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No Brasil, nos últimos anos foram de grande luta para a estabilidade da economia. Muitas
empresas tiveram de encontrar formas para aumentar a competitividade, reduzir custos e
manter-se no mercado. Uma das conseqüências de uma economia em turbulência é o
aumento do desemprego. Sem muitas alternativas, as pessoas começam a criar novos
negócios, às vezes sem experiência no ramo. Esta maneira de iniciar um negócio pode ser
caracterizada por empreendedorismo de necessidade ou de sobrevivência.
A maior parte dos negócios criados no país é realizada por pequenos empresários que
muitas das vezes não possuem conceitos de gestão de negócios, atuando de forma
empírica e sem planejamento.
Filion (1991) tem uma definição bem abrangente e simples de empreendedor, é uma
pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. Já Dornelas vai mais afundo, colocando
o empreendedor como aquele que faz as coisas acontecerem, que se antecipa aos fatos e
tem uma visão futura da organização. Com a evolução constante da tecnologia, tornou-se
obrigatório fazer previsões ou desenhar cenários, observar as tendências do ambiente é
um modo de detectar as oportunidades de negócios.
Analisando os pontos levantados por estes autores, pode-se destacar que o empreendedor
é um agente de mudança, um inovador. De fato, é uma das tarefas mais difíceis para o
empreendedor. Exige não só a capacidade de criar, mas a capacidade de entender todas as
forças em funcionamento no ambiente. Os aspectos como: iniciativa para criação e
modificação, planejamento estratégico, inquietude operacional, capacidade para assumir
riscos são pontos encontrados na maioria das definições de empreendedorismo.
Artigo I – Ação Empreendedora Definição
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A percepção de um novo negócio é resultado da cultura. A cultura que valoriza um
indivíduo que cria com sucesso um novo negócio dará origem a mais empreendimentos.
O estudo empreendedorismo tem sido intensificado, pois a economia e os meios de
produção se sofisticaram, exigindo uma maior necessidade de conhecimento. A ênfase
em empreendedorismo surge das mudanças tecnológicas, não é apenas um modismo.
Assim, a disseminação da cultura empreendedora, a formação pelo menos básica em
técnicas de gestão de negócios, associada aos conhecimentos tecnológicos
tradicionalmente ministrados pelas instituições educacionais, é imprescindível para a
formação de um profissional mais preparado para o atual mercado de trabalho atual, seja
como um empreendedor conduzindo o seu próprio negócio, ou mesmo um funcionário
inserido no competitivo mercado de trabalho.
Uma teoria de crescimento econômico coloca a inovação como o fator mais importante
para o desenvolvimento econômico. A inovação proporciona desenvolvimento não só em
novos produtos para o mercado, mas também um estímulo para investimentos em novos
empreendimentos que estão sendo criados. Segundo Peter Drucker (1987) a inovação é o
instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança
como uma oportunidade para um negócio ou serviço diferente. Para Schumpeter (1982), a
inovação é um conjunto de novas funções evolutivas que alteram os métodos de
produção, criando novas formas de organização do trabalho e, ao produzir novas
mercadorias, possibilita a abertura de novos mercados mediante a criação de novos usos e
consumos. As limitações do crescimento e desenvolvimento de uma economia estão na
falta de pessoas capazes de empreender.
A mudança que vem ocorrendo no mercado de trabalho brasileiro, em especial nos anos
90, demonstra que a retração do nível de emprego e a alteração do conceito de
empregabilidade são a suas principais manifestações. Intimamente relacionados a estes
pontos, as micro e pequenas empresas assumem cada vez mais um papel de destaque no
cenário sócio-econômico, tanto no que se refere à absorção de mão-de-obra, quanto na
geração de renda. Nos setores intensivos em conhecimento, as pequenas e médias
empresas também cumprem papel de destaque, por serem mais ágeis no processo de
criação e assimilação de inovação tecnológica.
O crescimento acelerado das incubadoras de empresas pode ser atribuído às ações que
elas desenvolvem, voltadas para a redução das dificuldades inerentes aos
empreendimentos de base tecnológica. Cerca de oitocentas empresas de base tecnológica
surgiram no Brasil a partir de incubadoras, com atividades em setores mais especializados
de informática, biotecnologia, dentre outros.
Isto demonstra que o Brasil vem se aprofundando cada vez mais para melhorar e adquirir
conhecimento em empreendedorismo, com intuito de diminuir as taxas de mortalidades
dos empreendimentos. Os resultados apresentados pela pesquisa GEM sugerem que,
Artigo I – Ação Empreendedora Definição
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independente da miopia dos dirigentes políticos, o brasileiro está dando forma e corpo a
seus sonhos pessoais, iniciando novos negócios, inovando e empreendendo, apesar de
todas as forças em contrário.
CONCLUSÃO
A partir deste estudo, pode-se afirmar que o empreendedorismo de fato está mudando a
estrutura da sociedade brasileira. Ele tem contribuído para o desenvolvimento sócio
econômico.
Para que o Brasil caminhe para esta análise é necessário que se invista na propagação do
ensino do empreendedorismo para todos os níveis educacionais, desta forma estará
disseminando a cultura empreendedora.
Hoje a economia mundial opera com novos padrões de relações de trabalho, nos quais a
estabilidade profissional se posiciona longe da realidade encontrada no mercado.
FILION, Louis Jacques; DOLABELA, Fernando. Boa Idéia! E agora? São Paulo:
Cultura, 2000.