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AULA N 03: MASSA MOLECULAR DE UM GÁS – PRINCÍPIO DE Onde, V é o volume do gás, αo é o coeficiente de expansão térmica
AVOGADRO E A LEI DOS GASES PERFEITOS do gás, Vo é o volume inicial do gás e T é a temperatura
OBJETIVO: termodinâmica, que é igual a T = 273,15 + t .
A Lei de Boyle (massa fixa, temperatura constante), indica
Determinar experimentalmente a relação geral entre o que a o volume é inversalmente proporcional à pressão. Essa
volume, a massa, a temperatura e a pressão de uma amostra de equação pode ser escrita da seguinte forma:
gás. pV = C
Determinar a massa molecular de um gás, no caso o butano,
utilizando a equação dos gases perfeitos. Onde p é a pressão, V é o volume e C é uma constante.
Essas duas equações podem ser combinadas numa
o
equação geral observando que Vo é o volume a 0 C e, portanto,
MATERIAIS: C
está relacionado com a pressão pela lei de Boyle, Vo = o , onde
p
Equipamentos:
01 Balança analítica; Co é o valor da constante a t = 0. Dessa forma a equação de Charles
01 Proveta de 250,0 mL; torna-se:
01 Termômetro; C αT
01 Recipiente para conter água; V = o o ( massa fixa )
p
01 Barômetro;
01 Tubo de gás butano; A restrição de massa fixa é removida imaginando-se que, se
01 Cuba de vidro; a temperatura e a pressão forem mantidas constantes e a massa do
01 Mangueira. gás for duplicada, o volume duplicará. Isso significa que a constante
Co é proporcional à massa do gás; portanto, escrevemos Co = Bw ,
Reagentes: onde B é uma constante e w é a massa. Introduzindo esse
Água destilada; resultado na equação anterior obtemos:
Bαo wT
Butanol; V = .
Água de torneira. p
Esta é uma relação geral entre as quatro variáveis V , w , T e p . A
constante B tem um valor diferente para cada gás.
INTRODUÇÃO:
Para a equação acima ser útil, deveríamos ter a mão uma
tabela com os valores de B para cada gás. Seja M a massa molar
A Lei de Gay-Lussac ou Charles (massa fixa, pressão
de um gás em um recipiente sob um conjunto de condições padrões
constante) estabelece que o volume de um gás sob pressão fixar é
To , po , e Vo . Se gases diferentes forem mantidos num volume
diretamente proporcional à temperatura termodinâmica. Essa
equação pode ser escrita da seguinte forma: padrão Vo , sob pressão e temperatura padrão po e To , então, pela
equação acima, teremos para cada gás:
V = α0V0T
 1  poVo 
M =  

.

 Bαo  To 
Já que as condições padrões são escolhidas para atender às
conveniências, a relação R = p oVo To tem um valor numérico fixo
para qualquer escolha particular e tem, claro, o mesmo valor para
todos os gases ( R é chamada constante dos gases perfeitos).
Assim, a equação acima pode, então, ser escrita da seguinte forma:
8) Quando o nível do gás coincidir com o nível da água no recipiente,
cerca de 200,0 mL, interrompa a transferência de gás para do tubo
para o interior da proveta.

 w  RT mangueira
V =  .
M  p água
proveta
Seja n = w M a quantidade de matéria característica do gás contido
tubo
na massa w . Então, V = nRT p , ou mais comumente conhecida de gás
água
como:
pV = nRT .
cuba de vidro
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Figura 1. Esquema da aparelhagem utilizada para determinar a
1) Determine a massa do tubo de gás butano (m1); relação geral entre o volume, a massa, a temperatura e a
2) Conecte uma mangueira flexível na saída do tubo de gás pressão de uma amostra de gás.
contendo butano. Verifique se a mangueira está bem conectada, ou
seja, se não está ocorrendo vazamento de gás através desta
conexão;
3) Adicione água a um proveta de 250,0 mL até a extremidade
gás butano
superior. Com uma das mãos sobre essa extremidade, inverta a mangueira
proveta imergindo-a num volume de água contido em um outro
água
recipiente, de maneira que a proveta permaneça com água e na
posição vertical; proveta
4) Direcione a outra extremidade da mangueira, conectada ao tubo tubo de gás
de gás, para o interior da proveta;
água
5) Seguindo as etapas anteriores, você deve ter um conjunto de
equipamentos semelhante à Figura 1;
6) Determine a temperatura da água contida no recipiente; cuba de vidro
7) Aperte a válvula (devagar para evitar que o gás se congele
próximo à válvula) transferindo o gás para o interior da proveta, Figura 2. Esquema da aparelhagem utilizada para determinar a
deslocando a água, conforme mostra a Figura 2; relação geral entre o volume, a massa, a temperatura e a
pressão de uma amostra de gás, após a liberação do gás
contido no tubo.
 Nestas condições, a pressão interna total é igual a pressão
externa, ou seja, a pressão do butano é igual a pressão total,
pressão atmosférica, menos a pressão de vapor da água.
pbu tan o = ptotal − pvapor de água
A pressão de vapor da água depende da temperatura. Para
determinar a pressão do gás butano através da equação acima, é
necessário conhecer o valor da pressão de vapor da água na
temperatura de trabalho. A tabela abaixo mostra as pressões de
vapor da água em cada temperatura.
QUESTÕES PARA O RELATÓRIO
01) Explique por que a relação R = p oVo To tem um valor numérico
fixo para qualquer escolha particular e tem, é claro, o mesmo valor
para todos os gases.
02) Quais são as possíveis fontes de erro ou limitação neste
experimento? Para cada uma, tente dizer que efeito elas terão no
resultado esperado dos experimentos.
03) Os resultados práticos são iguais aos esperados? Se não são,
como a massa molecular do gás butano pode ser calculada,
determine qual é o erro experimental.
04) Faça uma transformação na equação e calcule a densidade
experimental do gás butano.

Tabela I. Relação entre a pressão de vapor da água em relação à

temperatura.
Temperatura Pressão Temperatura Pressão
o o
( C) (atm) ( C) (atm)
15 0,0168 23 0,0278
16 0,0179 24 0,0295
17 0,0191 25 0,0313
18 0,2040 26 0,0332
19 0,0220 27 0,0351
20 0,0230 28 0,0374
21 0,0245 29 0,0395
22 0,0261 30 0,0418

Leia o volume de gás coletado na proveta.

Retire a mangueira do interior da proveta e determine a
massa do tubo de gás (m2), por diferença, determine a massa de gás
transferida para o interior da proveta.

m gás = m1 − m2

Considerando que o butano é um gás ideal, determine a sua

massa molecular.