Entre as garantias constitucionais individuais estão inclusos o direito de petição, o habeas corpus, o
habeas data, o mandado de segurança, o mandado de injunção; e entre as garantias coletivas a ação
popular.
Estas garantias também chamadas, por JOSÉ AFONSO DA SILVA, de remédios constitucionais,
no sentido de meios postos à disposição dos indivíduos e cidadãos para provocar a intervenção das
autoridades competentes, visando sanar, corrigir, ilegalidades e abusos de poder em prejuízo de
direitos e interesses individuais.
São garantias constitucionais na medida em que são instrumentos destinados a assegurar o gozo de
direitos violados ou em vias de ser violados ou simplesmente não atendidos.
Tais remédios atuam precisamente quando as limitações e vedações não foram bastante para
impedir a prática de atos ilegais e com excesso de poder ou abuso de autoridade.
Explanaremos neste trabalho as garantias constitucionais, que limitamos a apresentar o direito de
petição, habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção, ação popular.
1. DIREITO DE PETIÇÃO
Nasceu na Inglaterra durante a Idade Média. Resultou das Revoluções inglesas de 1628, mas que já
se havias insinuado na própria Magna Carta de 1215. Consolidou-se com a Revolução de 1689 com
a declaração dos direitos (bill of rights).
Consistia, inicialmente, em simples direito de o Grande Conselho do Reino, depois o Parlamento,
pedir ao Rei sanção das leis.
Não foi, porém, previsto no Declaração francesa de 1789. Veio a constar, enfim, das Constituições
francesas de 1791 (parágrafo terceiro do título I) e de 1793 (Declaração de Direitos, artigo 32).
Define-se como o direito que pertence a um pessoa de invocar a atenção dos poderes públicos sobre
uma questão ou uma situação, seja para denunciar um lesão concreta, e pedir a orientação da
situação, seja para solicitar um modificação do direito em vigor no sentido mais favorável a
liberdade.
No nosso direito pátrio, está consignado no artigo 5º, inciso XXXIV, alínea a:
Art. 5º, XXXIV: "são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso
de poder." (grifo nosso)
O que se tem observado é que o direito de petição é mais um sobrevivência do que uma realidade.
Nota-se também que ele se reveste de dois aspectos: pode ser uma queixa, uma reclamação, e então
aparece como um recurso não contencioso (não jurisdicional) formulados perante as autoridades
representativas; por outro lado, pode ser a manifestação da liberdade de opinião e revestir-se do
caráter de uma informação ou de uma aspiração dirigidas a certas autoridades.
O direito de petição cabe a qualquer pessoa. Pode ser utilizado por pessoa física ou jurídica; por
indivíduo ou grupos de indivíduos; por nacionais ou por estrangeiros. Pode ser dirigido a qualquer
autoridade do Legislativo, do Executivo ou do Judiciário.
É importante frisar que o direito de petição não pode ser destituído de eficácia. Não pode a
autoridade a quem é dirigido escusar pronunciar-se sobre a petição, quer para acolhê-la quer para
desacolhê-la com a devida motivação. Algumas Constituições contemplam explicitamente o dever
de responder, são elas: Colômbia, Equador, Venezuela.
"O direito de petição não pode separar-se da obrigação da autoridade de dar resposta e
pronunciar-se sobre o que lhe foi apresentado, já que separado de tal obrigação, de verdadeira
utilidade e eficácia. A obrigação de responder é ainda mais precisa e grave se alguma autoridade
a formula, em razão de que, por sua investidura mesmo, merece tal resposta, e a falta dela
constitui um exemplo deplorável para a responsabilidade dos Poderes Públicos."
A Constituição não prevê sanção a falta de resposta ou pronunciamento da autoridade, mas parece
nos certo que ela pode ser constrangida por mandado de segurança, quer quando se nega
expressamente a pronunciar-se quer quando se omite. Contudo, cabe processo de responsabilidade
administrativa, civil e penal, quando a petição visar corrigir abuso.
2. HABEAS CORPUS
Foi o primeiro remédio constitucional a integrar as conquistas liberais. Encontrado na Inglaterra
antes mesmo da Magna Carta de 1215. No início não era vinculado a idéia de liberdade de
locomoção, mas ao conceito do duo process of law. Era até mesmo utilizado em matéria civil.
No Brasil, não ingressou na Constituição do Império, formalmente, mas PONTES DE MIRANDA é
de opinião que estava implicitamente previsto. Formalmente, foi instituído no Código de Processo
Criminal de 1832, no seu artigo 340. E constitucionalizou-se, em termos amplos, por meio do
parágrafo 22 do artigo 72 da Constituição de 1981. Vejamos a crítica do eminente RUY
BARBOSA:
"Logo o habeas corpus hoje não está circunscrito aos casos de constrangimento corporal: o
habeas corpus hoje se estende a todos os casos em que um direito nosso, qualquer direito, estiver
ameaçado, manifestado, impossibilitando seu exercício pela intervenção de um abuso de poder ou
de um ilegalidade."
Atualmente, com a redação do art. 5º, inciso LXVII da CRFB/88, o habeas corpus é um remédio
destinado a tutelar o direito de liberdade de locomoção, liberdade de ir, vir, para e ficar. Tem
natureza de ação constitucional penal.
 
3. MANDADO DE SEGURANÇA
3.1. Mandado de segurança individual
A Constituição contempla duas formas de mandado de segurança: mandado de segurança individual
e mandado de segurança coletivo. O primeiro será objeto de explanação neste subitem e o segundo,
no próximo.
Como dispõe o artigo 5º, inciso LXIX da Magna Carta, visa amparar direito pessoal líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data. Só o próprio titular desse direito tem legitimidade
para impetrar o mandado de segurança individual, que é oponível contra qualquer autoridade
pública ou contra agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas, com o objetivo de
corrigir ato ou omissão ilegal ou decorrente de abuso de poder. Constituindo-se verdadeiro
instrumento de liberdade civil e liberdade política e civil.
Esse mesmo artigo amplia o aspecto passivo do mandado de segurança: (a) autoridades públicas:
expressão que abrange todas as pessoas físicas que exercem alguma função estatal, como os agentes
políticos, os agentes delegados e os agentes administrativos; (b) agentes de pessoas jurídicas no
exercício de atribuições do Poder Público: entram todos os agentes de pessoas jurídicas privadas
que executem, a qualquer título, atividades, serviços e obras públicas.
Para elucidar melhor o que é esse direito líquido e certo assegurado por esse mandado, vejamos o
que nos ensina o ilustre ALEXANDRE DE MORAES:
"direito líquido e certo é o que resulta de fato certo, ou seja, é aquele capaz de ser comprovado, de
plano, por documentação inequívoca. Note-se que o direito é sempre líquido e certo. A
caracterização da imprecisão e incerteza recai sobre os fatos, que necessitam de comprovação."
Segundo JOSÉ AFONSO DA SILVA, observando o direito quando existente, é sempre líquido e
certo, os fatos é que podem ser imprecisos e incertos, exigindo comprovação e esclarecimentos para
propiciar a aplicação do direito invocado pelo postulante.
Se sua existência for duvidosa, se sua extensão não tiver delimitada, se sua existência depender de
situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido
por outros meios judiciais.
Vejamos o que nos ensina o ilustre relator do Recuso Especial, sobre o cabimento do mandado de
segurança quanto ao direito líquido e certo:
"EMENTA: regulamentação de visita – modificação – carta de sentença – apelação recebida no
duplo efeito – mandado de segurança – lei n. 9.139/95 – art. 520 do CPC."
O particular não está obrigado a exaurir a via administrativa para utilizar-se do mandado de
segurança, pois este não está condicionado ao uso prévio de todos os recursos administrativos, uma
vez que ao Judiciário não se poder furtar o exame de qualquer lesão de direito. Este cabimento é
reforçado pela Súmula 429, vejamos:
"a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso de mandado de
segurança contra omissão da autoridade."
É pacífico o não cabimento do mandado de segurança contra decisão judiciária com trânsito e
julgado e contra lei ou ato normativo em tese, salvo se veicularem autênticos atos administrativos,
produzindo efeitos concretos individualizados.
O direito invocado, para ser amparável por mandado de segurança, há de vir expresso em norma
legal e trazer em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante.
Então, o mandado de segurança é um remédio constitucional, com natureza de ação civil, posto a
disposição de titulares de direito líquido e certo, lesado ou ameaçado de lesão, por ato ou omissão
de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Resumindo: quem tem legitimidade ativa é o titular do direito líquido e certo, que pode ser pessoa
física ou jurídica, nacional ou estrangeira, domiciliada ou não em nosso País; quem possui
legitimidade passiva é a autoridade coatora que pratica ou ordena concreta e especificamente a
execução ou inexecução do ato impugnado, cabe contra o que todo ato comissivo ou omissivo de
qualquer autoridade no âmbito dos Poderes de Estado e do Ministério Público.
3.2. Mandado de segurança coletivo
O mandado de segurança coletivo surgiu de sugestão da Subcomissão de Garantia da Constituição,
Reforma e Emendas, conforme art. 29 do Anteprojeto que teve como Relator o Constituinte Nelson
Friedrich.
O mandado de segurança coletivo tende a ter grande influência na realização de direitos de
coletividades inteiras, para o que o mandado de segurança individual se revelava instrumento não
totalmente satisfatório.
Instituiu no art. 5º, LXX quem possui legitimidade ativa para impetrá-lo: (a) partido político com
representação no Congresso Nacional; (b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seu
membros ou associados.
Assenta-se em dois elementos: um, institucional, caracterizado pela atribuição da legitimação
processual a instituições associativas para a defesa de interesses de seus membros ou associados;
outro, objetivo, consubstanciado no uso do remédio para a defesa de interesses coletivos.
Segundo CELSO AGRÍCOLA BARBI, a legitimação dessas entidades de classe e associativas se
destina a reclamar direitos subjetivos individuais dos membros dos sindicatos e dos associados de
entidades de classe e associações.
Outra questão é saber se as associações podem impetrar mandado de segurança coletivo sem
autorização ou se precisam desta, tal como prevê em geral o disposto no art. 5º, XXI, segundo o
qual as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar
seus filiados judicial ou extrajudicialmente. Pesamos que a regra geral prevalece em todos os casos
em que se reclama o direito subjetivo individual dos associados.
Pouco provável que partidos políticos pudessem agir em defesa de direitos subjetivos de cidadãos,
pela via do mandado de segurança coletivo.Entendemos em eles podem defender direito subjetivo
individual de seus membros, desde que se admita, como se está admitindo, que o mandado de
segurança coletivo também é meio hábil para a defesa de direito subjetivo individual de integrantes
da parte institucional legitimada.
Sobre o requisito do direito líquido e certo nada consta como exigência no disposto legal. No art. 5º,
LXX, b fala em "interesses" e não em "direitos".
O requisito do direito líquido e certo será sempre exigido quando a entidade impetra o mandado de
segurança coletivo na defesa de direito subjetivo individual. Quando o sindicato usá-lo na defesa de
interesse coletivo de seus membros e quando os partidos políticos impetrarem-no na defesa de
interesse coletivo difuso exigem-se ao menos a ilegalidade e a lesão do interesse que o fundamenta.
 
4. MANDADO DE INJUNÇÃO
4.1. Mandado de injunção individual
Nasceu na Inglaterra, no séc. XIV, como essencial remédio da Equity (juízo de equidade), ou seja, é
um remédio outorgado, mediante um juízo discricionário, quando faltar norma legal regulando a
espécie.
Segundo o artigo 5º, inciso LXXI da Constituição de 1988, o mandado de injunção constitui um
remédio ou ação constitucional posto a disposição de quem considere titular de qualquer daqueles
direitos, liberdades ou prerrogativas inviáveis por falta de norma regulamentadora exigida ou
suposta pela Constituição.
Sua principal finalidade consiste me conferir imediata aplicação a norma constitucional portadoras
daqueles direitos e prerrogativas, inerte em virtude de ausência de regulamentação.
Seu objeto: assegurar o exercício (a) de qualquer direito constitucional não regulamentado; (b) de
liberdade constitucional não regulamentada; (c) das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania, à cidadania, também quando não regulamentadas.
Seus pressupostos são: (a) a falta de norma regulamentadora do direito, liberdade ou prerrogativa
reclamada; (b) ser o impetrante beneficiário direto do direito, liberdade ou prerrogativa que postula
em juízo.
Muitos direitos constam em normas constitucionais que prevêem uma lei ordinária ou um alei
complementar para terem efetiva aplicação. Contudo, há casos em que a norma constitucional
apenas supõe, por sua natureza, por sua indeterminação, a necessidade de uma providência do Poder
Público para que possa ser aplicada.
Norma regulamentadora é, assim, toda medida para tornar efetiva norma constitucional. Se a lei não
vier, o direito previsto não se concretizará. É aí que entra a função do mandado de injunção: fazer
com que a norma constitucional seja aplicada a favor do impetrante, independentemente de
regulamentação, e exatamente porque não foi regulamentada.
O direito, a liberdade ou as prerrogativas estabelecidas em normas constitucionais regulamentadas,
quando não satisfeitos, só podem ser reclamados por outro meio judicial.
Se não houver lei superveniente que regule tal matéria, caberá mandado de injunção, que o juiz
decidirá com base na equidade e os princípios gerais de direito.
Não é função do mandado de injunção pedir a expedição da norma regulamentadora, pois ele não é
sucedâneo da ação de inconstitucionalidade por omissão (art.103, §2º, CF/88).
O conteúdo da decisão consiste na outorga direta do direito reclamado. O impetrante age na busca
direta do direito constitucional em seu favor, independentemente de regulamentação. Por isso é que
dissemos que ele precisa ter interesse direto no resultado do julgamento.
Não importa a natureza do direito que a norma constitucional confere. Desde que seu exercício
dependa de norma regulamentadora e desde que esta falte, o interessado é legitimado a propor o
mandado de injunção, quer a obrigação de prestar o direito seja do Poder Público, quer incuba a
particulares.
Em outras palavras, cabe a um indivíduo, na busca direta de um direito, impetrar mandado de
injunção, quando faltar lei que regulamente determinada norma constitucional de eficácia reduzida,
quer a obrigação de prestar o direito seja do Poder Público, quer seja do particular.
4.2. Mandado de injunção coletivo
Pode ser impetrado por sindicato (art. 8º, III) no interesse de Direito Constitucional de categorias de
trabalhadores quando a falta de norma regulamentadora desses direitos inviabilize seu exercício.
Os sindicatos são partes legítimas para defender direitos e interesses da categoria, o mandado de
injunção utiliza-se de tal situação, como proposto de qualquer outra entidade associativa nos termos
do art. 5º, XXI, assume a natureza coletivo.
5. HABEAS DATA
Foi introduzido no direito pátrio com a Constituição de 1988 como um instrumento essencialmente
político, trata-se de meio posto à disposição das pessoas para que conheçam as informações a seu
respeito constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público, permitindo ainda que seja feito a retificação dos dados eventualmente inexatos.
O habeas data (art. 5º, LXXII, CF/88) é um remédio constitucional que tem por objeto proteger a
esfera íntima dos indivíduos contra: (a) usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por
meios fraudulentos, desleais ou ilícitos; (b) introdução nesses registros de dados sensíveis; (c)
conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei.
Podemos afirmar que é o direito ao controle da circulação de dados pessoais, e é personalíssimo ao
titular dos dados, que pode ser brasileiro ou estrangeiro. Uma decisão do STJ admitiu que os
herdeiros legítimos do falecido ou se cônjuge supérstite poderão impetrar o habeas data.
É uma decisão liberal que supera o entendimento meramente literal do texto, com justiça, pois não
seria razoável que se continuasse a fazer uso ilegítimo e indevido dos dados do morto, afrontado sua
memória, sem que houvesse meio de corrigenda adequado.
O objeto do habeas corpus consiste em assegurar: (a) o direito de aceso e conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, consoantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais e de entidades de caráter público; (b) o direito à retificação desses dados,
importando isso a atualização, correção e até a supressão, quando incorretos.
As instituições de cadastramento de dados pessoais para controle ou proteção do crédito ou
divulgadora profissionais de dados pessoais, como as firmas de assessoria e fornecimento de malas-
diretas.
Será legitimado passivamente o órgão ou entidade, e não uma pessoa que ocupe um determinado
cargo. Bem como, quem tem legitimidade para impetrá-lo é o próprio interessado.
Existem disposições sobre a competência dos órgãos judiciários federais para processar e julgar o
habeas data e figuram nos art. 102, I, d, II, a; art. 105, I, b; art. 108, I, c; art. 109, VIII; e art.
121,§4º, V; competência agora também especificada no art. 20 da Lei 9.507/97.
O rito processual é disciplinado pela Lei 9.507/97, que pressupõe uma fase administrativa prévia,
que começa com o requerimento do interessado apresentado ao órgão ou entidade depositária do
registro ou banco de dados e que será deferido ou indeferido no prazo de 48horas, comunicada a
decisão ao requerente em 24horas.
Se deferido o requerimento, o depositário do registro ou banco de dados marcará dia e hora para que
o requerente tome conhecimento das informações. Constatada a inexatidão de qualquer dado a seu
respeito, o interessado, em petição acompanhada de documentos comprobatórios, poderá requerer
sua retificação, que deverá ser feita, no máximo, em 10 dias.
Indeferido o pedido de acesso às informações, ou verificado o transcurso do prazo de 10 dias sem
decisão, ou recusa de retificação pleiteada ou o decurso de mais de 15 dias sem decisão, ou ainda
recusadas as anotações se explicação ou contestação apresentada pelo requerente, então, poderá ele
recorrer ao Poder Judiciário, mediante petição nas formas do arts. 282 a 285 do CPC, pleiteando a
concessão do habeas corpus, que lhe assegure o acesso às informações, as retificações solicitadas,
bem como as anotações pleiteadas.
Ao despachar a inicial, o juiz ordenara que se notifique o coator do conteúdo da petição, entregando
a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo
de 10 dias, preste as informações que julgar necessárias.
Feita a notificação, o serventuário em cujo cartório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica do
ofício endereçado ao coator, bem como a prova da sua entrega a este ou da recusa, seja de recebê-
lo, seja de dar recebido.
Se o juiz julgar procedente o pedido, marcará data e horário para que o coator apresente: (a) ao
impetrante as informações a seu respeito, constantes de registro e bancos de dados; (b) em juízo a
prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do impetrante.
Da sentença, que só terá efeito devolutivo, cabe apelação. O pedido de habeas data poderá ser
renovado se a decisão denegatória não houver apreciado o mérito.
6. AÇÃO POPULAR
O nome ação popular deriva do fato de atribuir-se ao povo, ou a parcela dele, legitimidade para
pleitear, por qualquer de seus membros, a tutela jurisprudencial de interesse que não lhe pertence,
ut singuli, mas à coletividade.
O que lhe dá conotação essencial é a natureza impessoal do interesse defendido por meio dela:
interesse da coletividade. Ela há de visar a defesa de direito ou interesse público.
Toda ação popular consiste na possibilidade de qualquer membro da coletividade, com maior ou
menor amplitude, invocar a tutela jurisdicional a interesses coletivos.
A legislação específica que regulamenta esta ação é a Lei n. 4.717/65, bem como encontramos
dispositivo constitucional a seu respeito no art. 5º LXXIII.
Qualquer cidadão tem legitimidade para o exercício de um poder de natureza essencialmente
política, e constitui manifestação diretas da soberania popular consubstanciada no art. 1º, parágrafo
único. Sob esse aspecto é uma garantia constitucional política.
Ela dá a oportunidade de o cidadão exercer diretamente a função fiscalizadora, que, por regra, é
feita por meio de seus representantes nas Casas Legislativas.
É também uma ação judicial porquanto consiste num meio de invocar a atividade jurisprudencial
visando a correção de nulidade de ato lesivo; (a) ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe; (b) à moralidade administrativa; (c) ao maio ambiente; e (d) ao patrimônio
histórico e cultural.
Sua finalidade é, pois, corretiva, não propriamente preventiva, mas a lei pode dar, como deu, a
possibilidade de suspensão liminar do ato impugnado para prevenir a lesão.
Contudo, ela se manifesta como uma garantia coletiva na medida em que o autor popular invoca a
atividade jurisdicional, por meio dela, na defesa da coisa pública, visando a tutela de interesses
coletivos, não de interesse pessoal.
Na jurisprudência encontrada em apêndice, discute-se a necessidade ou não de perícia para
demonstrar e/ou constatar se houve lesão ao patrimônio público. Que sua ementa reza assim:
"Ação popular – Recurso especial – Perícia – Necessidade que se efetue antes da sentença –
Inteligência do art. 14 da Lei n. 4.717/65 – Violação à lei federa não configurada –
Fundamentação ausente – Inadimissibilidade."
A natureza da decisão da ação é desconstitutiva-condenatória, visando tanto à anulação do ato
impugnado quanto à condenação dos responsáveis e beneficiários em perdas e danos.
As consequências da procedência da ação são: (a) invalidade do ato impugnado; (b) condenação dos
responsáveis e beneficiários em perdas e danos; (c) condenação dos réus às custas e despesas com a
ação, bem como honorários advocatícios; (d) produção de efeitos da coisa julgada erga omnes.
A competência para processar e julgar será determinada pela origem do ato a ser anulado. Não há
previsão de competência originária do STF para o processo e julgamento de ações populares
 
CONCLUSÃO
Percebemos desta forma a importância do tema tanto no âmbito constitucional quanto no âmbito
processual, visto que para cada uma das garantias constitucionais existe um meio próprio para a sua
proteção jurídica.
Assim, o habeas data se torna, ao lado do habeas corpus e do mandado de segurança, um dos
fatores do desenvolvimento cultural e político do país, pois consolida sua estrutura jurídica e
fortalece o Estado de Direito.
Realmente, com a ação popular observamos nitidamente o exercício da soberania popular
consagrada nos artigos 1º e 14 da Magna Carta, sendo por conseguinte expressão do direito político.

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