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ÍNDICE
DECLARAÇÃO …...…………………………………………………………………………………………………………………………….…I
DEDICATÓRIA…..………………………………………………………………………………………………………………………………..II
EPIGRAFE ……….……………………………………………………………………………………………………………………………..…III
AGRADECIMENTOS……..………………………………………………………………………………………………………………..….IV
LISTAS DE ABREVIATURAS………..……………………………………………………………………………………………………….V
LISTA DE FIGURAS……..……………………………………………………………………………………………………………………..VI
LISTA DE ANEXOS………...………………………………………………………………………………………………………………….VII
RESUMO…………………………………………………………………………………………………………………………………………VIII
1.6 OBJECTIVOS....................................................................................................................... 10
1.7.3 Teorias........................................................................................................................... 12
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CAPITULO II: ENQUADRAMENTO TEORICO .............................................................................. 16
O Mercado Museu......................................................................................................................... 37
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CAPITULO I: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS E
METODOLÓGICO
1.1 INTRODUÇÃO
As actividades de lazer, como bares, barracas, bombas de gasolina 1, entre outros, trazem
consigo um grande fluxo de veículos e de pessoas gerando um aumento da poluição sonora
para os munícipes na cidade de Maputo que vivem proximo destes locais.
Existe, também na cidade de Maputo, o problema decorrente da venda de bebidas em locais
públicos como nos mercados informais, passeio e entradas dos prédios de habitação
ocasionando um fenómeno social, em que as pessoas passam a beber em área residencial com
as portas abertas e os aparelhos de som dos carros ligados nas proximidades de bares e afins,
provocando poluição sonora.
A crescente onda de poluição sonora tem originado conflitos entre os moradores das áreas
circunvizinhas onde este fenómeno ocorre e os agentes poluidores (Os proprietários de
estabelecimento de lazer e os seus utentes). Os moradores sentem-se ignorados pelas
estruturas encarregues do controlo da poluição sonora, por isso, são muitos os casos de
denúncias e reclamações junto aos órgãos de informação relativas à poluição sonora, por
partes dos munícipes.
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As bombas de gasolinas não são propriamentes locais de laser mas na cidade de Maputo, são usadas com tal
pelos utentes, principalmente nos finais de semana.
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1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO
A cidade de Maputo possui uma vida nocturna muito activa devido a aglomeração de vários
estabelecimentos para diversão como bares, discotecas, bombas de gasolinas entre outros.
O presente trabalho mostra o descontentamento dos moradores das áreas circunvizinhas dos
mercados informais face ao aumento de poluição sonora que provem das barracas que
funcionam nos mercados informais da cidade de Maputo. Além da poluição sonora, os
moradores reclamam da criminalidade e prostituição dentro dos mercados no período
nocturno.
O estudo de caso foi motivado pelas denúncias e reclamações, relativa a poluição sonora, por
parte dos moradores da vizinhança do mercado Mandela II, localizado na esquina entre as
avenidas Albert Luthuli e Ho Chi Min, na cidade de Maputo.
O local onde hoje situa-se o Mercado Mandela II, era um terreno baldio, bastante tranquilo e no
inicio da década de 90 começaram a surgir os primeiros vendedores, dominado por mulheres,
estes vendiam inicialmente produtos de primeira necessidade. Nos finais de 1992, o mercado
cresce de uma forma extraordinariamente rápida e descontrolada.
Actualmente no mercado Mandela II, existe uma grande concentração de banca e barracas
especializadas em venda de bebidas alcoólicas aos melhores preços da cidade e comidas
confeccionadas no local. No período nocturno, o mercado é bastante movimentado devido a
grande procura de bebidas alcoólicas.
Os moradores da vizinhança do mercado Mandela II, reclamam que há mais de 17 anos vem
sofrendo devido a poluição sonora, prostituição, roubos, doenças, etc. O mercado não tem
horário de encerramento, funciona 24 horas por dias, o município nada faz para a segurança e
sossego dos moradores da vizinhança do mercado.
Existe ainda, reclamações que os utentes das barracas do mercado fazem barulho das 22
horas até ao amanhecer, defecam e urinam nas entradas das casas, pátios e escadas. Os
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moradores reclamam que a polícia municipal nada faz para resolver o problema da poluição
sonora.
Além da poluição sonora vindo das barracas dos mercados informais da cidade de Maputo,
existe também o problema decorrente da venda de bebidas em locais públicos como os
passeio, entradas dos prédios de habitação e bombas de gasolina ocasionando um fenómeno
social, em que as pessoas passam a beber em área residencial com as portas abertas e os
aparelhos de som dos carros ligados nas proximidades deste locais, provocando poluição
sonora.
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1.3 JUSTIFICATIVO DO TEMA
Durante muito tempo, a gestão de conflito sociais não chamava muito a atenção da maior
parte dos dirigentes, gestores, professores e investigadores. Actualmente na sociedade os
conflitos mais frequentes são de naturezas sociais (poluição sonora, criminalidades,
divórcios, etc.) consequentemente, os dirigentes e gestores sentindo – se cada vez mais
preocupados com esta questão, ainda se mostram hesitantes em relação a via a seguir: O que
fazer para gerir os conflitos? Porquê fazê-lo? Como fazê-lo?
Deste modo, este tema é relevante porque fornece e explica as ferramentas e métodos
utilizados para uma resolução e gestão eficaz de Conflitos sociais que têm surgido na nossa
sociedade.
No referido Município, existem locais que juntam, em um mesmo espaço e ao mesmo tempo,
pessoas, veículos, música, bebida, prostituição, provocando excesso de ruído na área,
podendo ocasionar conflitos entre o trio formado entre: munícipes (moradores), as
autoridades municipais e os vendedores, incluindo os clientes destes (também munícipes).
No Município, não existe uma lei específica que controle a emissão de ruído urbano. O
Município é o órgão responsável pela emissão de alvarás de funcionamento das barracas e
quiosques, porém, muitas vezes, após a concessão destes, ocorrem denúncias feitas pelos
moradores ao próprio Município devido a poluição sonora.
A poluição sonora viola o direito ao ambiente, consagrado na Constituição da Republica,
tornando-se absolutamente necessário que se estude uma política de gestão da poluição
sonora e dos conflitos gerados por estes.
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1.4 PROBLEMA DE PESQUISA
A poluição sonora na cidade de Maputo tem gerado conflitos entre Município, Vendedores e
Moradores.
O problema da poluição sonora, existe no município de Maputo desde o inicio dos anos 90 e
tem atingido proporções alarmantes nos últimos anos. Os munícipes reclamam que o
municipio pouco faz para resolver a questão e estes recorrem a imprensa para fazer as
denúncias e reclamações relativas a poluição sonora.
Questão de Pesquisa
1.5 HIPÓTESES
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1.6 OBJECTIVOS
Analisar os conflitos sociais gerados pela poluição sonora e propor medidas para a sua
resolução através da adopção de instrumentos de controlo e combate a Poluição Sonora no
município de Maputo.
• Mostrar a reacção dos moradores que vivem nas proximidades dos mercados
informais, face ao aumento da poluição sonora gerado, devido a funcionamento
destes;
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1.7 METODOLOGIA
Método qualitativo
Optou-se pelo método observacional, porque segundo Gil (1991:34), possibilita o mais
elevado grau de precisão em ciências sociais. E pode-se afirmar com muita segurança que
qualquer investigação em ciências sociais deve valer-se, em mais de um momento, de
procedimentos observacionais.
Método quantitativo
Universo
O Universo é constituído por inquiridos com 18 e mais anos de idade, vendedores e/ou
residentes nos bairros próximos aos mercados mandela II, Museu, Malhangalene e 25 de
Junho.
Amostra
• Malhangalene: 25 questionários
• 25 De Junho: 20 questionários
Para a difinição da amostra foi ultizada a amostragem por juízo prévio (ou opinativo).
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Segundo Salamão Munguambe (2007) 2, amostragem por juízo prévio (ou opinativo) é um
método não probabilístico que se baseia no que o investigador pensa que deve ser a melhor
maneira de formar uma amostra.
Para o presente trabalho definiou-se 110 inqueritos como amostra pelo facto deste número ser
representativo para efeito do estudo de caso. O número de inquérito distribuído em cada
mercado teve como pressuposto o nível de denúncia e reclamações relacionada com a
poluição sonora, isto é, no mercado Mandela onde se concetra maior número de denúncia
distribuiu-se 40 questionários e assim sucessivamente.
Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz
que cruzou as variáveis Sexo, Idade e local.
Também recorremos a pesquisa documental, foram consultadas obras, sites na internet, leis,
decretos, regulamentos e documentos que abordam temas ligados a poluição, conflito,
negociação e comunicação. Aliás o presente trabalho de licenciatura teve como motivação
uma denúncia publicada no jornal notícias.
1.7.3 Teorias
As teorias são muito importantes no processo de investigação em ciências sociais. Elas
proporcionam a adequada definição de conceitos, bem como o estabelecimento de sistemas
conceptuais, indicam lacunas no conhecimento, auxiliam a construção de hipóteses,
explicam, generalizam e sintetizam os conhecimentos e sugerem metodologias apropriadas
para a investigação (trujillo Ferrari, 1982:119).
Para efeitos de análise do conflito do presente trabalho foi usada a teoria da negociação
denominado “ganhos mútuos”
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Texto de apoio da disciplina de método e técnicas de investigação económica, Faculdade de Economia, UEM
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A teoria de ganhos mútuos foi desenvolvida em 1996, por Lawrence Susskink e Patrick Field
ambos professores da The MIT-Harvard Public Disputes Program (Escola de Negociação do
Harvard) numa obra intitulada Dealing with an agry public: The Mutual Gains Approach to
Resolving Disputes.
A Teoria de Ganhos mútuos foi desenvolvida para negociar com um público irritado ou
revoltado mas pode também ser usada na administração pública e nas empresas privadas em
que existe conflito.
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• Existe a degradação do meio ambiente e uma ameaça de catastrofe;
• Etc.
Em termos espaciais o estudo foi realizado na cidade de Maputo. A escolha desta cidade
deve-se as seguintes razões:
Para o estudo de caso foi identificado o mercado Mandela II, este é um dos mercados
informais da cidade de Maputo onde se regista maior número de denúncia e reclamações
devido a poluição sonora. Para o presente trabalho foram também desenvolvidas pesquisas
nos seguintes mercados da cidade de Maputo: Mercado Museu vulgo “barracas do museu”;
Mercado Malhangalene e Mercado 25 de Junho (barracas do choupal)
O ano de 2009 é o período terminal por uma questão metodológica, trata-se de um ano antes
da apresentação do trabalho de fim de curso.
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1.9 ESTRUTURA DO TRABALHO
O capítulo II é composto pela revisão da literatura, onde serão apresentados alguns conceitos
relacionados com o tema: poluição, conflito, comunicação, negociação e outros.
O Capitulo III faz uma breve abordagem histórica do município de Maputo, as atribuições do
município. Neste capitulo faz se também a descrição dos locais onde os estudos foram
desenvolvidos.
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CAPITULO II: ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Som: é qualquer vibração ou conjunto de vibrações ou ondas mecânicas que podem ser
ouvidas.
Ruído: são os sons considerados indesejáveis ou desagradáveis, sendo que não depende
apenas das características do som emitido, mas também da atitude do indivíduo frente a este.
O ruído é considerado uma ameaça ao habitat humano, e a poluição sonora gera efeitos
auditivos (e ao organismo como um todo) prejudiciais a quem a ela se expõe, quer no
ambiente de trabalho, quer no lazer, comprometendo, sobretudo, sua qualidade de vida.
De acordo com a OMS (1999), para se ter uma ideia da gravidade do problema, os seguintes
dados foram apresentados:
• Mundialmente estima se que mais de cento e vinte milhões de pessoas tem problema
de audição causada pela poluição sonora;
• A exposição prolongada ou excessiva ao ruído, seja na comunidade ou nos ambientes
de trabalho, pode causar danos a saúde permanentes tais como a hipertensão e
doenças do coração;
• Potencialmente o ruído pode afectar o desempenho de leitura, na concentração, na
resolução de problemas e na memória. Perdas no desempenho podem ocasionar
acidentes;
• O ruído acima de 80 dB pode aumentar o comportamento agressivo;
• Uma ligação entre ruído em comunidade e problemas de saúde mental é sugerida, em
função do aumento da demanda para tranquilizantes e comprimidos para dormir, da
incidência de sintomas psiquiátricos e do número de admissões em manicómios.
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efeitos adversos a saúde e ao bem-estar causado pela exposição sonora, com excepção
daqueles relacionados a audição. Dentre esses destacam-se os efeitos de distúrbios no sono,
interferências com a Comunicação pela fala, distúrbios nas funções fisiológicas, interferência
no desempenho de tarefas, distúrbios nas saúdes mental, efeitos sociais e comportamentais e
incómodo.
Distúrbio no sono: o sono é um estado de repouso relativamente frágil que pode ser
interrompido através de estímulos diversos, dentre os quais o ruído.
Estima-se que 80 a 90% dos casos relatados de distúrbio do sono em ambiente ruidosos
estejam associados ao ruído ambiental (OMS, 1999). Consequências em longo prazo sobre a
saúde em função da redução da duração do sono, se traduzem, num sentido mais amplo, em
perda da qualidade de vida.
Efeitos Sociais comportamentais: segundo a OMS (1999), o ruído, além do incómodo, pode
produzir um grande número de efeitos sociais e de distúrbios comportamentais. Esses efeitos
incluem as mudanças nos padrões comportamentais diários (fecho de janelas, o uso de TV ou
rádio em níveis sonoros mais altos, como consequentes reclamações junto as autoridade), as
mudanças adversas nos indicadores sociais (mobilidade residencial, consumo de drogas e
altos índices de acidentes) e as mudanças no humor.
Embora as mudanças no comportamento social estejam associadas a exposição ao ruído, ela
não é suficiente para produzir comportamentos agressivos. Entretanto, o ruído acima de 80
dB (A), combinado a situações de provocações ou a raiva e hostilidade preexistentes, pode
desencadear a agressão.
Legislação referente a poluição sonora
• Código penal
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2.2 O CONFLITO
2.2.1 Conceito
Horton & Hunt citado por Bernades &Marcondes, define o conflito como sendo o processo
de procurar obter recompensas pela eliminação ou enfraquecimento dos competidores.
No geral o conflito representa desacordo e estes são influenciado por três variáveis culturais:
tecnologia (a forma de trabalhar), preceitos (crenças, normas e valores) e sentimentos.
Os conflitos decorrentes da tecnologia são os mais fáceis de ser resolvido por meio da
discussão racional dos pontos divergentes. Já os provocados pelo componente preceitos
exigem até mudanças culturais para a sua solução, pois decorrem do dissenso quanto a
crenças e valores interiorizados na família e sociedade e, por isso, obviamente difíceis de
acomodação. Finalmente, os induzidos por sentimentos são os mais dificultosos de resolução
por serem motivados por factores inatos e aprendidos na primeira infância.
O conceito de conflito a ser adoptado no presente trabalho será o de Fisher, R. & Ury, W
citado por Manjate, J.M (2010):
Duas ou mais partes percebem que os seus interesses são incompatíveis, e expressam
atitudes hostis – ou seguem seus interesses através de acções que prejudicam a outra parte.
Interesses podem ser acerca de ideias, distribuição ou acesso aos recursos, poder e crenças
que as partes não podem alcançar simultaneamente.
Elementos do conceito de conflito
Para Manjate, J.M (2010:56) há uma necessidade de saber observar e identificar claramente o
conflito, como ponto de partida avança os seguintes elementos do conceito de conflito:
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• Duas ou mais partes
• Envolvem-se
• Competição
• Desmedida
• Percebem
• Seus interesses
• Incompatíveis
• Expressam atitudes hostis
• Acções que prejudicam a outra parte
• Distribuição ou acesso aos recursos
• Poder e crenças
• Não podem alcançar simultaneamente
• Escassez
De acordo com M.A Lopes (2006), os conflitos podem ser classificados em: conflitos de
valores, organização, relacionamento e interesses.
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• Experiência de frustração de uma ou ambas as partes: incapacidade de atingir uma
ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de
interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental;
• Diferenças de personalidade: são invocadas como explicação para as desavenças
tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no
relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra parte
envolvida;
• Metas diferentes: é muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objectivos
a serem atingidos e que podem ser diferentes dos de outras pessoas e de outros
departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance;
• Diferenças em termos de informações e percepções: costumeiramente tendemos a
obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem
levar em conta que isto ocorre também como outro lado com quem temos de
conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma
diferente de ver as coisas.
Lakatos, Eva Maria (1997:109) afirma que os conflitos podem ter resultados não apenas
negativos (disfunções), mas também positivos (funções). Por sua vez, Manjate (2010:59)
distingue os conflitos funcionais dos não funcionais da seguinte maneira:
Aspectos positivos do Conflito/conflitos funcionais
• Neste tipo de conflito, maximizamos as semelhanças e minimizamos as diferenças.
• O conflito desperta atenção nas pessoas para terem mais cuidado no dia-a-dia.
• O conflito fortalece o relacionamento entre as pessoas, as partes que estão em
constante troca de ideias melhor fazem as suas tarefas.
• O conflito ajuda as pessoas a desenvolver-se.
• O conflito ajuda o desenvolvimento psicológico. Através do esforço para resolucao do
problema, controi-se uma capacidade evolutiva dentro do indivíduo.
Aspectos Negativos do Conflito (conflitos não funcionais)
• As partes em conflito procuram maximizar as diferenças e minimizar as semelhanças.
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• As partes vêem seus esforços bloqueados por outros, em função da pressão para
“ganhar”. Essa atmosfera cria mal-estar entre indivíduos e grupos, levando a
frustração, stress, hostilidade, prejudicando a habilidade de julgamento e desempenho
de tarefas. A pressão para se conformar também cresce, restringindo-se a liberdade
do indivíduo, levando o grupo a não resolver problemas de forma eficiente.
Para resolver um conflito, o primeiro passo que temos que dar é identificar a base objectiva
do conflito manifesto. Ou seja, o conflito pode surgir com alguns sintomas e expressões que
não reflictam fielmente o que está realmente em disputa.
São vários os métodos de análise de conflito, mas para efeito deste trabalho será dada
especial importância a teoria da cebola (onion theory).
PARTE A PARTE B
Posição Posição
Interesse
Interesse
Necessidade Necessidade
Esta teoria consiste em representar graficamente a possibilidade de lhe tirar tantas camadas
quanto possíveis (camadas que foram sendo acrescentadas por meio do conflito, falta de
estabilidade e falta de confiança) e tentar resolver as necessidades autênticas, que são a base
das acções individuais e de grupo das pessoas. Um objectivo a longo prazo é melhorar a
comunicação e a confiança até o ponto em que as pessoas possam descobrir suas próprias
necessidades, compreender e tentar enfrentar as necessidades mútuas. Mas, antes que se
atinja este ponto, podemos desafiar as pessoas a examinarem se as acções e estratégias que
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adoptaram são uma boa forma de promover seus próprios interesses e enfrentar suas próprias
necessidades.
Necessidades - São aqueles satisfatórios ou condições que as partes necessitam, seja em sua
situação material ou subjectiva, e que estão presentes além de sua possível solução ou
atendimento.
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aprofundar mais em seus interesses e necessidades, é mais provável que encontrem alguns
pontos em comum.
Eis a importância de identificar as necessidades, interesses e posições de ambas as partes. Um
exercício que exige empatia e disposição para encontrar aspectos convergentes e opções de
solução.
A relação entre estes factores e as condições que se encontram na base dos conflitos pode
produzir ou não conflitos manifestos.
Necessidade – para que as partes sastifaçam as suas necessidades eles imperiosamente devem
se aproximar e chegarem ao acordo.
A gestão de conflito deve ser feita de duas maneiras, que se complementam: por medidas
preventivas, para evitar a ocorrência, e por acções correctivas, caso o conflito já esteja
instalado. (Bernades C & Marcondes R.C, 2005:45)
Medidas preventivas
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Inicialmente, deve-se procurar fazer com que as metas sejam convergentes, bem como as
submetas, que constituem os meios para atingi-las. Deve-se fazer também o diagnóstico de
todas situações que possam originar o conflito e desenvolver um canal eficaz de
comunicação.
Medidas correctivas
O primeiro passo é reconhecer a existência do conflito entre as partes e segundo é identificar
o peso de cada uma das três variáveis culturais. O que dará uma ideia da dificuldade para
chegar a uma solução. Esta pode ser alcançada de três formas: negociação, mediação e
arbitragem.
Para que o conflito seja resolvido com sucesso é necessário que as partes tenham as seguintes
capacidades: saber comunicar; saber ouvir; saber perguntar; saber responder.
Os instrumentos que os gestores devem utilizar para gerir os conflitos são vários, para feito
deste trabalho iremos desbrucar sobre a negociação e comunicação
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2.3 NEGOCIAÇÃO
2.3.1 Conceito
A negociação é um meio básico para obter o que quer dos outros. É uma comunicação
recíproca para chegar a acordos quando uns interesses são partilhados e outros não. (Fisher &
Ury, 1991:15)
Para Spoelstra & Pienaar (2002:3), negociação é um processo de interacção entre partes
direccionadas a alcançar alguma forma de acordo que se baseará em interesses comuns, com
o propósito de resolver o conflito ao invés de amplamente dividindo diferenças.
A negociação é um facto da vida. Assim como não podemos viver sem a comunicação,
também não podemos viver sem a negociação. Através da negociação podem-se fazer
grandes progressos que antes não poderiam acontecer com a acção militar.
De acordo com Spoelstra & Pienaar (2002:8), a negociação classifica-se de acordo com os
objectivos, relacionamento, estilo e conteúdo
Para efeito do presente trabalho, importar a classificação de acordo com os objectivos e assim
temos três tipos de negociação:
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Negociação distributiva: win-lose (ganhar/perder)
Cada qual procurará resguardar suas posições em prejuízo do outro. Se há uma restrição
orçamentária, cada um procurará usar poder e influência para obter mais vantagens, mesmo
que isto sacrifique a organização como um todo.
Linkert e Linkert (1979:65~67) citado por Lakatos, (1997:110) enunciam três perguntas: o
que acontece quando se opta por ganhar/perder? Quais são os custos? E as consequências? E
respondem:
É um tipo de negociação onde uma parte tenta provocar danos na outra enquanto ao mesmo
tempo, não se importando com danos que esteja causando a si próprio.
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Cada grupo desiste de seus objectivos, através de uma forma de compromisso. Nenhum
grupo alcança tudo o que deseja, então, ambos perdem.
Nos dois processos, chamamos também de negociação ideal, as partes partem para a
negociação com a percepcao de ganhos equalizados e preocupados com o relacionamento
futuro, onde as relações de poderes não importam.
Fisher e Ury afirmam que independentemente do interesse em evitar uma perda conjunta, há
quase sempre a possibilidade de um ganho comum, desenvolvendo uma relação mutuamente
vantajosa ou satisfazendo os interesses de cada uma das partes através de uma solução
criativa. Para que isso aconteça é necessário que se:
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• Informe-se das preferências deles. Uma forma de conciliar interesses é inventar
diversas opções, todas igualmente aceitável para si, e tentar saber quais as que os
outros preferem. Pretende-se saber o que é preferível e não necessariamente o que é
aceitável.
• Previne conflitos;
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2.4 COMUNICAÇÃO
2.4.1 Conceito
Dificilmente haverá um aspecto no nosso dia-a-dia que não envolva comunicações. Muitos
enganos e distorções são cometidos porque as coisas são mal compreendidas.
Em termos genéricos, existe comunicação (Nguyen 1991) quando uma entidade “emissor”
transmite uma informação “mensagem” a outra entidade “receptor”.
Quanto aos instrumentos utilizados, a comunicação pode ser verbal (linguagem falada ou
escrita) e não verbal (gestos, posturas, expressões faciais e silêncios).
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comunicação. Assim, convém, cuidados especiais relativamente aos canais de comunicação,
aos conteúdos da comunicação, aos padrões de comunicação (M.A Lopes, 2006:91)
Para Fisher & Ury (1991:51), sem comunicação não há negociação. A negociação é um
processo de comunicação recíproco com o intuito de alcançar uma decisão comum.
A comunicação é uma das partes mais importantes na resolução de conflitos e sua ausência é
uma das causas que os iniciam também. Numa situação de conflito, todos nós desenvolvemos
percepções sobre o nosso próprio comportamento e o dos demais. É comum que por isso
formamos estereótipos e preconceitos mesmo antes de abordarmos um assunto. Para se
trabalhar produtivamente uma situação de conflito, é necessário obter uma visão objectiva do
co flito. Isto supõe nossa capacidade de compreender nossas próprias percepções e atitudes
dia te da outra parte para romper barreiras na comunicação.
A negociação é uma troca de informação através de comunicação. É comunicando que a
gente se entende, logo a comunicação aproxima as pessoas, afasta as diferenças e é uma
ferramenta eficaz para o estabelecimento de plataforma comum.
Fisher & Ury afirmam que existem três problemas na comunicação. Em primeiro lugar os
negociadores podem não estar a falar uns com os outros ou, pelo menos, não da maneira a se
fazerem-se entender. É frequente que uma das partes perca o interesse e desista de tentar
comunicar com o outro. Em vez disso, optam simplesmente para impressionar terceiros ou os
seus constituintes. Em vez de tentar acertar o passo com os seus parceiros negociais, com
vista a um resultado mutuamente satisfatório, tentam leva-los a cometer erros. Em vez de
convencerem o parceiro a enveredar por uma etapa mais construtiva, tentam levar aos
telespectadores a tomarem partido. A Comunicação efectiva entre as partes é quase
impossível se cada uma delas actuar para a plateia.
O segundo problema prende-se com o facto de os negociadores quando se dirigem aos seus
interlocutores de forma directa e clara, não são ouvidos.
O terceiro problemas é os equívocos. O que é dito por um pode não ser entendido pelo outro.
Mesmo quando os negociadores se encontram na mesma sala, a Comunicação entre ambos
pode assemelhar-se a sinais de fumo num dia de vento forte. Se as línguas forem diferentes as
probabilidades de equívoco aumentam significativamente.
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Os mesmos autores de seguida avançam com os seguintes conselhos para a solução dos três
problemas na Comunicação:
Ouça atentamente e tente compreender o que esta a ser dito. A necessidade de ouvir é
óbvia, apesar de ser difícil ouvir com atenção, particularmente em situações de grande
nervosismo, como no caso de uma negociação. Ouvir permite-lhe compreender as opiniões
dos outros, sentir as suas emoções e prestar atenção ao que estão a tentar dizer.
A técnica normal de uma boa audição é prestar o máximo de atenção ao que esta a ser dito,
pedir a outra parte que explique, devagar e com clareza, exactamente o que quis dizer com o
que disse e pedir que repita em caso de ambiguidade e incerteza.
Fale para ser percebido. Fale com os outros. Por vezes é fácil esquecer que uma negociação
não é debate. Nem julgamento. Não esta a tentar persuadir terceiros. A pessoa que tenta
persuadir esta sentada a sua mesa.
Fale de si próprios não dos outros. Em muitas negociações, cada parte leva imenso tempo a
explicar e a condenar as motivações e intenções contrária. Se falar do seu estado de espírito
dificilmente será atacado.
Fale com um objectivo. Por vezes o problema não esta na falta de comunicação, mas na
comunicação a mais. Quando a irritação e a incompreensão são grandes, e melhor não
exteriorizar determinados sentimentos.
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CAPITULO III: O MUNICÍPIO DE MAPUTO E DESCRIÇÃO
DAS ÁREAS DE ESTUDOS
O município tem uma área de 346,77 km² e uma população de 1 094 315 (Censo de 2007) o
que representa um aumento de 13,2% em dez anos.
Presidente do Conselho
Data de tomada de posse Executivo (Nomeado)
17 de Junho de 1980 António Hama Thay
1 de Dezembro de 1982 Gaspar Horácio Mateus Zimba
28 de Maio de 1983 Alberto Massavanhame
12 de Março de 1987 João Baptista Cosme
20 de Novembro de 1997 Artur Hussene Canana
Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo
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Data da tomada Presidente do Conselho Municipal
Partido
de posse (Eleito)
Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo
Divisão administrativa
Maputo está dividido em sete distritos municipais, que se encontram, por sua vez, divididos
em bairros e povoações:
Unidade População
Autárquica
Distrito Urbano de
Aeroporto A e B; Xipamanine; Minkadjuíne;
Nlhamankulu
155 385 Unidade 7; Chamanculo A, B, C e D;
(ou Chamanculo,
Malanga e Munhuana.
antigo nº 2)
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Distrito Urbano de
KaMaxaquene Mafalala; Maxaquene A, B, C e D; Polana
222 756
(ou Maxaquene, Caniço A e B e Urbanização.
antigo nº 3)
Distrito Urbano de
Mavalane A e B; FPLM; Hulene A e B;
KaMavota
293 361 Ferroviário; Laulane; 3 de Fevereiro;
(ou Mavota, antigo
Mahotas, Albazine e Costa do Sol.
nº4)
Distrito Municipal
de KaTembe Gwachene; Chale; Inguice; Ncassene e
19 371
(ou Catembe, Xamissava.
antigo nº6)
Distrito Municipal
de KaNyaka
5 216 Ingwane; Ribjene e Nhaquene.
(ou Inhaca, antigo
nº7)
Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Maputo
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Atribuições do município de Maputo
De acordo com a lei 2/97, as atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios
comuns e específicos das populações respectivas é designadamente:
O Mercado Mandela II
O Mercado Mandela II, fica localizado na esquina entre as avenidas Albert Luthuli e Ho Chi
Min, no Bairro de Alto maé, na cidade de Maputo.
O Mercado é uma extensão do Mercado Mandela I localizado entre as Avenidas Ho Chi Min
e Guerra popular, por sua vez, ambos são mercado satélite (pertence a jurisdição) do Mercado
do Povo, localizado na esquina entre as avenidas Karl Marx e Ho Chi Min.
Segundos dados da DMMF (2007), o mercado tem capacidade para 180 mesas/bancas e a
taxa de ocupação é de 83,3%.
36
O local onde hoje situa-se o Mercado Mandela II, era um terreno baldio, um local bastante
tranquilo e no inicio da década de 90 começaram a surgir os primeiros vendedores, dominado
por mulheres, estes vendiam inicialmente produtos de primeira necessidade. Nos finais de
1992, o mercado cresce de uma forma rápida e descontrolada.
Hoje no mercado Mandela II, existe uma grande concentração de banca e barracas
especializadas em venda de bebidas alcoólicas aos melhores preços da cidade e comidas
confeccionadas no local. No período nocturno, o mercado é bastante movimentado devido a
grande procura de bebidas alcoólicas.
Tal como outros mercadores informais o Mandela II enfrenta a falta de electricidade, água
canalizada, sanitários públicos entre outros problemas.
O Mercado Museu
O Mercado do Museu, conhecido oficialmente como Mercado Josina Machel (por se situar
junto da escola secundária com o mesmo nome), localiza-se no Bairro da Polana, uma zona
maioritariamente habitada por cidadãos pertencentes a uma classe média a alta, numa área
que se situa junto ao Museu de História Natural, e muito perto do Hotel Cardoso.
Estrategicamente colocado junto de uma terminal de transportes públicos colectivos e semi-
colectivos (vulgo “chapa 100”) que ligam a cidade de cimento à maior parte dos subúrbios,
áreas periurbanas da cidade e à cidade da Matola, este mercado situa-se ainda junto de duas
das maiores escolas secundárias do país, a Josina Machel, virada para o ensino geral, e a
Escola Comercial de Maputo.
Por estar situado numa área considerada pelo município como não adequada para o
desenvolvimento deste tipo de comércio, o seu estatuto é provisório. Consequentemente não
37
são autorizadas construções definitivas, e o mercado não tem um sistema de saneamento,
água canalizada e electricidade, ou quaisquer outras infraestruturas melhoradas para o seu
funcionamento.
A classificação como mercado provisório, parece ser, no dizer dos entrevistados, um dos
maiores constrangimentos ao seu desenvolvimento, e que tem dificultado as negociações para
a extensão das redes de água e electricidade ao mercado, e a não autorização de construção de
instalações melhoradas e definitivas para o funcionamento das bancas e barracas que se
dedicam à venda de mercadorias e prestação de serviços. A falta de uma força de segurança
no mercado para protecção de pessoas e bens, constitui também um dos problemas que
preocupam os vendedores e utentes deste mercado,
Mesmo quando há cooperação das forças policiais. Na sua relação com o concelho municipal,
os agentes informais só foram ou são autorizados a instalarem-se neste local, depois de
assinarem um documento em que se comprometem a abandonar o mesmo local quando assim
forem obrigados pelas autoridades municipais.
O Mercado Malhangalene
38
material precário, o que nos mostra a sua situação com um carácter ainda transitório. A sua
existência data dos inícios dos anos 90.
Os problemas básicos como o saneamento, a água corrente, a electricidade, e o tipo de
construções provisórias existentes tiram sono aos vendedores.
O Mercado 25 de Junho
O mercado 25 de Junho localiza-se no bairro com o mesmo nome e nas bermas da Avenida
de Moçambique, no município de Maputo. O mercado tem capacidade de 342 bancas e o grau
de ocupação é de aproximadamente 40%.
Mercados foi construído num terreno baldio e pantanoso na zona de Choupal, enfrenta o
problema de saneamento do meio e sanitários públicos para os utentes e trabalhadores do
mercado. As construções aí existentes são feitas de material precário, devido o facto de ainda
ser classificado como transitório pelas autoridades municipais.
39
CAPITULO IV: RECOLHA E DISCUSSÃO DOS DADOS
Este capítulo consiste na apresentação dos dados recolhidos relacionado com a poluição
sonora nos bairros mais representativos da Cidade de Maputo. Apresenta e discute os
inquéritos efectuados aos moradores dos bairros em que existem variam denúncias acerca da
poluição sonora e dos vendedores dos mercados informais tidos como os maiores agentes
poluidores.
Para se aferir sobre a existência ou não da poluição sonora no município de Maputo foram
inqueridos 110 munícipes entre vendedores e moradores, dos quais 106 responderam aos
inquéritos. O Universo foi constituído por inquiridos com 18 e mais anos de idade,
vendedores e/ou residentes nos bairros próximos aos mercados Mandela II, Museu,
Malhangalene e 25 de Junho.
Para a recolha dos dados respeitante a poluição sonora e dos agentes poluidores no
município, bem como a reacção dos moradores relativamente a este fenómeno, foram
elaboradas uma serie de questões do tipo fechadas e abertas aos moradores e vendedores, que
se resumem nos pontos seguintes:
a) Idade
O universo dos moradores foi constituído por inqueridos com 18 a 55 anos de idade, os
jovem (18 a 35 anos de idade) foram os que mais aderiram ao inquérito representando 67,9%
dos inqueridos, conforme o quadro abaixo:
40
Idade
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 18 a 21 11 20.8 20.8 20.8
22 a 25 8 15.1 15.1 35.8
26 a 30 9 17.0 17.0 52.8
31 a 35 8 15.1 15.1 67.9
36 a 44 8 15.1 15.1 83.0
45 a 55 9 17.0 17.0 100.0
Total 53 100.0 100.0
b) Género
De acordo com o quadro abaixo, dos 53 moradores inqueridos 58,5% eram do sexo
masculino e 41,5% eram do sexo feminino.
Género
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Masculino 31 58.5 58.5 58.5
Feminino 22 41.5 41.5 100.0
Total 53 100.0 100.0
c) Local de residência
Dos moradores que responderam ao inquérito, 37,7% foram inqueridos no bairro de Alto
Mae, 28,3% na Malhangalene, 20,8% no Museu e 13,2% no bairro de 25 de Junho
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Alto Mae 20 37.7 37.7 37.7
Malhangalene 15 28.3 28.3 66.0
Museu 11 20.8 20.8 86.8
25 de Junho 7 13.2 13.2 100.0
Total 53 100.0 100.0
Os moradores entrevistados, afirmam que os bairros onde residem são muitos agitados. E as
finais de semana a agitacao é maior.
Os moradores afirmam ainda que antes da existência do mercado informal nos bairros onde
residem o ambiente era muito calmo.
41
Genericamente como caracteriaza o teu bairro E as fins de semana, como caracteriza o teu b
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
Percent
Percent
0 0
Calmo Agitado Muito Agitado Agitado Muito Agitado
Genericamente como caracteriaza o teu bairro E as fins de semana, como caracteriza o teu bairro
30
20
10
Percent
0
Muito Calmo Calmo Agitado Muito Agitado Nao Sabe
60
50
40
30
20
Percent
10
0
Existe muita Existe exageradament
42
f) Outros problemas sociais que afectam os munícipes
Quando questionamos aos moradores quais eram outros problemas que os inquietavam, para
além da poluição sonora, 34% responderam que era a criminalidade, 28,3% roubo, 34%
prostituição e 1,9% indicaram problemas de diversa ordem.
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Criminalidade 18 34.0 34.6 34.6
Roubo 15 28.3 28.8 63.5
Prostituicao 18 34.0 34.6 98.1
Outros 1 1.9 1.9 100.0
Total 52 98.1 100.0
Missing System 1 1.9
Total 53 100.0
g) Comunicação ao Município
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Nunca 11 20.8 24.4 24.4
Raramente 4 7.5 8.9 33.3
As vezes 8 15.1 17.8 51.1
Com frequencia 22 41.5 48.9 100.0
Total 45 84.9 100.0
Missing System 8 15.1
Total 53 100.0
h) Acções desenvolvidas pelo Município com vista a resolução do problema da poluição sonora
Quase todos os moradores (79,2%) afirmarem que o município nunca desenvolve acções para
resolver o problema que envolve a poluição sonora e outros conflitos que se registam nos
bairros onde residem.
43
O Municipio desenvolve acçoes para resolver o problema que envolve a
poluiçao sonora e outros conflitos que se registam
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Nunca 42 79.2 84.0 84.0
Raramente 6 11.3 12.0 96.0
As vezes 2 3.8 4.0 100.0
Total 50 94.3 100.0
Missing System 3 5.7
Total 53 100.0
Enumeramos abaixo as respostas dos inquéritos feitos aos vendedores, as respostas das
questões estão apresentados em termos absolutos (Frequency) e em termos relativos ou em
percentagens (Percent).
a) Idade
O universo dos vendedores foi constituído por inqueridos entre 18 a mais de 50 anos de
idade, constituido maioritariamente (34%) por vendedores de 40 a 50 anos de idade,
conforme o quadro abaixo:
Idade
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 18-23 4 7.5 7.5 7.5
24-29 9 17.0 17.0 24.5
30-35 10 18.9 18.9 43.4
35-40 8 15.1 15.1 58.5
40-50 18 34.0 34.0 92.5
Mais de 50 4 7.5 7.5 100.0
Total 53 100.0 100.0
b) Género
De acordo com o quadro abaixo, dos 53 moradores inqueridos 58,5% eram do sexo feminino
e 41,5% eram do sexo masculino.
Genero
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Masculino 22 41.5 41.5 41.5
Femenino 31 58.5 58.5 100.0
Total 53 100.0 100.0
44
c) Local do comércio informal
Dos vendedores que responderam ao inquérito, 32,1% vende no mercado Mandela II, 24,5%
no mercado museu, 20,8% no mercado malhangalene e 22,6% no bairro de 25 de Junho
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Mercado Mandela II 17 32.1 32.1 32.1
Mercado Museu 13 24.5 24.5 56.6
Mercado Malhangalene 11 20.8 20.8 77.4
Mercado 25 de Junho 12 22.6 22.6 100.0
Total 53 100.0 100.0
Diversos
Produtos alimentares
Bebidas alcoolidas
Comidas prontas
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Sim 33 62.3 62.3 62.3
Nao 20 37.7 37.7 100.0
Total 53 100.0 100.0
45
4.2 POSICIONAMENTO DO MUNICÍPIO
No presente trabalho o Município foi por representado pelo Senhor Hélder Tomás,
coordenador do departamento de mercados e feiras há mais de 4 anos no município de
Maputo, de referir que inicialmente a entrevista para a recolha de dados estava agendado com
o vereador da área dos mercados e feira e este remeteu o assunto para a DMMF visto que
estes estão sempre em contacto directos com os fenómenos que afectam os mercados.
Por várias vezes a DMMF recebeu denúncias relacionadas com a poluição sonora feitas pelos
moradores e todas as denúncias foram enviadas ao departamento da polícia municipal porque
o departamento é responsável pela manutenção da lei e ordem no município.
A DMMF avançou que a poluição denunciada pelos moradores não é feitas pelos vendedores
dado que o mercado Mandela II não tem energia eléctrica, portanto os vendedores não tem
como utilizar aparelhos de sons de grande potência, a poluição sonora é feita pelos utentes
das barracas que ai se concentram e ligam os aparelhos de sons das suas viaturas em volume
alto.
A DMMF assegurou que a polícia municipal sempre que é alertado da existência da poluição
sonora faz-se presente ao local e soluciona o problema.
46
4.3 POSICIONAMENTO DOS VENDEDORES DO MERCADO MANDELA
II
Os vendedores estão representados neste trabalho pela Senhora Albertina Carlota Simango
membro da comissão dos vendedores a mais de 7 anos e chefe do mercado a 5 anos.
Quando questionamos de como sobrevive o mercado sem água, luz e com grandes problemas
de saneamento a senhora Albertina respondeu o seguinte:
A chefe do Mercado tem conhecimento de que existe poluição sonora no mercado Mandela II
e que os moradores da vizinhança do mercado nunca se dirigiram a ela para exigir uma
solução, eles dirigem se directamente ao município e muitas das vezes toma conhecimento
das reclamações dos moradores através da imprensa. Acerca da poluição a entrevistada
47
afirma que as fontes poluidoras não são as barracas de vendas de comidas e bebidas
localizadas dentro do mercado e indica que os grandes agentes poluidores são os utentes das
barracas localizadas do lado de fora do mercado.
Procuramos saber da senhora Albertina o que ela tem feito para a resolver o problema da
poluição sonora, ela respondeu que como a poluição sonora não é feita pelos vendedores sob
sua responsabilidade torna-se difícil resolver o assunto. Adiantou que ela é responsavel pelos
vendedores localizados na área coberta pelo muros e que os quiosque localizados do lado de
fora não esta sob sua responsabilidade, os vendedores de bebidas localizados do lado de fora
da muro da vedação do mercado são considerados ilegais e muitas vezes o município tem
apreendidos as suas mercadorias (bebidas) como forma de repreensão.
A chefe do mercado Mandela frisou que a solução para a resolução do problema da poluição
deve ser encontrada pelo município e classifica como legitima a reclamação dos moradores.
Por último a chefe do mercado, exige que seja melhorado as infra-estruturas e o saneamento
dentro do mercado, que se invistam num mercado em condições e avança ainda se o
município não tem condições ou tem falta de vontade, basta que autorize a comissão de
vendedores para fazer as devidas melhorias, tais como, construção de bancas melhoradas,
canalização de água e luz.
Os moradores da vizinhança do mercado Mandela II, reclamam que há mais de 17 anos vem
sofrendo devido a poluição sonora, prostituição, roubos, doenças, etc. O mercado não tem
horário de encerramento, funciona 24 horas por dias, o município nada faz para a segurança e
sossego dos moradores da vizinhança do mercado.
Existe ainda, reclamações que os utentes das barracas do mercado fazem barulho das 22
horas até ao amanhecer, defecam e urinam nas entradas das casas, pátios e escadas. Os
moradores reclamam que a polícia municipal nada faz para resolver o problema da poluição
sonora.
48
CAPITULO V: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Este capítulo consiste no centro de desenvolvimento da pesquisa, onde ocorre a discussão dos
resultados. Nele são apresentadas as análises dos dados da poluição sonora e da reacção da
população frente ao problema.
Através de uma simples observação, concluiu-se a prior que existe degradação da qualidade
de vida dos munícipes e a violação do direito ao ambiente consagrado na Constituição da
Republica. Além disso, no decorrer da análise da percepção das pessoas em relação a esse
acréscimo de poluição, verificou-se que em todos os pontos já ocorreram várias denúncias e
abaixo-assinados às autoridades competentes. Outro facto que foi observado é que em todos
esses pontos analisados, não existe a observância do horário de funcionamento estabelecido
pelo município de Maputo.
Dos inquéritos efectuados aos 53 moradores dos quais 58,5% do sexo masculino e 41,5% do
sexo feminino, nos 04 pontos chegamos as seguintes conclusões:
49
Dos 53 Moradores questionado sobre a existência ou não da poluição sonora no bairro onde
moram 33 inqueridos responderam que existe exageradamente, 19 responderam que existe
muito e apenas 01 não respondeu a questão.
O quadro abaixo mostra as respostas dos inqueridos nos 04 pontos em que se analisou a
poluição sonora.
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Existe muita 19 35.8 36.5 36.5
Existe exageradamente 33 62.3 63.5 100.0
Total 52 98.1 100.0
Missing System 1 1.9
Total 53 100.0
Bairro onde Vive * Existe poluicao sonora aqui no teu bairro Crosstabulation
Os inqueridos avançam que a poluição sonora nos 04 pontos é intensa durante todo o dia e
que tanto no meio da semana e como nos finais de semana os 04 pontos são muito agitados,
conforme o gráfico que a seguir se apresentam:
50
A que horas do dia a poluicao sonora e mais in
70
60
50
40
30
20
Percent
10
0
Tardes Noites Todo o dia
Por sua vez quando questionado sobre outros problemas que afectam os 04 pontos, a resposta
foi a seguinte:
Outros Problemas
Roubo
28.85 / 28.3%
Prostituicao
34.62 / 34.0%
Criminalidade
34.62 / 34.0%
Os inquiridos dizem estar agastado com o município visto que por várias vezes alertaram o
município sobre a poluição sonora exagerada existentes nos seus bairro e o município nada
ou pouco vez para estancar a desordem. 80%, 92.9%, 72.7% e 100% dos inqueridos
residentes no bairro de Alto Mae, Malhangalene, Museu e 25 de Junho, respectivamente,
responderam que o Município nunca desenvolve acções para resolver o problema que
envolve a poluição sonora e outros conflitos que se registam.
51
Bairro onde Vive * O Municipio desenvolve acçoes para resolver o problema que envolve a poluiçao
sonora e outros conflitos que se registam Crosstabulation
Procuramos perceber dos nossos inqueridos nos 04 pontos para além dos mercados informais
quais outros locais que são fontes da poluição sonora e as respostas foram:
No bairro de Alto Mae 25% identificou as bombas de gasolina, 20% a zona do forno, 20% o
bairro todo e os restantes apontaram diversas zonas como outras fontes poluidoras para além
do Mercado Mandela II.
Por sua vez, no bairro do Museu 18,2% indicaram as bombas de gasolina e 63,6%
responderam que as paragens de chapas são outras fontes poluidoras para além do Mercado
Museu.
E por fim, para além do Mercado 25 de Junho foram indicados a paragem dos chapas100, os
camionistas e os chapeiros como fontes poluidoras no bairro.
52
Bairro onde Vive * Para alem do mercado, quais sao outros locais do bairro que sao fontes da poluicao sonora Crosstabulation
Para alem do mercado, quais sao outros locais do bairro que sao fontes da poluicao sonora
Na
A Zona Aparelhos Bombas zona O Paragens
de A zona do dos de Camionistas Jardim dos do Nao O bairro Os de
Belita mercado carros gasolina Camionistas e chapas Madjerman forno Sabe Mercado todo Chapeiros chapas Total
Bairro Alto Mae 1 1 5 2 4 3 4 20
onde 5.0% 5.0% 25.0% 10.0% 20.0% 15.0% 20.0% 100.0%
Vive Malhangalene 1 2 4 4 4 15
6.7% 13.3% 26.7% 26.7% 26.7% 100.0%
Museu 2 1 1 7 11
18.2% 9.1% 9.1% 63.6% 100.0%
25 de Junho 1 1 2 1 2 7
14.3% 14.3% 28.6% 14.3% 28.6% 100.0%
Total 1 1 3 7 1 1 2 5 8 4 10 1 9 53
1.9% 1.9% 5.7% 13.2% 1.9% 1.9% 3.8% 9.4% 15.1% 7.5% 18.9% 1.9% 17.0% 100.0%
Depois de analisados os dados do inquérito dos moradores podemos aferir que no município
existe exageradamente a poluição sonora.
Foram inqueridos igualmente 53 vendedores e 62,3% destes reconhecem que existe poluição
sonora nos pontos onde vendem conforme os dados abaixo
Local onde Vende * Os moradores reclamam da poluicao sonora vinda das barracas
Crosstabulation
Os moradores
reclamam da poluicao
sonora vinda das
barracas
Sim Nao Total
Local Mercado Mandela II Count 12 5 17
onde % within Local
Vende 70.6% 29.4% 100.0%
onde Vende
Mercado Museu Count 10 3 13
% within Local
76.9% 23.1% 100.0%
onde Vende
Mercado Malhangalene Count 7 4 11
% within Local
63.6% 36.4% 100.0%
onde Vende
Mercado 25 de Junho Count 4 8 12
% within Local
33.3% 66.7% 100.0%
onde Vende
Total Count 33 20 53
% within Local
62.3% 37.7% 100.0%
onde Vende
53
Por sua vez os vendedores afirmam que várias vezes envolveram-se ou presenciaram
conflitos com os moradores originados pela poluição sonora e para além da poluição sonora
existe nos pontos onde vendem os problemas relacionados com roubos, agressões físicas e
verbais conforme os dados constante nas tabelas abaixo:
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Nunca 5 9.4 9.4 9.4
Varias vezes 30 56.6 56.6 66.0
Poucas vezes 18 34.0 34.0 100.0
Total 53 100.0 100.0
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid Quase sempre 20 37.7 37.7 37.7
Sempre 26 49.1 49.1 86.8
Rara vezes 7 13.2 13.2 100.0
Total 53 100.0 100.0
Caracterização do bairro
54
Junto ao Mercado * Genericamente como caracteriaza o teu bairro Crosstabulation
Os nossos entrevistados (40%) afirmam que antes da existência do mercado, o bairro era
muito calmo. 95% Dos moradores entrevistados responderam que o bairro é muito agitado
aos finais de semana (Sexta-feira, Sábado e Domingo).
Junto ao Mercado * Antes da existencia deste mercado, como se caracterizava o teu bairro Crosstabulation
55
Junto ao Mercado * E as fins de semana, como caracteriza o teu bairro Crosstabulation
E as fins de semana,
como caracteriza o teu
bairro
Agitado Muito Agitado Total
Junto ao 25 de Junho Count 2 4 6
Mercado % within Junto
33.3% 66.7% 100.0%
ao Mercado
Malhangalene Count 15 15
% within Junto
100.0% 100.0%
ao Mercado
Mandela II Count 1 19 20
% within Junto
5.0% 95.0% 100.0%
ao Mercado
Museu Count 11 11
% within Junto
100.0% 100.0%
ao Mercado
Total Count 3 49 52
% within Junto
5.8% 94.2% 100.0%
ao Mercado
Poluição sonora
56
Junto ao Mercado * A que horas do dia a poluicao sonora e mais intensa Crosstabulation
57
Junto ao Mercado * Mandam comunicaçao escrita ao Municipio a expor o problema do bairro Crosstabulation
De acordo com o quadro abaixo, 80% afirmaram que o município nunca desenvolve acções
para resolver o problema da poluição sonora
Junto ao Mercado * O Municipio desenvolve acçoes para resolver o problema que envolve a
poluiçao sonora e outros conflitos que se registam Crosstabulation
Caracterização do Mercado
58
Local onde Vende * Que tipo de produtos vende na sua banca Crosstabulation
Local onde Vende * Alguma vez envolveu-se ou presenciou um conflito com os moradores por causa da
poluicao sonora Crosstabulation
59
Local onde Vende * Tem havido roubos, agressoes fisicas e verbais neste mercado Crosstabulation
Local onde Vende * Quais sao os problemas que gostaria de ver resolvido pelo Municipio Crosstabulation
Quais sao os proble mas que gostaria de ver resolvid o pelo Municipio
Arrumacao Bancas Casas de Reducao
Agua e luz das barrac melhoradas banho Limpeza das taxas Seguranca Total
Local Mercado Mandela II Count 6 8 1 2 17
onde % within Local
Vende 35.3% 47.1% 5.9% 11.8% 100.0%
onde Vende
Mercado Museu Count 1 1 7 2 2 13
% within Local
7.7% 7.7% 53.8% 15.4% 15.4% 100.0%
onde Vende
Mercado Malhangalene Count 2 1 1 2 2 1 2 11
% within Local
18.2% 9.1% 9.1% 18.2% 18.2% 9.1% 18.2% 100.0%
onde Vende
Mercado 25 de Junho Count 1 1 1 4 3 2 12
% within Local
8.3% 8.3% 8.3% 33.3% 25.0% 16.7% 100.0%
onde Vende
Total Count 10 3 2 21 8 1 8 53
% within Local
18.9% 5.7% 3.8% 39.6% 15.1% 1.9% 15.1% 100.0%
onde Vende
Horário de funcionamento
60
Local onde Vende * A que horas encerra a sua barraca de segunda a sexta-feira Crosstabulation
Local onde Vende * A que horas encerra a sua barraca nos finais de semana Crosstabulation
De acordo com os dados abaixo, podemos constatar que os vendedores de bebidas alcoólicas
praticam o comércio fora das horas normais de funcionamento, isto é, no mercado Mandela
56,5% enceram as barracas até as 22 horas e 34,8% operam para além das 22 horas.
61
Que tipo de produtos vende na sua banca * A que horas encerra a sua barraca de segunda a sexta-feira Crosstabulation
Poluição sonora
Local onde Vende * Os moradores reclamam da poluicao sonora vinda das barracas
Crosstabulation
Os moradores
reclamam da poluicao
sonora vinda das
barracas
Sim Nao Total
Local Mercado Mandela II Count 12 5 17
onde % within Local
Vende 70.6% 29.4% 100.0%
onde Vende
Mercado Museu Count 10 3 13
% within Local
76.9% 23.1% 100.0%
onde Vende
Mercado Malhangalene Count 7 4 11
% within Local
63.6% 36.4% 100.0%
onde Vende
Mercado 25 de Junho Count 4 8 12
% within Local
33.3% 66.7% 100.0%
onde Vende
Total Count 33 20 53
% within Local
62.3% 37.7% 100.0%
onde Vende
Segundo Manjate (2010 71), o diagnóstico do conflito é a primeira etapa ou contacto com o
conflito, que se assemelha a uma pessoa doente que vai ao médico, este procura ouvir e
observar atentamente, sem tomar parte. Isto significa que o médico usa o domínio que tem da
62
área para dizer que este doente tem esta ou aquela doença pelos sintomas, indícios, atitudes e
comportamento.
De acordo com M.A Lopes (2006), conflito manifesto trata-se do conflito que já atingiu
ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização.
Abaixo analisamos o conflito existente no mercado Mandela II por meio da teoria da cebola.
De salientar que neste conflito estão envolvido três partes ou protagonistas: Moradores,
Vendedores e o Municipio.
Iniciaremos por analisar o conflito entre duas partes (moradores e vendedores) e de seguinte
analisaremos o conflito incluído as três partes.
Moradores Vendedores
Posição Posição
Interesses
Interesses
Garantir a tranquilidade e
segurança no bairro Maximizar o lucro e desenvolver o
comércio sem obstaculo
Necessidades Necessidades
a) Posição – aquilo que as partes dizem que querem. É o que demonstram em primeira
mão. As posições tomadas por cada parte do conflito existente no mercado Mandela II
são divergentes. Os vendedores tomam posições contrárias aos moradores e o
município por sua vez tema posição completamente afastada de ambos. Neste caso as
posições tomadas por cada interveniente afasta e coloca cada parte muito distante das
outras.
c) Necessidade – é tudo aquilo que falta as partes. As três partes tem a necessidade de
lograr os seus intentos, os moradores querem a preservação da saúde pública e
estabelecimento de um ambiente estável e harmonioso através da eliminação da
poluição sonora, os vendedores estão engajados na obtenção de recursos para as suas
subsistência e para tal devem reduzir a poluição por forma não verem as suas licenças
confiscada e o município precisa de ambos reconciliados como forma de garantir o
desenvolvimento social e económico do município. Tudo isto leva as partes a se aproximarem
para resolver o conflito existente.
64
CAPITULO VI: RESOLUÇÃO DO CONFLITO PELA
ABORDAGEM DE GANHOS MÚTUOS
Neste capítulo iremos fazer a análise da aplicabilidade da teoria de ganho mútuo e a sua
posterior aplicação.
Pressupostos Resultado
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Promessas que não foram cumpridas
66
6.2 APLICAÇÃO DA ABORDAGEM DE GANHOS MUTUO
Atribuições do Município
De acordo com a lei 2/97, as atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios
comuns e específicos das populações respectivas e designadamente
c) Abastecimento público
d) Saúde
e) Educação
A função de serviço público nos coloca no centro de uma grande quantidade de relações
sociais e políticas que se tornam conflituantes na medida em que foram adquiridas atribuições
para a administração de recursos públicos, para a tomada de decisões, para a condução de
processos de desenvolvimento, para gestão de pessoal, etc.
Da mesma maneira temos que nos capacitar para cumprir as responsabilidades específicas do
nosso cargo, é necessários que nos preparemos na gestão da nossa função como facilitadores
na solução dos diversos conflitos que enfrentamos nas relações quotidianas.
Uma autoridade ou dirigente que conheça novas possibilidades e ferramentas para a gestão de
conflitos poderá, sem dúvida:
• Fortalecer sua liderança: por ser capaz de relacionar-se de maneira produtiva com
outros na busca de soluções mais adequadas e convenientes para todos.
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• Facilitar o trabalho em equipa: pois promove o esforço colectivo harmónico e
respeitoso, resolve problemas organizacionais e interpessoais.
• Melhorar as relações com a cidadania: pois oferece mecanismos para encontrar
respostas mais próximas das necessidades da população e gera uma interlocução
positiva diante de interesses em conflito.
• Obter melhores resultados: por ser capaz de identificar e seleccionar opções, assim
como unir recursos e esforços para melhorar a situação de sua comunidade. Da
mesma forma para a defesa dos interesses municipais frente a outras instâncias de
governo.
• Conhecer melhor seu município: por ser capaz de identificar melhor os interesses e
necessidades de seu município, assim como a forma de negociá-los com outros.
Estas condições, por sua vez, lhe permitirão impulsionar com maior dinamismo e consenso
suas tarefas e suas propostas para o desenvolvimento municipal.
A abordagem de ganhos mútuos difere das demais abordagens por seu um conjunto de
princípios e estratégias que permite (i) maximizar as chances de se encontrar seus interesses,
ao mesmo tempo em que as outras partes também alcançam seus interesses, e (ii) criar e
manter um bom relacionamento entre as partes que estão na negociação. Essa abordagem
garante que o processo seja eficiente, viabiliza a realização de ganhos mútuos e, caso os
negociadores não alcancem o acordo, sairão menos desgastados.
O foco central da abordagem de ganhos mútuos e o foco nos interesses, não em posições. A
forma de condução da negociação nos dois focos pode ser verificada nos seguintes exemplo:
• Foco na posição: Desejamos eliminar 100% a poluição.
• Foco no interesse: Desejamos reduzir a poluição.
Focar no interesse é melhor para uma negociação, pois interesses são objectivos que se
desejam alcançar em uma negociação e oferece maior flexibilidade para se alcançar acordo.
A autoridade municipal, depois da análise criativa do problema existente no mercado
Mandela II devera aplicar os seguintes princípios que assentam a teoria de ganhos mútuos:
• Reconhecer as preocupações de outra parte
• Encorajar a procura da solução conjunta
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• Desenvolver esforços e contingências para minimizar impactos negativos se existirem,
prometer, compensar e reconhecer qualquer impacto que seja.
• Aceitar responsabilidade, admitir erros e partilhar poderes
• Agir de forma confiável em todos os momentos
• Focalizar na construção de relacionamentos de longo prazo
1. Reconhecer as preocupações de outra parte
Muitas vezes, a maneira mais eficaz de lidar com as emoções humanas, como irritação, a
frustração e outras emoções negativas, é ajudar as pessoas a libertarem esses sentimentos. O
simples processo de exteriorização de todos os seus ressentimentos alivia psicologicamente.
Portanto o Conselho Municipal devera ouvir e analisar todos os pontos colocados tanto pelos
vendedores pelos moradores e responde-las em tempo real.
Todas as reclamações devem ser classificadas e processadas em um Software que permita um
feedback com os munícipes e estes sentirão confortável em saber que as suas preocupações
são tratadas e levadas em consideração.
2. Encorajar a procura da solução conjunta
O envolvimento das partes para a resolução dos problemas que as afectam mutuamente traz
confiança e sinergia. As partes devem desenvolver uma relação mutuamente vantajosa ou
satisfazendo os interesses de cada uma das partes através de uma solução criativa. O
município, os moradores e vendedores devem buscar meios conducentes a resolução do
conflito existente.
3. Desenvolver esforços e contingências para minimizar impactos negativos se
existirem, prometer, compensar e reconhecer qualquer impacto que seja.
Neste ponto, o município deve focar-se em arrolar os impactos negativos da poluição sonora
na vida da comunidade e desenvolver instrumentos que reduzam a poluição sonora, como é o
caso de aumento da fiscalização.
4. Aceitar responsabilidade, admitir erros e partilhar poderes
É responsabilidade do município controlar a poluição sonora nos mercados portanto se o
problema chegou a imprensa e outros órgãos é porque o município foi ignorando as
denúncias dos moradores, deste modo eles devem assumir o erro de ter negligenciado o caso
e prometer resolver o problema.
O problema do poder e da sua influência nos processos negociais tem sido largamente
ignorado pelos investigadores. O poder na negociação é um termo inevitável porque tem sido
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um dos focos do conflito. Hans Morgantau citado por Manjate define o poder como sendo a
capacidade de influenciar a mente das outras pessoas para aderirem aos nossos objectivos.
Na negociação podem ser exercidos diferentes tipos de poder:
• Poder de legitimo – pode ser uma legitimidade tradicional herdada, ou autoridade
atribuída ou conferida por lei para ser exercida num momento ou espaço especifico,
tal como e o poder de decidir durante a negociação
• Poder de referência – é o ponto que guia as pessoas para alcançarem resultados na
negociação
• Poder de informação – pode-se ter a informação que os outros não têm.
• Poder coercivo – uma das partes decide condicionar certa decisão ao poder da força
monetária ou espiritual para que a outra parte possa ceder.
• Poder carismático – carisma e necessário para o líder da negociação e é importante
para o facilitador ou mediador no desenvolvimento da negociação para persuadir as
partes a aceitarem o acordo.
De um modo geral, o poder é considerado irrelevante ou nocivo, prejudicando o sucesso
das negociações. Alguns autores chegam a sustentar que a fraqueza pode ser um trunfo
negocial. O município na resolução do problema da poluição sonora devera partilhar
poder, isto é, não usar o seu poder legítimo e nem em algum momento usar o poder
coercivo através do uso da polícia municipal, pelo contrário devera ouvir as partes e
juntos chegar a um acordo.
5. Agir de forma confiável em todos os momentos
O município não pode prometer medidas que a prior sabe que não ira cumprir, com isso não
quero dizer que não se deve mentir durante a negociação, podemos mentir mas sem
prejudicar a outra parte. O município não pode perder a confiança do povo, não pode fazer o
povo sentir-se órfão, deve sempre transmitir a confiança ao povo de que os seus problemas
serão resolvidos.
6. Focalizar na construção de relacionamentos de longo prazo
O município não deve-se concentrar em resolver problemas que tragam soluções de curto
prazo, eles devem focar em construir relações de longo prazo e que tais acções garantam a
sua reeleição nas próximas eleições e para tal deve fortalecer sua liderança, facilitar o
trabalho em equipa, melhorar as relações com a cidadania, obter melhores resultados nas suas
actividades e conhecer melhor seu município.
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CAPITULO VII: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7.1 CONCLUSÕES
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(moradores) não acreditam mais nas estruturas municipais, isto quando não actua contra o
município.
As questões legais não estão a ser cumpridas, existe um incumprimento dos dispositivos
legais sobre a poluição sonora, tais como:
• Código penal
Abaixo passamos cada um dos casos da violação dos dispositivos sobre a poluição no
mercado Mandela II:
• O código penal no seu artigo 279º determina que quem, não observar disposições
legais, regulamentares ou obrigações impostas pela autoridade competente, por
exemplo, provocar poluição sonora mediante utilização de aparelhos técnicos ou de
instalações, em especial de máquinas ou veículos terrestres, flutuáveis, marítimos ou
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aéreos de qualquer natureza de forma grave, é punido com pena de prisão até três anos
ou com pena de multa ate 600 dias. Este dispositivo também não é cumprido
• Segundo a postura sobre o Comercio Ambulante em Lugar Fixo no seu artigo 25º não
é permitido o comercio ambulante fixo, junto e nos estabelecimentos de ensino,
unidades sanitárias, militares e paramilitares, acesso a residências, passeios públicos
em condições que dificultam a circulação de peões. Estes factos não são respeitados
na maioria dos casos no município de Maputo, a título de exemplos têm várias
barracas e quiosques que se dedicam a venda de bebidas alcoólicas e diversos, junto
as escolas Francisco Manyanga, Estrela Vermelha, Josina Machel e outras.
• Por último o artigo 22º da Postura sobre o Comércio Ambulante em Lugar Fixo
determina que no Distrito Municipal N1 (Bairro Central A, B e C; Alto Maé A e B;
Malhangalene A e B; Polana Cimento A e B, Coop e Sommerchield) as barracas estão
proibidas de comercializar bebidas alcoólicas. Este artigo também não é respeitado
8. Contudo apesar de todos os esforços para atingir a uma conclusão final reconhecemos
que dela estamos longe, muito longe, pois o tema é complexo, envolvendo, por isso
mesmo muitas dimensões. A cada indagação novas indagações surgiam, a cada resposta,
novas questões eram levantadas. Assim sendo, reconhecemos que o trabalho não
apresenta soluções e sim desperta novas questões, abrindo caminhos para novas
pesquisas ligadas à temática estudada.
73
7.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Recomendações gerais
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Recomendações específicas
Durante a pesquisa constatamos que acções que tem em vista a gestão da poluição sonora não
são coordenadas e estruturadas, assim também as competências e as responsabilidades
associadas encontram-se dispersas e não estão claramente estabelecidas.
Para tal são delineado a seguir o conteúdo da política, são sugeridas apenas as acções que
devem ser conduzidas na estratégia de implementação da política.
Princípios
Fundamentos
• A participação da comunidade
Directrizes
Um Mapa de Ruído é uma representação visual da distribuição espacial dos índices de ruído
ambiente, constituindo-se como um meio de diagnóstico e revelador, em detalhe, das
emissões sonoras, da influência das diferentes fontes e da exposição das populações ao ruído
ambiente.
Sabe-se que a adequada gestão do ruído deve considerar o mapa de ruído como uma
ferramenta fundamental de diagnóstico. O mapa de ruído permite conhecer o ambiente
sonoro de um determinado lugar em um determinado momento, identificando-o como um
instrumento indispensável para o estudo e controle do ruído ambiental.
Um mapa de ruído tem como objectivo desenhar uma representação visual de um ambiente
acústico específico em uma determinada área geográfica. Estes mapas podem, ainda,
demonstrar como se altera a distribuição espacial dos níveis de ruído com o tempo, e podem
informar não só no nível do solo mas, também, podem destacar as fontes de ruído dominante
e os sectores mais sensíveis ao ruído.
A elaboração e utilização do mapa de ruído podem ser uma estratégia clara e objectiva de
avaliar a exposição ao ruído, de intercambiar informações mútuas e ainda de subsidiar
informações à comunidade sobre o grau de exposição ao ruído urbano.
76
LISTA DE BIBLIOGRAFIA, TEXTO, SÍTIOS DA INTERNET E
DOCUMENTOS OFICIAIS CONSULTADOS
Bibliografia
• Fisher, Ury, Patton (1991) Como conduzir uma negociação, edições asa, São
Paulo
77
• Minicucci, Agostinho (1989) Psicologia aplicada a administração, Altas, São
Paulo
• Rodrigues, José (2001) Legislação sobre o Ruído, Rei dos Livros, Lisboa
• Susskink, Lawrence e Field, Patrick (1996) dealing with an angry public: The
Mutual Gains Approach to Resolving Disputes, Juta editora
Textos
Sítios da Internet
• www.logolinkla.org/conteudos/documentos/cesem.pdf: Manual de Instrumento de
Gestão de Conflito: Dolores Gonzales Saraiva, consultado em 14 de Dezembro de
2009 as 16:00
78
• www.fae.edu/publicacoes/pdf/cap_humano/4.pdf : administração de conflitos
pesquisado em 14 de Dezembro de 2009 as 14:05
• http://home.fmh.utl.pt/~arosado/Gestao%20de%20conflitos.pdf, pesquisado em 22 de
Dezembro de 2009 as 19:37
Publicações
• PARPA II
Jornais
79