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ESCOLA SECUNDÁRIA DE SANTA MARIA DA FEIRA

CURSO EFA (NS) -TIPO A: TÉCNICO DE CONTABILIDADE

Núcleo Gerador: Saberes Fundamentais (SF)


Competência: Recorrer a processos e métodos científicos para actuação em diferentes domínios
da vida social
Domínio de Referência: DR3 – Saberes, Poderes e Instituições na Sociedade, Tecnologia e Ciência no
contexto instituiciional
Tema: Ciência e Controvérsias Públicas (CCP)
Recursos/materiais: Computador, impressora, papel A4, Livros para pesquisa, Internet.

Co-Incineração: que destino dar ao lixo?

Durante vários anos, verificou-se na maior


parte dos países desenvolvidos uma
acumulação irresponsável dos seus resíduos
(urbanos, hospitalares, industriais e outros)
sem o respectivo tratamento. Esta atitude
poderá ter impactos a médio e longo prazo
na contaminação dos solos, águas e ar, com
efeitos nefastos para a saúde pública.

Em Portugal estima-se a produção de


aproximadamente 2,5 milhões de toneladas/ano de resíduos industriais, dos
quais 125 000 toneladas (5%) são classificados como perigosos e 16 000
toneladas destes, incineráveis. Desta forma, é urgente a introdução de um
sistema de separação de lixos perigosos/não perigosos e posterior
tratamento dos mesmos. Após várias pesquisas realizadas, surgiu uma nova
forma de tratamento do lixo: a Co Incineração.

Mas em que é que de facto consiste a Co-Incineração?

A Co-Incineração consiste essencialmente no aproveitamento dos fornos das


cimenteiras e das suas altas temperaturas (entre 1450 e 2000 graus), para a
queima dos resíduos perigosos (tais como solventes de limpeza, solventes de
industria química, tintas, etc.), com a produção simultânea de cimento.
Alguns destes resíduos são constituídos por hidrocarbonetos e compostos
clorados e fluorados entre outros, e alguns têm elevado poder calorífico.
Assim, o processo de Co-Incineração implica adaptações mínimas nas
cimenteiras. Numa primeira fase, os resíduos industriais perigosos são
enviados para uma estação de pré-tratamento. Os lixos com pouco poder
calorífico são fluidizados (trituração, dispersão e separação dos materiais
ferrosos); os resíduos líquidos são impregnados com serradura e submetidos
a uma possível centrifugação (no caso de possuírem grandes quantidades de
água); os resíduos termo fusíveis, alcatrão e betumes, são rearmazenados
em lotes.

Numa segunda fase os resíduos são levados para as cimenteiras. Em


caso de acidente de transporte, os impactos ambientais serão muito
menores do que antes do tratamento dos mesmos.
Nas cimenteiras são pulverizados para o forno tirando do seu poder
calorífico (Ex: combustíveis) ou utilizados como matéria-prima substituta na
produção de cimento. Após este processo, não permanecem resíduos
remanescentes da Co-Incineração, visto que estes são incorporados no
próprio cimento, e devido às temperaturas e tempo de residência dos gases
a produção de gases tóxicos é muito baixa. Contudo, poderemos ter a
certeza da inexistência de perigo para a saúde pública? Para evitar uma
remota, mas possível fuga de gases devem ser instalados filtros de mangas
nos fornos das cimenteiras, aumentando a margem de segurança.

Quais as vantagens e riscos da Co-Incineração em relação à incineração


clássica?

A incineração clássica de resíduo perigoso (metais pesados, dioxinas,


furanos, etc.) por meio de uma unidade incineradora foi nos últimos anos
alvos de contestação por parte dos técnicos especializados. Se esta
incineração não se realizar com um controle rigoroso, pode aumentar ainda
mais o perigo inerente a estes resíduos e representar danos mais graves
para a saúde pública e meio ambiente.

• Temperaturas elevadas: devido às elevadas temperaturas


alcançadas pelos fornos das cimenteiras, a destruição dos
resíduos é muito mais eficaz em comparação com um
incinerador clássico que não atinge tais temperaturas.

• Tempos de residência de gases elevados: sendo o tempo de


permanência dos gases no forno superior ao de um incinerador,
a taxa de destruição dos gases poluentes é maior, havendo um
maior período a altas temperaturas no forno.

• Inércia térmica elevada: ao contrário dos incineradores, os


fornos de cimenteiras possuem uma elevada inércia térmica o
que previne uma drástica diminuição de temperatura, com
possíveis emissões anómalas, se ocorressem paragens ou
alteração da operação.

• Meio alcalino: a base da matéria-prima no forno é o calcário.


Assim o meio é alcalino, o que provoca a neutralização dos
gases e vapores ácidos (SO2; CO2; HCL; HF) e a sua fixação no
cimento. Desta forma, verifica-se uma substancial redução das
emissões desses poluentes em relação à incineração clássica.
• Produção de efluentes líquidos/lamas e de resíduos sólidos:
neste processo de Co-Incineração não há produção de resíduos
sólidos, efluentes líquidos ou lamas (potencialmente poluidores)
porque todos os materiais não queimáveis são utilizados e
incorporados na produção do próprio cimento, o que não
acontece nos incineradores.

• Metais pesados: devido às características da Co-Incineração, os


metais pesados têm um ambiente óptimo de fixação no
cimento, retirando o risco da sua libertação após queima.

• Custo: a construção de um incinerador clássico, bem como o


respectivo processo de
incineração, têm custos
bastante mais elevados do
que os custos inerentes à
Co-Incineração.

É possível concluir, face aos factos


apresentados, que a Co-Incineração
apresenta vantagens claras em relação à
incineração clássica. No entanto, poderão existir algumas questões
merecedoras de um estudo mais aprofundado relativamente à Co-
incineração:

• Quando o processo é interrompido os filtros deixam de


funcionar, podendo haver libertação de gases, praticamente
sem tratamento, caso os filtros de mangas utilizados não
tenham a capacidade de reter os gases mais voláteis como o
mercúrio.

• Quais os efeitos na saúde pública de um edifício construído com


cimento produzido nas co-incineradoras?

Saúde pública

No processo de eliminação de resíduos podem ser emitidos para a


atmosfera determinados componentes, prejudiciais para a saúde das
populações e para o ambiente. Ainda que o nível de exposição a agentes
químicos pelas populações mais próximas das unidades de eliminação de
resíduos tenha geralmente sido muito baixa, possíveis efeitos carcinogénicos
e crónicos são motivo de preocupação para as entidades competentes. Desta
forma, não existem factos comprovativos da absoluta segurança do
processo.

Análise psicossocial
Nos últimos anos, sempre que um governo demonstra a sua intenção
de construir uma unidade de tratamento de resíduos sólidos ou de introduzir
o processo de Co-Incineração numa cimenteira, as reacções das populações
não são geralmente favoráveis ao programa em questão. É a velha máxima
“Eliminar o lixo muito bem, mas não no meu quintal”. Embora muitas vezes
as pessoas compreendam as necessidades ambientais globais, não
interiorizam as medidas locais a aplicar. Por outro lado, a relação do governo
com as populações não é muitas vezes a melhor. Ao tentar introduzir uma
nova tecnologia, o governo distancia-se da população, apoiando-se em dados
técnicos em vez de uma informação mais próxima e educativa para a
população.

Assim, não é difícil de compreender o aumento da sensibilidade das


populações em relação ao risco de acidentes, decorrente da aplicação de
novas tecnologias.

Em suma, o processo de Co-Incineração em cimenteiras produz


impactos positivos para o Ambiente, eliminando de forma correcta os
resíduos perigosos. Evita o consumo de combustíveis fósseis, com a
poupança de recursos naturais não renováveis.

Para que a Co-Incineração se processe eficazmente, bastará que o


governo tenha uma abordagem mais directa e informativa com as
populações, diminuindo a sua hostilidade e confiança.

Texto desenvolvido com base no trabalho sobre Co-Incineração desenvolvido por alunos de engenharia do
Ambiente da Universidade Nova de Lisboa - FCT (http://www.geocities.com/out14309)

Quercus aceita Co-Incineração de resíduos perigosos (2005 – 06 –


05 )

A gestão de resíduos não faz parte da agenda do Conselho de


Ministros Extraordinário de hoje, mas o tema não está esquecido pelos
ambientalistas, que continuam à espera “de uma politica clara que abandone
os grandes projectos de incineração de resíduos sólidos urbanos,
substituindo-os pelos tratamentos mecânico e biológico” e que “clarifique a
politica do Governo em relação aos resíduos industriais perigosos”, defende o
presidente da Quercus-Associação Nacional de Conservação da Natureza,
Hélder Spínola.

“É necessário reduzir a produção de resíduos e decidir destinos mais


adequados”, defende o dirigente ambientalista, apontando a urgência da
criação de unidades de recuperação de óleos e solventes usados, com o
objectivo de diminuir o mais possível a fracção – estimada em dez a 15% -
que não terá outro destino a não ser a sua co-incineração.

“A Quercus está aberta a discutir a co-incineração da fracção que não


tenha alternativa, a qual poderá ser feita em Portugal – nas cimentarias –
pesando bem todos os prós e contras -, já que a sua exportação agravaria os
custos com os transportes”, disse o dirigente ao JN, sublinhando que não se
trata de uma alteração da posição da associação sobre a matéria, mas de
admitir, “como sempre fez”, que para RIP que não podem ser tratados essa
possa ser a via. “É substancialmente diferente do que José Sócrates
defendia”, acentuou Hélder Spínola, rejeitando a queima de óleos e solventes
neste processo.
Cidadãos de Setúbal saíram à rua: Contra a Co-Incineração de
tóxicos na Arrábida

Durante cerca de duas horas consecutivas, os manifestantes oriundos


dos mais diversos partidos políticos, associações ambientais e associações
cívicas, pararam o trânsito na Avenida Luísa Todi para protestarem contra a
Co-Incineração na Secil, na Arrábida. É que, segundo Mariano Gonçalves,
membro da Comissão Executiva dos Cidadãos pela Arrábida, “não se
compreende como é que se pode, sequer, equacionar esta possibilidade”.

Convicto de que a Serra da Arrábida “deve ser preservada de qualquer


perigo”, este grupo de cidadãos enviou uma queixa ao Tribunal Europeu
contra o que classifica de “tentativa de violação das leis que protegem o
ambiente e uma área que é património da humanidade”.

Gritando palavras de ordem como “Arrábida sim, lixo tóxico não”, os


manifestantes atravessaram a zona central da cidade e concentraram-se
frente ao Governo Civil para procederem à entrega de uma moção. O
documento foi aceite por José Manuel Epifânio, adjunto do Governador Civil
de Setúbal, já que Alberto Antunes se encontrava fora da cidade. Depois de
receber o documento, que será posteriormente enviado à ministra do
ambiente, o adjunto de Alberto Antunes garantiu que “o Governo está
preocupado com a situação dos lixos tóxicos espalhados pelo país, que
comprometem a qualidade de vida dos cidadãos”. Considerando que o
Governo está disponível para reciclar o que for possível, Epifênio não deixou
de referir a necessidade de avançar para a co-incineração como forma de
tratar os lixos não recicláveis. Até porque, segundo este responsável, “de
acordo com as garantias dos técnicos, não é poluente e ajuda a diminuir a
poluição que já existe”.

Mas apesar das garantias oficiais, os cidadãos prometem voltar à


carga com iniciativas de sensibilização da opinião pública que se prolongarão
até ao dia 23 de Novembro, altura em que termina o período de consulta
pública do Estudo de Impacte Ambiental. Os ambientalistas da Caprosado
também prometem não baixar os braços e garantem que até ao próximo dia
23 vão continuar a desenvolver iniciativas em todo o Concelho, que vão
desde debates a manifestações públicas de desagrado quanto à co-
incineração na Arrábida.

No Concelho do Barreiro, para onde está prevista a implementação da


estação de pré-tratamento dos resíduos tóxicos, prosseguem as
contestações à proposta governamental. A recusa parece atravessar todos os
sectores da sociedade, já que todos os partidos políticos, associações,
sindicatos, estudantes e até a própria autarquia, têm saído à rua para
protestarem contra a implementação daquele equipamento na Quimiparque.

E os protestos são extensíveis à localização na Arrábida, pelo que na


manifestação de dia 14, estiveram presentes políticos do Barreiro,
nomeadamente dirigentes da UDP e do PCP, que já prometeram continuar os
protestos até dia 23. E cerca de um mês depois da aprovação de uma moção
contra a proposta governamental, a Câmara Municipal e a assembleia
Municipal do Barreiro vão dar a conhecer, nesta segunda-feira, um conjunto
de acções públicas a desenvolver, como forma de protesto contra a
instalação do equipamento considerado poluente, no centro da cidade do
Barreiro.

Depois de ler, atentamente, os textos anteriores responda, de forma


completa e fundamentada às seguintes questões:

1. Em que consiste a co-incineração?

2. Onde é feita a co-incineração?

3. Em Portugal, que locais foram escolhidos para a implementação do


processo da Co-Incineração?

4. Concorda com as posições das populações dessas localidades?

5. Indique as vantagens e as desvantagens do processo da co-


incineração?

6. Que outra possibilidade considera ser alternativa à co-incineração?

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