1- Curso de Direito Penal Brasileiro. Luiz Régis Prado (V.1)
• Pontos fortes: Considero o melhor livro do mercado. Além de ser completo em relação aos principais editais de concursos (Delegado, Juiz e Promotor) vem com perguntas, além de um quadro esquemático ao final de cada capítulo. Há, também, colação de jurisprudência sobre os assuntos mais debatidos. O autor não inventa muito ao tratar dos assuntos, além do que não fica discutindo o sexo dos anjos (o que é muito comum entre os autores de penal) • Pontos Fracos: Tem uma linguagem relativamente prolixa. O aluno pode ter dificuldades de apreender alguns conceitos e raciocínios do autor por este motivo, principalmente se não tiver muita base.
2- Tratado de Direito Penal . Cezar Roberto Bitencourt.
• Ponto Forte: Também um dos melhores do mercado. A matéria está de acordo com os principais Editais (Delegado, Promotor, Juiz). Muito utilizado nos concursos federais. Fala bem dos aspectos históricos do Direito Penal. O autor não inventa muito ao tratar dos assuntos, além do que não fica discutindo o sexo dos anjos (como o Prado). Tem uma grande vantagem em relação ao Prado por ser de linguagem gostosa e fácil. • Ponto Fraco: Não trata bem da teoria do erro.
3- Curso de Direito Penal. Rogério Greco
• Ponto Forte: é extremamente didático. Excelente como primeira leitura de penal. O autor já citado em obras de outros grandes juristas e é adorado pelas bancas cariocas. Ideal para a prova da OAB ou para a primeira fase de concursos jurídicos. • Ponto Fraco: Não trata bem dos temas mais modernos, como o funcionalismo e imputação objetiva. Ás vezes é tão objetivo que deixa de aprofundar em assuntos importantes. Na verdade, é um grande “apostilão” de Direito Penal. 4- Curso de Direito Penal. Fernando Capez. • Ponto Forte: é muito objetivo e didático. Tem um esquema muito bom para entender as diferenças entre o causalismo e o finalismo. É muito querido pelo MP paulista. Muito bom para OAB. • Ponto Fraco: não trata bem de temas mais modernos, como o funcionalismo e imputação objetiva. Não estude concurso de pessoas por ele, pois o autor adota um conceito restritivo de autor, não adotado pela maioria dos finalistas (que preferem a teoria do domínio do fato). Por fim, adota a teoria bipartida de crime (fato típico e antijurídico), não adotado pelos concursos atuais. 5- Direito Penal. V.2. Parte Geral. Luiz Flávio Gomes e Antonio García-Pablos de Molina. • Ponto Forte: Esta obra é a mais recente do mercado (de autores de peso). O livro aprofunda muito bem os assuntos sobre a evolução epistemológica do crime (causalismo, funcionalismo etc). É o que melhor trata da Teoria do Erro (apesar de adotar posturas minoritárias). O didatismo da obra é o ponto mais forte. Os conceitos são repisados várias vezes. O autor sempre relembra os assuntos ensinados, além do que, muitas vezes, apresenta ao final do assunto os principais pontos abordados. Tem uma maneira peculiar de tratar a matéria, pois não se considera finalista, e sim “pós-finalista”! • Ponto Fraco:o EGO do LFG é o ponto fraco da obra. Adota muitas posições minoritárias (e nem sempre informa isso). O pior é que o autor defende a Teoria Constitucionalista do Delito (v. minha apostila sobre evolução epistemológica de crime), em que COPIA a idéia de Zaffaroni para tipicidade material (tipicidade conglobante), mistura com a teoria da imputação objetiva na concepção de Roxin ( Normativismo-teleológico), coloca duas pitadas de sal, uma colher de pó Royal e, ao final, substitui a CULPABILIDADE pela PUNIBILIDADE como elemento do crime.
OBS. FINAL (1): Leia, independentemente do livro que adotar, no livro do
ZAFFARONI e PIERANGELI (Manual de Direito Penal Brasileiro), o TÍTULO II em que os autores tratam de CONDUTA. OBS. FINAL (2): ahh! Se tiver sobrado um dinheiro, compre meu humilde livrinho: DELEGADO. Questões de Direito Penal Explicadas. Bons estudos! Kisses! L.V.