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Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará –

FETRAECE

CURSO ESTADUAL DE FORMAÇÃO SINDICAL

CADERNO DE MÚSICAS

CANTANDO A VIDA

JUNHO/2010
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará
FETRAECE

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1. LUTAR CONSCIENTE (HINO DA Nosso jardim vamos fecundar ver ideias


ENFOC) brotar, crescer, florescer
Terra, semente, água e calor, frutos vamos
(Gilvan Dias Mateus – VANDO de colher
Canindé/CE) Neste encontro de idéias, dúvidas
trajetórias
Lutemos meu povo por um mundo novo que O crer fortalece emoções, aquece e nos
está em nós torna capazes
Lutar consciente formando corrente Experiências e sonhos, tudo isso faz parte
erguendo sua voz da realidade dessa nossa história.

No tempo dos quilombos, chicote no lombo, Lutemos meu povo por um mundo novo que
sistema escravagista está em nós
Período imperialista o Brasil comandado por Lutar consciente formando corrente
senhores feudais erguendo sua voz
Nossos irmãos africanos nas mãos de tiranos
viram ouro e prata Assessores e lideranças seguem na
Mercadoria barata, são negociados como esperança de uma solução
animais. Um grandioso passo é a formação
O conhecimento vem para transformar
Temos potencial e a ENFOC afinal tem essa O movimento sindical achou genial e logo
visão abraçou
Nos ensina ir além de plantar milho e feijão O novo desafio que a CONTAG lançou
Com suas novas práticas, ações Estar se capacitando para se capacitar.
transformadoras
Ela possibilita e no que acredita ela 2. BAIÃO DO POVO JOVEM
fortalece
De conhecimentos a classe enriquece Os punhos no ar sonho novo
Alimentando idéias libertadoras. nós somos a semente do povo
queremos ser livres, amar.
Lutemos meu povo por um mundo novo que Trazemos no peito a esperança,
está em nós A história na mão – confiança
Lutar consciente formando corrente Que um dia nós vamos ganhar.
erguendo sua voz
Vamos lá, vamos lá...
Lutas e protestos retratam por certo a A história ninguém deterá.
insatisfação É rio que corre pro mar.
Por sofrermos toda sorte de humilhação Ninguém vai nos calar, nos calar!
Nos enche de revolta nos torna rebelados
Prossegue nossa luta não na força bruta Aonde tem gente se unindo,
como antigamente Depressa nós vamos sorrindo,
Queremos ser livres também somos gente Nós cremos no novo amanhã.
com conhecimentos e politizados. Já chega de morte, injustiça,

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Abaixo o egoísmo a preguiça, Mulher do povo ambulante,


Da vida nós somos os fãs. tocado a ferro, tangido do chão.
Pode ‘inda ser diferente,
Queremos dizer aos senhores se o olho da gente,
Políticos, nobres, doutores Aberto enxergar o mal que mata a pobreza,
Com suas multinacionais: se unindo a certeza
Não somos produtos na praça, a gente a lutar.
tampouco nós achamos graça,
O fel tá amargo demais. Companheira nordestina constrói nova sina,
vamos caminhar.
Um ano pro jovem é bem pouco, Ganhando a terra e a rua,
Pra gente vencer o sufoco, a força que é tua, ninguém vai quebrar.
A vida completa se dá. Traz os teus filhos na praça,
Escola, trabalho, alegria, na lei ou na raça, a vitória já vem.
Bandeira de todos os dias Une a tua força a do homem,
Na marcha nós vamos levar. pra vencer a fome, e cantar o bem.

Levante esta voz companheiro, Operária da cidade, a brutalidade


e abra o olho ligeiro, e a lei do patrão vão ter que ser destruídas,
não fuja da luta jamais. tua classe unida sacode a nação.
Em cada caminho e na rua A causa e a luta é comum e o povo é só um,
Assume esta causa que é tua, precisa se unir.
Semeie a semente da paz. A força nova da vida, mesmo perseguida,
De pé vai sorrir.

3. BAIÃO DA NOVA MULHER 4. A JUVENTUDE UNIDA


(Zé Vicente) (Zé Vicente)

Viva, viva, a mulher desta nação A juventude unida


Que vai gerando no ventre Clamando noite e dia
A nova semente da libertação! Com grito de esperança
E vem trazendo no sangue E de paz de paz
A semente nova da revolução!
Estamos pelas praças
Sertaneja, manhã cedo, e somos milhões
vai ela sem medo, já vai trabalhar. nos campos e favelas som os multidões
Trabalho duro, suado, sempre conquistado a perdidos procuramos um caminho
duro penar. ninguém vai ser feliz
Sai de casa, come nada, se andar sozinho.
e sem deixar nada pros filhos comer.
Volta trazendo um pouquinho, Laia, laia, laia, laia, lá
o ganho mesquinho não dá pra viver. Laia, laia, laia, laia.

Mulher do povo humilhado, A fome entre os doentes


comprado, enganado, em toda nação. e a fome no chão

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fizeram do prazer a maldição A gente vai abrindo a porta.


Nas mãos dos opressores nós sofremos Quem vai rir depois, ri melhor!
Ser livres nós queremos
E seremos! Esse amor tão bonito vai,
Vai gerar nova vida, vai
A flor da liberdade Cicatriza feridas, fecunda rapaz.
Em nosso olhar Enquanto governa a maldade,
Paixão, ternura e sonho em nosso ar A gente canta a liberdade.
De olho no futuro nós estamos O amor não se rende jamais!
É a vida que amamos
e buscamos! 6. AMIGOS PARA SEMPRE
(Versão: Sônia Mara)
É esta a nossa hora
E o tempo é pra nós Eu não tenho nada pra dizer,
Que chegue em todo canto a nossa voz Você parece no momento até saber
Miremos bem o espelho na memória O quanto eu estou sofrendo.
Faremos jovem linda Vem, veja através dos olhos meus
A nossa historia! A emoção que eu sinto em estar aqui
Sentir seu coração me amando.
5. SE É PRA IR PRA LUTA
(Zé Vicente) Amigos para sempre
é o que nós iremos ser,
Se é ir pra luta - eu vou, Na primavera
Se é pra tá presente - eu tô Ou em qualquer das estações,
Pois na vida da gente Nas horas tristes,
o que vale é o amor./ Nos momentos de prazer.
É que a gente junto vai, Amigos para sempre!
Reacender estrelas vai,
Replantar nosso sonho em cada coração. Você pode estar longe, muito longe, sim
Enquanto não chegar o dia, Mas por te amar sinto você perto de mim.
enquanto persistir a agonia, E o meu coração contente.
a gente ensina o baião! Não nos perderemos, não te esquecerei.
Lauê... Você é minha vida, tudo o que eu sonhei
E quis pra mim um dia.
É que agente junto vai,
Reabrindo caminhos, vai 7. CANÇÃO DA AMÉRICA
Alargando a avenida pra festa geral. Fernando Brant e Milton Nascimento
Enquanto não chegar a vitória,
A gente refaz a vitória Amigo é coisa para se guardar
Pra o que há de ser afinal! Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
É que gente junto, vai, Assim falava a canção que na América ouvi
Vai pra rua de novo, vai Mas quem cantava chorou
Levantar a bandeia do sonho maior. Ao ver o seu amigo partir
Enquanto eles mandam, não importa.

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Mas quem ficou, no pensamento voou Foi pro cativeiro e de lá cantou.


Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou Negro entoou
Com a lembrança que o outro cantou Um canto de revolta pelos ares
Nos quilombos dos palmares
Amigo é coisa para se guardar Onde se refugiou,
No lado esquerdo do peito Fora a luta dos inconfidentes,
Mesmo que o tempo e a distância digam "não" Pelas quebras das correntes, nada adiantou.
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir E de guerra em paz de paz em guerra,
A voz que vem do coração Todo povo desta terra
Quando pode cantar, cantar de dor ô,ô.
Pois seja o que vier, venha o que vier ô, ô, ô, ô, ô, ô...
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar E ecoa noite e dia, é ensurdecedor,
Qualquer dia, amigo, a gente vai se Ai mas que agonia,
encontrar. O canto do trabalhador.
E esse canto que devia
Ser um canto de alegria,
8. CABECINHA NO OMBRO Soa apenas como um soluçar de dor.
(Paulo Borges) Ô, ô, ô, ô.

Encosta tua cabecinha


no meu ombro e chora. 10. CANTO DO POVO DE UM LUGAR
E conta logo tuas magoas toda para mim. Caetano Veloso

Quem chora no meu ombro Todo dia o sol levanta


Eu juro que não vai embora, E a gente canta
Que vai embora, O sol de toda noite.
Que não vai embora.
Fim da tarde a terra cora
Amor eu quero o seu carinho, E a gente chora
Porque eu vivo tão sozinho Porque finda a tarde

Não sei se a saudade fica Quando a noite, a lua mansa


Ou se ela vai embora, e a gente dança
Porque gosta de mim. venerando a noite.

9. CANTO DAS TRÊS RAÇAS


(Paulo César Pinheiro/M. Duarte) 11. CASINHA BRANCA
(Elpídio dos Santos)
Ninguém ouviu, um soluçar de dor
No canto do Brasil. Fiz uma casinha branca
Um lamento triste ecoou, Lá no pé da serra
Desde que o índio guerreiro, Pra nós dois morar.

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Fica perto da barranca Eu só peço a Deus,


Do rio Paraná. Que o futuro não me seja indiferente
O lugar é uma beleza, Sem ter que fugir desenganado
Eu tenho certeza, Para viver uma cultura diferente.
Você vai gostar.
Fiz uma capela bem do lado Solo lê piodo a Dios,
Uma janela para dois morar. Que la guerra no me seja indiferente
E um monstro grande e pisa fuerte
Quando for dia de festa Toda la pobre inocência de la gente.
Você veste o seu vestido de algodão.
Quebro o meu chapéu na testa 13. FOI DEUS QUE FEZ VOCÊ
Para rematar as coisas do leilão. Luiz Ramalho
Satisfeito eu vou levar
Você de braços dado Foi Deus que fez o céu
Atrás da procissão. o rancho das estrelas
fez também o seresteiro
Vou com meu terno listrado para conversar com ela
Uma flor do lado fez a luz que prateia
E meu chapéu na mão:/ a minha estrada de sorrisos
e a serpente que expulsou
mais de um milhão do paraíso...
12. EU SÓ PEÇO A DEUS Foi Deus
Leon
Foi Deus que fez você
Eu só peço a Deus, Foi Deus quem fez o amor
Que a dor não me seja indiferente Fez nascer a eternidade
Que a morte não me encontre um dia no momento do carinho
Solitário sem ter feito o que eu queria. fez até o anonimato
dos afetos escondidos
Eu só peço a Deus, e a saudade dos amores
Que a injustiça não me seja indiferente que já foram destruídos...
Pois não posso dar a outra face Foi Deus.
Se já fui machucado brutalmente.
Foi Deus quem fez o vento
Eu só peço a Deus, Que sopra em seus capelos
Que a guerra não me seja indiferente Foi Deus quem fez o orvalho
É um monstro grande e pisa forte Que molha o teu olhar, teu olhar
Toda pobre e inocência dessa gente. Foi Deus que fez a noite
E um violão pra gente
Eu só peço a Deus, Foi Deus que fez a gente
Que o futuro não me seja indiferente Somente para amar,
Se um só traidor tem mais poder que um Só para amar...
povo
Que esse povo não esqueça facilmente

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Mas nem um caso mais forte


Do que este que eu passei.
14. JARDIM DA FANTASIA Na minha viagem de volta
Paulinho Pedra Azul Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
Bem-te-vi, bem te vi O menino não avistei.
Andar por um jardim em flor Apeei do meu cavalo
Chamando os bichos de amor, Num ranchinho abeira chão
Tua boca pingava mel. Vi uma mulher chorando
Quis saber qual a razão.
Bem te quis, bem te quis Boiadeiro veio tarde
E ainda quero muito mais Veja a cruz no estradão
Maior que a imensidão da paz Quem matou o meu filhinho
E bem maior que o sol. Foi o boi sem coração.

Onde estas? Voei por esse céu azul, Lá pras bandas de ouro fino
Andei estradas do além. Levando o gado selvagem
Onde estarás meu bem. Quando passo na porteira
Ainda vejo sua imagem
Onde estas? Nas nuvens ou na insensatez Com seu rangido tão triste
Me beije só mais uma vez, Mais parece uma mensagem
Depois volte pra lá. Daquele rosto trigueiro
Desejando boa viagem.
15. O MENINO DA PORTEIRA A cruzinha do estradão
Ted Vieira / Luizinho Do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Toda vez que eu viajava Que não esqueço jamais
Pela estrada de ouro fino Nem que o meu gado estoure
De longe eu avistava Eu preciso ir atrás
A figura de um menino Nesse pedaço de chão
Que corria a porteira Berrante eu não toco mais.
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço 16. ÚLTIMO PAU-DE-ARARA
Que é pra eu ficar ouvindo Patativa do Assaré
Quando a boiada passava
a poeira ia baixando A vida aqui só é ruim,
Eu jogava uma moeda Quando não chove no chão
E ele saia pulando. Mas se chover dá de tudo
Obrigado boiadeiro Fartura tem de porção.
Que Deus vá lhe acompanhando. Tomara que chova logo,
Por este cartão afora Tomara meu Deus tomara.
Meu berrante ia tocando.
Só deixo o meu cariri
Nos caminhos desta vida No último pau-de-arara.
Muito espinho eu encontrei

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Enquanto a minha vaquinha Vai dar tudo neste chão.


Tiver o couro e osso /:Cuma vê nosso destino
E poder com o chocalho Mincê tem na vossa mão:/
Pendurado no pescoço,
Eu vou ficar por aqui
Que Deus do céu me ajude. 18. EU QUERO ACREDITAR NA VIDA
Quem foge a terra natal Zé Martins
Em outros canto não para.
Eu quero acreditar na vida
Só deixo o meu cariri Ver o sol em cada amanhecer
No último pau-de-arara. Ter um rosto um sorriso amigo
Acreditar que o sonho é pra valer
17. VOZES DA SECA Eu quero ver meu peito aberto
Luiz Gonzaga / Zé Dantas Caminhar e não olhar pra trás
Caminheiro quero amor por perto.
Seu doutor os nordestinos Quero o mundo construindo paz.
tem muita gratidão
pelo auxilio dos sulistas Canta comigo,
nessa seca do sertão. Canta esta canção
Mas doutor uma esmola Pois cantando sonharemos juntos
Para o homem que é são Pra fazer um mais irmão. (bis)
Ou lhe mata de vergonha
Ou vicia o cidadão. Eu quero acreditar no amor
É por isso que pedimos ver a noite se afastar de mim
Proteção a vosmicê Em cada rua plantar uma flor
Home por nós escolhido E fazer da terra um jardim.
Para as rédias do poder. Venha junto sonhar o desejo
Pois doutor dos 20 Estados De que o sonho não tenha mais fim
Temos 8 sem chover No violão um som, um arpejo
Veja bem quase a metade Construindo a paz, o amor enfim.
Do Brasil ta sem comer.

Dê serviço ao nosso povo 19. CIDADÃO


encha os rios de barrage (Lúcio Barbosa)
dê comida a preço bom
não esqueça a açudage. Tá vendo aquele edifício, moço?
Livre assim dessa estiage Ajudei a levantar
Lhe pagamo até os juro Foi um tempo de aflição, era quatro
Sem gastar nossa coarge. condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Se o doutor fizer assim Hoje, depois dele pronto
salva o povo do sertão Olho pra cima e fico tonto
quando um dia a chuva vim Mas me vem um cidadão
quer riqueza pra nação. Que me diz desconfiado:
Nunca mais nós pensa em seca Cê tá ai admirado, ou tá querendo roubar?

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Meu domingo está perdido


Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber 20. EU SÓ QUERO UM XODÓ
E pra aumentar meu tédio (Gilberto Gil)
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Tá vendo aquele colégio, moço? Mas como eu não tenho ninguém
Eu também trabalhei lá Eu levo a vida assim tão só
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento Eu só quero um amor
Ajudei a rebocar Que acabe o meu sofrer
Minha filha inocente Um xodó pra mim
Veio pra mim toda contente: Do meu jeito assim
Pai, vou me matricular Que alegre o meu viver
Mas me diz um cidadão:
Criança de pé no chão aqui não pode estudar
Essa dor doeu mais forte 21. CIO DA TERRA
Nem sei porque deixei o norte
Então me pus a dizer Debulhar o trigo
Lá a seca castigava mas o pouco que eu Recolher cada bago do trigo
plantava Forjar no trigo o milagre do pão
tinha direito a colher E se fartar de pão

Tá vendo aquela igreja, moço? Decepar a cana


Onde o padre diz amém Recolher a garapa da cana
Pus o sino e o badalo Roubar da cana a doçura do mel,
Enchi minha mão de calo Se lambuzar de mel
Lá eu trabalhei também
Mas ali valeu a pena Afagar a terra
Tem quermesse, tem novena Conhecer os desejos da terra
E o padre me deixa entrar Cio da terra a propícia estação, e fecundar o
Foi lá que cristo me disse: chão
Rapaz, deixe de tolice não se deixe
amedrontar
fui eu quem criou a terra enchi os rios e fiz 22. BAIÃO DAS COMUNIDADES
as serras (Zé Vicente)
não deixei nada faltar hoje o homem criou
asas Somos gente nova vivendo a união,
E na maioria das casas somos povo semente de uma nova nação ê,
Eu também não posso entrar ê....
Somos gente nova vivendo o amor,
somos comunidade, povo do Senhor, ê, ê...

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1.Vou convidar os meus irmãos trabalha-


dores: operários, lavradores, biscateiros e Seguia como num sonho, e boiadeiro era um
outros mais. rei
E juntos vamos celebrar a confiança Mas o mundo foi rodando nas patas do meu
nossa luta na esperança de ter terra, pão e cavalo
paz, ê, ê. E nos sonhos que fui sonhando, as visões se
clareando
2. Vou convidar os índios que ainda existem, As visões se clareando, até que um dia
as tribos que ainda insistem no direito de acordei
viver. Então não pude seguir valente em lugar
E juntos vamos reunidos na memória, tenente
celebrar uma vitória que vai ter que E dono de gado e gente, porque gado a gente
acontecer, ê, ê. marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com
3. Convido os negros, irmãos no sangue e na gente é diferente
sina; seu gingado nos ensina a dança da
redenção. Se você não concordar não posso me
De braços dados, no terreiro da irmandade, desculpar
vamos sambar de verdade, enquanto chega a Não canto prá enganar, vou pegar minha viola
razão, ê, ê. Vou deixar você de lado, vou cantar noutro
lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
23. DISPARADA Não por mim nem por ninguém, que junto
(Geraldo Vandré e Jair Rodrigues) comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer
Prepare o seu coração prás coisas que eu vou coisa de seu
contar Por qualquer coisa de seu querer ir mais
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão longe do que eu
Eu venho lá do sertão e posso não lhe Mas o mundo foi rodando nas patas do meu
agradar cavalo já que um dia montei agora sou
cavaleiro
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar Laço firme e braço forte num reino que não
E a morte, o destino, tudo, a morte e o tem rei
destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar
24. ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
houvesse Onde houver ódio, que eu leve o amor
Que qualquer querer tivesse, porém por Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
necessidade Onde houver discórdia, que eu leve a união
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço Onde houver erro, que eu leve a verdade
forte Onde houver desespero, que eu leve a
Muito gado, muita gente, pela vida segurei esperança

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Onde houver tristeza, que eu leve a alegria


Onde houver trevas, que eu leve a luz. Vem, vamos embora que esperar não é
saber...
Ó mestre, fazei que eu procure mais Os amores na mente, as flores no chão
consolar do que ser consolado A certeza na frente, a história na mão
Compreender do que ser compreendido Caminhando e cantando e seguindo a canção
Amar que ser amado Aprendendo e ensinando uma nova lição
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado; Vem, vamos embora que esperar não é
E morrendo que se vive saber...
Para a vida eterna

26. BOIADEIRO
25. PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI (Luíz Gonzaga)
DE FLORES
(Geraldo Vandré) Vai boiadeiro que a noite já vem
Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não De manhazinha quando eu sigo pela estrada
Nas escolas, nas ruas, campos, construções Minha boiada pra invernada eu vou levar
Caminhando e cantado e seguindo a canção Quando as cabeça é muito pouco é quase
nada mas não tem outras mais bonitas no
Vem, vamos embora que esperar não é saber lugar
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vai boiadeiro que o dia já vem ....
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões De tardezinha quando eu venho pela estrada
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão A fiarada ta todinha a me esperar
E acreditam nas flores vencendo o canhão São dez fiinha é muito pouco é quase nada
mas não tem outros mais bonitos no lugar
Vem, vamos embora que esperar não é
saber... Vai boiadeiro que a tarde já vem...

Há soldados armados, amados ou não E quando eu chego na canssela da morada


Quase todos perdidos de armas na mão Minha Rosinha vem correndo me abraçar
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição: É pequenina é miudinha é quase nada mas não
De morrer pela pátria e viver sem razão tem mais bonita no lugar

Vem, vamos embora que esperar não é Vai boiadeiro que a noite já vem...
saber....

Nas escolas, nas ruas, campos, construções 27. EU QUERO VER


Somos todos soldados, armados ou não (Zé Vicente)
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não Eu quero ver ,eu quero ver acontecer

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Um sonho bom, sonho de muitos acontecer quero matar meu desejo


Nascendo da noite escura Te mando um monte de beijos,
Amanhã futura trazendo amor aí que saudade sem fim."
No vento da madrugada
A paz tão sonhada brotando em flor E se quiser recordar
Nos braços da estrela guia daquele nosso namoro
A alegria chegando da dor Quando eu ia viajar
Na sombra verde e florida crianças em você caía no choro
vida brincando de irmãos Eu chorando pela estrada
No rosto da juventude mas o que eu posso fazer
Sorriso e virtude virando canção Trabalhar é minha sina
Alegre e feliz camponês eu gosto mesmo é d'ocê
Entrando de vez na posse do chão

Um sorriso em cada rosto 29. A VOLTA DA ASA BRANCA


Uma flor em cada mão (Luiz Gonzaga)
A certeza na estrada
O amor no coração Já faz 3 noites que pro norte relampeia
E uma semente nova escondida A asa branca ouvindo o ronco do trovão
Em cada palmo desde chão Já bateu asas e voltou pro meu sertão
Ai, ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da
Um sonho que se sonha só plantação
Pode ser pura ilusão Já bateu asas e voltou pro meu sertão
Sonho que se sonha junto Ai, ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da
É sinal de solução companheira,companheiro plantação
Vamos ligeiro,sonhar em mutirão
A seca fez eu desertar a minha terra
Mas felizmente Deus agora se “alembrou”
28. AÍ, QUE SAUDADE D'OCÊ De mandar chuva pra esse sertão sofredor
(Vital Farias) Sertão das “muié séria” dos “home
trabaiadô”
Não se admire se um dia De mandar chuva pra esse sertão sofredor
um beija-flor invadir Sertão das “muié séria” dos “home
A porta da tua casa, trabaiadô”
te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo Rios correndo as cachoeiras tão zoando
que é pra matar meu desejo Terra molhada mato verde que riqueza
Faz tempo que eu não te vejo E a asa branca tarde canta que beleza
aí que saudade d'ocê Ai, ai, ai, o povo alegre mais alegre a
natureza
Se um dia você lembrar E a asa branca tarde canta que beleza
escreva uma carta pra mim Ai, ai, ai, o povo alegre mais alegre a
Bote logo no correio natureza
com frases dizendo assim:
"Faz tempo que eu não te vejo, Revendo a chuva me “arrecordo” de Rosinha

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A linda flor do meu sertão pernambucano Eu já dancei, balancei,


E se a safra não atrapalhar meus planos Chamego, samba em Xerém
Que é que há seu vigário Mas o baião tem um quê,
Vou casar no fim do ano Que as outras danças não têm
Quem quiser só dizer,
Pois eu com satisfação
30. A VIDA DE VIAJANTE Vou dançar cantando o baião
(Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil)
Eu já cantei no Pará
Minha vida é andar Toquei sanfona em Belém
Por esse país Cantei lá no Ceará e sei o que me convém
Pra ver se um dia Por isso quero afirmar
Descanso feliz Com toda convicção
Guardando as recordações Que sou doido pelo baião
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei. 32. CIRANDA DA ROSA VERMELHA

Chuva e sol Teu beijo doce


Poeira e carvão Tem sabor do mel da cana
Longe de casa Sou tua ama, tua escrava
Sigo o roteiro Meu amor
Mais uma estação Sou tua cana, teu engenho, teu moinho
E alegria no coração. Tu és feito um passarinho
Que se chama beija-flor
Mar e terra Sou tua cana, teu engenho, teu moinho
Inverno e verão Tu és feito um passarinho
Mostra o sorriso Que se chama beija-flor
Mostra a alegria Sou rosa vermelha
Mas eu mesmo não Ai! Meu bem querer
E a saudade no coração Beija-flor sou tua rosa
E hei de amar-te até morrer

31. BAIÃO (Luiz Gonzaga) Sou rosa vermelha


Ai! Meu bem querer
Eu vou mostrar pra vocês Beija-flor sou tua rosa
Como se dança o baião E hei de amar-te até morrer
E quem quiser aprender
É favor presta atenção Quando tu voas
Pra beijar as outras flores
Morena chegue pra cá, Eu sinto dores
Bem junto ao meu coração Um ciúme e um calor
Agora é só me seguir Que toma o peito, o meu corpo
Pois eu vou dançar o baião E invade a alma
Só meu beija-flor acalma

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Tua escrava, meu senhor Saudade inté que assim é bom


Que toma o peito, o meu corpo Pro cabra se convencer
E invade a alma Que é feliz sem saber
Só meu beija-flor acalma Pois não sofreu
Tua escrava, meu senhor
Porém, se a gente vive a sonhar
Sou rosa vermelha Com alguém que se deseja rever
Ai! Meu bem querer Saudade intonce aí é ruim
Beija-flor sou tua rosa Eu tiro isso por mim
E hei de amar-te até morrer Que vivo doido a sofrer

Sou rosa vermelha Ai, quem me dera voltar


Ai! Meu bem querer Pros braços do meu xodó
Beija-flor sou tua rosa Saudade assim faz doer
E hei de amar-te até morrer Amarga que nem jiló

33. ESTRADA DO CANINDÉ Mas ninguém pode dizer


(Luiz Gonzaga) Que vivo triste a chorar

Ai, ai, que bom Saudade, meu remédio é cantar


Que bom, que bom que é Saudade, meu remédio é cantar
Uma estrada e uma cabocla
Uma gente andando a pé
Ai, ai, que bom 35. ABRE A JANELA MEU BEM
Que bom, que bom que é (Zé Vicente)
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé Abre a janela meu bem!
Automóve lá nem se sabe Vem ver o dia que vem!
Se é homem ou se é muié Deixa o sol entrar,e ovento falar
Quem é rico anda em burrico Que eu te quero bem.
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada Deixa a brisa da manhã te abraçar,
O orvaio beijando as flor Vê a rosa no canteiro te sorrir.
Vê de perto o galo campina Vou pedir galo-campina pra cantar,
Que quando canta muda de cor Vou mandar te dar bom-dia o bem-te-vi.
Vai moiando os pé nos riacho
Que água fresca, nosso senhor Essa vida com amor,
Vai oiando, coisa a granel Acordado é o melhor jeito de sonhar.
Coisas que pra mode ver Que o carinho seja o bom sabor,
O cristão tem que andar a pé E a razão pra toda hora começar.

34. QUI NEM JILÓ Se a saudade ou o cansaço te bater,


Busque a força no segredo da paixão.
Se a gente lembra só por lembrar Não me esqueça, que eu não vou te esquecer,
Do amor que a gente um dia perdeu Somos um neste país que é o coração.

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Se é pra ir a luta, eu vou


Se é pra tá presente, eu tô
Pois na vida da gente o que vale é o amor

36. CANÇÃO PRA MARGARIDA É que a gente junto vai


(Zé Vicente) Reacender estrelas vai
Replantar nosso sonho em cada coração
Não faz muito tempo, seu moço Enquanto não chegar o dia
Nas terras da Paraíba Enquanto persiste a agonia
Viveu uma mulher de fibra A gente ensaia o baião
Margarida se chamou Lauê, lauê, lauê, lauê
E um patrão com uma bala
Tentou calar sua fala É que a gente junto vai
E o sonho dela se espalhou Reabrindo caminhos vai
Já faz muito tempo, seu moço Alargando a avenida pra festa geral
Que enriba deste chão Enquanto não chega a vitória
E em toda nossa Nação A gente refaz a história
O pobre é pra lá e pra cá Pro que há de ser afinal
Lavrador faz mas não come Lauê, lauê, lauê, lauê
E a miséria é sobrenome
Do povo deste lugar É que a gente junto vai
Vai pra rua de novo, vai
E quando na carne da gente ordia a opressão Levantar a bandeira do sonho maior
Margarida erguia a mão Enquanto eles mandam, não importa
E seu grito era o nosso clamor A gente vai abrindo a porta
Quem vai rir depois, ri melhor
Daqui a algum tempo, seu moço Lauê, lauê, lauê, lauê
Se a gente não se cuidar
Se o pobre não se ajudar
Tubarão engole a alegria 38. UTOPIA (Zé Vicente)
Pois o jeito é treinar o braço
Para desatar esse laço Quando o dia da paz renascer
Que amarra o fulô do dia Quando o Sol da esperança brilhar
E quando na roça da gente brilhar as espigas Eu vou cantar
Vai ter festa e nas cantigas
Margarida vai vier Quando o povo nas ruas sorrir
E quando na praça e na rua florir Margaridas E a roseira de novo florir
Vai ser bonito de ver Eu vou cantar
Vai ser bonito de viver!
Quando as cercas cairem no chão
Quando as mesas se encherem de pão
37. O QUE VALE É O AMOR Eu vou cantar
(Zé Vicente)
Quando os muros que cercam os jardins,
destruídos

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Então os jasmins vão perfurmar frente


Como um velho boiadeiro levando a boiada
Vai ser tão bonito se ouvir a canção Eu vou tocando dias pela longa estrada eu
Cantada de novo vou
no olhar da gente a certeza de irmãos Estrada eu sou
reinado do povo (2x)
Conhecer as manhas e as manhãs...
Quando as armas da destruição
destruídas em cada nação Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
eu vou sonhar Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E o decreto que encerra a opressão Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
assinado só no coração E ser feliz
vai triunfar
Conhecer as manhas e as manhãs...
Quando a voz da verdade se ouvir
e a mentira não mais existir Ando devagar porque já tive pressa
será enfim E levo esse sorriso porque já chorei demais
tempo novo de eterna justiça Cada um de nós compõe a sua história,
sem amis odio sem sangue ou cobiça Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
vai ser assim E ser feliz
Vai ser tão bonito se ouvir a canção
Cantada de novo
no olhar da gente a certeza de irmãos 40. ASA BRANCA
reinado do povo (2x) (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)

Quando olhei a terra ardendo


39. TOCANDO EM FRENTE Qual fogueira de São João
(Almir Sater) Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais Que braseiro, que fornalha
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem Nem um pé de plantação
sabe Por falta d'água perdi meu gado
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei Morreu de sede, meu alazão
Ou nada sei
Até mesmo a Asa Branca
Conhecer as manhas e as manhãs, Bateu asas do sertão
O sabor das massas e das maçãs, Então eu disse: Adeus, Rosinha
É preciso amor pra poder pulsar, Guarda contigo meu coração
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Penso que cumprir a vida seja simplesmente Espero a chuva cair de novo
Compreender a marcha e ir tocando em Pra eu voltar pro meu sertão

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Quando o verde dos teus olhos Só tenha enxada e titulo de eleitor


Se espalhar na plantação Para voltar em seu fulano educado
Eu te asseguro: não chores, não, viu? Que nada faz pelo pobre agricultor
Que eu voltarei, viu? Que não tem terra para fazer o seu roçado.
Meu coração.
Sou um soldado retirante, sem medalha.
Sou estrangeiro quando pego a reclamar
41. MISTÉRIOS Sou camponês que usa tanga e sandália
(Zé Vicente) Sou brasileiro só na hora de votar.

Todas as coisas são mistérios Esse país é do tamanho de um continente.


O que me faz viver Mais não tem terra para o homem de mão
O que me faz te amar grossa
Nem sequer por que eu penso em você De norte a sul, de nascente a poente
Não consigo explicar Vivo a procura de um lugar pra fazer roça.
O vento que sopra na rosa Eu sou comprado com cem gramas de sorriso
A luz que brilha em teu olhar Mas sou cismado com um grau de traição.
O que ferve aqui dentro do peito ao te Já vou fugindo dos que tem o rosto liso.
beijar Já que o meu é cheio de grutilhão

Por que tanta dor pela rua Estudo o rádio, fico cheio de alegria
Por que tanta morte no ar Quando se fala que reforma vai chegar
Por que os homens promovem a guerra Espero um ano, espero dois e só se cria
Em nome da paz? Falsos projetos pra poder nos tapiá
Por que o cientista não mostra
Um jeito bem feito afinal Até na igreja tenho encontrado tapiá
Que seja vacina do amor Às vezes fico sem saber pra onde vá
Contra o vírus do mal Mas esse Deus de sombra e água fria
Ou é de todos ou um dia passará.
Aquele encontro surpreso
Aquela emoção ao te ver 43. AMOR DE ÍNDIO
Não me peça qualquer explicação (Beto Guedes, Ronaldo Bastos)
Eu não posso dizer
O que há de segredo amanhã Tudo que move é sagrado
O que vai ser do meu coração E remove as montanhas
Te procuro amor, por favor Com todo cuidado, meu amor
Nesse instante o que vale é a canção Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
42. EU SOU ROCEIRO Tudo viver ao teu lado
Com o arco da promessa
Eu sou roceiro vivo de cavar o chão No azul pintado pra durar
As minhas mãos são calejadas, meu senhor.
Me falta terra, falta casa, falta pão Abelha fazendo mel
Vivo bem longe do Brasil, do lavrador Vale o tempo que não voou

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A estrela caiu do céu chão


O pedido que se pensou Todo artista tem de ir aonde o povo está
O destino que se cumpriu Se foi assim, assim será
De sentir teu calor Cantando me disfarço e não me canso de
E ser todo viver nem de cantar
Todo dia é de viver
Para ser o que for 45. BOLA DE MEIA, BOLA DE GUDE
E ser tudo (Milton Nascimento)

Sim, todo amor é sagrado Há um menino Há um moleque


E o fruto do trabalho Morando sempre no meu coração
É mais que sagrado, meu amor Toda vez que o adulto balança
A massa que faz o pão Ele vem pra me dar a mão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado Há um passado no meu presente
E alimenta de horizontes Um sol bem quente lá no meu quintal
O tempo acordado de viver Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar E me fala de coisas bonitas
No outono te conhecer Que eu acredito
Primavera poder gostar Que não deixarão de existir
No estio me derreter Amizade, palavra, respeito
Pra na chuva dançar Caráter, bondade alegria e amor
E andar junto Pois não posso
O destino que se cumpriu Não devo
De sentir teu calor Não quero
E ser tudo Viver como toda essa gente
Insiste em viver
44. BAILES DA VIDA E não posso aceitar sossegado
(Milton Nascimento) Qualquer sacanagem ser coisa normal

Foi nos bailes da vida, ou num bar em troca Bola de meia, bola de gude
de pão O solidário não quer solidão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão Toda vez que a tristeza me alcança
De tocar um instrumento e de cantar O menino me dá a mão
Não importando se quem pagou quis ouvir, foi Há um menino
assim Há um moleque
Cantar era buscar o caminho que vai dar no Morando sempre no meu coração
sol Toda vez que o adulto fraqueja
Tenho comigo as lembranças do que eu era Ele vem pra me dar a mão
Para cantar nada era longe, tudo tão bom
'Té a estrada de terra na boléia de 46. CÁLICE
caminhão, era sim (Chico Buarque/Gilberto Gil)
Com a roupa encharcada e a alma repleta de

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Pai, afasta de mim este cálice Quero inventar o meu próprio pecado
Pai, afasta de mim este cálice Quero morrer do meu próprio veneno
De vinho tinto de sangue Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Como beber dessa bebida amarga? Quero cheirar fumaça de óleo disel
Tragar a dor engolir a labuta? Me embriagar até que alguém me esqueça
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa? 47. ROMARIA
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta É de sonho e de pó
Tanta mentira tanta força bruta O destino de um só
feito eu perdido em pensamentos
Pai, afasta de mim este cálice sobre o meu cavalo
Pai, afasta de mim este cálice É de laço e de nó
De vinho tinto de sangue De gibeira ou jiló
Dessa vida cumprida a sol
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano Sou caipira pirapora nossa
Quero lançar um grito desumano Senhora de Aparecida
Que é uma maneira de ser escutado Que ilumina a mina escura
Esse silêncio todo me atordoa e funda o trem da minha vida
Atordoado eu permaneço atento Sou caipira pirapora nossa
Na arquibancada pra qualquer momento Senhora de Aparecida
Ver emergir o monstro da lagoa Que ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice O meu pai foi peão
De vinho tinto de sangue Minha mãe solidão
meus irmãos perderam-se na vida
De muito gorda a porca já não anda a custa de aventuras
De muito usada a faca já não corta Descasei, joguei
Como é difícil, pai, abrir a porta investi, desisti
Essa palavra presa na garganta Se há sorte eu não sei nunca vi.
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade Sou caipira pirapora nossa
Mesmo calado o peito resta a cuca Senhora de Aparecida
Dos bêbados do centro da cidade Que ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida
Pai, afasta de mim este cálice Sou caipira pirapora nossa
Pai, afasta de mim este cálice Senhora de Aparecida
De vinho tinto de sangue Que ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado Me disseram porém

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que eu viesse aqui Possui a estranha mania


pra pedir em romaria e prece De ter fé na vida....
Paz nos desaventos
Como não sei rezar 49. A GRANDE ESPERANÇA
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar A classe roceira e a classe operária
Ansiosas esperam a reforma agrária
Sou caipira pirapora nossa Sabendo que ela dará solução
Senhora de Aparecida Para situação que está precária.
Que ilumina a mina escura Saindo projeto do chão brasileiro
e funda o trem da minha vida De cada roceiro ganhar sua áre
Sou caipira pirapora nossa Sei que miséria ninguém viveria
Senhora de Aparecida E a produção já aumentaria
Que ilumina a mina escura Quinhentos por cento até na pecuária!
e funda o trem da minha vida
Esta grande crise que a tempo surgiu
48. MARIA, MARIA Maltrata o caboclo ferindo seu brio
(Milton Nascimento e Fernando Brant) Dentro de um país rico e altaneiro,
Morrem brasileiro de fome e de frio.
Maria, Maria Em nossas cidades ricas em imóveis
É um dom, uma certa magia Milhões de automóveis já se produziu,
Uma força que nos alerta Enquanto o coitado do pobre operário
Uma mulher que merece Vive apertado ganhando salário,
Viver e amar Que sobe depois que tudo subiu!
Como outra qualquer
Do planeta Nosso lavrador que vive do chão
Só tem a metade da sua produção
Maria, Maria Por que a semente que ele semeia
É o som, é a cor, é o suor Tem quer a meia com o seu patrão!
É a dose mais forte e lenta O nosso roceiro vive num dilema
De uma gente que rí E o problema não tem solução
Quando deve chorar Por que o ricaço que vive folgado
E não vive, apenas aguenta Acha que projeto se for assinado,
Estará ferindo a Constituição!
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça Mas grande esperança o povo conduz
É preciso ter gana sempre E pede a Jesus pela oração,
Quem traz no corpo a marca Pra guiar o pobre por onde ele trilha,
Maria, Maria E para a família não faltar o pão.
Mistura a dor e a alegria Que eles não deixam o capitalismo
Levar ao abismo a nossa nação,
Mas é preciso ter manha A desigualdade aqui é tamanha
É preciso ter graça Enquanto o ricaço não sabe o que ganha
É preciso ter sonho sempre O pobre do pobre vive de ilusão!
Quem traz na pele essa marca

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profundo,
É o sopro do criador numa atitude repleta de
amor.
50. O QUE É, O QUE É
(Gonzaguinha) Você diz que é luta e prazer,
Ele diz que a vida é viver,
Eu fico com a pureza da resposta das Ela diz que melhor é morrer
crianças: Pois amada não é, e o verbo é sofrer.
É a vida! É bonita e é bonita!
Viver e não ter a vergonha de ser feliz, Eu só sei que confio na moça
Cantar, e cantar, e cantar, E na moça eu ponho a força da fé,
A beleza de ser um eterno aprendiz. Somos nós que fazemos a vida
Ah, meu Deus! Como der, ou puder, ou quiser,
Sempre desejada por mais que esteja
Eu sei e eu sei errada,
Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,
Que a vida devia ser bem melhor e será, E a pergunta roda, e a cabeça agita.
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita! 51. RIACHO DO NAVIO
simbora povo (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Viver e não ter a vergonha de ser feliz, Riacho do Navio


Cantar, e cantar, e cantar, Corre pro Pajeú
A beleza de ser um eterno aprendiz. O rio Pajeú
Ah, meu Deus! Vai despejar no São Francisco
E o rio São Francisco vai bater no meio do mar
Eu sei O rio São Francisco vai bater no meio do mar.
Que a vida devia ser bem melhor e será,
Mas isso não impede que eu repita: Ah, se eu fosse um peixe
É bonita, é bonita e é bonita! Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E a vida? E nesse desafio
E a vida o que é, diga lá , meu irmão? Saía lá do mar pro riacho do Navio
Ela é a batida de um coração? Eu ia direitinho pro riacho do Navio.
Ela é uma doce ilusão? ê ô
Mas e a vida? Ela é maravilha ou é Pra ver o meu brejinho
sofrimento? Fazer umas caçadas
Ela é alegria ou lamento? Ver as pegas de boi
O que é? O que é, meu irmão? Andar nas vaquejadas
Dormir ao som do chocalho
Há quem fale que a vida da gente é um nada E acordar com a passarada
no mundo, Sem rádio, sem notícia das terras civilizadas.
É uma gota, é um tempo que nem dá um
segundo,
Há quem fale que é um divino mistério

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Não é cova grande, é cova medida


É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
52. ACORDA MARIA BONITA Mas estás mais ancho que estavas no mundo
(Antônio dos Santos)
É uma cova grande pra teu defunto porco
Acorda Maria Bonita Porém mais que no mundo te sentirás largo
Levanta vai fazer o café É uma cova grande pra tua carne pouca
Que o dia já vem raiando Mas a terra dada, não se abre a boca
E a polícia já está de pé É a conta menor que tiraste em vida

Se eu soubesse que chorando É a parte que te cabe deste latifúndio


Empato a tua viagem É a terra que querias ver dividida
Meus olhos eram dois rios Estarás mais ancho que estavas no mundo
Que não te davam passagem Mas a terra dada, não se abre a boca.

Cabelos pretos anelados


Olhos castanhos delicados 55. LUAR DO SERTÃO (Vicente Celestino)
Quem não ama a cor morena
Morre cego e não vê nada Ah que saudade
Do luar da minha terra
53. XOTE ECOLÓGICO Lá na serra branquejando
Luíz Gonzaga Folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não posso respirar, não posso mais nadar Não tem aquela saudade
A terra está morrendo, não dá mais pra Do luar lá do sertão
plantar
Se planta não nasce se nasce não dá Não há oh gente oh não
Até pinga da boa é difícil de encontrar Luar como este do sertão (bis)
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu. A gente fria
E o peixe que é do mar? Desta terra sem poesia
Poluição comeu Não se importa com esta lua
E o verde onde que está ? Nem faz caso do luar
Poluição comeu Enquanto a onça
Nem o Chico Mendes sobreviveu Lá na verde da capoeira
Leva uma hora inteira
54. FUNERAL DE UM LAVRADOR Vendo a lua derivar
João Cabral de Melo Neto
Ai quem me dera
Esta cova em que estás com palmos medida Que eu morresse lá na serra
É a conta menor que tiraste em vida Abraçado à minha terra
É de bom tamanho nem largo nem fundo E dormindo de uma vez
É a parte que te cabe deste latifúndio Ser enterrado numa grota
pequenina

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Onde à tarde a surubina Ela dança de um lado,


Chora a sua viuvez ela dança pro outro

Não há oh gente oh não 58. ANUNCIAÇÃO


Luar como este do sertão Alceu Valença

Na bruma leve das paixões que vêm de


56. TRANSGÊNICO É VENENO dentro
Ailton Soares - CE Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo peito nu cabelo ao vento
Refrão: Transgênico é veneno E o sol quarando nossas roupas no varal
Alerta povo pra o que está
acontecendo (bis) Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Há muito tempo prepararam essa invenção
Para dominar a área o meio de produção A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Mas já sabemos o que pode acontecer E eu não duvido já escuto os teus sinais
Se engolir essa droga você pode até morrer Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais
Os transgênicos também podem acabar
Com a biodiversidade ter impacto ambiental 59. FELICIDADE.
Comprometendo a segurança alimentar Lupicínio Rodrigues
Conseqüência nós teremos, fique alerta
pessoal Felicidade foi se embora
Alerta povo não deixe se confundir E a saudade no meu peito ainda mora
Diga não a tudo isso a Monsanto e outras E é por isso que eu gosto lá de fora
mais Porque sei que a falsidade não vigora.
Nós precisamos delas para produzir
Lutaremos firmemente contra esse monstro A minha casa fica lá detrás do mundo
voraz Onde eu vou em um segundo
quando começo a cantar
57. MARIA DA PAZ O pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa
Maria da paz, da paz, da paz quando começa a pensar.
ela anda pra frente,
ela anda pra trás (bis)
60. MORENINHA LINDA
Ela pula prum lado,
ela pula pro outro... Meu coração tá pisado
Ela cumprimenta de um lado, como a flor que murcha e cai
ela cumprimenta pro outro Pisado pelo desprezo
Ela abraça de lado, De um amor quando desfaz
Ela abraça do outro Deixando triste a lembrança
Ela belisca de um lado, Adeus para nunca mais
ela belisca de outro

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Moreninha linda do meu bem querer


É triste a saudade longe de você

O amor nasce sozinho não é preciso plantar 62. MAMA ÁFRICA


O amor nasce no peito, falsidade no olhar Chico César
Você nasceu para outro, eu nasci pra te amar
(Refrão)
Moreninha linda do meu bem querer Mama África (a minha mãe)
É triste a saudade longe de você é mãe solteira
e tem que fazer
Eu tenho meu canarinho que canta, quando mamadeira todo dia
me vê além de trabalhar
Eu canto por ter tristeza, canário por como empacotadeira
padecer nas casas Bahia (repete 2 vezes)
Da saudade da floresta, e eu saudade de
você mama África tem tanto o que fazer
além de cuidar neném
61. BELA MOCIDADE além de fazer denguim
Bumba Meu Boi de Axixá filhinho tem que entender
Composição: Donato / F. Naiva mama África vai e vem
mas não se afasta de você
Quando eu me lembro,
Da minha bela mocidade. (Refrão)
Eu tinha tudo a vontade,
Brincando no boi de Axixá. quando mama sai de casa
Eu ficava com você, seus filhos se olodunzam
Naquela praia ensolarada, rola o maior jazz
E a tua pele bronzeada, mama tem calo nos pés
Eu começava a contemplar. mama precisa de paz
mama não quer brincar mais
Mas é que o vento buliçoso balançava teus filhinho dá um tempo
cabelos, é tanto contratempo
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar. no ritmo de vida
Mas quando o banzeiro quebrava, de mama
Teu lindo rosto molhava,
E a gente se rolava na areia do mar. (Refrão)

Mas é que o vento buliçoso balançava teus deve ser legal ser negrão no Senegal
cabelos, deve ser legal ser negrão no Senegal
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar. deve ser legal ser negrão no Senegal
Mas quando o banzeiro quebrava,
Teu lindo rosto molhava, (Refrão)
E a gente se rolava na areia do mar.
mama África... a minha mãe

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mama África ... a minha mãe


mama África ... a minha mãe

64. MALUCO BELEZA


63. TENTE OUTRA VEZ (Raul Seixas / Claudio Roberto)
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Enquanto você se esforça prá ser
Paulo Coelho Um sujeito normal e fazer tudo igual,
Eu do meu lado aprendendo a ser louco,
Veja! Um maluco total, na loucura geral.
Não diga que a canção Controlando a minha maluquez,
Está perdida Misturada com minha lucidez,
Tenha em fé em Deus Vou ficar, ficar com certeza, Maluco Beleza,
Tenha fé na vida Eu vou ficar, ah! Ficar com certeza, Maluco
Tente outra vez!... Beleza.
Beba! (Beba!) E esse caminho que eu mesmo escolhi,
Pois a água viva É tão fácil seguir,
Ainda tá na fonte Por não ter onde ir.
(Tente outra vez!) Controlando a minha maluquez,
Você tem dois pés Misturada com a minha lucidez, êh
Para cruzar a ponte Controlando a minha maluquez,
Nada acabou! Misturada com a minha lucidez,
Não! Não! Não!... Vou ficar, ficar com certeza, Maluco Beleza,
Oh! Oh! Oh! Oh!Tente! Eu vou ficar, ah! Ficar com certeza, Maluco
Levante sua mão sedenta Beleza,
E recomece a andar Eu vou ficar, ah! Ficar com certeza, Maluco
Não pense que a cabeça agüenta Beleza, eh Ficar, ah!
Se você parar Ficar com certeza, Maluco Beleza.
Não! Não! Não!Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta 65. DEUS E EU NO SERTÃO
Uma voz que dança Victor e Leo
Uma voz que gira (Gira!)
Bailando no ar Nunca vi ninguém viver tão feliz
Uh! Uh! Uh!... Como eu no sertão
Queira! (Queira!) Perto de uma mata e de um ribeirão
Basta ser sincero e desejar profundo Deus e eu no sertão
Você será capaz
De sacudir o mundo Casa simplesinha, rede pra dormir
Vai! Tente outra vez! De noite um show no céu
Humrum!... Deito pra assistir
Tente! (Tente!) Deus e eu no sertão
E não diga que a vitória está perdida Das horas não sei, mas vejo o clarão
Se é de batalhas que se vive a vida Lá vou eu cuidar do chão
Han!Tente outra vez!... Trabalho cantando, a terra é a inspiração
Deus e eu no sertão

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Vamos juntas, companheiras, vamos botar


Não há solidão, tem festa lá na vila pra valer
Depois da missa vou, ver minha menina Sem a mulher neste mundo seria triste
De volta pra casa demais
Queima a lenha no fogão Não nascia gente nova e o mundo não tinha
paz
E junto ao som da mata A mulher nasceu pra ser pelo homem bem
Vou eu e um violão amada
Deus e eu no sertão...(3X) Ser amiga e companheira, não pra ser
discriminada
66. MAJESTADE, O SABIÁ Somos gente, somos força
Roberta Miranda Temos que ter igualdade
Ao lado dos homens fortes
Meus pensamentos Transformar a realidade.
Tomam formas e viajo
Vou pra onde Deus quiser 67. TERRAL
Um vídeo - tape que dentro de mim Ednardo (Comp: Hermenegildo Filho)
Retrata todo o meu inconsciente
De maneira natural Eu venho das dunas brancas
Ah ah ah! Tô indo agora Onde eu queria ficar
Prá um lugar todinho meu Deitando os olhos cansados
Quero uma rede preguiçosa pra deitar em Por onde a vida alcançar
minha volta sinfonia de pardais cantando Meu céu é pleno de paz
para a majestade, o Sabiá Sem chaminés ou fumaça
No peito enganos mil
Tô indo agora tomar banho de cascata Na Terra é pleno abril
Quero adentrar nas matas Eu tenho a mão que aperreia, eu tenho o sol
Aonde Oxossi é o Deus e areia
Aqui eu vejo plantas lindas e cheirosas Eu sou da América, sul da América, South
Todas me dando passagem perfumando o America
corpo meu Eu sou a nata do lixo, eu sou o luxo da aldeia,
eu sou do Ceará
Está viagem dentro de mim
Foi tão linda vou voltar a realidade Aldeia, Aldeota, estou batendo na porta prá
Prá este mundo de Deus lhe aperriá
Pois o meu eu este tão desconhecido Prá lhe aperriá, prá lhe aperriá
Jamais serei traído Eu sou a nata do lixo, eu sou o luxo da aldeia,
Pois este mundo sou eu eu sou do Ceará
A Praia do Futuro, o farol velho e o novo são
66. ESTA LUTA NÃO É FÁCIL os olhos do mar
Maria Nazaré de Souza São os olhos do mar, são os olhos do mar
O velho que apagado, o novo que espantado,
Esta luta não é fácil, mas tem que acontecer vento a vida espalhou
A mulher organizada tem que chegar ao Luzindo na madrugada, braços, corpos
poder. suados, na praia falando amor.
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