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características:
(1) Estreito relacionamento com Deus (Am 3.7), “Certamente o Senhor DEUS não fará
coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”.
(4) Sensibilidade diante do pecado e do mal (Mq 3.8). “Mas eu estou cheio do poder
do Espírito do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e
a Israel o seu pecado”.
Is 6.8,9 "Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de
ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim . Então, disse ele: Vai e dize a
este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis."
(1) Ro’eh. Este substantivo, traduzido por "vidente", em português, indica a capacidade
especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o
profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente
eram — da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões
e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
(2) Nabi’. (a) Esta é a principal palavra hebraica para "profeta", e ocorre 316 vezes no
AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o
significado do verbo hebraico "profetizar" é: "emitir palavras abundantemente da parte
de Deus, por meio do Espírito de Deus" (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o
nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do Espírito de
Deus. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra "profeta" em português,
significa "aquele que fala em lugar de outrem". Os profetas falavam, em lugar de Deus,
ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle. (b)
No AT, o profeta também era conhecido como "homem de Deus" (ver 2Rs 4.21 nota),
"servo de Deus" (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o Espírito de Deus sobre si (cf.
Is 61.1-3), "atalaia" (Ez 3.17), e "mensageiro do Senhor" (Ag 1.13). Os profetas
também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a história — presente
e futura — sob a perspectiva divina.
(2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram levados à esfera dos milagres à
medida que recebiam a plenitude do Espírito de Deus. Através dos profetas, a vida e o
poder divinos eram demonstrados de modo sobrenatural diante de um mundo que,
doutra forma, se fecharia à dimensão divina.
(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com Deus, e que se tornava
confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a
perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar próximo de Deus, achava-se em harmonia com Deus, e em
simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia,
melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de Deus.
Experimentava as mesmas reações de Deus. Noutras palavras, o profeta não somente
ouvia a voz de Deus, como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em Deus e lealdade a
Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos
falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente
conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto
estabelecido com Deus, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.
(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19;
25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que
o povo considerava leve desvio da Lei de Deus, o profeta interpretava, às vezes, como
funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e
desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que
qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à
iniqüidade (cf. Hb 1.9 nota).
(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18;
20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3– 4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz,
prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr
15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o
profeta verdadeiro era reconhecido como homem de Deus, não havendo, pois, como
ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
(1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante, e sua
adoração a Deus resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse
um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.
(2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à conduta, e as
questões morais. Repreeendiam constantemente os que apenas cumpriam com os
deveres litúrgicos. Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia
justas exigências e insistia em aplicar à vida os eternos princípios de Deus. O profeta
era um ensinador de ética, um reformador moral e um inquietador da
(1) A natureza de Deus. (a) Declaravam ser Deus o Criador e Soberano onipotente do
universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus
supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6). (b)
Enfatizavam que Deus é santo reto e justo, e não pode tolerar o pecado, iniqüidade e
injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em
manifestar a sua ira. Sendo Deus santo, em sua natureza, requer que seu povo seja
consagrado e santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o Deus que
faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo
obedeça aos seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento
mútuo.
(3) Predição e esperança messiânica. (a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a
Deus e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe
mensagens de esperança. Sabiam que Deus cumpriria os ditames do concerto e as
promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel (ver o estudo O
CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACO). No fim, viria o Messias,
e através dEle, Deus haveria de ofertar a salvação a todos os povos. (b) Os profetas
colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica.
Eles tinham de falar a palavra de Deus a um povo obstinado, que, inexoravelmente
rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo
concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada
para o futuro.
(1) se desviasse as pessoas do Deus verdadeiro para alguma forma de idolatria (Dt 13.1-
5);
(5) se predissesse coisas específicas que não cumprissem (Dt 18.20-22). Note que os
profetas, do novo concerto não falavam de modo irrevogável e infalível como os
profetas do AT, que eram a voz primacial de Deus no que dizia respeito a Israel. No
NT, o profeta é apenas um dos cinco dons ministeriais da igreja (ver o estudo DONS
MINISTERIAIS PARA A IGREJA).