Sunteți pe pagina 1din 26

Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb.

Paulo Dias – Junho/Julho 2006

1 – INTRODUÇÃO

Paulo é uma das figuras mais importantes do novo


testamento. As informações sobre sua vida estão nos Atos dos
Apóstolos e nas suas Cartas. Nasceu no ano 10 d.C. na cidade de
Tarso da Cilícia (At.21.39). Judeu, da tribo de Benjamim (Fp.3.5),
cresceu à sombra da mais perfeita tradição judaica. Jovem ainda,
foi para Jerusalém, onde estudou profundamente a Torah, e tornou-
se um fariseu nacionalista. Era, em sua época, um especialista
rigoroso e escrupuloso explicador e seguidor da lei (At.22.1,3).
O apóstolo Paulo foi quem criou a comunicação escrita para o
Novo Testamento; seus escritos e suas cartas são anteriores aos
textos dos evangelhos.
As partes mais importantes e mais respeitáveis dos escritos
apostólicos são as epístolas do Apóstolo Paulo, inclusive pelo
volume, pois sozinhas, as epístolas Paulinas, constituem mais da
metade dos escritos do Novo Testamento.
Mas, sobretudo pela profundidade e pela vastidão dos ensinos
de Paulo, pela abundância das doutrinas morais, as epístolas
Paulinas são escritos ocasionais, nasceram da necessidade que
Paulo sentiu em intervir para o bem da igreja local em termos
espirituais, dissipar dúvidas, aconselhar obreiros e a igreja num
geral. A mente e o coração de Paulo estavam voltados ao bem estar
das igrejas às quais ele escreve, assim como um pai preocupado
com a vida de seus filhos.
As epístolas, ou Cartas do apóstolo Paulo são dirigidas, em
primeiro lugar, às igrejas ou pessoas às quais foram destinadas,
porém, sabemos que seus escritos serviram para outras
comunidades e não só às destinatárias. Aliás, o próprio Paulo
incentiva que suas cartas fossem enviadas a outras igrejas como,
por exemplo, em Colossenses 4.16.
1
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

As trocas entre seus escritos deviam ser freqüentes entre as


igrejas daquela época, e para nós hoje ficou bem mais fácil
entender seus ensinos pois as cartas estão reunidas como um só
volume, ou pelo menos umas próximas às outras.

2 – CARTA AOS ROMANOS


Escrita em + – 57/58 d.C.
Tema: Justificação pela Fé – Local: Roma
Autor: Paulo – Escritor: Tércio (Secretário)
1 - Esboço
Introdução e tema 1.1-17
Saudação: 1.1-7
Ação de graças: 1.8-15
2- A necessidade do Evangelho 1.18 – 3.20
A condenação dos gentios
A condenação dos judeus
A condenação de todos os seres humanos
3- A declaração de que a salvação é pela fé 3.21 – 8.29
Abraão, uma confirmação da justificação pela fé
Resultados da justificação pela fé
Respostas à objeção da justificação pela fé
A justificação de Deus produz: Santificação
A lei e a graça são a expressão maior da justificação em Deus
Exortações práticas 9.1 – 16.27
Devemos trabalhar na igreja por amor a Cristo
Cada qual tem seus deveres
Os políticos (autoridades)
Os servos (homens num geral)
A responsabilidade pessoal de cada crente em relação à igreja
Saudações pessoais e finais

2.1 – A SALVAÇÃO VEM PELA FÉ


Nada sabemos a respeito da origem da comunidade cristã de
Roma, nem sobre as condições em que esta igreja vivia na época
do apóstolo Paulo. As únicas informações que temos são
justamente as que estão na carta aos Romanos.
2
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

A carta aos Romanos parece ter uma finalidade bem definida:


os debates com o judaísmo. Paulo está preocupado em corrigir
falsas interpretações a respeito de sua pregação entre os gentios. O
apóstolo expõe, de maneira serena, clara, ordenada e aprofundada,
a doutrina que já havia exposto na carta aos Gálatas: a Salvação
vem pela fé em Jesus, o filho de Deus.
Paulo mostra nesta carta que só Deus pode Salvar e isso
através de Jesus, e Ele salva não só os Judeus, mas todos quantos
se aproximarem d’Ele, e Deus deu uma anistia geral para que todos
os homens possam se chegar a Ele; essa anistia é seu filho Jesus
Cristo, que é a manifestação suprema do amor de Deus dispensada
à humanidade e não só aos judeus. Ora, para que a humanidade
seja salva o homem tem que acreditar em Jesus Cristo e tornar-se
discípulo de Jesus. A seguir, o Espírito Santo age dentro do homem
e o coloca no âmbito da graça.
2.2- A CONDENAÇÃO DOS PECADORES
o A CULPA DOS GENTIOS
o A CULPA DOS MORALISTAS
o A CULPA DOS JUDEUS
o A CULPA UNIVERSAL
Paulo inicia sua epístola aos Romanos enfatizando a sua
entrega pessoal e total a Cristo, como servo chamado e separado
para o evangelho de Deus. Nos primeiros três capítulos Paulo nos
fala, nos os mais diferentes ângulos, acerca da condenação
universal dos pecadores, sejam gentios ou judeus. Ele nos mostra
que todos os homens, sem distinção, estão debaixo do pecado –
3.9.
A aparente inocência do gentio e a alegada legalidade do
judeu ou o elevado conhecimento do filósofo grego, não são
motivos suficientes ou capazes para justificarem o pecador e livrá-
lo da condenação Divina. Só o reconhecimento da gravidade de
viver uma vida de pecado, e a decisão de abandoná-lo por seguir a
Cristo colocará o homem a salvo da ira de Deus.
2.3 – A culpa dos gentios – 1.19,20
Paulo faz alusão à raça humana em sentido universal. Mostra
como o pecado leva a outro e mais outro, dizendo que toda a raça
humana pecou e distanciada está de Deus.
O homem de tal modo se afastou da revelação de Deus, e
tornou o mundo tão corrupto e desprezível aos olhos de Deus, que
Ele teve que enviar o dilúvio como punição do pecado.

3
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Por outro lado, Paulo descreve o mundo gentio de seu tempo e


afirma que os gentios também tiveram uma revelação de Deus,
mas a rejeitaram – 1.21,23,25, 28,32.
2.4 – As Fontes do Conhecimento de Deus
Duas fontes de conhecimentos sobre Deus foram dadas a toda
a humanidade: são a natureza humana e a consciência humana
– Rm 1.19,20. A essas duas fontes de conhecimento nós chamamos
de: Revelação Geral de Deus. Tanto a nossa natureza como nossa
consciência nos alertam, nos falam sobre o Certo e o Errado.
Dessa forma, o apóstolo Paulo tem razão em dizer que os
gentios pecam quando desobedecem a natureza e a consciência
que Deus colocou dentro de cada ser humano. Essa desobediência
leva-os a cometer idolatria e demais pecados. Isto é, em lugar de
dar atenção à voz de Deus, começam a adorar coisas e objetos, em
vez de adorar o criador.
Vejamos Romanos 1.24 – 1.25 – 1.29
2.5 – A culpa dos moralistas 2.1,16
Paulo prova que todos os seres humanos são pecadores, seja
qual for o modo de vida de cada um. Ele analisa o homem que é
tido como bom, mas na visão humana, pelos padrões humanos. São
aqueles que acham que o modo como vivem é o melhor modo,
pensam ser bons demais e por isso passam a condenar todos os
outros seres humanos. Segundo Paulo, tais pessoas são
indesculpáveis e não escaparão do juízo de Deus – Rm 2.1
Daí surge-nos uma pergunta: como serão salvos aqueles que
nunca ouviram o evangelho? A bíblia nos orienta que aqueles que
não têm lei serão julgados pela escrita em seus corações, à base da
revelação na natureza e consciência humana – Ef. 417,19 – Tt.1.15
Romanos 2.16 nos mostra que no dia do juízo Deus julgará
muita gente pelos pensamentos e sentimentos secretos deles. Esse
julgamento será conforme a justiça de Deus – Rm2.1,6. Será
também segundo os seus feitos – Rm 2.6,10; será sem acepção de
pessoas – Rm 2.11,15.
2.6 – A culpa dos Judeus – Rm. 2.17,29
O judeu busca encobrir seu pecado usando sua religião como
pretexto, mas sua vida não está transformada para com Cristo, e
isso traz a eles maior condenação, pois eles conhecem a palavra de
Deus – Rm 2.21,22. Eles se desviaram da vocação a qual Deus os
chamara, pois sendo eles povo escolhido, deveriam ser uma nação
missionária, destinada a falar a palavra de Deus a outros povos,
mas por haverem negligenciado sua tarefa, Deus nos elegeu em
Cristo, nação santa, povo eleito e sacerdócio real – 1º Pe 2.9.
4
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Então, qual a vantagem de ser judeu? Nenhuma, pois em


Cristo judeu ou gentio, rico ou pobre, senhor ou escravo, todos
necessitam da salvação.
O judeu está também sob condenação, e mesmo assim em
vez de se humilhar tornou-se escarnecedor, crítico, presunçoso,
cego diante da realidade de que na presença de Deus ele não é
nada, e nem é melhor que qualquer gentio, pelo contrário, num
certo sentido, o judeu torna-se mais culpado que os gentios – Rm
2.21,29.
2.7 – A Culpa Universal – Rm. 3.1,20
Nestes primeiros versos de Romanos 3 Paulo nos mostra as
vantagens e desvantagens de ser judeus ou de ser gentios:
a) – O judeu está perdido, pois possui a lei mas não a cumpre;
b) – Porém a necessidade de salvação não é só para o judeu
mas sim para todo o homem;
c) – O veredicto final é arrasador: todos pecaram – Rm 3.19.
2.8 – As Principais Doutrinas que Paulo nos Ensina em
Romanos:
a) – A Justificação
b) – A Redenção e a Propiciação
c) – A fé
d) – As bênçãos da Justificação
e) – O contraste entre o Velho e o Novo homem
2.9 – A justificação
Por justificação entende-se o ato pelo qual Deus declara uma
pessoa perdoada por uma outra ter pagado sua dívida. Na
justificação Deus cancela a nossa dívida – Rm 3.24,26.
Portanto, justificar significa tornar-se ou declarar-se justo, e
isso ocorre não por mérito do pecador, mas sim por mérito de Jesus,
que derramou Seu sangue para nos justificar diante de Deus.
3 – A PROVISÃO DE DEUS
A justiça de Deus torna-se justiça dos homens quando Deus
justifica o pecador. Deus não apenas o torna justo mas Ele o
reconhece como justo, através de três meios:
1º – Pela Graça de Deus – Rm 3.24
2º – Pelo Sangue de Cristo – Rm 3.25
3º – Pela fé – Rm 3.28
3.1 – Redenção e Propiciação

5
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Romanos 3.24,25 nos mostra como Deus resolveu o problema


do pecador. A Redenção foi o preço que Jesus Cristo pagou por nós,
e assim nos fomos imediatamente soltos, livres do pecado pelo
sangue de Jesus.
Propiciação é Jesus ter se sacrificado por nós no calvário. Esse
sacrifício expiador foi oferecido por nosso Senhor. Dessa forma,
provisão e propiciação resultam em remissão, reconciliação e
perdão.
3.2 – A Fé – Rm. 4
O apóstolo Paulo trata do assunto citando como exemplo
Abraão, que foi justificado não por obras e sim pela fé em Deus –
Rm 4.1,8.
Condições para se obter fé: aceitar Jesus, crer que Deus o
enviou para morrer em nosso lugar, crer que Jesus ressuscitou
dentre os mortos – 4.16
3.3 – Bênçãos da Justificação – Rm. 5.1,11
o Um novo relacionamento com a palavra de Deus
o Um novo relacionamento com Deus
o Libertação da culpa pessoal
o Uma nova perspectiva no porvir
3.4 – Contraste entre o Velho e o Novo homem
o Todas as bênçãos de Deus vêm sobre o homem que
aceita Jesus e vive pela fé n’Ele;
o Nosso relacionamento com a nossa natureza pecaminosa
muda;
Triunfamos sobre o pecado;
o Sendo que o velho homem morre espiritualmente e nasce
um novo homem em Cristo.
3.5 – A Santificação – Rm 6.1,14
Santidade é a condição de uma vida separada para Deus e
dedicada ao Reino de Deus. É o processo pelo qual uma pessoa se
torna santa, tornando-se obediente ao Evangelho.
Assim, essa pessoa fará tudo que a palavra de Deus lhe
ordena:
o Passa pelo batismo nas águas;
o Dá testemunho da sua nova vida;
o Prova por seus atos que agora é uma nova criatura; é
livre em Cristo;
o Evita se envolver em situações que o leve a ser tentado;
6
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

o Exerce plenamente sua liberdade em Cristo.


Paulo nos mostra então em Romanos que:
— Somos membros do corpo de Cristo porque fomos
resgatados pelo próprio Jesus, e Ele espera de nós que sirvamos a
Ele e ao Reino de Deus. Paulo diz: “porque o Reino de Deus não é
comida e nem bebida, isto é, coisas materiais ou físicas, tangíveis,
mas o Reino de Deus é justiça, gozo e paz no Espírito Santo.
E como membros do reino de Deus, vivemos no domínio do
Espírito Santo e o nosso ministério consiste em obedecer a Deus e à
sua palavra.

4 – PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS


Escrita em + – 59 d.C.
Local da escrita: Éfeso – Autor: Paulo
4.1 – Síntese
A primeira epístola aos Coríntios não é apenas uma carta na
qual o apóstolo Paulo ministra conselhos e instruções sobre
assuntos de importância da fé e do comportamento cristão, mas
também jorra luz reveladora sobre determinados problemas com os
quais se defronta uma jovem igreja.
Corinto era uma cidade portuária e comercial com mais de
500.000 habitantes, na maioria escravos. Nessa cidade marítima
visitavam e habitavam pessoas de todas as raças e religiões. A
maioria destas pessoas estava atrás da vida fácil que quase nunca
encontravam.
A luxúria, a ganância, a depravação moral e as imoralidades
estavam sempre por perto em Corinto. A riqueza ilícita de uma
minoria estava ao lado da miséria extrema da maioria dos que ali
viviam. Uma boa parte das igrejas de Corinto já estava
reproduzindo, de certa maneira, o ambiente vivido na cidade. A
igreja também estava dividida, e muitos grupos internos brigavam
entre si pelo poder na igreja.
Sendo assim, o primeiro objetivo de Paulo na carta é
restabelecer a unidade espiritual da igreja. Ele adverte que o único
líder da igreja é Cristo, e este não está dividido.
4.2 - As denúncias do Apóstolo
Depois, passa a denunciar os escândalos que pervertem a
comunidade evangélica de Corinto: incesto, julgamentos em
tribunais, as imoralidades. Desta forma, Paulo começa a mostrar à
igreja que ela é o corpo de Cristo e como tal deve ser Santa, sem
mácula ou pecados, pois ela é também o templo do Espírito Santo.
7
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

4.3 – As diversas questões perguntadas pelos Coríntios


à Paulo
Em seguida, Paulo responde a diversas perguntas formuladas
pelos Coríntios. Na primeira série procura orientar os cristãos sobre
o estado de vida de um verdadeiro crente em Cristo, depois
discorre sobre o matrimônio, celibato, divórcio, virgindade e outros
assuntos.
4.4 – Como deve ser o verdadeiro culto a Deus
A carta também apresenta normas para que haja ordem no
culto, e que o mesmo deve ser espiritual. Paulo pede para que
cessem as diferenças entre as classes sociais da igreja e exige a
demonstração de amor verdadeiro de uns para com os outros.
4.5 – Os dons espirituais na igreja
Salienta igualmente que os dons concedidos pelo Espírito
Santo à igreja só terão sentido quando estes forem usados para o
aperfeiçoamento dos santos, e de maneira nenhuma os dons
deverão ser usados para exaltar alguém ou alguns, pois os dons
estão subordinados ao amor de Deus, que é o dom maior para
todos os cristãos.
4.6 – A fé na Ressurreição de Jesus
Por fim, o apóstolo, citando exemplos da própria ressurreição
de Jesus, demonstra que todos os crentes mortos em Cristo um dia
hão de ressuscitar assim como Cristo ressuscitou e isso é
inquestionável, pois o ponto principal da fé cristã é a certeza de que
a vida vence a morte.

5 – SEGUNDA CARTA AOS CORÍNTIOS


Escrita em + – 60 d.C.
Local da escrita: Éfeso - Autor: Paulo
5.1 – Síntese
Nenhum esboço breve pode proporcionar idéia adequada da
riqueza e simpatia desta epístola. O principal motivo que inspira
Paulo a escrevê-la é o de reivindicar sua autoridade apostólica.
5.2 – A força se manifesta na fraqueza
É difícil dar uma visão ordenada da segunda epístola aos
Coríntios, isso porque esta carta é composta provavelmente de
vários escritos que Paulo enviara à dita igreja em ocasiões
diferentes. Um fato é certo: o apóstolo remeteu mais de duas cartas
a essa igreja.
5.3 – Dados sobre os outros escritos de Paulo a Corinto

8
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Alguns dados ajudam a descobrir isso em 1º Co. 5.9. Paulo diz


que tinha escrito uma carta anterior advertindo-os para que eles
não mantivessem relações com gente imoral. Em 2º Co. 2.3 fala de
uma carta severa que ao escrevê-la estava tão preocupado e aflito
que até chorava. Essas duas cartas teriam desaparecido.

6 – CARTA AOS GÁLATAS


Escrita em + – 58 d.C.
Autor: Paulo
6.1 – Da escravidão para a Liberdade
A Galácia não era uma cidade, mas sim, uma região da Ásia
menor. Na segunda viagem missionária do apóstolo Paulo ele
atravessou a Frígia e a região da Galácia – At.16.6 – e ali fundou
várias igrejas.
A epístola aos Gálatas está endereçada a um grupo de igrejas
na Galácia que estava localizada no centro do que hoje se conhece
como Ásia Menor. Os habitantes originais eram os Frígios, com uma
religião de culto à natureza. Muitos judeus moravam nas cidades da
Galácia.
Os Gálatas eram conhecidos pela sua impetuosidade,
inconstância e amor às coisas novas e curiosas. Paulo visitou a
Galácia várias vezes – At.13.51 – 14.8,20.
Na ocasião em que Paulo escreveu às igrejas da Galácia estas
estavam enfrentando uma dupla ameaça envolvendo a pureza da
doutrina e a pureza de conduta pois certos indivíduos tinham
ensinado doutrinas falsas sobre a pessoa de Cristo.
Eles diziam que embora Jesus fosse o Salvador, poderíamos
também ser salvos pelas obras 1.7 – 5.10, e os irmãos daquela
igreja já estavam começando a se entregar a esses ensinos
heréticos 1.6 – 3.1, retornando também às observâncias do
judaísmo, pensando assim poder adquirir a salvação.
Paulo derruba todos os argumentos em favor da mistura da lei
com a fé, mostrando que Abraão foi justificado pela fé somente e
isso 430 anos antes da implantação da lei.
6.2 – Divisão
1 - Introdução 1.1,5
Motivo pelo qual foi escrito a epístola: o afastamento dos
Gálatas do verdadeiro evangelho.
2- A defesa do Apostolado de Paulo: 1.10 – 2.1
3 – A justificação é só pela fé – 3.1,24
9
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

4- O governo da vida do crente é a graça de Deus e não a lei –


3.25 – 5.1
5 – Características visíveis na vida de um cristão – 5.2,26
6 – A operação da nova vida em Cristo – 6.1,16
7- Conclusão

7 – EFÉSIOS
Escrita em + – 60 d.C.
Autor: Paulo
Tema: A Igreja, o corpo de Cristo

7.1 – Características
Escrita em Roma, é a primeira na ordem das epístolas da
prisão –At.20.27 – 28,30
Esta carta foi enviada à igreja de Éfeso por um cooperador de
Paulo chamado Tíquico, juntamente com a epístola aos Colossenses
e a de Filemon.
Efésios é a mais das impessoais epístolas de Paulo e contém
as doutrinas mais elevadas da Igreja. Essencialmente existem três
linhas de verdade que formam a epístola aos Efésios:
1ª - A posição elevada do crente mediante a Graça de Deus;
2ª - O verdadeiro relacionamento do cristão com Cristo;
3ª - E a vida do crente que deve ser vivida de acordo com esse
relacionamento.
7.2 – A afinidade espiritual entre Efésios e Josué
Os lugares celestiais correspondendo na posição cristã a
Canaã. Em ambos os casos há conflitos freqüentes, fracassos, mas
também vitórias, repouso e posses: Js. 21.43,45; Ef 1.3; 3.14,19;
6.16.

7.3 – Divisão
1/2 – Introdução: A posição do crente na graça
3 – O andar e o serviço do crente
4/5 – O andar e a luta do crente cheio do Espírito Santo
6 – Conclusão
8 – FILIPENSES
Escrita em + – 60 d.C.
Autor: Paulo
Tema: A Experiência Cristã

10
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

8.1 – Características
A epístola aos Filipenses, também escrita na prisão, foi escrita
em Roma. A igreja de Filipos surgiu depois da segunda viagem
missionária do apóstolo Paulo à região (At.16.12), onde Lídia e o
carcereiro, com sua família, se converteram (At.16.14,34). Alguns
poucos anos mais tarde a igreja se firmou e ficou muito conhecida
na região.
8.2 – O Motivo da Epístola
Foi escrita para agradecer o recebimento de uma oferta em
dinheiro enviada pela igreja de Filipos e levada ao apóstolo Paulo
por Epafrodito, um obreiro da igreja em Filipos (4.10,18). É uma
carta cheia de ternura, dirigida a um grupo de cristãos que eram
especialmente muito amigos de Paulo (2º Co 8.1,6).
8.3 – Paulo não aponta erros doutrinários
O apóstolo Paulo, nesta carta, não aponta nenhum erro grave
em termos de doutrina. Podemos observar que o verso chave é:
“para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro (1.21). O apóstolo
Paulo era prisioneiro do imperador Nero, porém a epístola triunfa
em meio às perseguições, pois demonstra que os cristãos, mesmo
frente às perseguições, são alegres e regozijam-se no Senhor (1.4-
18, 25, 26; 2.2,28; 3.1; 4.1,10).
8.4 – A experiência cristã
A experiência cristã é o transbordamento, em qualquer
circunstância, da vida, da natureza e da mente de Cristo, isto é, o
cristão deve viver de acordo com os ensinos deixados por Jesus pois
esses são como uma bússola para as nossas vidas (1.6,11; 2.5,13).
8.5 – Jesus humilhou-se por nossa causa
O ponto mais importante do apóstolo Paulo em Filipenses está
na profunda e gloriosa declaração relativa à humilhação e
exaltação de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2.5-11).
8.6 – Divisão
Introdução – 1.1,7
I. Cristo e a vida de regozijo do Cristão – 1.8,30
II. Cristo o modelo do Cristão – 2.1,30
III. Cristo deve ser o único objetivo da fé dos cristãos –
3.1,21
IV.Cristo a força do cristão – 4.1,19
Conclusão – 4.20,23
9 – COLOSSENSES
Escrita em + – 60 d.C
11
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Autor: Paulo
Tema: A Preeminência de Cristo
9.1 – Características
A epístola aos Colossenses, assim como Efésios e Filipenses,
foi escrita na época em que Paulo esteve preso em Roma.
Colossos ficava a cerca de 80km de Éfeso. A igreja de Colossos
nunca foi visitada por Paulo (1.7 – 2.1) e provavelmente fora
organizada por Epafras (4.12).
Esta epístola nos mostra o profundo conhecimento que o
apóstolo Paulo tinha sobre a redenção humana e nos ensina
também a visão elevada que temos que ter da pessoa de Cristo.
9.2 – Os crentes de Colossos em sua maioria eram
gentios
A maior parte dos crentes de Colossos se compunha de
gentios (1.27 – 2.13), porém, desde a igreja primitiva, sofriam uma
enorme influência judaica. Contudo, alguns dos problemas que
vieram a afligir os cristãos de Colossos não eram de ordem judaica.
Esta igreja enfrentou por várias décadas os “Gnósticos”, grupo
herético que ensinava várias doutrinas contraditórias à palavra de
Deus.
9.3 – Paulo defende a Divindade de Jesus frente aos
Gnósticos
O apostolo Paulo apresenta vários argumentos a favor da
Divindade de Jesus Cristo pois, para os gnósticos, Jesus era apenas
um anjo e não Deus.
Também ensinavam que a humanidade estava dividida em
três categorias, a saber:
1ª - Os Pneumáticos, isto é os espirituais, os que já nasceram
salvos;
2ª - Os Psíquicos, aqueles que através do conhecimento da
sabedoria podem se salvar;
3ª - Os Hílicos, aqueles que jamais serão salvos.
A partir desses ensinos heréticos e outros, Paulo passa a
ensinar aos irmãos de Colossos que Jesus Cristo é Deus
eternamente, demonstrando assim o maior ensino “Cristológico” do
Novo Testamento. Mostra, por exemplo, que Cristo Jesus é o Senhor
da história, que sempre controlou tudo, e que Ele é também digno
de Toda a Glória.
9.4 – Temas principais em Colossos

12
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

1 – O grande tema de Colossenses é: Cristo o cabeça da Igreja,


o controlador do universo;
2 – Cristo, o mistério de Deus a favor da humanidade (Ele é
Divino e humano);
3 - Cristo, o doador da graça, não sendo ela conferida por
mais ninguém, no céu ou na terra;
4- Cristo é superior aos anjos;
5- Cristo deve ser o único a ser adorado ao lado do Pai e do
Espírito Santo;
6 - Cristo é o exemplo de como nós cristãos devemos andar
no dia a dia;
7- Cristo é o doador da nossa herança;
8 - Cristo se fez expiação por nós;
9 - Cristo é o reconciliador ;
10 - Cristo é a imagem de Deus em nós.
9.5 – A visão de Paulo sobre a pessoa de Jesus
(Cristologia)
• Ele é a imagem de Deus;
• N’Ele foram criadas todas as coisas;
• Ele é antes de todas as coisas;
• Por Ele tudo existe e sem Ele nada existiria;
• Ele é a pessoa mais importante no universo e na Igreja;
• Ele é o princípio de tudo;
• N’Ele está toda a perfeição e toda a plenitude;
• Ele é o único que pode perdoar;
• Só n’Ele há salvação!
9.6 - Divisão
Introdução – 1.1,8
I. – A oração de Paulo pelos cristãos de Colossos – 1.9,14
II. – A glória preeminente de Cristo – 1.15,23
III. – A preocupação do apóstolo Paulo pela Igreja de
Colossos – 1.24, 2.23
IV.– Algumas características da vida abundante do cristão –
3.1 – 4.6
Conclusão – 4.7,18

10 – 1º TESSALONICENSES

13
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Escrita em + – 51 d.C.
Autor: Paulo
Tema: A Volta de Cristo

10.1 – Características
A primeira epístola aos Tessalonicenses foi escrita por Paulo
em Corinto pouco tempo depois de sua partida de Tessalônica
(At.17.1,10 – 18.1). Provavelmente, é a mais antiga das cartas do
apóstolo Paulo. Ele havia visitado a cidade de Tessalônica em sua
segunda viagem missionária, pregando na sinagoga em três
sábados sucessivos (At. 17.1,9). Por causa da violenta perseguição
que tinha se desencadeado, ele foi mandado embora para sua
segurança pessoal (At.17.5,10).
10.2 – A Igreja em Tessalônica – História da fundação
O apóstolo Paulo fundou essa igreja em sua segunda viagem
missionária (At.17.1,14), mais ou menos em 50 d.C., depois de
Paulo e Silas terem saído da prisão em Filipos. Eles obtiveram
excelentes resultados em termos de almas. Sofreram severas
perseguições dos judeus, tiveram que sair da cidade debaixo de
agressões, verbais e físicas.
Dali partiram para Beréia e depois para Atenas. Na verdade,
essa saída forçada acabou por prejudicar a igreja de Tessalônica,
pois eles ainda necessitavam dos ensinos do apóstolo Paulo por
mais algum tempo.
10.3 – Motivos e Propósitos
A retirada apressada de Paulo não lhe permitiu formar
obreiros a altura das necessidades da igreja e nem doutrinar a
igreja, como era de seu costume. A igreja de Tessalônica tinha
várias dúvidas a respeito da segunda vinda de Jesus. Paulo então
enviou Timóteo para lá e este ensinou tudo a respeito da Vinda do
Senhor.
Paulo então escreveu a carta procurando consolar os irmãos
de Tessalônica à respeito da vinda de Cristo, bem como os
confortou para as perseguições que sobreviriam em toda a igreja.
10.4 – Os Tessalonicenses deviam ser mais maduros
O apóstolo Paulo adverte também que agora que eles já
sabiam seus deveres como cristãos deveriam procurar igualmente
modificar seus pontos de vista sobre as questões sexuais, morais e
espirituais, isso porque os Tessalonicenses eram meio libertinos e
adoravam anjos entre outros erros doutrinários e, para piorar a
situação, na ausência de Paulo parece que alguns indivíduos

14
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

estavam tentando enganar a igreja em várias doutrinas não cristãs


(2.15,18).
10.5 – Temas Centrais
O apóstolo Paulo queria que os Tessalonicenses crescessem e
queria também encorajá-los a suportar os problemas que viriam
quando eles se tornassem mais fiéis a Cristo, e lhes deu o exemplo
de que ele mesmo estava sendo perseguido, e que Cristo fora
também perseguido. Avisou-lhes que se eles suportassem todas
essas coisas Deus os recompensaria com os dons espirituais.
O motivo da carta de 1º Tessalonicenses foi a vinda de
Timóteo, que Paulo tinha enviado de Atenas a Tessalônica (3.1,2). O
bom relatório sobre a fé e o amor dos tessalonicenses em sua terna
preocupação pelo apóstolo, levou Paulo a escrever esta carta
tocante e íntima na qual ele os elogia por sua firmeza, lembrando-
lhes as verdades que lhes ensinara, esclarecendo certas questões
sobre a volta do Senhor, as quais Timóteo lhe relatara.
10.6 - O tema
O tema desta Epístola é quádruplo:
1– Confirmar aos novos convertidos em Tessalônica quanto às
verdades básicas já lhes ensinadas;
2– Exortá-los a uma vida de santidade pessoal agradável ao
Senhor;
3– Confortá-los em relação àqueles que já haviam falecido; e
4– Ensiná-los a respeito da sua própria esperança quanto à
vinda do Senhor.
Em cada capítulo de 1º e 2º Tessalonicenses é destacada a
volta do Senhor. A riqueza do ensinamento de Paulo é evidente pelo
fato de que durante um mês ele os conduziu a Cristo, como
também lhes ensinou muitas das grandes doutrinas da fé (capítulos
1 e 4).

10.7 – Divisão
A Epístola pode ser assim dividida:
Introdução – 1:1-4;
I. A Igreja modelo e os três tempos de vida cristã – 1:5-
10;
II. O servo modelo e a sua recompensa – 2;
III. O irmão modelo – 3;
IV. O comportamento modelo e a esperança do crente – 4;
V. O comportamento modelo e o dia do Senhor – 5:1-24.
15
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Conclusão – 5:25-28.

11 – 2º TESSALONICENSES
Escrita em cerca de 51 d.C.
Autor: Paulo
Tema: O Dia do Senhor

A Segunda Epístola aos Tessalonicenses foi escrita por Paulo


logo depois que ele escreveu a sua primeira carta a eles.
11.1 - O tema
O tema da segunda carta aos Tessalonicenses infelizmente
ficou obscurecido pela má tradução da Edição Revista e Corrigida
em 2:2, onde “o dia de Cristo está próximo” (1ºCo. 1:8) deveria
ser “O dia do Senhor é chegado” (Jl. 1:15; Ap. 19:19 e notas).
Os convertidos Tessalonicenses estavam “abalados” e
“perturbados”, talvez por causa de uma carta de Paulo forjada por
alguém, que dizia que as perseguições que eles estavam sofrendo
eram aquelas do “grande e terrível dia do Senhor”, tendo sido
ensinados a esperar o livramento no dia de Cristo e “a nossa
reunião com Ele” (2:1).
A Atual carta então foi escrita para instruir aos cristãos
tessalonicenses que “a nossa reunião com Ele, Cristo, precederá o
Dia do Senhor (1º Ts. 4:14-17; 2º Ts. 2:1). Primeira Tessalonicenses
considera mais a trasladação da Igreja; A segunda Epístola, “o dia
do Senhor ”, que virá a seguir.
11.2 – A escatologia em 2º Tessalonicenses
A uma intensa ênfase escatológica nesta epístola destacando,
sobretudo o retorno de Cristo que, segundo as expectativas da
época, Jesus retornaria para buscar a sua igreja naquela época e
não no porvir.
O tema central da epístola encontra-se em 2.1,12 que é o
apelo de Paulo à igreja de Tessalônica para a santidade contínua,
pois aqueles crentes viviam em meio a uma sociedade pagã
idolatra, e que eles jamais deveriam esquecer-se de que o meio
para se adquirir vida espiritual é a santificação.

11.3 - Divisão

16
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

A Epístola pode ser assim dividida:


Introdução – 1:1-4;
I. Conforto na perseguição – 1:5-12;
II. O dia do Senhor, e o homem do pecado – 2:1-12;
III. Exortações e Instruções – 2:13 – 3:15;
Conclusão – 3:16-18.

12 – 1ª TIMÓTEO
Escrita em: cerca de 64 d.C.
Autor: Paulo
Tema: Ordem Eclesiástica
A Primeira Epístola a Timóteo foi escrita nos últimos anos da
vida de Paulo. Junto com 2º Timóteo e Tito, ela é conhecida como
uma Epístola Pastoral.
12.1 – As questões Pastorais
Quando as igrejas do primeiro século aumentaram de número,
surgiram questões sobre ordem eclesiástica, ortodoxia da fé e
disciplina. Os próprios apóstolos lidaram com essas questões, mas a
aproximação do fim do período apostólico tornou necessário um
ensino autoritário sobre Fé e Ordem para futura orientação das
igrejas. Estes ensinamentos estão revelados nas Epístolas Pastorais.
12.2 – Timóteo, um filho para Paulo
Timóteo, a quem esta Epístola e a outra foram dirigidas,
esteve intimamente associado com Paulo. Consideravelmente mais
jovem do que o Apóstolo, ele era filho de um gentio grego e uma
devota mulher judia chamada Eunice (2º Tm.1:5). Ele juntou-se a
Paulo na segunda viagem missionária e esteve com ele em Corinto,
na Macedônia, em Éfeso e em Jerusalém.
O Versículo chave da Epístola é 3:15, “para que . . . fiques
ciente de como se proceder na casa de Deus, que é a igreja de
Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. Particularmente
importante é o resumo das qualificações para os oficiais da igreja –
bispos (o termo é alternante com “anciãos” ) e diáconos
(5:1,17,19).
12.3 – A quem foram dirigidas estas epístolas
Sendo elas epístolas Pastorais logo se subentende que seus
destinatários eram pastores e sabemos que elas foram
endereçadas a Timóteo e Tito, pastores separados por Paulo para
que assumissem a direção de igrejas em vários lugares.

17
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

A Bíblia nos mostra que Timóteo, por exemplo, dirigiu pelo


menos em Éfeso e regiões vizinhas (1º Tm 1.3; 2° Tm 1.18; 4.12) e
Tito dirigiu pelo menos a igreja de Creta (Tt.1.5).
O apóstolo Paulo teve como objetivo, ao escrever as epístolas
pastorais, dar instruções aos jovens pastores a defenderem a si e a
igreja dos muitos grupos heréticos que existiam naqueles dias, bem
como fortalecê-los no trabalho pastoral diário.
12.4 -Divisão
A Epístola pode ser assim dividida:
Introdução – 1:1-2;
I. Advertências contra a heresia na doutrina e na vida – 1:3-
11;
II. O Testemunho pessoal de Paulo e o desafio a Timóteo –
1:12-20;
III. Instruções sobre oração e o lugar das mulheres na igreja –
2;
IV. Qualificações dos bispos (anciões) e diáconos – 3;
V. O comportamento de um bom ministro de Jesus Cristo – 4;
VI. A obra do bom ministro – 5;
VII. Advertências de um bom ministro – 6 1:-19;
Conclusão, 6:20-21;

13 – 2ª TIMÓTEO
Escrita em cerca de 67 d.C.
Autor: Paulo
Tema: Conservando a Verdade

A segunda Epístola a Timóteo, provavelmente a última carta


de Paulo, foi escrita quase no final do reinado de Nero.
13.1 – Uma carta pessoal
Bastante diferente da primeira carta a Timóteo, é menos
formal do que as outras duas Epístolas Pastorais e muito mais
pessoal. Na primeira carta a Timóteo, Paulo expressa, como se fora
um homem livre, sua esperança de logo estar na companhia de
“seu filho na fé”. Aqui, na segunda carta, ele só fala como se o
momento de sua partida estivesse próximo (4:6). Paulo encontrava-
se na prisão e também fora abandonado pela maior parte de seus
amigos (1:15; 4:16).

18
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Esta Epístola contém o mais detalhado relato de Paulo sobre


as condições que prevalecerão sobre a terra nos últimos dias (3:1-
9; 4:3-4).
13.2 – Propósito
Animar e instruir particularmente Timóteo no ministério do
pastorado. Depois de várias instruções e exemplos ministeriais
Paulo faz um pedido a Timóteo: que este venha até Roma, onde
Paulo encontra-se encarcerado (1.4 4.9,21)
13.3 – As prisões
Geralmente se crê que Paulo esteve preso duas vezes em
Roma e que foi durante a segunda vez que ele escreveu a carta.
Anteriormente, isto é, na primeira prisão Paulo tinha tido uma
certa liberdade como, por exemplo, uma casa alugada (At.28.30).
Na primeira prisão tinha acesso aos amigos, mas agora, na
segunda prisão, estava incomunicável, tanto é verdade que
Onesíforo teve sérias dificuldades de encontrá-lo (1.17).
13.4 – Particularidades de 2º Timóteo
As duas cartas a Timóteo contêm exortações urgentes. É
possível que Timóteo estivesse com algumas dificuldades no
momento da escrita de Paulo, dificuldades estas até mesmo físicas
conforme se lê em º Tm 5.23. Dá a perceber também que Timóteo
era um tanto tímido (2º Tm 1.6,7).
Paulo insistiu com ele para que não se envergonhasse de seu
testemunho nem dele (Paulo) agora como prisioneiro por Cristo.
13.5 - Divisão
Esta Epístola pode ser assim dividida:
Introdução – 1:1-2;
I. O desafio de Paulo a Timóteo – 1:3-18;
II. O caminho de um servo aprovado numa época de apostasia
– 2;
III. A apostasia predita: o recurso do cristão – as Escrituras – 3;
IV. Um servo fiel e o fiel Senhor – 4:1-18;
Conclusão – 4:19-22.

14 - TITO
Escrita em cerca de 65/66 d.C.
Autor: Paulo
Tema: A Sã Doutrina e as Boas Obras

19
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

14.1 – Características
Tito, como 1º e 2º Timóteo, é uma carta pastoral de Paulo a
um dos seus auxiliares mais jovens. É chamada de “epístola
pastoral” porque trata de assuntos relacionados com a ordem e o
ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl. 2.3), tornou-se
íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não
mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de
Lucas), o grande relacionamento entre Tito e o apóstolo Paulo vê-
se:
1– Nas treze referências a Tito nas epístolas de Paulo;
2– No fato de ele ser um dos convertidos e fruto do ministério
de Paulo (1.4; como Timóteo); e um cooperador de confiança (2º Co
8.23).
3– Pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos
uma missão importante a Corinto durante a terceira viagem
missionária do apóstolo (2º Co 2.12,13; 7.6-15; 8.6,16-24), e . .
4– Pelo seu trabalho como cooperador de Paulo em Creta (1 .
5).
14.2 – A Incumbência de Tito
Paulo e Tito trabalharam juntos por um breve período na ilha
de Creta (a sudoeste da Ásia Menor, no Mar Mediterrâneo), no
período entre a primeira e a segunda prisão de Paulo em Roma.
Paulo deixou Tito em Creta cuidando da igreja ali (1.5), enquanto
ele (Paulo) seguia adiante para a Macedônia (1º Tm 1.3).
Algum tempo depois, Paulo escreveu esta carta a Tito,
incumbindo-o de completar a tarefa em Creta que os dois haviam
começado juntos. E provável que Paulo tivesse mandado a carta
pelas mãos de Zenas e Apolos, que passaram por Creta, em viagem
(3.13).
Nesta carta, Paulo informa sobre seus planos para enviar
Ártemas ou Tíquico para substituir Tito dentre em breve. E nessa
ocasião Tito devia encontrar-se com Paulo em Nicópolis (Grécia),
onde o apóstolo planejava passar o inverno (3.12). Sabemos que
isto aconteceu, já que na ocasião posterior, Paulo designara Tito
para a Dalmácia, no litoral oriental do mar Adriático (na ex-
Iugoslávia), em cuja região ficava Nicópolis, na Grécia (3.12).
14.3 – Propósito
Paulo escreveu primeiramente para instruir Tito na sua tarefa
de:

20
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

1– Pôr em ordem o que ele (Paulo) deixara inacabado nas


igrejas de Creta, inclusive a instituição de presbíteros nessas igrejas
(1.5);
2– Ajudar as igrejas a crescerem na fé, no conhecimento da
verdade e em santidade (1:1);
3– Silenciar falsos mestres (1.11); e . .
4– Vir até Paulo, uma vez substituído por Ártemas ou Tíquico
(3.12).
14.4 – Visão Panorâmica
Nesta epístola, Paulo examina quatro assuntos principais:
1– Ensina Tito a respeito do caráter e das qualificações
espirituais necessárias a todos os que são separados para o
ministério na igreja. Os presbíteros devem ser homens piedosos, de
caráter cristão comprovado, e bem sucedidos na direção da sua
família (1.5-9);
2– Paulo manda Tito ensinar a sã doutrina, repreender e
silenciar falsos mestres (1.10 a 2.1). No decurso da carta, Paulo
apresenta dois breves resumos da sã doutrina (2.11-14; 3.4-7);
3– Paulo descreve para Tito (cf. 1º Tm 5.1 a 6.2) o devido
papel dos anciãos (2.1-2), das mulheres idosas (2.3,4), das
mulheres jovens (2.4,5), dos homens jovens (2.6-8) e dos servos
(2.9,10);
4– Finalmente, Paulo enfatiza que as boas obras e uma vida de
retidão são o devido fruto da fé genuína (1.16; 2.7,14; 3.1,8,14; – cf.
Tg 2.14-26).
14.5 – Características Especiais
Temos três características principais nesta epístola:
1– Dois breves resumos da verdadeira natureza da salvação
em Jesus Cristo (2.11-14; 3,4-7);
2– A igreja e o seu ministério devem estar edificados sobre
firmes alicerces espirituais, teológicos e éticos;
3– Contém uma das duas listas no N.T. enumerando as
qualificações necessárias à direção da igreja (1.5-9; cf. 1º Tm 3.1-
13).

14.6 - Divisão
Introdução (1.1-14)
I. Instruções sobre o Estabelecimento de Presbíteros (1.5-
9)
A. Presbíteros em Cada Cidade (1.5)
21
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

B. Qualificações Para Presbíteros (1.6-9)


1.Pessoais
a. Irrepreensíveis (1.6)
b. Despenseiro Fidedigno (1.7)
c. Não Soberbo (1.7)
d. Não tracundo (1.7)
e. Não Dado ao Vinho (1.7)
f. Não Espancador (1.7)
g. Não Cobiçoso (1.7)
h. Hospitaleiro (1.8)
i. Amigo do Bem (1.8)
j. Sensato (1.8)
1. Justo (1.8)
m.Santo e Moderado (1.8)
n. Retendo Firme a Fiel Palavra (1.9)
o. Capaz de Exortar com a Palavra (1.9)
p. Capaz de Refutar os Contradizentes da Palavra (1.9)
2. Familiares
a. Marido de Uma Só Mulher (1.6)
b. Filhos Crentes (1.6)
c. Que Seus Filhos Não Sejam Dissolutos Nem Rebeldes
(1.6)
II. Instruções a Respeito dos Falsos Mestres (1.10-16)
A. Seu Caráter(1.10)
B. Sua Conduta (1.11,12)
C. Sua Repreensão(1.13-16)
III. Instruções a Respeito dos Grupos de Crentes na Igreja
(2.1-15)
A. O Alcance da Instrução (2.1-10))
B. O Fundamento da Instrução (2.11-14)
C. A Responsabilidade de Tito (2.15)
IV.Exortação às Boas Obras (3.-11)
A. Nossa Conduta Ante o Próximo (3.1,2)
E. A Misericórdia de Deus para Conosco (3.3-7)
C. Discernindo Entre o Bem e o Mal (3.8-11)
Conclusão (3.12-15).
15 - FILEMOM
22
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Escrita em cerca de 60 d.C.


Autor: Paulo
Tema: O amor exemplificado

A Epístola a Filemom foi escrita durante a primeira prisão de


Paulo em Roma. Foi provavelmente levada a Filemom, um abastado
cidadão de Colossos, por Tíquico, o mensageiro que levou as cartas
aos Efésios e aos Colossenses. O mensageiro tinha a Onésimo por
seu companheiro (Cl.4:9).
15.1 – Os Homens Filemon e Onésimo
Filemom: Provavelmente morava em Colossos (Cl 4.9).
Parece-nos que Filemom era um homem de amplos recursos, desde
que ele é sempre apresentado por Paulo como um homem que
possuía vários escravos.
Era um homem de caráter nobre conforme indica a própria
epístola. Há quem defenda também que Filemom era o Pastor de
uma igreja em sua região. Na verdade ele seria um pastor
supervisor, e por isso Paulo escreve pedindo a ele que recebesse
seu escravo de volta.
A idéia seria mais ou menos de que ele, como pastor, teria
que dar o exemplo aos demais membros no que diz respeito à
misericórdia.
15.2 – Onésimo: Era um escravo fugitivo. Conheceu Paulo em
Éfeso ou Roma. Sabe-se que, em uma prisão, tendo sido ganho para
Cristo por Paulo, Onésimo lhe contou a história de sua vida. Por
provisão Divina Paulo era amigo íntimo de seu senhor, Filemom.
Na prisão, Onésimo provou que estava mudado. Não demorou
então para que ganhasse a confiança do apóstolo Paulo (Cl.4.9, Fm
11) — seu nome significa útil.
15.3 – A misericórdia de Deus sobre a vida de Onésimo
Segundo as leis e o tratamento dado aos escravos daquela
época, Onésimo poderia ter sido facilmente executado e até mesmo
crucificado, por isso Paulo apelou para o senso de humanidade de
Filemom com relação a Onésimo.
É patente na epístola de Filemom que o intuito final de Paulo
era conseguir a liberdade de Onésimo junto a Filemom, a fim de
que este servisse no Reino de Deus como um grande obreiro e
exemplo de que se Jesus Cristo nos perdoa a qualquer dívida, como
um homem não perdoaria a outro, por mais que aquele devesse?.
15.4 - Divisão
A Epístola pode ser dividida da seguinte maneira:

23
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

Introdução – vs. 1-3;


I. O caráter de Filemom – vs. 4-7;
II. Intercessão por Onésimo – vs. 8-21;
Conclusão – vs.22-25.

16 - TIAGO
Escrita em 45–50 d.C.
AUTOR: TIAGO
Tema: Vida Cristã Prática
16.1 – Características
A Epístola de Tiago foi escrita por Tiago, o irmão do Senhor
(veja Mt.4:21, nota sobre os outros três homens do N.T. chamados
Tiago).
Como chefe da primeira igreja cristã em Jerusalém, Tiago foi
um homem de grande autoridade (At.11:17; 15:13-29; 21:17-18).
Ele foi evidentemente convertido pelo Senhor ressuscitado (1º Co.
15:7). Ele escreve “às doze tribos que se encontravam na
Dispersão” – v.1, isto é, aos cristãos judeus dispersos pelo Império
Romano.
A Epístola é provavelmente um dos livros mais antigos do N.T.
Dando destaque à vida cristã prática, a Epístola de Tiago
reflete, em seu estilo e em suas freqüentes referências ao Sermão
do Monte, a mente e os ensinamentos do Irmão divino do autor.
Embora a sua ênfase não seja teológica, a Epístola é notável pelos
ensinamentos morais e éticos de relevância infinita para a Igreja.
Mais ainda, a volta de Cristo foi mencionada duas vezes (5:7,8) e o
novo nascimento está implícito (1:18,21).
Os antecedentes locais da Epístola percebem-se em
passagens tais como 2:1-13 e 4:1-11. O tema central de Tiago é a
religião no elevado sentido de serviço praticado em benefício dos
outros e resultado e prova da fé. Seus comentários sobre a
justificação (2:14-26) não contradizem os ensinamentos de Paulo
sobre esta doutrina, mas completam-na do ponto de vista prática.
O livro não se entrega à análise restrita. É uma série de
declarações didáticas reunidas à volta de certos temas recorrentes
(compare Provérbios e Eclesiastes).
A linguagem de Tiago é incisiva e muitas vezes eloqüente. Ele
apresenta diversos quadros vivos da vida na igreja primitiva (por
exemplo: 2:1-4; 5:1-6, 14-16).
24
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

16.2 – Propósitos e ensinamentos


São vários os propósitos de Tiago ao escrever esta epístola
também chamada de Pastoral. Dentre eles destacamos alguns:
• Resolver alguns problemas que os judaizantes criaram
em torno da pessoa de Paulo e . .
• As muitas doutrinas inovadoras que os mesmos estavam
tentando implantar na igreja
16.3 – A ética no Pastorado e na Igreja
A carta visa também tratar dos problemas morais que
envolvem a igreja e o mundo: o pastor e o rebanho, os obreiros em
relação a outros obreiros.
Ainda aborda a questão da tentação, isto é, alguns irmãos na
igreja estavam pondo a culpa uns nos outros quando na verdade
cada qual deve se responsabilizar pelos seus erros e pecados.

16.4 - Divisão
A Epístola pode ser dividida da seguinte forma:
Introdução – 1:1;
I. O teste da fé – 1:2 – 2:26;
II. A realidade da fé comprovada pelo controle da língua – 3;
III. Advertência contra o mundanismo – 4;
IV. Advertência aos ricos – 5:1-6;
V. Exportações em vista da volta do Senhor – 5:7-18;
Conclusão – 5:19-20.

⊗ ⊗ ⊗ ⊗ ⊗ ⊗ ⊗

ÍNDICE

Página Carta ou Epístola

02 . . . . . . . . . Romanos
06 . . . . . . . . . 1º Coríntios
07 . . . . . . . . . 2º Coríntios
07 . . . . . . . . . Gálatas
08 . . . . . . . . . Efésios
09 . . . . . . . . . Filipenses
25
Epístolas Paulinas - Bth – MCR 219.464 – Pb. Paulo Dias – Junho/Julho 2006

10 . . . . . . . . . Colossenses
11 . . . . . . . . . 1º Tessalonicenses
13 . . . . . . . . . 2º Tessalonicenses
14 . . . . . . . . . 1º Timóteo
15 . . . . . . . . . 2º Timóteo
16 . . . . . . . . . Tito
19 . . . . . . . . . Filemom

20 Tiago

F I M

26

S-ar putea să vă placă și