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Um exemplo clássico de inflação foi o aumento de preços no Império Romano, causado pela desvalorização
dos denários que, antes confeccionados em ouro puro, passaram a ser fabricados com todo tipo de
impurezas. O imperador Diocleciano, ao invés de perceber essa causa, já que a ciência econômica ainda não
existia, culpou a avareza dos mercadores pela alta dos preços, promulgando em 301 um edito que punia com
a morte qualquer um que praticasse preços acima dos fixados.
A inflação pode ser contrastada com a reflação, que é ou um aumento de preços de um estado deflacionado,
ou alternativamente, uma redução na taxa de deflação (ou seja, situações em que o nível geral de preços está
caindo em uma taxa decrescente). Um termo relacionado é desinflação, que é uma redução na taxa de
inflação, mas não o suficiente para causar deflação.
Índice
[esconder]
• 1 Processos inflacionários
• 2 Distorções
• 3 O papel da inflação na economia
• 4 Medição da inflação
• 5 Histórico do Quadro Inflacionário no Brasil
o 5.1 Índices da inflação (IBGE)
• 6 Inflação na Alemanha
• 7 Ver também
• 8 Referências
• 9 Bibliografia
• 10 Ligações externas
• Inflação prematura - processo inflacionário gerado pelo aumento dos preços sem que o pleno
emprego seja atendido.
• Inflação reprimida - processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por parte do
governo.
• Inflação de custo - processo inflacionário gerado pelo aumento dos custos de produção.
Por causa de uma redução na oferta de fatores de produção, o seu preço aumenta. Com o custo dos
fatores de produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma redução na oferta dos bens de
consumo aumentando seu preço. A inflação de custo ocorre ceteris paribus quando a produção se
reduz.
• Inflação de demanda - processo inflacionário gerado pelo aumento do consumo com a economia em
pleno emprego. Ou seja, os preços sobem por que há aumento geral da demanda sem um
acompanhamento no crescimento da oferta.
Esse tipo de inflação é causada também pela emissão elevada de moeda e aumento nos níveis de
investimento, pois, ceteris paribus, passa a haver muito dinheiro à cata de poucas mercadorias. Uma
das formas utilizadas para o controle de uma crise de inflação de demanda, é um redução na oferta de
moeda, que gera uma redução no crédito, e conseqüente desaceleração econômica. Outras
alternativas são os aumentos de tributos, elevação da taxa de juros e das restrições de crédito.
Há ainda aqueles que discutem a chamada inflação (por razão) estrutural, proposta pela CEPAL, que tem a
ver com alguma questão especifica de uma determinado mercado, como pressão de sindicatos, tabelamento
de preços acima do valor de mercado (caso do salário mínimo), imperfeições técnicas no mecanismo de
compra e venda.
Outro tipo de inflação, também muito danoso, é a Inflação Inercial, onde há um círculo vicioso de elevação
de preços, taxas e contratos, com base em índices de inflação passados. Quase na mesma linha, podemos
citar ainda a Inflação de Expectativas, consequência de um aumento de preços provocados pelas projeções
dos agentes sobre a inflação.
[editar] Distorções
A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais distorções acontecem na
Distribuição de Renda (já que assalariados não tem a mesma capacidade de repassar os aumentos de seus
custos, como fazem empresários e governos, ficando seus orçamentos cada vez mais reduzidos até a chegada
do reajuste), na Balança de Pagamentos (inflação interna maior que a externa causa encarecimento do
produto nacional com relação ao importado o que provoca aumento nas importações e redução nas
exportações), na Formação de Expectativas (diante da imprevisibilidade da economia, o empresariado reduz
seus investimentos), no Mercado de Capitais (causa migração de aplicações monetárias para aplicações em
bens de raiz (terra, imóveis), e também a Ilusão Monetária (interpretação errada da relação de ajuste do
salário nominal com o salário real, que gera percepção de maior renda e consequentemente decisões
equivocadas. As pessoas, julgando-se mais ricas, demandam mais bens e serviços e, com oferta a pleno
emprego, causa inflação).
Muitos na comunidade financeira lembram do "risco escondido" da inflação como um incentivo essencial
para o investimento, ao invés da simples poupança, riqueza acumulada. A inflação, desta perspectiva, é vista
como a expressão no mercado do valor temporal do dinheiro ou mais precisamente moeda, no chamado
"economês" (linguagem da do mundo da ciência econômica). Ou seja, se um real hoje é mais valioso que um
real daqui a um ano, devido à desvalorização dos meios de produção, fonte desse real, então, deve haver
uma desvalorização também do real na economia como um todo, no futuro. Desta perspectiva, a inflação
representa a incerteza ou sobre - valorização de "algo" que na verdade não existe, ou seja sobre o valor ou
"renda, composta da e na moeda no e do futuro".
Segundo os economistas da Escola austríaca, a inflação (no sentido clássico), provoca efeitos sobre a
estrutura de produção da economia. Numa re-acomodação, no que seria uma forma de se fazer algo para a
sociedade, redistribuindo rendas e causando uma desproporcionalidade sem rejeição, em relação ao volume
de demanda para os vários setores da economia, o que Keynes, concorda, já que os preços não mudam todos
juntos (ceteris paribus); e sim cada um com diferente intensidade econométrica. No caso de inflação
monetária, da moeda, em si, em que a moeda é injetada no mercado de crédito(que é a moeda); o que acaba
por se tornar em investimentos ineficientes aos que são criados, e o que leva finalmente, às crises
econômicas.
A inflação, entretanto, além destas conseqüências tem vários outros efeitos crescentemente negativos na
economia. Efeitos que se relacionam com o "abatimento" de atividade econômica prévia. Desde que a
inflação é geralmente resultado de políticas erradas, governamentais; segundo Keynes, para aumentar a
disponibilidade de moeda, pois a moeda TEM QUE SER REAL, dessa forma, a contribuição do governo
para um ambiente inflacionário é vista como uma variação para mais ou para menos na chamada "taxa sobre
a moeda em circulação", o "JURO", como controle ou COMANDO. Com o aumento ou diminuição da
inflação; aumenta ou diminui, desse peso, sobre o dinheiro em circulação—isso por sua vez promove um
aumento da velocidade, na fórmula de Keynes(vide obra), de circulação do dinheiro, mais precisamente ou
econometricamente moeda, o que por sua vez reforça para mais ou para menos o processo inflacionário
(veja teoria quantitativa da moeda) de Keynes, em um círculo virtuoso ou vicioso, que pode levar à
hiperinflação ou ao equilíbrio.
Numa economia em que alguns setores são "indexados" ou "REALIZADOS ou CORRIGIDOS, quanto à
inflação e outros não, ... - a inflação age como uma redistribuição em sentido dos setores indexados(O
REAL, que verdadeiramente está crescendo) e afastando-se dos setores não-indexados(os FALSOS, super
valorizados, uma vez que a Economia se apresenta INVERTIDA, procure entender usando Cálculo
Matemático, em quadrantes diferentes de desenvolvimento Econômico).
Por conta destes efeitos nefastos(em quadrantes diferentes, usando-se Matemática e o Cálculo da
Econometria), os bancos centrais costumam definir a estabilidade de preços como um objetivo primordial de
suas políticas, com uma inflação perceptível, mas baixa, como ideal.
Por outro lado, segundo alguns economistas de formação heterodoxa, tais como Celso Furtado, a inflação
não é um fenômeno meramente monetário: sua raiz está na questão distributiva, como Keynes também
afirma, entre os grupos sociais de uma economia. Isto é, a inflação de preços é o meio pelo qual os grupos
sociais ligados às atividades produtivas dispõem para ampliar a sua apropriação do acréscimo de renda
criado no processo de crescimento econômico, levando a economia para novos equilíbrios distributivos entre
esses grupos. Conforme o argumento de Furtado, se a inflação fosse um efeito meramente monetário e
neutro em relação ao lado real da economia (o lado da produção de bens e serviços), sem afetar a
distribuição de renda, o aumento generalizado de preços deveria ocorrer de forma proporcionalmente
simétrico para todos os setores da economia e não é o que é empiricamente comprovado, defendendo a
teoria de Keynes.
Um outro modelo é o utilizado pelo FED (o banco central americano): aqui, são excluídos do cálculo os
preços de itens mais sujeitos a choques de custo, como alimentos e energia.
[carece de fontes?]
Até 1994 a economia brasileira sofreu com inflação alta, entrando num processo de hiperinflação na década
de 80. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para
o real (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo Banco Central através da política
monetária que segue o regime de metas de inflação.
Especificamente, temos o seguinte quadro inflacionário pelo IPCA cheio, no período 1998-2009:
• 1998 = 1,65%
• 1999 = 8,94%
• 2000 = 5,97%
• 2001 = 7,67%
• 2002 = 12,53%
• 2003 = 9,3%
• 2004 = 7,6%
• 2005 = 5,69%
• 2006 = 3,14%
• 2007 = 4,46%
• 2008 = 5,90%
• 2009 = 4,31%
• 2010 = 5,91%
A moeda nacional do Brasil mudou de nome várias vezes, principalmente nos períodos de altos índices de
inflação. Na maioria das renomeações monetárias, foram cortados três dígitos de zero, estratégia esta que
impediu que um quilo de carne custasse cerca de quatro milhões de unidades da moeda vigente, por
exemplo.