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São Paulo, 28 de agosto de 2002 Número: Edição Especial ANO: 01

Sugiro também acessarem o site a que


este juiz está associado e obtenham
outras informações.
www.aultimaarcadenoe.com.br

Outro site que considero bastante


profícuo com relação ao assunto se
denomina:

www.ambientebrasil.com.br

Abraços a todos.
Caros colegas,
Milton A G Zen
Como me comprometi nos últimos dias
envio-lhes um IMFOMAGZEN especial. Princípios do Direito
Neste número apresento as
observações do Sr. Antônio Silveira Ambiental
Ribeiro dos Santos, juiz de Direito em
São Paulo, Criador do Programa Toda vez que iniciamos os estudos de
Ambiental: A Última Arca de Noé. uma ciência, qualquer que seja, é
necessário que conheçamos seus
Após realizar pesquisa no sentido de princípios para que possamos entender
obter as informações necessárias, tive melhor a sua aplicação e os seus
acesso a um jornal forense onde resultados. No caso do Direito
encontrei exatamente o que procurava. Ambiental, apesar de ser uma ciência
Este profissional demonstra atuar jurídica nova, já conta com princípios
fortemente na defesa do meio específicos que o diferenciam dos
ambiente. demais ramos do Direito, apesar dos
autores divergirem um pouco na sua
Sua opinião me parece bastante colocação, aliás também os nomes de
abalizada e tenho certeza de que será alguns princípios diferenciam de autor
muito útil no sentido de esclarecer os para autor.
princípios básicos que norteiam o
Direito Ambiental e nossas Princípios são os mandamentos básicos
responsabilidades diante dos fatos que e fundamentais nos quais se alicerça
ocorrem diariamente. uma ciência. São as diretrizes que
orientam uma ciência e dão subsídios à
aplicação das suas normas.

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Os princípios são considerados como


“normas” hierarquicamente superiores - Princípio da obrigatoriedade da
às demais normas que regem uma proteção ambiental: este princípio
ciência. Podemos dizer que em uma está estampado no art. 225, caput,
interpretação entre a validade de duas da Constituição Federal, que diz que
normas, prevalece aquela que está de o Poder Público e a coletividade
acordo com os princípios da ciência. devem assegurar a efetividade do
direito ao meio ambiente sadio e
Assim, elencamos abaixo os princípios equilibrado.
norteadores do Direito Ambiental, que
entendemos ocorrer, são eles: - Princípio da prevenção ou
precaução: baseado no fundamento
- Princípio de legalidade: necessidade da dificuldade e/ou impossibilidade
de suporte legal para obrigar-se a de reparação do dano ambiental.
algo, obrigatoriedade de obediência Artigo 225, § 1º, IV da Constituição
às leis (art. 5, II da Constituição Federal, que exige o EIA/RIMA;
Federal). Declaração do Rio sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento de
- Princípio da supremacia do 1992, princípio da precaução 15
interesse público: a proteção que diz: “De modo a proteger o
ambiental é um direito de todos, ao meio ambiente, o princípio da
mesmo tempo em que é uma precaução deve ser amplamente
obrigação de todos (art. 225, CF). observado pelos Estados, de acordo
Isto demonstra a natureza pública com as suas necessidades. Quando
deste bem, o que leva a sua houver ameaça de danos sérios ou
proteção a obedecer o princípio de irreversíveis, a ausência de absoluta
prevalência do interesse da certeza científica não deve ser
coletividade, ou seja, do interesse utilizada como razão para postergar
público sobre o privado na questão medidas eficazes e
de proteção ambiental. economicamente viáveis para
prevenir a degradação ambiental”.
- Princípio da indisponibilidade do
interesse público: por ser o meio - Princípio da obrigatoriedade da
ambiente equilibrado um direito de avaliação prévia em obras
todos (art.225, CF), e ser um bem potencialmente danosa ao meio
de uso comum do povo, é um bem ambiente: a obrigatoriedade da
que tem caráter indisponível, já que avaliação prévia dos danos
não pertence a este ou aquele, não ambientais em obras
se podendo disponibilizar este potencialmente danosas público
direito. está disciplina pelo art. 225, da

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Constituição Federal que obriga o 225, CF, quando fala que a


Estatuto de Impacto Ambiental e o coletividade deve preservar o meio
seu respectivo relatório (EIA, RIMA). ambiente. Participação na
elaboração de leis; participação nas
- Princípios da publicidade; os políticas públicas através de
Estudos de Impacto Ambiental e o audiências públicas e participação
seus respectivos relatórios (EIA, no controle jurisdicional através de
RIMA) têm caráter público, por medidas judiciais como ação civil
tratar de envolvimento de pública, mandado de segurança
elementos que compõe um bem de coletivo, mandado de injunção e
todos, ou seja, o meio ambiente ação popular.
sadio e equilibrado (art. 225, CF).
Por esta razão, deve haver - Princípio da informação: em se
publicidade ante sua natureza tratando do tema ambiental a
pública. Ver a Resolução nº 9, de sonegação de informações pode
dezembro de 1987 do CONAMA que gerar danos irreparáveis à
disciplina a audiência pública na sociedade, pois poderá prejudicar o
análise do RIMA. meio ambiente que além de ser um
bem de todos, deve ser sadio e
- Princípios da reparabilidade do dano protegido por todos, inclusive pelo
ambiental: este princípio vem Poder Público (art. 225, da CF).
estampado em vários dispositivos Ademais, pelo inciso IV do citado
legais, iniciando-se na Constituição artigo, o Poder Público, para
Federal, art. 225, § 3º, onde diz que garantir o meio ambiente
“as condutas e atividades equilibrado e sadio, deve exigir
consideradas lesivas ao meio estudo prévio de impacto ambiental
ambiente, sujeitarão os infratores, para obras ou atividades causadoras
pessoas físicas ou jurídicas, as de significativa degradação do meio
sanções penais e administrativas, ambiente, ao que deverá dar
independentemente da obrigação publicidade; ou seja, tornar
de reparar os danos causados”. O disponível e público o estudo e o
art. 4º, VII, da Lei 6.938/85, resultado, o que implica na
também obriga ao poluidor e ao obrigação ao fornecimento de
predador a recuperar e/ou indenizar informação ambiental.
os danos causados.
Existem muitas normas que obrigam
- Princípios da participação: previsto o fornecimento de informações
no Princípio 10 da Declaração do como: Art. 216, § 2º, da CF:
Rio sobre Meio Ambiente e disciplina o patrimônio cultural, traz
Desenvolvimento de 1992 e no art. especificamente que “cabem à

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administração pública, na forma da lhe forem submetidos a julgamento,


lei, a gestão da documentação bem como a conclusão do parecer
governamental e as providências técnico.” (art. 7º VIII). A Lei
para franquear a sua consulta a 9.433/97 (Política Nacional de
quantos dela necessitem”. A Lei Recursos Hidráulicos) estabelece
6.938/81 (Política Nacional do como um de seus instrumentos o
Meio Ambiente) prevê a divulgação sistema de informações sobre os
de dados e informações ambientais recursos hídricos (art. 5º). A Lei
para a formação da consciência 7.661/98 (Plano Nacional de
pública sobre a necessidade de Gerenciamento Costeiro) determina
preservação da qualidade ambiental em seu art. 8º que “os dados e as
e do equilíbrio ecológico (art. 4º, V). informações resultantes do
No art. 9º diz que entre os monitoramento exercido sob
instrumentos da Política Nacional responsabilidade municipal,
do Meio Ambiente está a garantia estadual ou federal na Zona
da prestação de informações Costeira, comporão o Subsistema
relativas ao meio ambiente, Gerenciamento Costeiro, integrante
obrigando-se o Poder Público a do Sistema Nacional de
produzi-la quando inexistentes, Informações sobre o Meio Ambiente
inclusive. O Decreto 98.161, de - SINIMA. a Agenda 21, capítulo 40,
21.9.89 (Fundo Nacional do Meio determina em suma que no
Ambiente) estipula em seu art. 6º processo do desenvolvimento
que compete ao Comitê que sustentável, tanto o usuário, quanto
administra o fundo “elaborar o o provedor de informação devem
relatório anual de atividades, melhorar a disponibilidade da
promovendo sua divulgação”. A Lei informação. O Decreto A Convenção
8.078/90 (Código de Defesa do sobre Diversidade Biológica aderida
Consumidor) traz a obrigação de pelo Brasil pelo decreto 2.519 de
informação em vários de seus 16.3.98, prevê no seu art. 17º a
artigos. A Lei Federal 8.159 de obrigatoriedade do intercâmbio de
8.1.1991 (Política Nacional de informações disponibilizando-as ao
Arquivos Públicos e Privados) público. A Convenção Internacional
assegura o direito ao acesso aos de Combate à Desertificação (Dec.
documentos públicos (art. 22). A Lei 2.741, 20.8.98), determina a
8.974/95 (Lei da Biossegurança) divulgação das informações obtidas
prevê que os órgãos responsáveis nos trabalhos científicos sobre a
pela fiscalização dos Ministérios temática (art. 18).
envolvidos na temática e ali citados,
devem “encaminhar” para - Princípio da função socioambiental
publicação no Diário Oficial da da propriedade: Com o advento da
União resultado dos processos que Constituição Federal de 1988, a
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propriedade passou a ter seu uso penalidades pecuniárias na


condicionado ao bem-estar social e obrigação de executar medidas de
a ter assim uma função social e interesse para a proteção
ambiental, conforme consta dos ambiental. Estando aí uma
seus arts. 5º, XXIII, 170, III e 186, II. possibilidade de se compensar o
Para o Direito Ambiental o uso da prejuízo com uma ação ambiental.
propriedade só pode ser concebido
se respeitada sua função - Princípio da responsabilidade: por
socioambiental, tornando-se assim este princípio todo aquele que
mais um dos seus princípios praticar um crime ambiental estará
orientadores. sujeito a responder, podendo sofrer
penas na área administrativa, penal
- Princípio do poluidor-pagador: e civil. É previsto na Lei 9.605/98,
Declaração do Rio sobre Meio que trata dos crimes ambientais e
Ambiente e Desenvolvimento de na Lei 6.938/81, art.14º que trata
1992, princípio 16. Art. 4º Lei da responsabilidade objetiva do
6.938/81 (Política Nacional do degradador.
Meio Ambiente) e Lei 9.433/97 (Lei
das Águas) e art.225 § 3º - Princípio do desenvolvimento
Constituição Federal. sustentável: Declaração do Rio
sobre Meio Ambiente e
- Princípio da compensação: este Desenvolvimento de 1992, Princípio
princípio não está expressamente 3, que os definiu o desenvolvimento
previsto na legislação, mas existe sustentável. Também na Agenda 21.
em virtude da necessidade de se
encontrar uma forma de reparação - Princípio da educação ambiental:
do dano ambiental, principalmente Art. 225, § 1º da Constituição
quanto irreversível. O causador do Federal, prevê o princípio da
dano irreversível pode fazer uma educação ambiental ao dizer que
compensação com uma ação compete ao Poder Público promover
ambiental. Ex. o aterro irreversível a educação ambiental em todos os
de uma lagoa onde há vida níveis de ensino e a conscientização
selvagem, pode ser compensado pública para a preservação do meio
com medidas de proteção efetiva ambiente. A educação ambiental
em um lugar similar, ou mesmo a tornou-se um dos principais
restauração de uma outra lagoa princípios norteadores do Direito
próxima. O art. 8º da Lei 6.938/81, Ambiental. Está previsto ainda na
diz que compete ao CONAMA, entre Agenda 21 e na Lei 9.795 de
outras coisas, homologar acordos 27/4/99 – Institui a Política
visando à transformação de Nacional de Educação Ambiental.

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- Princípio da cooperação
internacional: Como a poluição pode
atingir mais de um país, além do
que a questão ambiental tornou-se
uma questão planetária, assim
como a proteção do meio-ambiente,
a necessidade de cooperação entre
as nações, o princípio da
cooperação internacional, tornou-se
uma regra a ser obedecida,
estabelecendo-se assim mais um
princípio norteador do Direito
Ambiental. Princípio 2 da
Declaração do Rio sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-
92.

- Princípio da soberania dos estados


na política ambiental: baseado na
aplicação de diretrizes dadas pelas
recomendações internacionais
como da Agenda 21;

Assim, elencamos aqui os princípios


que norteiam o Direito Ambiental,
lembrando que podem existir outros
que vão surgindo com o
desenvolvimento desta ciência e
observado pelos doutrinadores.

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