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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 2009

APRESENTAÇÃO

Somos agentes e testemunhas das mudanças dramáticas pelas quais o


mundo passa. O que fazia sentido ontem já não o faz hoje e seguramente
será irrelevante amanhã. O espírito empreendedor de criadores como Graham
Bell e Henry Ford, embora presente sob novas roupagens, deve incorporar
novas texturas e valores na sua relação com o meio e os recursos disponíveis
para suas inovações. A preocupação com a sustentabilidade da ação humana
e seus efeitos sociais e ambientais tornou-se hoje pré-requisito para todo novo
empreendimento. Década após década, o ranking das melhores e maiores
empresas listadas nas edições de revistas especializadas, como Forbes e
Fortune, mostram rotatividade maior, poucas permanecendo ano após outro.
Essa dinâmica de empresas se superando e tomando o lugar de antigas
campeãs mostra a força e a importância da inovação e da ação estruturadas
dos empreendimentos, com base no conhecimento do mercado, da tecnologia
e dos instrumentos modernos de gestão.

A importância da atividade empreendedora que inova e traz nova riqueza à


economia, gerando emprego e atendendo a necessidades sociais, está
amplamente evidenciada. Os estudos do GEM confirmam essa constatação,
revelando que, dentre os que empreendem, seja pelo motivo que for, são
aqueles que buscam a inovação e almejam o crescimento do seu negócio os
que realmente contribuem para o crescimento e evolução social. Como os
demais países que estão na corrida pela liderança dos mercados globais, o
Brasil, apesar de continuar a se destacar como possuidor de uma população
empreendedora, requer ainda alguns avanços considerados críticos para que
a verdadeira força do empreendedorismo possa cumprir seu papel histórico
de transformação e criação do novo, garantindo, dessa forma, o tão almejado
desenvolvimento sustentável.

No Brasil, a consolidação da estabilidade econômica e a manutenção do


regime democrático têm criado oportunidades para novas conquistas da
atividade empreendedora. A taxa de empreendedorismo em estágio inicial
(TEA) nacional foi a mais alta da série histórica da pesquisa GEM desde
2001. Em termos absolutos, o Brasil possui cerca de 33 milhões de pessoas
desempenhando alguma atividade empreendedora. Em termos da TEA, o
Brasil não figura mais entre os dez primeiros colocados da lista do GEM. Isso
é resultado principalmente da entrada de novos países na pesquisa, que para a
boa surpresa de toda a equipe são fortemente empreendedores e reforçam a
importância de se conhecer o tema em novos lugares a cada ano.

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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 2009

O destaque desta edição da pesquisa GEM Brasil é que, apesar do forte


impacto que a crise teve na atividade econômica mundial, o empreendedorismo
nacional não se abalou. Observou-se certa aceleração do empreendedorismo
por necessidade em detrimento daquele por oportunidade, mas ambos
perceberam um incremento nas taxas. Esse fato é certamente explicado pelo
impacto da crise sobre o emprego, particularmente sobre o emprego industrial,
que é o primeiro a sentir a escassez de crédito, pois sem alternativa a indústria
é levada a demitir. Por outro lado, o crescimento do empreendedorismo por
oportunidade é fruto da natureza empreendedora da população brasileira,
que, mesmo ao observar a crise, vê que ela será passageira e que após a
tempestade boas oportunidades de negócios surgirão.

Com a divulgação à sociedade dos resultados da pesquisa no Brasil, esperamos


contribuir com mais um passo na direção de um desenvolvimento realmente
sustentável e que pautado na atividade empreendedora e na inovação,
o país possa materializar o sonho de uma sociedade mais produtiva e com
oportunidades para todos. Estudos como o GEM têm implicações importantes
para a política pública e a definição das prioridades nacionais nesse âmbito.
A inovação e o empreendedorismo já estão entre nossas prioridades, mas o
que fazer de concreto depende de que entendamos melhor nossa realidade.
O GEM dá uma contribuição inestimável para isso com esta nova publicação.

Rodrigo Costa da Rocha Loures


Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)

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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 2009

PREFÁCIO
Com esta edição, o Brasil completa um ciclo de dez anos de estudos
ininterruptos sobre o universo empreendedor, por meio da pesquisa GEM.
Trata-se de um feito raro no país, em que grande parte dos indicadores carece
de série histórica.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) integra


o grupo GEM desde 2000, quando a palavra “empreendedorismo” ainda
soava estranha, por ser um conceito até então pouco difundido. De lá pra cá, o
cenário do país melhorou bastante e o papel do Sebrae para a sociedade foi se
ampliando, junto a novos e complexos desafios.

Em todos esses anos, flagramos a diminuição da mortalidade das empresas,


o aumento da capacitação dos trabalhadores e um ambiente mais propício
a novos negócios, a partir dos benefícios da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa, que hoje se encontra em seu terceiro ano de existência.

Esta edição da GEM analisa, entre vários fatores, os impactos do auge da


crise mundial, em 2009. Uma das consequências disso é a queda no índice
de empreendedores por oportunidade (os que têm vocação ou enxergam
nichos de mercado). Na pesquisa anterior, para cada dois empreendedores por
oportunidade havia um por necessidade. Hoje, a razão é de 1,6 para 1. Mas ao
mesmo tempo é curioso observar que entre os empreendimentos nascentes
houve aumento entre os que são motivados por oportunidade.

E novamente flagramos percentual maior de mulheres empreendedoras


(53%) do que homens (47%). Mas é a primeira vez que a proporção do
empreendedorismo feminino por oportunidade supera a do masculino na
mesma condição. Estes e outros indicadores são bem mais relevantes,
portanto, do que o ranking com as taxas de nações mais empreendedoras.

Em todo caso, o Brasil, que ao longo de dez anos de pesquisa GEM apresentou
média de 13% de sua população economicamente ativa empreendendo, nesta
edição registra taxa de 15%.

Como será visto nas páginas seguintes, esta edição oferece novos conceitos
e metodologias, além de abordagens inéditas, na tentativa de aperfeiçoar
os indicadores, que formam o mais completo retrato do empreendedorismo
global em 54 países. Temos agora mais uma referência de estudo para formular
novas políticas públicas dirigidas às micro e pequenas empresas. Boa leitura!

Paulo Tarciso Okamotto


Diretor presidente do Sebrae

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