• Deve-se pensar gramática no ensino do primeiro grau? (pg. 11) • Gramática normativa – definição (pg.16) • Bom gramático: diz como se deve escrever (pg.17) • Gramáticos de Port-Royal (séc. XVII). Pontos de vista lógico e histórico (pg.17) • Vaugelas – diferentes usos da linguagem. Para ele: - mau uso da língua – maior número de pessoas. - bom uso da língua – elite (pg.17) • Linguagem – diferentes modalidades e dialetos. Depende de condições regionais, idade, sexo e condição social. Preconceito: elitistas, acadêmicos e de classe. (ainda predomina nas salas de aula) (pg. 18) • Aspectos descritivos (pg. 20) • Sistema de noções, de descrições estruturais e de regras que permitem falar da língua, descrevê- la, dizer como ela funciona no processo comunicativo e mostrar como é que se fala e se escreve nessa língua. Diferente do conceito normativo (pg. 22) • Conceito de gramática – visão escolar atual (pg. 22) • Linguagem não se aprende ou se faz: desabrocha (Chomsky). Gramática interna (pg. 24,25) • Novo conceito de gramática, saber gramatical (pg. 25) • Saber gramatical: dominar os princípios e regras pelos quais se constroem as expressões de sua língua (26) • Variações lingüísticas (pg. 28) • “Regras” (pg. 29) • Atividade lingüística diversificada (pg. 29) • Objetivo principal da escola (pg. 29) • Excluída toda valoração de variante ou preconceito (pg. 30) • Levar aluno à ampliar suas experiências lingüísticas e suas hipóteses gramaticais. Gramática rica e operativa (pg. 30) • Gramática interna X gramática (pg. 31) • Gramática descritiva – metalinguagem. Interna – princípios e regras que correspondem ao próprio saber lingüístico do falante (pg. 31) • Diferença entre o que o professor ensina e o que ele deve saber (pg. 32)
>>> Criatividade e Gramática
• Crítica à gramática (pg. 34) • Uso e prática da linguagem (35) • Criatividade. O que é. (pg. 35) • Motivos e visões incorretas contra a gramática (pg. 36-38) • Atividade criadora (pg. 40) • “História” do comportamento criativo (41) • Piaget – elaboração pelo sujeito. Aluno ativo e interferente. Explica o processo (pg. 41) • Crítica às hipóteses científicas. Tudo é provisório. Einstein X Newton (pg. 43) • Significação como “ponto de vista” (pg. 44) • Progride sobre o que é capaz de desfazer e refazer. Cada etapa e estágio é sempre estado provisório (pg. 44) • O homem deve tornar-se um contínuo agente novo de sua própria construção, para acomodar-se em sucessivas e diferentes situações, para reinterpretá-las e reinterpretar seus problemas, para atribuir às questões novo valor e peso, para inventar soluções; para exercer, enfim, em cada momento, sua virtualidade criadora. Criatividade: condição para atividades e projetos (pg. 45) • Aspectos importantes sobre a criatividade (pg. 46) • Continua ampliação dos campos de referencia e a permanente renovação dos meios de representação e estruturação do vivido (pg. 46) • Desenvolve-se no diálogo e na contradição (pg. 47) • Função estruturante da atividade humana (pg. 47) • Lgg é um trabalho pelo qual, histórica, social e culturalmente, o homem dá forma a suas experiências (pg. 48) • Lgg – dialética, práxis, interação social, trabalho de reconstrução (pg. 48) • Ato de fala (escolha), fundamento funcional (pg. 49) • A criatividade se manifesta ao nível de construção das expressões, ponto de vista, perspectivas, uso de analogias ou metonímias (pg. 50) • Há criatividade mesmo quando a lgg se sujeita a suas próprias regras (pg. 51) • Crítica: repetição inconsciente, falta de reflexão = gramática nas escolas (pg. 52) • Duas tendências: sistema nocional X condições de uso (pg. 53) • Sistema nocional – categorias descritivas da lgg. Relações que se estabelecem entre os elementos das expressões se constrói a análise lógica das orações (pg. 55) • Apreender a realidade e encontrar os modos mais adequados de representá-la na lgg (pg. 56) • Oposição desta visão (acima) com a criatividade na lgg (pg. 56) • Questão de nominalização (pg. 57-60) • Considerações sobre o sujeito (pg. 61-63) • Relações sintáticas e semânticas implicam criatividade do sujeito (pg. 63) • Levar os alunos a operar sobre a lgg, rever e transformar seus textos, perceber nesse trabalho a riqueza das formas lingüísticas disponíveis para suas diversas oposições (pg. 64) • Definição de classes. Critérios: morfológicos, relacionais e nocionais (pg. 65-68) • Exercícios puramente classificatórios se distanciam do aspecto fundamental de caráter gramatical que consistiria em compreender os diferentes processos pelos quais o sujeito atua lingüisticamente (pg. 69) • Estratégias utilizadas no ensino da gramática (exercícios) (pg. 74) • Desconexão entre os objetivos dos estudos gramaticais e os objetivos de uma prática da linguagem em um contexto (pg. 74) • Uso – critério de uso, tendo em vista quem tem acesso em nossa sociedade ao dialeto culto, é social, político, econômico e não lingüístico (pg. 75) • Retórica – as ordenações dos recursos expressivos se encontrava na gramática, instrumental (pg. 78) • Análise do discurso (pg. 79) • Problemas do ensino gramatical (pg. 79) • Na descrição gramatical: estudar a variedade de recursos sintáticos expressivos, colocados à disposição do falante ou do escritor para a construção do sentido (pg. 88) • Gramática é o estudo das condições lingüísticas da significação. • Exercício de operação sobre a lgg e língua para compreender função morfológica e sintaxe (pg. 93) • Jogo de construção e reconstrução dos textos (pg. 94) • Gramática interiorizada por todo falante (pg. 94) • Atividades lingüísticas, epilingüísticas e metalingüísticas (pg. 95) • Atividade lingüística – exercício pleno, circunstanciado, intencionado e com intenções significativas da própria lgg = rica interação social = diálogo, conversa, permuta, contradição, apoio recíproco; professor/aluno como interlocutores. Valorização do saber lingüístico no intercambio com adultos e colegas (pg. 95) • Criação de condições para o desenvolvimento dos recursos expressivos mais variados e exigentes que supõem a escrita, o exercício profissional, a participação na vida social e cultural (pg. 95) • Levar o aluno a diversificar os recursos expressivos com que fala e escreve e a operar sobre sua própria lgg, praticando a diversidade dos fatos gramaticais de sua língua (pg. 97) • Atividades epilingüísticas - opera sobre a própria lgg, compara expressões, transforma-as, experimenta novos modos de construção canônicos ou não, brinca com a lgg, investe as formas lingüísticas de novas significações (pg. 97) • Fatos relevantes = carregados de significação (pg. 98) • Atividade metalingüística – fazer hipótese sobre a natureza da lgg e o caráter sistemático das construções lingüísticas, e pode um dia falar a lgg, descrevê-la em um quadro nocional ou teórico (pg. 98) • Questão da significação, no sentido de uma ação pela lgg sobre os interlocutores, dependente do modo e estilo com que nos servimos dela e de seus múltiplos recursos de expressão (pg. 99) • Conclusão: - Gramática – conjunto das regras e princípios de construção e transformação das expressões de uma língua natural que as correlacionam com o seu sentido e possibilitam a interpretação; saber lingüístico que todo falante possui, a explicitação formal do caráter abstrato desse saber (pg. 99) - Dependentes de um sistema cultural de representação e do contexto real em que as expressões se enunciam (pg. 99) - São construídas em uma atividade social, partilhada, reciprocamente comprometida (pg. 100) - Condição de criatividade nos processos comunicativos mais gerais. - Conjunto de processos e operações. Sistema aberto a uma multiplicidade de escolhas (pg. 100)
>>>> O Uso de Relações Semânticas na Análise Gramatical
• Teoria gramatical – correlações entre estrutura sintática e semântica (pg. 102) • Significar – estabelecer uma relação entre as expressões das línguas naturais e certas situações ou acontecimentos que podiam ocorrer no mundo real ou imaginário. Envolve expressões lingüísticas e itens lexicais. • A significação de uma expressão complexa resulta da composição da significação de suas partes, envolvendo o modo particular pelo qual essas partes se relacionam estruturalmente (pg. 105) • Um dos objetivos fundamentais da teoria gramatical: ser capaz de descrever as relações sintáticas das expressões de modo a mostrar como os constituintes se estruturam na oração (pg. 107) • Construção de cenários = diferentes focos, diferentes fundos (pg. 108) • Construção de paráfrase – diferentes expressões com elementos lexicais e particularidades sintáticas próprias, que se referem a uma mesma situação (pg. 111) • Relações semânticas das paráfrases, sinonímia das construções (pg. 111) • Relação de contradição (pg. 118) • Cada vez que atribuímos uma unidade lingüística a uma categoria ou a associamos a uma determinada função sintática estamos construindo uma hipótese a respeito da estrutura relacional da expressão inteira (pg. 127)