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Sobre o arrependimento e o perdão na prática da vida cristã


Estudo baseado em Mateus capítulo 18.21-35 1

Alejandro Germán Frank

1. Introdução

O tema que vamos tratar em este estudo é sobre a dificuldade que as pessoas cristãs têm de
se arrepender quando pecam contra os irmãos e, também, de perdoar quando são ofendidas.
Acredito que este seja um tema importante porque não há ninguém que fique isento de
dificuldades em esta área da vida. Embora muitos achem que é mais um tema repetido, não
parece ser assim na vida prática da igreja. É constante vermos irmãos com atritos e com
dificuldades de se perdoarem. Por tanto, ao longo deste estudo pretendo demonstrar que uma
grande parte dos crentes lida com problemas para perdoar e se arrepender, alguns mais
outros menos, mas há uma componente própria da natureza humana de querer aplicar a sua
própria justiça e contra a qual devemos estar lutando constantemente, inclusive nós. Assim
sendo, consideremos primeiro o seguinte texto, em Mateus 18.21-22:

21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão
pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

O que nos diz este texto? Em primeiro lugar, a pergunta de Pedro não era tão esquisita assim
como muitos acham. Aparentemente não era apenas que ele queria contar a quantidade de
perdões que ele daria a uma pessoa. Segundo o comentário de Matthew Henry2, talvez Pedro
estivesse lembrando-se do texto de Provérbios 24.16, no qual diz “porque sete vezes cairá o
justo e se levantará; mas os perversos são derribados pela calamidade”. Era comum entre os
judeus contabilizar estritamente a quantidade de faltas das pessoas. Alguns dizem que era
prática normal perdoar até três vezes como máximo e depois se considerava ao transgressor
como um ímpio. Pedro estava enfatizando algo bom para ele, ele achava que estava sendo
muito piedoso com perdoar até sete vezes. Porém, o Senhor lhe responde da maneira que
vimos acima, ensinando-lhe que ele deveria perdoar sempre que o ofendessem. Mas por se
isso ainda não ficasse claro, o Senhor prosseguiu com a seguinte parábola (Mateus 18.23-35):

23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os
seus servos.
24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a
mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.
26 Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.
27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a
dívida.

1
Este estudo foi preparado para apresenta-lo, originalmente, na reunião de Jovens da Igreja Batista
Central de Porto Alegre, no dia 19/03/2011.
2
Commentary on the Whole Bible Volume V (Matthew to John) – Matthew Herny.

1
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28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem
denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
29 Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te
pagarei.
30 Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.
31 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram
relatar ao seu senhor tudo que acontecera.
32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida
toda porque me suplicaste;
33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me
compadeci de ti?
34 E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a
dívida.
35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu
irmão.

Para ter uma ideia sobre o tamanho da dívida que este servo tinha com seu Senhor, vale a
pena citar o seguinte comentário de John Piper3: "Para compreender a exorbitância dessa
quantia, basta dizer que o rei Herodes tinha uma renda anual de cerca de 900 talentos, e que a
Galileia e a Peréia [a 'terra além do Jordão'], no ano 4 a.C, pagaram 200 talentos em
impostos." Aparentemente, a quantia foi exagerada de propósito (assim como dizemos
"zilhões" de dólares)”

Por isso, quando o servo que não soube perdoar disse: “Tem paciência comigo, e eu te pagarei
tudo”, a sua promessa era aparentemente impossível de ser cumprida, em vista da quantia.
Mas o seu Senhor o perdoou. Porém, este servo não soube perdoar depois a seu conservo e
não quis ser misericordioso como o Senhor tinha sido com Ele.

O texto que lemos nos ensina a seguinte lição: “se dissermos que fomos perdoados por Jesus,
mas não houver em nosso coração nenhuma brandura para perdoar os outros, não
receberemos o perdão de Deus” (J.Piper)3. Nestes textos podemos encontrar o exemplo de
perdão que Deus quer que seu povo siga: Ele que nós perdoemos da forma em que ele nos
perdoou, isso é uma das manifestações mais claras de que somos cristãos: que perdoamos
porque fomos perdoados. “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado
aos nossos devedores” (Mt.6.12). Os dois textos citados acima ressaltam um mesmo
ensinamento do Senhor Jesus: o nosso modelo para perdoarmos aos outros tem que estar
baseado na forma em que o Senhor Deus nos perdoou a nós e não na medida de culpa do
ofensor ou na medida de inocência nossa, mas na forma em que nós fomos perdoados. Somos
capazes de perdoar assim? Alguns aqui podem facilmente querer brincar com Deus, dizendo
por exemplo: Ah, mas o Senhor já me perdoou, já sou salvo, então não vou perder a salvação
e, portanto, nada acontecerá se não perdoo a quem me ofendeu. Mas se você pensar assim
está equivocado, pois como você sabe que é um crente? Eu lhe respondo: você sabe que é

3
Qual a Base para perdoar outros Cristãos? – John Piper. Postado por Marcos Stockstill no dia 07/2010 em
http://www.ocristaohedonista.com/2010/09/qual-base-para-perdoar-outros-cristaos.html

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crente porque você segue a Cristo, porque você busca viver como ele viveu, porque você crê
nEle e lhe obedece, inclusive no que tange ao perdão dos pecados.

Então agora sabemos que devemos imitar a Deus também no que se refere ao perdão, que
devemos perdoar assim como Ele nos perdoou. Mas como é que Deus nos perdoa? Em que
consiste o nosso arrependimento e o perdão de Deus? E depois disto sim, como é que
aplicamos o exemplo do perdão de Deus nas nossas vidas práticas, quando ofendemos o
somos ofendidos por alguém? As duas primeiras perguntas serão respondidas na seguinte
seção e, logo a seguir, passaremos à terceira questão, sobre as consequências práticas do
arrependimento e perdão.

2. O exemplo de perdão e arrependimento: a relação entre Deus e o


homem

O apóstolo Paulo nos exorta em Efésios 5.1 a sermos “imitadores de Deus como filhos
amados”. Isto se aplica em todos os sentidos da nossa vida, inclusive no perdão. Então
colocamos a seguinte questão: Como Deus perdoa ao homem? E também, como Deus quer
que o homem proceda ao arrependimento? Primeiro responderemos estas perguntas para
depois seguirmos o exemplo de Deus na aplicação prática de nossas vidas.

O primeiro ponto que quero destacar sobre o perdão de Deus é o seguinte: é claro que essa
atitude de perdão que Deus quer ver nas vidas das pessoas é apenas para aqueles que já foram
salvos por sua graça. Não se pode esperar que um incrédulo perdoasse como Deus o perdoou,
pois ainda seus pecados não lhe foram perdoados. O incrédulo ainda não experimentou esse
amor de Cristo no perdão e, portanto, ele não tem como seguir esse exemplo. O único que
Deus demanda de um incrédulo é que se arrependa dos seus pecados e que creia em Jesus
Cristo, filho de Deus, como Senhor e Salvador.

O segundo ponto é sobre os envolvidos no perdão. Sempre há duas partes: o ofensor


(arrependido) e o ofendido (perdoador), e ambas interagem no “processo de perdão”. No caso
do relacionamento entre o homem e Deus é claro que somos nós os ofensores, como diz em
Romanos 3.10-12: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem
busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não
há nem um sequer”.

Ora, o impressionante do exemplo de perdão de Deus é que diferentemente de como age o


homem, Deus não espera que nós busquemos ele para nos reconciliar com Ele. No texto de
acima diz que não há ninguém que busque a Deus. Pelo contrário, é Deus que sempre tem a
inciativa. Mesmo ele tendo sido ofendido por nossos pecados vai nos buscar para que nos
arrependamos. O caminho que Deus abre entre nós e Ele para sermos perdoados é ele quem
preparou, foi iniciativa dEle, como diz em Romanos 5.8: “Mas Deus prova o seu próprio amor
para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. O chamado
do Evangelho ao arrependimento é uma iniciativa de Deus como, por exemplo, quando João
Batista foi enviado a anunciar: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo;
arrependei-vos e crede no evangelho” (Mateus 1.15). Além disso, a obra do Espírito Santo para
nos arrependermos e crer na mensagem do Evangelho é também uma obra de Deus, como diz
em Atos 16.14 sobre Lídia: “o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo

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dizia”. Então temos que lembrar que Deus não nos espera, mas vai para o encontro, nos busca
e nos chama para termos paz com ele.

Por outro lado, há algo que precisa acontecer com a parte ofensora também. No caso de Deus
e o homem, Ele nos chama ao arrependimento e nos oferece perdão. Mas pode ele nos
perdoar, no sentido de aplicar o seu perdão e nos libertar da culpa se o homem não se
arrepende? E que significa que nos arrependemos? Não devemos confundir “predisposição
para perdoar” com a “aplicação do perdão”. A Bíblia diz que Deus está disposto a nos perdoar,
mas que “vai” nos perdoar, de fato, somente se nos arrependermos. Mesmo existindo o
caminho da reconciliação, que é Cristo, ainda há um passo a mais que deve ser feito: “a
confissão do pecado”. Temos que reconhecer diante de Deus nosso pecado, nos
arrependermos disso para sermos perdoados. Como diz em 1.João1.8-9:

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade
não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.”

Observem que no verso nove há um “se”, que é um condicional. O perdão se efetua “se”
confessamos, reconhecemos o nosso pecado. Ora, este reconhecimento não basta. Há ainda
um passo mais que deve ser realizado e que envolve o arrependimento: a conversão ou
mudança, isto é o abandono do pecado. Uma pessoa pode confessar que é pecadora, até
sentir culpa por isso, mas isso não é arrependimento. Há também a necessidade de mudança.
Isto não significa que a pessoa não possa cair e ter deslizes, porém significa que há um esforço,
uma luta para abandonar esse pecado, um nojo contra aquelas ações que a levaram a ficar mal
com seu Senhor. Vejam o texto de Mateus 21.28-31:

28 E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho,
vai hoje trabalhar na vinha.
29 Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi.
30 Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero;
depois, arrependido, foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em
verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.

O segundo filho não ficou apenas se lamentando pela desobediência, mas “foi”. Esta foi a
comprovação que ele se arrependeu.

Outro terceiro aspecto importante é a atitude do pecador arrependido para com Deus. Tiago
4.8-10 descreve como devemos proceder diante de Deus:

8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós
que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em
tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.

Deus quer que tenhamos uma atitude de humilhação, de quebrantamento. Nada adianta
chegarmos a Deus para “cobrar” dele um perdão, como se Ele fosse uma máquina de perdão,
como se fosse um “direito” nosso. É por misericórdia que Ele nos perdoa.
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Antes de destacar o último ponto, ainda quero ressaltar que estou mencionando como deve
ser o nosso procedimento como pecadores, embora saibamos que por trás de tudo está a obra
do Espirito Santo. É ele quem nos constrange, nos leva ao arrependimento, nos mostra a nossa
culpa, é por causa dele que nos quebrantamos e que o nosso coração endurecido se torna
sensível ao pecado. Não temos do que nos gloriar e dizer “como fui humilde diante de Deus”!
Não! Somente podemos dizer “como o Senhor teve compaixão que me buscou, me mostrou
meu pecado e ainda me perdoou!”. Assim é o perdão de Deus.

Um último ponto que quero destacar sobre o perdão de Deus é sobre como Deus age conosco
após nosso arrependimento. Miquéias 7.18-19 retrata bem como o Senhor procede quando
nos perdoa:

18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da


transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre,
porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos
os nossos pecados nas profundezas do mar.

Ele lança nossos pecados nas profundezas do mar. Isto significa que ele nunca mais volta a
lembrar de nossos pecados. Nossos pecados são esquecidos por Deus, perdoar é sinônimo de
“absolver e esquecer”. Mas o Senhor vai ainda mais longe, Ele nos “restaura e nos conforta”.
Um exemplo disso temos nos Evangelhos, quando Pedro pecou negando o Senhor Jesus. Pedro
o negou três vezes, ele se arrependeu, e estava muito envergonhado e arrependido. Como o
Senhor procedeu? O Senhor apenas o perdoou? Não! O Senhor foi a confortá-lo. Depois da
negação de Pedro e a morte do Senhor, o anjo, no dia da ressureição, disse o seguinte às
mulheres (Marcos 16.7): “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós
para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse”. Depois disso, em João 21, vemos que Pedro
voltou ao trabalho da pesca, ainda a ressureição não era clara, ele estava um pouco confuso,
eles já não tinham ao Senhor no dia a dia. Mas o Senhor lhes aparece e lhes chama, então
temos o seguinte relato (João 21.15-19):

15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-
me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe
disse: Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe
respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro
entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor,
tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas
ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo
e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te
cingirá e te levará para onde não queres.
19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus.
Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.
O que estava fazendo o Senhor Jesus? Estava confirmando a Pedro e chamando para que
Pedro se levantasse e seguisse o ministério. Era uma restauração da vida de Pedro e a iniciativa
era novamente de Cristo. Ele teve que confirmar três vezes seu amor pelo Senhor, assim como

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o tinha negado três vezes. Há mais para analisar neste texto, mas aqui somente quero ressaltar
isto, o Senhor o fortaleceu dizendo: “segue-me” como sinal de perdão e restauração para
Pedro.

Isso é o amor de Deus, que quando merecíamos o inferno, ele teve compaixão de nós, quando
merecíamos o esquecimento, ele se lembrou de nós, quando merecíamos punição, ele nos
chamou para entrarmos em razão com Ele, que quando não reconhecíamos nossos pecados,
ele nos convenceu, e quando fomos convencidos, ele nos perdoou, nos libertou e nos deu a
vida eterna, e quando nos perdoou também nos animou, nos confortou, nos consolou. Oh
maravilhoso amor do Senhor!

Você tem compreensão do perdão de Deus na sua vida? Tem noção de quão ofensivos eram e
ainda são os seus pecados para Deus? Tem noção de quanto ele o perdoa e do merecedor que
você é da condenação eterna? Se você não tem esta noção, de nada serve que agora
avancemos para vermos como é o perdão entre irmãos. Para entendermos o que as Escrituras
pedem de nós, precisamos primeiro ver como Deus procedeu conosco, para não esquecermos
como aquele servo mau, que não soube perdoar, pois esqueceu a maneira como ele tinha sido
perdoado.

3. O exemplo de Deus aplicado na vida cristã: o perdão ao próximo

Vimos na seção anterior como é o perdão de Deus e destacamos que: 1) Nós ofendemos a
Deus e temos que nos arrepender; 2) que Ele toma a iniciativa a vai nos buscar para que
arrazoemos com ele; 3) que ele está predisposto a nos perdoar; 4) que para sermos perdoados
precisamos confessar os nossos pecados; 5) que a confissão demanda um arrependimento; 6)
que o arrependimento envolve mudança; 7) que quando Deus perdoa ele esquece
completamente do nosso pecado; 8) que ainda é Deus quem nos restaura depois e termos sido
perdoados.

Em base a isso. Como procedemos nós? O que pede a Palavra que façamos nós com nosso
próximo? Eu poderia encerrar tudo simplesmente dizendo que a Palavra nos manda que
imitemos a Deus. “Sede imitadores de Deus como filhos amados” (Efésios 5.1).

Porém, vamos a ver o significado disso, como se aplica a nossas vidas. Vejamos o seguinte
texto sobre como devemos proceder:

3 Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-
lhe. 4 Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo:
Estou arrependido, perdoa-lhe (Lucas 17.3-6).

O que podemos aprender deste texto?

1) No verso 3: Quando somos ofendidos, não temos que esperar passivamente a


que a outra parte venha nos pedir perdão. Temos que ir em busca da reconciliação
mesmo sendo os ofendidos. Assim como Deus teve a inciativa conosco, nós devemos ter
com nosso próximo. Outro texto que cita isto temos em Mateus 5. 23-25:

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23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti,
24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então,
voltando, faze a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a
caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas
recolhido à prisão.
A iniciativa tem que ser nossa. Além disso, vejam que aqui o Senhor nos ensina o sentido de
pressa para nos acertarmos com o irmão. Não deixarmos para depois!

2) No verso 3: Que o perdão é aplicado quando ocorre o arrependimento: “se ele se


arrepender”.
3) No verso 3: Que o arrependimento se manifesta na confissão do pecado, no
reconhecimento.
4) No verso 4: Que não interessa quantas vezes ele tem nos ofendido, temos que estar
preparados para perdoar. Não nos compete a nós avaliarmos se ele volta a nos ofender porque
nunca se arrependeu de coração ou porque ele realmente falha tanto assim. O juízo é do
Senhor, tanto sobre ele, como também sobre nós!
5) No verso 5: Que também o ofensor deveria ter a iniciativa: “e... se vier ter convosco...”.
Deus espera que ambas as partes tenham inciativa e busquem reestabelecer a paz. Se formos
os ofensores, que pecamos contra nosso irmão, também temos que ter iniciativa e buscar a
reconciliação. Se achamos que o ofendido tem que ter a iniciativa, Deus também pedirá contas
de nós, pois Deus ama ao “humilde de coração”.

Mas o que fazer se tentamos nos reconciliar com alguém (sejamos os ofensores ou ofendidos)
e essa pessoa não quer? Em Romanos 12.18: “se possível, quanto depender de vós, tende paz
com todos os homens”. Aqui Paulo não diz que sempre será possível, mas que “enquanto
depender de vós”. A tentativa sincera, esforçada, que vai até o último degrau de esforço, para
estar em paz com alguém, nos libera da culpa e da responsabilidade diante de Deus. Isso nos
deixa em paz com Deus, sabendo que fizemos o possível. Isso não significa apenas tentarmos
uma vez e pronto, vejam como disse o Senhor Jesus em Mateus 18.15-17:

15 Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a
teu irmão.
16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo
depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.
17 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja,
considera-o como gentio e publicano.

O problema é que a maioria de nós rapidamente desiste e se apressa a considerar o irmão


como publicano. E isso nos coloca em uma séria situação diante de Deus. “Se possível, quanto
depender de vós, tende paz com todos os homens”.

4. As aplicações práticas sobre como proceder no perdão e no


arrependimento – alguns exemplos

Ainda, por se ficou muito genérico com as explicações desses textos citados, aqui tentarei
colocar alguns exemplos práticos sobre a teologia que está por trás dos nossos

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comportamentos. Colocarei algumas situações da vida quando somos os ofendidos e quando


somos os ofensores.

Sobre como proceder se formos ofendidos


Em primeiro lugar, se formos ofendidos por um incrédulo, temos que proceder perdoando de
uma maneira muito especial. “Pai perdoa-lhe, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).
Estas palavras do Senhor Jesus tem que ser as nossas com os incrédulos. Eles não sabem o que
fazem. Estão cegos e não podemos trata-los como se fossem pessoas sensíveis ao pecado e as
faltas que cometem. Temos que ter compaixão pelas suas almas e misericórdia. Porém isto
não nos isenta de irmos falar com essa pessoa e, fazê-lo, será um ótimo testemunho, mas não
podemos esperar que ele tenha um arrependimento como o teria um cristão.

Outro caso é quando tem pessoas que nos feriram e que talvez nunca cheguem a nos pedir
perdão por já terem passado pela nossa vida e estarem longe ou já distantes de nós por
situações da vida e talvez nem sabem que nos machucaram. Por exemplo: alguns dos jovens
podem ter famílias quebradas por causa de um pai ou uma mãe que foi embora. Outros
podem ser filhos não reconhecidos por um pai ou uma mãe. Estes são exemplos de casos nos
quais somente nos resta perdoar no coração a tal pessoa. Geralmente isto estará relacionado
com o primeiro caso “não sabem o que fazem”, e nós precisamos nos libertar do peso do
perdão diante de Deus. Isto trará paz a nosso coração, pois o Senhor é quem quer que
perdoemos no nosso coração.

Mas também vamos considerar outros casos. Quero citar alguns exemplos de como NÃO
deveríamos proceder quando alguém nos ofende, para mostrarmos assim a forma correta de
proceder.

Exemplo 1: A pior de todas. Nem é necessária a vingança com fatos, pois há outra atitude que
dói muito mais ainda: a indiferença. No ambiente cristão não é tão comum ver pessoas
tomando vingança, mas sim é muito mais comum vendo pessoas que se chateiam a tal ponto
com o ofensor que o ignoram, lhes dão volta a cara, nem lhe falam. Isto é uma forma de
vingança que dói muito e é comum de acontecer mais em ambientes familiares, seja entre
irmãos, casais, pais e filhos ou entre amigos. É mais comum de proceder assim com alguém
que no fundo sabemos que vai seguir sendo próximo de nós, mas pelo menos buscamos lhe
dar um tempinho de “dor”. Mas age assim Deus conosco? Como vamos ir diante de Deus no
dia que elas pecarmos? Vamos agir como aquele servo com seu conservo, na parábola pregada
por Jesus? E pior ainda se isto sucede permanentemente, quando nunca mais falamos com a
pessoa. Será que quem age assim talvez nem acha que peca e portanto também não perdoa
quando outro peca contra ele?!

Exemplo 2: Quando dizemos: “foi ele quem me ofendeu, então que venha ele a me pedir
perdão! Estou até disposto a perdoá-lo, mas que seja ele quem procure a reconciliação!” Se
pensamos assim já estamos pecando contra Deus, pois não estamos querendo ser imitadores
de Cristo em ter a iniciativa de perdoar e buscar a reconciliação. Pior ainda se pretendemos
que a pessoa chegue se arrastando e quase como que ajoelhada para que ai sim, lhe
“concedamos um perdão” com várias condições! Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

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Exemplo 3: É muito semelhante à atitude anterior, mas agora dizemos: “Deixa pra lá, nem vale
a pena me estressar, vou esquecer e pronto. Fulano sempre é assim e não vai mudar”.
Novamente não tivemos iniciativa, e, pior que do que isso, não cremos na Palavra do Senhor
que diz que a reconciliação liberta e que o perdoado pode ser transformado por Deus.
Condenamos a pessoa antes de lhe dar uma chance, não consideramos as 70 vezes 7 que
foram indicadas por Jesus a Pedro e, pior, já rotulamos a Fulano com o alguém que sempre faz
isso. Essa atitude é muito fácil de acontecer, mas a Bíblia nos chama para fora da zona de
conforto e nos chama a sentarmos e conversar com a outra parte.

Exemplo 4: Mas vamos mais longe, vamos supor que a pessoa nos ofendeu e nós reagimos
errado e que, depois, sentimos o peso do nosso pecado e vamos falar com ela. Agora acho que
vem a parte mais difícil, eu lhe peço perdão, mas no fundo eu sei que essa pessoa é quem me
ofendeu primeiro. Então, no fundo do meu coração há uma intensão que ela se arrependa
mais do que eu, e há algo de certo com isso. Mas como reajo se a pessoa aceita o meu pedido
de perdão e não reconhece a sua falta? Fomos realmente pedir perdão porque sentíamos
nossa culpa ou porque queríamos apenas que o outro se desse conta do seu pecado também?
Este é um assunto muito delicado, porque em alguns casos, podemos estar cientes da
diferença de ofensas e mesmo assim pedirmos perdão como um ato de reconciliação e,
acredito que isso não tem problema. Mas se ficarmos chateados pela outra pessoa não se
arrepender, não o fizemos para agradar ao Senhor, mas para agradar a nós mesmos. Claro que
podemos nos sentir um pouco triste, mas se no nosso coração não sabemos abrir mão disso e
deixar no juízo do Senhor, estaremos buscando a justiça própria no nosso coração e não a
justiça de Deus. Além disso, o Senhor nos chama para olharmos os nossos próprios pecados
antes do que os dos outros, portanto, é melhor pedir perdão do que perdoar! Vejam como
disse o Senhor Jesus em Mateus 7.3-5:

Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no
teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando
tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás
claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.

Talvez a pessoa nem consiga enxergar ainda o seus pecados. Mas se nós enxergamos os
nossos, embora não tenhamos iniciado a briga, temos que nos arrepender. Temos que lembrar
que Deus também nos perdoa os pecados que nem conseguimos ver que fizemos, como disse
em Salmos 19.12: “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são
ocultas”. Por isso também nós precisamos perdoar os pecados que nossos ofensores às vezes
nem se dão conta ou ainda não conseguem arrazoar para se darem conta da falta.

Talvez tenham mais exemplos negativos, mas todos eles são simplesmente resultados de não
termos entendido como Deus procede conosco. “Misericórdia quero e não sacrifício” disse o
Senhor. Então aprendamos dEle perdoando sempre, a toda hora.

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Sobre como proceder se formos os ofensores


E como procedermos se somos nós os ofensores? Coloquemo-nos nessa posição. Claro que, se
já no inicio soubermos que fomos nós os culpados nada resta que sermos humildes e pedirmos
perdão. Mas nesse caso, como pedir perdão?

Algumas formas erradas que já tenho escutado: “Me desculpa qualquer coisa, tá?” O primeiro
erro aqui é em pedirmos desculpas em lugar de perdão. Desculpas é algo que foi “acidental”,
enquanto “perdão” carrega a culpa sobre nós, é o reconhecimento da nossa responsabilidade.
Por outro lado, “qualquer coisa” significa o que? Como é que nós pedimos perdão diante de
Deus? Ao Senhor temos que pedir perdão pelos pecados que fizemos, temos que mencioná-
los, eles são específicos, não é isso de “perdoa todos nossos pecados”, mas “me perdoa por
este pecado que cometi”. Então com as pessoas também temos que agir assim. “Me perdoa
por ter te ofendido neste aspecto, eu sei que te fiz mal”. Isso é uma atitude de humildade e é
seguir o exemplo de como o pecador deve se reconhecer diante de Deus. Isso sim nos liberta
independentemente da outra parte querer ou não nos perdoar, pois estamos reconhecendo
nosso pecado. Além disso, podemos ver que a nossa falta foi, em primeiro lugar, um pecado
contra Deus? Então, não temos que apenas confessar o pecado ao ofendido, mas
reconhecermos ele diante do Senhor, e nos arrependermos por isso, por não termos agradado
Ele.

Outro problema é a forma como pedimos perdão. Somos secos e altivos quando pedimos
perdão? Isto é um problema, pois com altivez não dá para chegarmos diante de Deus para
pedir perdão, então o mesmo acontece com o próximo. O perdão se pede com humilhação de
coração, com um coração quebrantado. Se não sentimos este quebrantamento é porque
talvez não entendemos que essa ofensa primeiro desagradou a Deus. E se não gostarmos de
nos humilhar, temos que nos avaliar, pois são “bem-aventurados os humildes de espírito, pois
deles é o Reino dos Céus” (Mt.5.3). Um verdadeiro crente se humilha diante de Deus e diante
das pessoas. Ele sabe que será exaltado a seu devido tempo. Pedro disse: “Humilhai-vos, pois,
debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte” (1.Pe.5.6).

Um terceiro ponto que acho importante em relação a quem foi o ofensor: não vá nunca pedir
perdão e logo coloca um monte de desculpas e justificativas. Se formos honestos diante de
Deus não diremos: “Senhor me perdoa porque menti, mas é que eu estava sob pressão”. Se
formos sinceros diremos, “Senhor eu pequei, mesmo sabendo que não deveria mentir, eu o fiz,
foi minha culpa, eu estou arrependido”. Não adianta dizer: eu não quis fazer isso, pois fizemos.
Não adianta justificar pelo contexto e outros fatores, um pecado é pecado e somos
responsáveis por ele. O mesmo acontece quando ofendemos alguém. Peça perdão e
reconheça que sente peso por isso, simplesmente isso.

Também, não tente pedir perdão apenas através de ações. Tem pessoas que fizeram um erro
que machucou a outra pessoa e, para não serem humilhadas, ao invés de falarem, querem
demonstrar que está tudo bem de novo através de “ações”. Mas o Senhor não se agrada das
obras e sacrifícios, mas de “um coração contrito e humilde”, e assim devemos ser nós
também! Devemos “confessar os nossos pecados”.

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Por último, seja bem específico a respeito do que você está arrependido. Pois em uma
discussão você pode ter pecado em várias coisas, no que disse, em como disse, no que omitiu,
etc. Talvez a outra parte acha que você também é culpado de algo que você não concorda.
Portanto, seja claro. Deixe claro qual foi o pecado que você é ciente que fez e que está
arrependido. Isso deixará aberta a possibilidade de conversarem mais com a outra parte e
entenderem mais sobre a ofensa. Não cometa o erro de não deixar que a outra parte expresse
a sua dor, pois entre Deus e o homem, o Senhor também expressa a sua dor, pela sua Palavra,
quando nos arrependemos, e depois nos perdoa. Então, expresse a sua culpa e seja humilde
para aceitar ainda mais queixas do seu irmão. Não diga: Ok, já te pedi perdão e chega, não me
fala mais sobre o assunto. A gente não procede assim com Deus e portanto não devemos
proceder assim com os irmãos.

5. Considerações finais

Depois de termos visto isto, podemos cair no erro de querer sair pela rua a aplicar justiça com
todos os que nos ofenderam. Mas quem disse que sempre somos nós os ofendidos? Quem
disse que realmente somos nós os que estamos certos? Pode acontecer que no inicio achamos
que estamos certos e quando falamos com a pessoa vemos que éramos nós os enganados e
quem estava em falta. Então, não achemos que somos donos da razão, não devemos ir por ali
querendo fazer justiça, mas temos que buscar a paz, pois são “bem-aventurados os
pacificadores”. Precisamos ter uma atitude humilde diante de Deus e dos homens. Repito o
texto que já li de Salmos 19.12: “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me
das que me são ocultas”. Talvez achamos que estamos certos, mas nem conseguimos discernir
as nossas próprias faltas, portanto sejamos humildes diante de Deus e das pessoas. Sempre
perguntemos no nosso coração: será que não sou eu quem está em primeiro lugar errado?
Escutemos a crítica com humildade e prostremo-nos diante do Senhor dizendo: tenha
misericórdia de mim, pecador.

Além disso, cuidemos de não sermos “melindrosos”. Há pessoas que o tempo todo se sentem
ofendidas e isso é um pecado que tem nome: egocentrismo e orgulho. A este tipo de pessoas
qualquer coisa lhes ofende, mais ainda quando é uma crítica direita a elas. Isso não o toleram,
é forte demais, são palavras duras. Mas não é assim que deve proceder o cristão. O cristão
deve ser “manso e humilde, como Cristo”. O cristão lembra o tempo todo que ele também
comete erros, que fere com suas palavras e que deve buscar o tempo todo se santificar na sua
conduta. Portanto, o cristão não se ofende tão fácil assim. Ele não leva a mal as críticas, nem
os erros dos seus irmãos. Ele sempre tende para a paz e a reconciliação, para o esquecimento
e a relação sincera com os irmãos. Não seja melindroso! Não ache que tudo tem a ver com
você. Não ache que tudo é feito de propósito para o machucar! E lembre que você também faz
um monte de bobagens ferindo a outras pessoas. Se você acha que não é assim, comece a se
analisar, pois: “todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito
varão, capaz de refrear também todo o corpo”, disse Tiago no cap.3.2.

Você acha que é difícil viver desse jeito? Claro que é e é por isso que, depois do Senhor dar
instruções sobre como deveria perdoar, os discípulos disseram o seguinte (Lucas 17.3-5):

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Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou
arrependido, perdoa-lhe. Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.

Precisamos de fé, precisamos que o Senhor nos aumente a fé para podermos viver assim! E ele
nos dá, com certeza dessa fé nEle para viver a vida que Lhe agrada. Assim devemos viver como
cristãos. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

Soli Deo Gloria

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