Sunteți pe pagina 1din 3

COCIHTEC/HISTÓRIA

O PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

Como surgiu o ser humano na Terra? Como já discutimos em nossas aulas, várias
são as respostas dadas a esta questão. Todos as sociedades humanas criaram mitos – ou seja,
narrativas que procuram explicar temas fundamentais para os homens – descrevendo a
origem humana. Como salientamos, todas as narrativas merecem o nosso respeito e
consideração, desde as histórias dos nossos povos indígenas às narrativas bíblicas, ou do “al
Corão” dos muçulmanos.
Porém, dentro da corrente evolucionista, as pesquisas científicas conduzidas à
partir do século XIX por Charles Darwin, revelaram uma linha de raciocínio baseada na
comprovação de hipóteses observadas com critérios rigorosos. Darwin formulou a teoria da
evolução das espécies. Concluiu que, por meio de mutações, as espécies passam por
mudanças, adaptam-se ao meio natural e dão, após longos períodos, origem a novas espécies.
Algumas se extinguem dando lugar a outras. Todo esse processo seria realizado por meio de
seleção natural.
O homem – numa afirmação que causou muita contestação – seria parente
próximo dos chamados “macacos superiores”, numa descendência que remontaria milhões de
anos. O homem é um mamífero da ordem dos primatas, família dos hominídeos, gênero homo,
espécie sapiens. Os primeiros mamíferos teriam surgido há cerca de 220 milhões de anos,
ainda na chamada Era Mesozóica, a era de domínio dos répteis.
Dos primeiros mamíferos até o aparecimento do primeiro primata, milhões de
anos se passaram. Decorreram outros milhões para surgir a família dos hominídeos, há cerca
de 4,2 milhões de anos, representada pelo chamado Australopithecus anamensis. Por volta de
2,5 milhões anos atrás surgiu o gênero Homo. O chamado homo sapiens, só teria surgido
depois de longa evolução do gênero homo, por volta de 120 mil anos atrás. A trajetória dos
hominídeos na Terra ainda não está perto de ser explicada. Há sempre, a possibilidade de que
novas descobertas venham a por abaixo tudo que se imagina saber sobre o teórico processo de
evolução. Pelos conhecimentos que se tem hoje, o homo sapiens teria surgido no continente
africano e depois ocupado o asiático, o europeu e, finalmente, a Oceania e o continente
americano.
Atualmente a ciência questiona a linearidade evolutiva do homem, concebendo
teorias que afirmam a existência simultânea de grupos humanos diferentes, tanto do ponto de
vista cultural como biológico. Hoje, sabes-se que algumas espécies do gênero austrolopithecus
conviveram com espécies do gênero homo.
Desde o momento em que o homem passou a confeccionar instrumentos e
desenvolver uma linguagem articulada, ele se distinguiu dos outros animais e criou o mundo
da cultura. Transformar a natureza e a si próprio por meio do trabalho passou a ser a
característica essencial da espécie humana. Dessa forma, a evolução biológica, a partir de um
determinado ponto ocorre simultaneamente à evolução cultural, confundindo-se com ela.
A fabricação de instrumentos culminou num processo evolutivo de milhões de
anos. Durante muito tempo o homem estava submetido à natureza. Mas a capacidade de
produzir cultura – entendido, neste caso, como instrumentos – libertou o homem, que pode
modificar a sua própria evolução.

1
A base física da nossa evolução cultural, pode ser melhor entendida comparado-a
com a dos nossos parentes mais próximos, os macacos. Observe e reflita sobre as seguintes
comparações.

O tamanho do cérebro

O homem atual é o animal que possui o cérebro maior em relação ao tamanho do


corpo. A média do tamanho do nosso cérebro é de 1400 cm3, enquanto o de um chimpanzé é
de cerca de um terço disso. Porém a correlação entre inteligência e tamanho do cérebro, entre
os humanos, não é simétrica. Entre nós, os cérebros podem variar entre 1000 e 2000 cm3, sem
correspondência a um maior ou menor grau de inteligência. Isso indica que além do tamanho
do cérebro, precisamos atentar para outros aspectos, entre eles o próprio funcionamento do
cérebro humano. Parece que, inicialmente, cérebros maiores só criaram a oportunidade para o
desenvolvimento posterior da inteligência.

A postura ereta e bipedalismo

A maneira do homem se locomover exige um esqueleto adaptado para suportar a


tensão e o peso ligado a essa forma de locomoção. O bipedalismo distingue o homem dos
outros animais. No gênero australopithecus já se observa o bipedalismo, que foi uma
adaptação à vida nas savanas africanas – após profundas mudanças climáticas –, por
ancestrais dos homens e macacos, que tiveram que se adaptar à vida no chão, onde é preciso
caminhar e correr.
O bipedalismo tem sido apontado como um fator fundamental para a evolução
humana porque livrou as mãos para outras tarefas. Isso teria não só desenvolvido uma extrema
habilidade manual no homem, mas também condicionado o próprio desenvolvimento da sua
inteligência.

A pele humana

O andar ereto necessita de um maior gasto de energia, gerando muito calor


devido ao esforço muscular. Por outro lado, permite correr e manter marcha constante durante
muito tempo, permitindo grandes caminhadas. Essa resistência humana é muito maior do que a
de qualquer macaco. O macaco se cansa rapidamente e o seu corpo se aquece logo. Qual a
razão disso? A pele humana, pois ela possui pouquíssimos pelos e suas glândulas, cerca de
dez vezes mais do que as do macaco, produzem suor que dissipam com maior eficiência o
calor gerado pelo esforço muscular. Esse sistema refrescante tem uma outra grande
importância: mantém a temperatura do corpo controlada e permite o bom funcionamento do
nosso cérebro.

A mão humana

Na mão humana o polegar é mais longo e mais afastado dos outros dedos do que
na dos chimpanzés e na dos gorilas, nossos parentes mais próximos. Isso permite a sua
utilização combinada com qualquer outro dedo da mão, possibilitando pegar objetos de vários
tamanhos com a mesma eficiência em força e precisão. Esse fato deu ao homem uma
capacidade muito variada no uso das mãos, permitindo a fabricação de objetos.

A face humana e a visão

No processo evolutivo, à medida que foi aumentando o cérebro, a face humana


foi tendo uma mudança gradual do ângulo, adquirindo uma posição vertical, mais adequada

2
para exprimir idéias e sentimento, ou seja, capaz de executar mensagens. O rosto humano tem
uma enorme capacidade comunicativa, revelando que somos criaturas sociais. Embora
algumas semelhanças entre a face humana e do chimpanzé, temos sobrancelhas, cílios e lábios
aumentados. No homo sapiens moderno, o aparecimento do queixo pode ser associado à
origem da linguagem e da fala, que estão ligadas também a mudanças importantes na garganta
e na boca. Nós temos uma câmara de ressonância acima da laringe que permite a emissão de
uma grande variedade de sons.
A posição dos olhos na frente da cabeça, comum também nos outros primatas, dá
a capacidade de ver em três dimensões. Nossa visão em profundidade é devida a capacidade
do nosso cérebro em processar as imagens produzidas pelos olhos. Além disso, podemos
distinguir cores. Os primatas são os únicos capazes disso. Os demais mamíferos percebem o
mundo em tonalidades de cinza.

Mandíbula e dentição humana

Os dentes humanos são menores e menos especializados que os dos macacos.


Perdemos os grandes caninos, que eram usados como uma arma para competir pela liderança
do grupo. Nossa mandíbula também é relativamente pequena e frágil.
Essas diferenças podem estar associadas a nossa evolução cultural.
Provavelmente, estão associadas à substituição da competição pela sobrevivência por formas
mais cooperativas e ao uso do fogo para cozinhar alimentos de origem vegetal e animal. A
diminuição da robustez dos nossos dentes, paradoxalmente, ocorre com o aumento da nossa
capacidade de consumir os mais variados alimentos: carnes, grãos, raízes, frutos. Somos os
animais mais predadores do planeta.

O longo período de maturação dos seres humanos

Comparando com outros mamíferos, os humanos não são seres especializados.


Em espécies aparentadas com a nossa, os jovens são muito parecidos porque ainda não se
especializaram anatomicamente. Mas isso ocorre com muita rapidez. Logo se atinge a
maturidade, fazendo com que o adulto se torne muito diferente do jovem. O chimpanzé
amadurece sexualmente aos cinco anos, e os seus ossos do crânio se fundem na mesma época.
Nos seres humanos o amadurecimento sexual ocorre entre os 12 e os 14 anos e a fundição dos
ossos do crânio aos 16.
Esse padrão de desenvolvimento desacelerado faz com que o humano adulto
conserve características juvenis. E isso não apenas anatomicamente, mas principalmente na
capacidade de aprender. O homem, mesmo depois de maduro, conserva essa capacidade.
Além disso, nascemos frágeis. O tamanho do nosso cérebro não nos permitiria
nascer se ocorresse um crescimento mais rápido da criança no útero materno. Por essa razão, a
criança, no processo evolutivo, passou a crescer lentamente, nascendo impotente para
sobreviver sozinha e assim permanecendo por um longo período. Assim, os pais precisam
cuidar dos filhos durante um tempo muito longo, despendendo com isso muita energia e
trabalho. A longa convivência com a mãe, faz com que o filho desenvolva complexas relações
de afetividade. Tudo isso aumentou a sociabilidade e a cooperação nos grupos humanos, o que
parece estar ligado às nossas necessidades de sobrevivência do grupo, representando maneiras
de garantir o cuidado e a proteção das crianças.

BIBLIOGRAFIA DE APOIO: PEDRO, ANTONIO. História do mundo


ocidental: ensino médio. SP. Ed. FTD.2005

S-ar putea să vă placă și