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Fernando 1
Eliana Beatriz Velasco2
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Aluno do Curso de Licenciatura em Educação Física, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
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Professora Orientadora.
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pelo educando, que ele tece seu ensinar. Ensinar e aprender são movidos
pelo desejo e pela paixão.
lado existem regras que determinam como as relações entre os desportistas devem
ocorrer e como recebem as instruções, são conhecidas como regras regulativas.
São as regras que determinam a aula, elas prescrevem como os alunos e
prefessores devem relacionar-se entre si e seu processo de interação.
De acordo com Faria Júnior; Correa; Bressane (1982) numa aula de
educação física sobre um determinado esporte podem ocorrer dois tipos de regras a
serem estipuladas: a) as regras da aula; b) as regras do esporte que vai ser
ensinado. As regras da aula compreendem o relacionamento entre o professor e o
aluno; as regras do jogo compreendem aquelas que determinarão o espaço de
movimentação, o tempo, as atividades motoras e tudo o que possa contribuir para a
execução do jogo sem acidentes graves.
A relação entre as regras dá-se no momento em que o professor decide
consciente ou inconscientemente as suas ações em aula, definindo a situação na
qual os alunos agem; o papel do aluno e o rendimento de cada um que executa ou
participa da aula. Cabe ainda estipular de que regras se necessita para definir as
relações sociais na aula de educação física.
Para Piaget (1967, p.16) “(...) A criança, como o adulto, só executa alguma
ação exterior ou mesmo inteiramente interior quando impulsionada por um motivo e
este se traduz sob a forma de uma necessidade.” Dessa forma, neste trabalho, a
motivação será tratada como um fator fundamental da aprendizagem, identificando
os fatores motivacionais como também de estratégias de aprendizagem, para que o
aluno desperte para o desejo de aprender, se comprometendo com o seu processo
e realizando com eficiência sua aprendizagem.
De acordo com Huertas (2001) pode-se entender a motivação como sendo
um processo psicológico, de outra maneira, obtem-se motivação por meio dos
componentes afetivos e emocionais, que vão depender da pessoa, ou seja, cada
indivíduo apresenta diferentes tipos de motivação em relação a um tema pré-
estabelecido.
Este processo, segundo o autor acima citado, faz com que cada pessoa
desenvolva metas de, metas profissionais, metas de estudo, entre outras, e essas
metas serão a motivação das mesmas para atingir seus objetivos e propósitos.
E isto está relacionado com a aprendizagem como destaca Pozo (2002, p.
146) ao afirmar que “(...) a motivação pode ser considerada como um requisito, uma
condição prévia da aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem”.
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Corroborando com as idéias de Huertas e Pozo, para Fita (1999, p. 77) “(...)
a motivação é um conjunto de variáveis que ativam a conduta e a orientam em
determinado sentido para poder alcançar um objetivo”. Desta forma, para este autor,
a motivação está relacionada à determinadas ações que conduzem os indivíduos a
alcançar seus objetivos.
De acordo com Pozo (2002, p. 142) “(...) a motivação não depende só dos
motivos que temos, mas do sucesso que esperamos se tentamos alcançá-los”.
Outro aspecto que deve ser analisado no contexto da motivação é a questão
do afeto e da auto-estima. Para Seber (1997), analisando a teoria de Piaget, o afeto
se desenvolve paralelamente a cognição ou inteligência e, tem participação
fundamental na ativação intelectual. Com a expansão de suas capacidades afetivas
e cognitivas por meio da construção contínua, as crianças estão capacitadas a
investir afeto e ter sentimentos validados nelas mesmas. Neste contexto, a auto-
estima se relaciona de maneira muito próxima com a motivação ou interesse da
criança para aprender.
A partir do desenvolvimento do vínculo afetivo, da aprendizagem, da
motivação e da disciplina espera-se que a criança rume a conquistar o autocontrole
e seu bem estar escolar. Diante disso estabelece-se uma forte relação entre
professor e aluno, que vai influenciar a formação da auto-estima deste último, pois
se o professor trabalha desmotivado, e apresenta diferentes reações diante de um
aluno indiferente ou agressivo, certamente haverá um comprometimento do
desenvolvimento escolar dos alunos.
Segundo Bean et al, (1995), o aprendizado é afetado pela a auto-estima.
Diversas pesquisas sobre a auto-imagem e o desempenho escolar mostram a
existência de uma relação consistente entre a auto-estima e a capacidade de
aprender. A auto-estima elevada estimula a aprendizagem. O aluno que possui uma
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auto-estima elevada aprende com maior facilidade e satisfação e por isso enfrenta
as novas tarefas de aprendizagem com mais confiança e entusiasmo. Nesta
perspectiva o desempenho deste aluno tende a ser um sucesso, pois a reflexão e o
sentimento precedem a ação, o que demonstra determinação e expectativas
positivas, diferente de um aluno que se sente incompetente e assim acredita não ser
capaz.
Os bons sentimentos são reforçados pelo desempenho bem-sucedido. É
uma espiral crescente, pois a cada sucesso que o aluno alcança o torna mais seguro
e confiante na sua competência. Aumentam sua capacidade de enfrentar desafios
em relação aquele que não se vê como um aluno de sucesso, isto certamente leva-o
a ser psicologicamente mais saudável do que daquele que tem uma visão negativa
de si, já que este último acha-se um derrotado e seu temor diante de situações de
exposição que possam demonstrar seus pensamentos e sentimentos são
crescentes.
Segundo Souza (2002) os estudiosos do tema da afetividade como fator
preponderante para a construção do conceito que o aluno faz de si próprio, tem
aumentado, porque, hoje em dia, encontra-se no ambiente escolar a violência, a
agressividade e o desrespeito, e estes sentimentos podem ter causas de fundo
afetivo, por conta da falta de valorização da pessoa como ser humano. Essa
desvalorização do ser humano prejudica e altera o conceito que ela faz de si
mesma.
Oliveira (1998) traz os conceitos de Vygotsky que sempre estudou o
aprendizado inserido no desenvolvimento sócio-histórico da pessoa como um
processo que se desenvolve a partir de diferentes fases interligadas entre si. Diante
de qualquer fase que o sujeito esteja vivendo, este sempre estará convivendo com
grupos diversificados de pessoas que, contribuem a todo o momento para que se
construa a sua auto-estima.
Tratando-se da questão para a sala de aula, Knüppe (2006) mostra que
existem pesquisas que evidenciam o fato das crianças estarem chegando às escolas
cada vez mais desmotivadas com os estudos, o que leva a um processo de
repetência e de evasão escolar. Segundo Zenti (apud KNÜPPE, 2006), existem
inúmeros problemas causados pela desmotivação, contudo, sabe-se que não existe
uma forma pré-estabelecida e devidamente confirmada para fazer as aulas serem o
foco de atenção das crianças. Mas, neste contexto, o professor que tiver mais
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Concordando com o autor acima citado, Knüppe (2006) acredita que quanto
mais consciente for o professor com relação a motivação, melhor será a
aprendizagem de seu aluno.
A autora acima citada destaca também a importância de entender também o
processo de desmotivação porque este gera graves conseqüências como a
repetência e a evasão escolar. Ela cita o exemplo da escola pública, onde alguns
alunos que ao repetirem várias vezes a mesma série, acabam saindo da escola para
ingressar no mundo do trabalho visando um retorno financeiro. Isso leva ao
processo de evasão escolar. Já no caso das escolas particulares, a repetência está
relacionada ao desinteresse dos alunos, o que segundo Pozo (2002, p. 139) está
intimamente relacionado a motivação ou a falta da mesma. Para ele “(...)
normalmente, não é que não estejam motivados, que não se movam em absoluto,
mas sim que se movem para coisas diferentes e em direções diferentes das que
pretendem seus professores”.
Outro ponto que merece destaque neste estudo é com relação a motivação
não estar ligada apenas aos alunos, ou seja, ela refere-se também aos professores.
Segundo pesquisa realizada por Knüppe (2006) a maioria dos professores acreditam
que para seus alunos serem motivados para a aprendizagem, elas também devem
estar motivadas. Para Jesus e Santos (apud KNÜPPE, 2006) a desmotivação dos
professores relaciona-se com a rotina de trabalho e a inibição. Assim, muitas vezes
os professores estão motivadas para o trabalho, às vezes não e essa atitude, quase
sempre é percebida pelos alunos, o que incentiva a desmotivação destes últimos.
Assim fica, claro que uma posição assertiva e intusiasmada por parte dos
professores certamente terá reflexos positivos nos seus alunos.
Concluindo, Huertas (2001) destaca que aos poucos o professor consegue
aperfeiçoar suas habilidades e seus esquemas motivacionais, estabelecendo metas
e objetivos que levarão os alunos a sentirem a motivação e assim, serem motivados
também.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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