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UEPG
TOLEDO PARANÁ
2005
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DÍLSON VALÉRIO FRUHAUF
UEPG
TOLEDO PARANÁ
2005
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DÍLSON VALÉRIO FRUHAUF
Aprovado:
_______________________________ ____________________________
Prof. Prof.
___________________________
Profª. Msc. Flávia Modesto
(Orientadora)
UEPG
TOLEDO PARANÁ
2005
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................... 10
2.1 SEGURANÇA NO TRABALHO............................................................................... 10
2.2 GERENCIAMENTO DE RISCOS............................................................................ 11
2.2.1 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................ 12
2.2.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS........................................................................................ 12
2.2.3 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE RISCOS ......................................................... 13
2.2.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS .................................................................. 14
2.2.5 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)........................................................ 14
2.2.6 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) .............. 16
2.2.7 RISCOS AMBIENTAIS ............................................................................................. 17
2.3 ACIDENTE DO TRABALHO.................................................................................... 18
3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 20
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................ 26
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................... 38
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 40
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Durante muito tempo foi vendida a idéia de que o problema dos acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho era um tema só para certos especialistas: engenheiros de segurança,
médicos do trabalho, gerência das empresas e outros técnicos especializados. Estes seriam os
únicos detentores do conhecimento para analisarem os riscos nos locais de trabalho e
proporem soluções. Nessa visão, os trabalhadores seriam meros e passivos coadjuvantes, ora
fornecendo informações aos especialistas, ora indo aos exames e respondendo perguntas aos
médicos, ou mesmo sendo acusados como responsáveis pelos acidentes, através do conceito de
ato inseguro, que é perverso e cientificamente errado.
Na abordagem da prevenção de riscos profissionais, de um modo muito claro, há uma
responsabilidade intransferível dos empregadores de assegurarem a segurança e a saúde dos
trabalhadores em todos os aspectos relacionados com o trabalho. Esta responsabilidade
pressupõe que a prevenção deve ser gerida nos próprios locais de trabalho, em função de todos
os riscos declarados e sobre todos os intervenientes, privilegiando as medidas que conduzam à
eliminação dos riscos.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Visual identificação;
Determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
Identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no
ambiente de trabalho;
Caracterização das atividades e do tipo de exposição;
Identificação das funções e do número de trabalhadores expostos;
Obtenção de dados existentes na empresa indicativos de possível comprometimento da
saúde decorrente do trabalho;
Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados;
Descrição das medidas de controle já existentes.
Para TAVARES (2004) a análise preliminar de riscos (APR) consiste no estudo realizado
durante a fase de concepção ou no desenvolvimento de um sistema, com o fim de se
determinarem os riscos que poderão estar presentes na fase operacional.
O Quadro 01 a seguir sintetiza os objetivos, princípios, metodologia, benefícios e
resultados de uma APR.
A categorização dos riscos, implícita na APR, permite a priorização das ações destinada à
prevenção. O Quadro 02 contempla quatro categorias pela ordem crescente de priorização:
A Lei nº 8.213 de 24.07.91 da Previdência Social define em seu artigo 19 que: Acidente
do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho .
Acidentes de Trajeto: são aqueles que ocorrem no percurso da residência para o trabalho
e quando voltamos do trabalho para nossa residência.
Acidente Típico: Acidentes que ocorrem no exercício do trabalho.
Doença do Trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
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3 METODOLOGIA
Esta etapa envolve o reconhecimento do risco ao qual o trabalhador está sujeito, trata-se
da fase de avaliação do risco sob diferentes aspectos, particularmente grande parte da
identificação dos eventuais riscos de acidentes se darão por meio da observação in loco das
atividades desenvolvidas no processo de abate de aves tendo como ferramenta norteadora a APR
Análise Preliminar dos Riscos.
RECEPÇÃO
PENDURA
INSENSIBILIZAÇÃO
SANGRIA SANGUE
ESCALDAGEM
DEPENAGEM
PÉS
CORTE DOS PÉS
EVISCERAÇÃO
PRÉ-RESFRIAMENTO
GOTEJAMENTO
CLASSIFICAÇÃO
ESPOSTEJAMENTO
SEGURANÇA NO TRABALHO
Número Não se Atende
Questão Sim Não
aplica parcial
1 FRIGORÍFICO DE AVES - ESPOSTEJAMENTO
1.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
1.1.1 Foi detectado funcionários não usando EPI? x
1.1.2 Os funcionários foram treinados para o uso de EPI? x
1.1.3 Está ocorrendo a triagem dos EPIs? x
1.2 PISOS E CORREDORES
1.2.1 Há evidências de piso escorregadio? x
1.2.2 Há sinalização? x
1.2.3 O piso está irregular? x
1.2.4 A iluminação é adequada (NBR 5413)? x
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Número Questão Sim Não Não se Atende
aplica parcial
1.3 ESCADAS, RAMPAS E PARAPEITO
1.3.1 Está escorregadio? x
1.3.2 Falta corrimão? x
1.3.3 Há guarda corpo? x
1.3.4 A iluminação é adequada? x
1.3.5 Saídas de emergência estão obstruídas? x
1.3.6 Outras situações
1.4 ILUMINAÇÃO
1.4.1 Há lâmpadas queimadas? x
1.4.2 Há luminárias sem proteção? x
1.4.3 Há iluminação de emergência? x
1.4.4 Plug e interruptores estão adequados? x
1.4.5 Outras situações
1.5 EQUIPAMENTOS CONTRA INCÊNDIO
1.5.1 Os extintores e hidrantes estão obstruídos? x
1.5.2 Existem equipamentos mal localizados? x
1.5.3 Há rede de hidrantes? x
1.5.4 Há extintores de incêndio? x
1.5.5 Outras situações
1.6 FERRAMENTAS
1.6.1 Há ferramentas em mau estado? x
1.6.2 As ferramentas estão organizadas? x
1.6.3 As ferramentas são adequadas? x
1.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
1.7.1 Foi observado máquina sem proteção? x
1.7.2 Há máquinas ou equipamentos com defeito? x
1.7.3 Foi detectado falta de manutenção? x
1.7.4 Há falta de dispositivos de segurança? x
1.7.5 Outras situações
1.8 PROCESSOS/ATIVIDADES
1.8.1 Foi observado situação de perigo? x
1.8.2 A postura de trabalho é adequada? x
1.8.3 O espaço de trabalho é suficiente? x
1.9 FACAS
1.9.1 Estão transitando com a faca na mão? x
1.9.2 Estão chairando a faca conforme padrão? x
1.9.3 Estão batendo com a faca na mesa/bacias? x
1.9.4 Outras situações
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Número Questão Sim Não Não se Atende
aplica parcial
1.9.4 O método de pegar a faca é correto? x
1.9.5 Há suportes para chairar e guardar as facas? x
CARRINHOS
1.10
1.10.1 O transporte é adequado? x
1.10.2 Há excesso de caixas? x
1.10.3 Há brincadeiras com carrinho? x
1.10.4 Outras situações
Quadro 03 Lista de Verificação (Check-List)
Coletou-se ainda outras informações do banco de dados referentes aos níveis de ruído
aferidos em diferentes locais no setor de espostejamento de aves, conforme tem-se no Quadro 06.
Para a medição dos níveis de pressão sonora utilizou-se o Decibelímetro Marca Simpson,
modelo 886,com circuito em resposta lenta, sendo aferidas próximas ao ouvido dos funcionários
durante a execução das atividades.
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Outro fator de risco ambiental identificado refere-se à temperatura média dentro do
setor cujos valores variam entre 10 a 12o C.
Conforme verificado o nível de pressão sonora está acima do limite estabelecido pela
Norma Brasileira, que é 85 dB (A) para uma jornada de trabalho de 8 horas diárias. Assim torna-
se obrigatório para a empresa o fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPI):
protetores auriculares. No caso os funcionários utilizam os protetores do tipo Concha modelo
MSA Comfo 500, CA 820, Marca 3M Referência 1435, CA 7442.
Conforme fora apontado durante a aplicação do check-list, outro aspecto que deve ser
avaliado diz respeito ao piso sob o qual as atividades são desempenhadas. Trata-se de um piso
escorregadio, propenso a acidentes, onde deve-se tomar cuidado em mantê-lo sempre limpo e
seco, e aos funcionários utilizar-se de botas com solado de borracha.
RISCO 07 ESTEIRAS
A velocidade da linha também se torna um fator de risco de acidente, pois uma linha de
produção muito rápida, faz com que o funcionário acelere a sua tarefa podendo acarretar riscos
de acidentes. Não existe um controle ou velocidade regulamentada, sendo que a solução é uma
velocidade em que não diminua a produtividade e nem afete os funcionários.
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RISCO 09 ESPAÇO REDUZIDO ENTRE TRABALHADORES
Outro problema que preocupa a segurança é o espaço reduzido entre trabalhadores, que
acaba tendo como principais reflexos o estresse e a desatenção na hora das tarefas, em razão de
conversas paralelas entre os mesmos durante a atividade, podendo ser objeto causador de um
acidente com a faca.
4.4 Categorização dos Riscos (Quadro Síntese)
3. Queda pelo Piso: ocasionado pelo tipo de material empregado na pavimentação do local
dos trabalhos e por falta de limpeza constante cujos resultados podem representar uma
lesão ou fratura para o funcionário. Categoria de Risco III (Crítica).
5 CONCLUSÕES
A análise dos riscos nos locais de trabalho deve necessariamente incorporar a vivência, o
conhecimento e a participação dos trabalhadores, já que eles realizam o trabalho cotidiano e
sofrem seus efeitos e, portanto, possuem um papel fundamental na identificação, eliminação e
controle dos riscos.
Os riscos de acidentes presentes nos locais de trabalho não são um problema somente
técnico; são também de natureza ética e política, e tem mais a ver com as relações de poder e
convívio na sociedade e nas empresas do que com o mundo restrito da ciência e da técnica.
Dentro deste contexto apresenta-se a APR Análise Preliminar de Riscos como uma
ferramenta de grande importância para o reconhecimento e antecipação do risco de acidente, na
medida que fornece parâmetros para a eliminação ou diminuição em limites toleráveis de
exposição ao risco por parte dos trabalhadores.
Em outras palavras, trata-se de uma revisão geral de aspectos de segurança da empresa
por meio de um formato padrão, levantando causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção
ou correção e categorização dos riscos para priorização de ações.
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Dentre as diversas vantagens que a aplicação da APR pode trazer para a empresa
destaca-se: ferramenta de fácil aplicação, identificação dos riscos em tempo hábil no sentido de
dar maior segurança, definição de responsabilidade no controle de riscos, criação de novos
sistemas de gestão de riscos e melhorias em sistemas existentes. È muito útil como revisão geral
de segurança, revelando aspectos muitas vezes não percebidos.
Em relação ao setor de espostejamento de aves na Industria Frigorífica, pôde-se através
dos preceitos estabelecidos pela APR identificar os principais fatores de riscos para os operários,
sendo: ruído excessivo, exposição ao frio, quedas pelo piso, riscos ergonômicos, velocidade na
linha de produção, manuseio de facas e esteira.
Em associação com os dados obtidos junto ao setor de segurança e medicina do Trabalho
da empresa pode-se identificar o fator responsável pelo maior número de acidentes no período de
Janeiro a Maio de 2005: atividade de manuseio de facas que corresponde a 34,24% dos acidentes
no período citado, tornando-se o fator de risco principal do setor em estudo.
De posse destas informações elenca-se de forma sugestiva para a empresa algumas
medidas a serem tomadas pelo setor de segurança e medicina do trabalho para a eliminação ou
diminuição em limites toleráveis para os trabalhadores: utilização de EPI s (equipamento de
proteção individual) e EPC (equipamento de proteção coletiva), treinamento e conscientização
dos trabalhadores em relação aos principais riscos inerentes nas suas tarefas, supervisionamento
das atividades, readequação de layout em razão de pouco espaço entre os trabalhadores durante
algumas atividades e o incentivo á participação dos trabalhadores na ginástica laboral existente
na empresa.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA FILHO, Antonio Nunes. Segurança do Trabalho & Gestão Ambiental. São Paulo,
Editora ATLAS, 2001.
LEI 6.514. Ministério do Trabalho e Emprego . Consolidação das Leis do Trabalho, relativos
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LEI 8.213. Previdência Social. Planos e Benefícios da previdência Social. 1991. Disponível
em: http://www.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1991/8213.htm. Acesso em: 10/06/2005.
PIZA, F.T., Informações básicas sobre saúde e segurança no trabalho. São Paulo: CIPA,
1997.
PONZETTO, Gilberto. Mapa de Riscos Ambientais: Manual Prático. São Paulo, Editora LTR,
Novembro de 2002.
RIBEIRO, L.F., Técnicas de segurança do trabalho. São Bernardo do Campo: Cultura, 1989.
SOUNIS, Emílio. Manual de higiene e medicina do trabalho. São Paulo: Ícone, 1991 .
TRIVIÑOS, Ana N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1992.