Sunteți pe pagina 1din 2

Críticas ao PIB

Como medir a riqueza, e qual riqueza?

O Produto Interno Bruto (PIB) está no primeiro plano da mídia e, hoje, serve de referência
quase universal para a maioria das análises. Milhares de líderes de opinião e pessoas que
ocupam a função de tomar decisões, no campo econômico, político ou científico, são,
permanentemente, guiadas em suas decisões pelo PIB, que serve de bússola para seus atos.
Consequentemente, continuamos tendo um interesse excessivo pelo crescimento do PIB –
ainda popular entre alguns economistas e políticos.

O PIB representa a soma de todas as riquezas finais produzidas em determinada região ou


parcela da sociedade (qual seja, países, estados, cidades), durante um período determinado
(mês, trimestre, ano etc.). Ele avalia a contribuição produtiva das atividades econômicas.

A fórmula clássica para expressar o PIB de uma região é a seguinte:

Y=C+I+G+X-M

Onde

• Y é o PIB
• C é o consumo
• I é o total de investimentos realizados
• G representa gastos governamentais
• X é o volume de exportações
• M é o volume de importações

Afinal de contas, quanto mais cresce o PIB, maior a riqueza gerada pelo país em questão?
Não é bem assim. O PIB é uma adição de bens e serviços vendidos e comprados, sem
nenhuma distinção entre os que são ou não benéficos para a sociedade. Despesas com
acidentes, poluição, contaminações tóxicas, criminalidade ou guerras são consideradas tão
relevantes quanto investimentos em habitação, educação, saúde ou transporte público.
Exemplos disso são economias oriundas da destruição, das guerras e acidentes ambientais,
que movimentam bilhões de dólares e euros em custos diretos e indiretos e são
contabilizadas erroneamente no verde, e não no vermelho, tais como o furação Katrina e a
Guerra do Iraque, para citar exemplos mais recentes que serviram para girar a fortuna do
PIB americano.

Enfim, o cálculo do PIB, apesar de ser um “indicador de progresso”, não faz distinções entre
o que é produtivo ou destrutivo, ou entre despesas que elevem ou rebaixem a condição
humana. Nem sequer são computados o trabalho doméstico e voluntariado, que não são
remunerados, por não envolverem transações monetárias. Muito menos inclui depreciações
de recursos naturais. As estatísticas mostram, também, que o PIB não é significativamente
correlacionado com vários dados, como o desemprego e as desigualdades econômicas,
variáveis que são, no entanto, freqüentemente citadas como importantes para a sociedade
“que vai bem”.

Ou seja, as críticas ao PIB, como padrão aceito internacionalmente, derivam do fato de ser
uma medição bruta de qualquer atividade econômica, independentemente de sua natureza,
desde que gere fluxos monetários e desconsidere a depreciação do “capital natural”
necessário para mantê-lo.

Assim, podemos concluir que o crescimento do PIB não é necessariamente um dado positivo
e que o importante é levar em conta a forma pela qual ele é obtido.

O PIB tem recebido muitas críticas, que já vêm de alguns dos mais conhecidos economistas,
incluindo os laureados com Nobel de Economia (por exemplo, Simon Smith Kuznets, Daniel
Kahneman, Robert Solow, Joseph Stiglitz, Amartya Sen e Muhammad Yunus), mas é “claro,
em sua defesa sempre poderá ser dito que não foi inventado para medir o progresso, o bem-
estar ou a qualidade de vida, mas tão somente para medir o crescimento econômico, que é
meio sem o qual não se atingem tais fins. Mas a armadilha não é desfeita, pois a ideia de
riqueza que deu origem ao PIB foi excessivamente influenciada pela atmosfera da Segunda
Guerra Mundial. Concepção que logo ficou anacrônica, por só dar importância à produção de
mercadorias e ao capital físico. Daí que a única utilidade que talvez ainda lhe reste seja a de
permitir comparação entre as produtividades nacionais do trabalho, desde que bem contadas
as horas trabalhadas.” (Zeeli).

A economista Hazel Henderson entende, por exemplo, que o padrão de riqueza das nações
deve incluir, além de recursos financeiros, ativos da Natureza e os capitais social e
intelectual dos povos. Sob esse aspecto, falha o PIB, porque não monitora a dilapidação do
planeta, tampouco as condições de vida de sua população. Seria importante desenvolver,
nessa perspectiva, indicadores que considerem o bem-estar dos povos. Só assim poderemos
ter a verdadeira dimensão do progresso e introduzir novos critérios de decisão para a
sociedade sustentável.

Assim, definir em que consiste a riqueza de um país se tornou uma tarefa que exige o exame
de vários aspectos econômicos, sociais e ambientais. Sob essa perspectiva, índices elevados
de PIB não são mais garantia de desenvolvimento sustentável.

S-ar putea să vă placă și