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FETRAECE
CADERNO DE MÚSICAS
CANTANDO A VIDA
JUNHO/2010
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará
FETRAECE
No tempo dos quilombos, chicote no lombo, Lutemos meu povo por um mundo novo que
sistema escravagista está em nós
Período imperialista o Brasil comandado por Lutar consciente formando corrente
senhores feudais erguendo sua voz
Nossos irmãos africanos nas mãos de tiranos
viram ouro e prata Assessores e lideranças seguem na
Mercadoria barata, são negociados como esperança de uma solução
animais. Um grandioso passo é a formação
O conhecimento vem para transformar
Temos potencial e a ENFOC afinal tem essa O movimento sindical achou genial e logo
visão abraçou
Nos ensina ir além de plantar milho e feijão O novo desafio que a CONTAG lançou
Com suas novas práticas, ações Estar se capacitando para se capacitar.
transformadoras
Ela possibilita e no que acredita ela 2. BAIÃO DO POVO JOVEM
fortalece
De conhecimentos a classe enriquece Os punhos no ar sonho novo
Alimentando idéias libertadoras. nós somos a semente do povo
queremos ser livres, amar.
Lutemos meu povo por um mundo novo que Trazemos no peito a esperança,
está em nós A história na mão – confiança
Lutar consciente formando corrente Que um dia nós vamos ganhar.
erguendo sua voz
Vamos lá, vamos lá...
Lutas e protestos retratam por certo a A história ninguém deterá.
insatisfação É rio que corre pro mar.
Por sofrermos toda sorte de humilhação Ninguém vai nos calar, nos calar!
Nos enche de revolta nos torna rebelados
Prossegue nossa luta não na força bruta Aonde tem gente se unindo,
como antigamente Depressa nós vamos sorrindo,
Queremos ser livres também somos gente Nós cremos no novo amanhã.
com conhecimentos e politizados. Já chega de morte, injustiça,
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Onde estas? Voei por esse céu azul, Lá pras bandas de ouro fino
Andei estradas do além. Levando o gado selvagem
Onde estarás meu bem. Quando passo na porteira
Ainda vejo sua imagem
Onde estas? Nas nuvens ou na insensatez Com seu rangido tão triste
Me beije só mais uma vez, Mais parece uma mensagem
Depois volte pra lá. Daquele rosto trigueiro
Desejando boa viagem.
15. O MENINO DA PORTEIRA A cruzinha do estradão
Ted Vieira / Luizinho Do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Toda vez que eu viajava Que não esqueço jamais
Pela estrada de ouro fino Nem que o meu gado estoure
De longe eu avistava Eu preciso ir atrás
A figura de um menino Nesse pedaço de chão
Que corria a porteira Berrante eu não toco mais.
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço 16. ÚLTIMO PAU-DE-ARARA
Que é pra eu ficar ouvindo Patativa do Assaré
Quando a boiada passava
a poeira ia baixando A vida aqui só é ruim,
Eu jogava uma moeda Quando não chove no chão
E ele saia pulando. Mas se chover dá de tudo
Obrigado boiadeiro Fartura tem de porção.
Que Deus vá lhe acompanhando. Tomara que chova logo,
Por este cartão afora Tomara meu Deus tomara.
Meu berrante ia tocando.
Só deixo o meu cariri
Nos caminhos desta vida No último pau-de-arara.
Muito espinho eu encontrei
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26. BOIADEIRO
25. PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI (Luíz Gonzaga)
DE FLORES
(Geraldo Vandré) Vai boiadeiro que a noite já vem
Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não De manhazinha quando eu sigo pela estrada
Nas escolas, nas ruas, campos, construções Minha boiada pra invernada eu vou levar
Caminhando e cantado e seguindo a canção Quando as cabeça é muito pouco é quase
nada mas não tem outras mais bonitas no
Vem, vamos embora que esperar não é saber lugar
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vai boiadeiro que o dia já vem ....
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões De tardezinha quando eu venho pela estrada
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão A fiarada ta todinha a me esperar
E acreditam nas flores vencendo o canhão São dez fiinha é muito pouco é quase nada
mas não tem outros mais bonitos no lugar
Vem, vamos embora que esperar não é
saber... Vai boiadeiro que a tarde já vem...
Vem, vamos embora que esperar não é Vai boiadeiro que a noite já vem...
saber....
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Por que tanta dor pela rua Estudo o rádio, fico cheio de alegria
Por que tanta morte no ar Quando se fala que reforma vai chegar
Por que os homens promovem a guerra Espero um ano, espero dois e só se cria
Em nome da paz? Falsos projetos pra poder nos tapiá
Por que o cientista não mostra
Um jeito bem feito afinal Até na igreja tenho encontrado tapiá
Que seja vacina do amor Às vezes fico sem saber pra onde vá
Contra o vírus do mal Mas esse Deus de sombra e água fria
Ou é de todos ou um dia passará.
Aquele encontro surpreso
Aquela emoção ao te ver 43. AMOR DE ÍNDIO
Não me peça qualquer explicação (Beto Guedes, Ronaldo Bastos)
Eu não posso dizer
O que há de segredo amanhã Tudo que move é sagrado
O que vai ser do meu coração E remove as montanhas
Te procuro amor, por favor Com todo cuidado, meu amor
Nesse instante o que vale é a canção Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
42. EU SOU ROCEIRO Tudo viver ao teu lado
Com o arco da promessa
Eu sou roceiro vivo de cavar o chão No azul pintado pra durar
As minhas mãos são calejadas, meu senhor.
Me falta terra, falta casa, falta pão Abelha fazendo mel
Vivo bem longe do Brasil, do lavrador Vale o tempo que não voou
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Foi nos bailes da vida, ou num bar em troca Bola de meia, bola de gude
de pão O solidário não quer solidão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão Toda vez que a tristeza me alcança
De tocar um instrumento e de cantar O menino me dá a mão
Não importando se quem pagou quis ouvir, foi Há um menino
assim Há um moleque
Cantar era buscar o caminho que vai dar no Morando sempre no meu coração
sol Toda vez que o adulto fraqueja
Tenho comigo as lembranças do que eu era Ele vem pra me dar a mão
Para cantar nada era longe, tudo tão bom
'Té a estrada de terra na boléia de 46. CÁLICE
caminhão, era sim (Chico Buarque/Gilberto Gil)
Com a roupa encharcada e a alma repleta de
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Pai, afasta de mim este cálice Quero inventar o meu próprio pecado
Pai, afasta de mim este cálice Quero morrer do meu próprio veneno
De vinho tinto de sangue Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Como beber dessa bebida amarga? Quero cheirar fumaça de óleo disel
Tragar a dor engolir a labuta? Me embriagar até que alguém me esqueça
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa? 47. ROMARIA
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta É de sonho e de pó
Tanta mentira tanta força bruta O destino de um só
feito eu perdido em pensamentos
Pai, afasta de mim este cálice sobre o meu cavalo
Pai, afasta de mim este cálice É de laço e de nó
De vinho tinto de sangue De gibeira ou jiló
Dessa vida cumprida a sol
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano Sou caipira pirapora nossa
Quero lançar um grito desumano Senhora de Aparecida
Que é uma maneira de ser escutado Que ilumina a mina escura
Esse silêncio todo me atordoa e funda o trem da minha vida
Atordoado eu permaneço atento Sou caipira pirapora nossa
Na arquibancada pra qualquer momento Senhora de Aparecida
Ver emergir o monstro da lagoa Que ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice O meu pai foi peão
De vinho tinto de sangue Minha mãe solidão
meus irmãos perderam-se na vida
De muito gorda a porca já não anda a custa de aventuras
De muito usada a faca já não corta Descasei, joguei
Como é difícil, pai, abrir a porta investi, desisti
Essa palavra presa na garganta Se há sorte eu não sei nunca vi.
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade Sou caipira pirapora nossa
Mesmo calado o peito resta a cuca Senhora de Aparecida
Dos bêbados do centro da cidade Que ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida
Pai, afasta de mim este cálice Sou caipira pirapora nossa
Pai, afasta de mim este cálice Senhora de Aparecida
De vinho tinto de sangue Que ilumina a mina escura
e funda o trem da minha vida
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado Me disseram porém
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profundo,
É o sopro do criador numa atitude repleta de
amor.
50. O QUE É, O QUE É
(Gonzaguinha) Você diz que é luta e prazer,
Ele diz que a vida é viver,
Eu fico com a pureza da resposta das Ela diz que melhor é morrer
crianças: Pois amada não é, e o verbo é sofrer.
É a vida! É bonita e é bonita!
Viver e não ter a vergonha de ser feliz, Eu só sei que confio na moça
Cantar, e cantar, e cantar, E na moça eu ponho a força da fé,
A beleza de ser um eterno aprendiz. Somos nós que fazemos a vida
Ah, meu Deus! Como der, ou puder, ou quiser,
Sempre desejada por mais que esteja
Eu sei e eu sei errada,
Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,
Que a vida devia ser bem melhor e será, E a pergunta roda, e a cabeça agita.
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita! 51. RIACHO DO NAVIO
simbora povo (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)
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Mas é que o vento buliçoso balançava teus deve ser legal ser negrão no Senegal
cabelos, deve ser legal ser negrão no Senegal
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar. deve ser legal ser negrão no Senegal
Mas quando o banzeiro quebrava,
Teu lindo rosto molhava, (Refrão)
E a gente se rolava na areia do mar.
mama África... a minha mãe
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