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Exposição “Grafias” reúne oito artistas e mostra a produção recente da

gravura no Pará

A exposição “Grafias”, com obras de Alexandre Sequeira, Ronaldo Moraes


Rêgo, Elaine Arruda, Marcone Moreira, Egon Pacheco, Jocatos, Diô Viana e
Antônio Botelho, abre nesta quarta-feira (22), às 19h, no Espaço Cultural
Banco da Amazônia. Com curadoria de Armando Sobral, a coletiva mostra
um apanhado da recente produção desta linguagem plástica no Pará e seus
desdobramentos estéticos, com diferentes conceitos, matrizes e processos
de impressão, e suportes distintos, apresentando o caráter experimental
dos procedimentos e pesquisas com a gravura. Com objetivo de traçar um
breve mapeamento da prática, os artistas foram selecionados a partir de
três cidades: Belém, Marabá e Santarém.

Seja porque os artistas nasceram, residem ou trabalham nessas localidades,


Armando Sobral destaca que a unidade entre os trabalhos está na profunda
relação com as origens. De acordo com o curador, esta é apenas uma
pequena mostra do que vem sendo produzido e a exposição não pretende
ser totalizadora. “É um processo de pesquisa. A mostra é um recorte em
que se procurou abranger modos e processos peculiares, na dimensão
experimental”, explica. De Belém figuram Alexandre Sequeira, Ronaldo
Moraes Rêgo, Elaine Arruda e Jocatos; de Santarém, Egon Pacheco e Diô
Viana; e de Marabá, estão Marcone Moreira e Antônio Botelho. Mesmo com
a identidade que é possível designar sendo uma “visualidade amazônica”,
cada artista apresenta técnicas e procedimentos de criação diferenciados.

Alexandre busca na relação com o outro os elementos para a criação, em


uma clara concepção de alteridade. Na vila de pescadores conhecida como
Nazaré de Mocajuba, em Curuçá, ele começou a desenvolver as serigrafias
da série “Impressões de um lugar”, em que utiliza mantas, toalhas de mesa
e redes como suporte para estampar os próprios donos. A aproximação com
o território também é marca de Jocatos, que utiliza utensílios populares,
como caixas de feira e latas de manteiga – encontradas muitas vezes no
bairro do Guamá, onde reside –, deslocando-os de suas funções usuais. Em
suas pesquisas, os objetos tornam-se matrizes para impressão e também
suporte para possíveis estampas.

A natureza, seja em cores vivas de Diô Viana ou nos traços delicados e


precisos de Ronaldo Moraes Rêgo, aparece com a força do domínio técnico.
Diô explora os matizes vibrantes aliado aos grafismos, tanto em
xilogravuras quanto em gravuras em metal. Mesmo com residência no
México há muito tempo, preserva imagens e paisagens de sua terra-natal.
Ronaldo, com a experiência de mais de vinte anos de docência na
Universidade Federal do Pará, mostra como o conhecimento denso da
linguagem pode ser sinônimo de criação. Além disso, é hoje um dos
representantes da escola de Valdir Sarubbi, já que foi com o mestre que
Ronaldo começou a estudar gravura.
Antônio Botelho traz para o trabalho artístico conceitos antropológicos, ao
utilizar tábuas de cozinha das donas-de-casa de Marabá como matrizes para
a impressão das gravuras. “Isso revela o caráter experimental com a
utilização de objetos, em pesquisas amplas e diversificadas, ao contrário
das práticas tradicionais”, diz o curador. Em busca da denúncia social e da
dimensão política, Egon Pacheco utiliza toras de madeira apreendidas pelo
Ibama como matrizes. “Ele utiliza também objetos encontrados na rua para
decalcar as estampas, convertendo-os em matrizes”, completa o curador.

Com a proposição de novas escalas, Elaine Arruda, da geração surgida a


partir das oficinas na Fundação Curro Velho, busca outras dimensões para a
gravura em metal. “Ela vem desenvolvendo uma matéria gráfica intensa,
com escalas difíceis de enfrentar”, comenta Armando. O artista marabaense
Marcone Moreira, conhecido e muito premiado pela produção de instalações
e objetos, utiliza gravura em um processo íntimo com a produção de formas
tridimensionais.

Texto: Dominik Giusti

Serviço: Abertura da exposição coletiva “Grafias”, com obras de Alexandre


Sequeira, Ronaldo Moraes Rêgo, Elaine Arruda, Marcone Moreira, Egon
Pacheco, Jocatos, Diô Viana e Antônio Botelho. Curadoria de Armando
Sobral. Dia 22/12, às 19h, no Espaço Cultural Banco da Amazônia (Av. Pres.
Vargas, 800, Campina). Visitação de 23/12/2010 a 02/02/2011, de segunda
a sexta, das 9h às 17h. Entrada franca. Informações: 4008-3670.

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